O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica que se caracteriza por desafios na comunicação, interação social e comportamentos repetitivos ou restritos.
Embora não haja uma cura definitiva para o autismo, é possível atenuar seus sintomas.
Em geral, os sintomas de autismo se manifestam nos primeiros anos de vida, sendo o diagnóstico comumente realizado em torno dos 4 ou 5 anos.
No entanto, o transtorno também pode afetar adolescentes e adultos, resultando em dificuldades predominantes na socialização e na expressão ou recebimento de afeto.
Continue lendo para entender como identificar os sinais e explorar os principais métodos de tratamento para os sintomas de autismo em diferentes faixas etárias, desde a infância até a idade adulta.
Aqui, você aprenderá sobre:
- O que é autismo (TEA)?
- Quais são os sintomas do autismo?
- Como identificar os sinais e sintomas do autismo (TEA)?
- Quais os sintomas do autismo na infância?
- Como identificar sintomas do autismo em jovens e adultos?
- Quais são os principais tratamentos para autismo?
- Como a Cannabis medicinal pode ajudar no tratamento para autismo?
- As pessoas com autismo têm habilidades especiais?
- Como posso apoiar uma pessoa autista?
O que é autismo (TEA)?
O autismo é uma condição médica e neurológica que apresenta desafios no desenvolvimento da linguagem, comunicação, interação social e comportamento.
Essa condição pode ser classificada em diferentes graus – leve, moderado ou grave – dependendo do nível de apoio necessário para as atividades diárias.
Vale ressaltar também que o autismo pode afetar pessoas de todas as classes sociais, idades e origens étnicas.
Cada pessoa com autismo é única, significando que os sintomas do autismo também são únicos.
Apesar disso, ao contrário do que se pensa, não existem características físicas distintas em pessoas com autismo.
As diferenças são mais evidentes na expressão e no comportamento.
Muitas vezes, indivíduos com autismo podem se retrair devido a sensibilidades alteradas, criando a impressão de viverem em seu próprio mundo.
Atualmente não existe uma cura conhecida para o autismo.
No entanto, um diagnóstico precoce melhora consideravelmente as oportunidades de receber tratamento especializado, resultando em um melhor desenvolvimento.
Quais são os sintomas do autismo?
Tipicamente, os primeiros indícios de autismo emergem até os 3 anos de idade.
No entanto, em casos mais leves, pode acontecer do indivíduo neurodivergente só descobrir que possui a condição durante a adolescência.
Os sintomas de autismo costumam se manifestar no início do desenvolvimento infantil, porém, distinguir o autismo de outros transtornos e síndromes ainda é uma tarefa árdua.
Também é importante lembrar que os sintomas variam conforme o grau de autismo que a pessoa possui.
Dito isso, os déficits sociais e os padrões comportamentais podem não ser perceptíveis até que a criança tenha dificuldades em atender às expectativas sociais, educacionais ou profissionais.
Atualmente, o autismo é caracterizado por uma série de características, que podem aparecer individualmente ou em conjunto, independentemente do nível:
- Isolamento social, manifestado por um distanciamento, exclusão e evitação de interações externas.
- Comportamentos repetitivos e estereotipados, incluindo movimentos e sons obsessivos;
- Rituais e rotinas elaborados;
- Hipersensibilidade sensorial e auditiva;
- Seletividade alimentar;
- Fixações e interesses altamente específicos e intensos;
- Expressão facial e gestual limitada;
- Evitação de contato visual direto;
- Uso atípico da linguagem;
- Forte apego a objetos;
- Ansiedade excessiva;
- Ausência da fala ou regressão da linguagem anteriormente adquirida.
Devido à variedade de sintomas, diagnosticar o autismo com precisão requer tempo.
Embora os sinais sejam identificáveis desde a infância, o transtorno neurológico ainda persiste na adolescência e na idade adulta.
Apesar disso, a maioria dos sintomas de autismo podem ser gerenciados com o uso de medicamentos e terapias específicas.
A irritabilidade, insônia, ansiedade e falta de atenção, por exemplo, geralmente são aliviadas por meio do apoio psiquiátrico, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas.
Como identificar os sinais e sintomas do autismo (TEA)?
O autismo acompanha comportamentos específicos e variados que estão presentes de forma única na personalidade de cada indivíduo.
Com isso, é possível classificar os sintomas de autismo em níveis leves, moderados e graves.
O grau de intensidade do transtorno reflete diretamente na qualidade de vida e nas interações da pessoa com autismo.
Dentro das características do autismo, também está a dificuldade do desenvolvimento neurológico em algumas áreas específicas, como a imaginação, a socialização e a comunicação.
A comunicação, por exemplo, é afetada na expressão da linguagem falada e gestual. Metade dos indivíduos com autismo não conseguem desenvolver a fala.
Outras diversas pessoas recebem o diagnóstico apenas na idade adulta, muitas vezes por pensar que a deficiência na sociabilidade ou o déficit na linguagem são fatores relacionados à timidez e à personalidade.
Por isso, muitas vezes quem tem o transtorno é visto como antissocial, recebendo erroneamente o estigma de ser alguém que não gosta de conviver com outras pessoas.
É possível detectar o autismo ao observar alguns comportamentos e características no indivíduo.
Por exemplo, os profissionais de saúde geralmente avaliam a dificuldade na comunicação verbal e não verbal, em manter ou desenvolver relacionamentos e o apego a rotinas ou padrões ritualizados em pessoas possivelmente com autismo.
Nos adultos, sintomas como isolamento social, falta de empatia, insônia e hipersensibilidade a estímulos sensoriais são comuns.
Em contrapartida, os sintomas podem variar dependendo do grau de intensidade do transtorno.
Veja a seguir quais são os principais sintomas de autismo leve, moderado e grave.
Sintomas de autismo leve
O autismo tipo 1 é o primeiro dos três níveis reconhecidos de autismo.
Considerado como o tipo “mais leve” de Transtorno do Espectro Autista (TEA), o autismo de nível 1 apresenta sintomas menos impactantes na vida do indivíduo em comparação com os níveis 2 e 3.
Após a revisão do TEA pelo DSM-5 em 2013, o que anteriormente era conhecido como Síndrome de Asperger, passou a ser categorizado como autismo de nível 1.
O autismo leve descreve indivíduos que apresentam algumas características do TEA.
No entanto, esses indivíduos ainda são capazes de executar a maioria das atividades diárias, como se comunicar, escrever, ler e realizar cuidados básicos de forma independente, como alimentação e higiene pessoal.
Geralmente, o autismo leve é identificado em torno dos 2 ou 3 anos de idade, quando a criança começa a interagir mais com o ambiente.
Nota-se, então, questões como seletividade alimentar, desinteresse em relações sociais com outras crianças, hiperatividade e irritabilidade.
Também é comum que a pessoa apresente:
- Rigidez em suas ideias e ações;
- Dificuldade em alternar atividades;
- Deficiências no funcionamento executivo;
- Dificuldade em estabelecer e manter relacionamentos sociais;
- Sensibilidade aumentada à luz, som ou outros estímulos;
- Dificuldades na comunicação não verbal durante conversas, como manter a distância adequada, controlar o volume ou ajustar o tom de voz;
- Coordenação motora prejudicada ou movimentos desajeitados.
Apesar de ser considerado leve, esse tipo de autismo ainda traz desafios na comunicação, socialização e comportamento.
O tratamento para o autismo leve envolve principalmente fonoaudiologia e psicoterapia, visando auxiliar o paciente em seu desenvolvimento e melhorar suas habilidades de interação social.
Sintomas de autismo moderado
Assim como em todos os tipos de autismo, os sintomas de autismo moderado podem ser apresentados de forma diferente em meninos e meninas.
Meninas com autismo tendem a camuflar melhor os sintomas imitando comportamentos típicos e podem aparentar lidar melhor com situações sociais.
Já os meninos, tendem a se comportar de forma mais hiperativa.
No entanto, em ambos os casos, os sintomas geralmente começam na primeira infância, podendo passar despercebidos.
Inicialmente, pode não haver sinais distintos que diferenciam uma criança com autismo moderado das crianças com desenvolvimento típico.
No entanto, a interação, comunicação, comportamento e aprendizado de uma criança com autismo são diferentes dos de seus colegas neurotípicos.
O diagnóstico de autismo moderado indica desafios mais substanciais que interferem nas atividades diárias da criança em comparação com o autismo leve.
As dificuldades de comunicação são mais pronunciadas e as lacunas nas habilidades sociais tendem a ser maiores, especialmente quando as dinâmicas sociais se tornam mais complexas, como na adolescência.
No nível moderado de autismo, as pessoas apresentam consideráveis dificuldades para se comunicar, tanto verbal quanto não verbalmente.
Além disso, as funções cognitivas são reduzidas, afetando a interação e os relacionamentos.
Esses comportamentos interferem no cotidiano da pessoa, causando desconforto ao mudar o foco ou ação.
O indivíduo apresenta déficits marcantes na conversação, com respostas limitadas e reduzidas, o que resulta em disfunções sociais importantes.
Sintomas de autismo grave
O autismo grave representa o nível mais severo do transtorno.
Indivíduos nesse estágio necessitam de suporte para as atividades diárias, como se vestir, alimentar-se e manter a higiene pessoal, sendo incapazes de viver de forma independente.
Os sintomas comportamentais predominantes do autismo grave incluem severas dificuldades na comunicação verbal.
Assim, a pessoa com autismo pode apresentar pouca ou nenhuma fala, além de comprometimentos graves no funcionamento cognitivo e mental.
Também são observados déficits pronunciados nas habilidades sociais e manifestações de comportamentos inadequados.
Em geral, indivíduos com autismo grave preferem ficar sozinhos e frequentemente apresentam um alto grau de deficiência intelectual.
Pessoas com autismo grave também possuem altos níveis de sensibilidade emocional.
Pequenos estímulos, como uso de linguagem, barulhos ou até mesmo competição entre irmãos, impactam profundamente o dia a dia desses indivíduos.
Muitas crianças com sintomas de autismo grave podem enfrentar uma sensibilidade emocional extrema.
Então, é comum que essas crianças sofram com intensa tristeza e isolamento após situações traumáticas.
O autismo grave requer um nível maior de apoio adicional para que a criança possa realizar as atividades do dia a dia com sucesso.
Nesse estágio, a criança pode precisar de assistência e supervisão constante, enfrentando desafios muito mais intensos do que aqueles nos níveis 1 e 2 de autismo.
A seguir, são detalhados alguns dos sintomas comuns encontrados em um diagnóstico de autismo grave:
Fala e interação social prejudicados
Crianças com autismo de nível 3 frequentemente têm dificuldade em desenvolver habilidades sociais e de comunicação.
É provável que sejam não verbais e incapazes de utilizar a linguagem falada para interagir com outras pessoas, podendo até não reconhecer a presença de indivíduos ao seu redor.
Disfunção sensorial
Muitas pessoas com autismo grave sofrem de disfunção sensorial, o que significa que são sensíveis ou insensíveis a estímulos visuais, sonoros, táteis, olfativos e gustativos.
Ambientes brilhantes, lotados e barulhentos são extremamente desconfortáveis para essas pessoas.
Desafios cognitivos
É comum que pessoas com autismo grave apresentem comprometimento cognitivo alto.
No entanto, com o apoio adequado, elas podem aprender a se comunicar usando quadros de comunicação, linguagem gestual, sistemas de comunicação por troca de imagens ou dispositivos de fala.
Comportamentos repetitivos
A maioria das pessoas com autismo grave exibe comportamentos repetitivos e hiperativos.
Esses sintomas de autismo podem incluir balançar, bater palmas, bater portas ou balançar de forma intensa, sendo extremos e difíceis de controlar.
Sintomas físicos
Podem ocorrer sintomas físicos, como insônia, epilepsia e problemas gastrointestinais.
Às vezes, esses sintomas de autismo passam despercebidos ou não são diagnosticados devido à incapacidade da pessoa de se comunicar eficazmente.
Apesar disso, condições físicas não diagnosticadas causam dor e agravam os desafios comportamentais.
Automutilação
A automutilação é mais comum no autismo grave.
Comportamentos como bater a cabeça, tentativas de ingerir itens não alimentares, morder os braços ou puxar os cabelos são observados com frequência.
Comportamento agressivo
Pessoas com autismo grave podem manifestar comportamentos agressivos, como morder, chutar ou bater em outras pessoas.
Elas também tendem a exibir comportamentos que demandam uma resposta rápida de seu cuidador.
Quais os sintomas do autismo na infância?
Os sintomas de autismo não são de fácil percepção em crianças.
No entanto, alguns sintomas podem ser identificados em atendimentos clínicos especializados, por meio de observações das capacidades cognitivas e comportamentais do indivíduo.
A presença do transtorno se manifesta nos primeiros meses de vida, ao longo do desenvolvimento infantil.
Mesmo assim, as manifestações e sintomas de autismo nem sempre são evidentes.
Para ter, de fato, um diagnóstico preciso do autismo infantil, é necessário que a criança apresente características atípicas, como aquelas que foram mencionadas anteriormente.
O autismo infantil frequentemente se revela por meio da linguagem repetitiva, falta de engajamento em atividades lúdicas, interesse em padrões fixos e intensos, e pouca disposição para interação.
Identificar esses sintomas ajuda na obtenção de um diagnóstico preciso, especialmente porque os primeiros sinais tendem a surgir por volta dos 3 anos de idade.
Reconhecer esses sinais o mais cedo possível aumenta as chances de intervenções bem-sucedidas.
No entanto, cabe ainda ressaltar que sinais isolados não são suficientes para confirmar o autismo, pois podem ser apenas características individuais da personalidade da criança.
Recomenda-se, então, procurar um pediatra para uma avaliação mais detalhada dos possíveis sintomas de autismo na criança.
Como identificar sintomas do autismo em jovens e adultos?
Os sintomas de autismo em jovens e adultos se tornam mais evidentes na interação e na comunicação social.
Em muitos casos, não há grandes prejuízos no desenvolvimento cognitivo, intelectual ou mental, o que torna ainda mais difícil identificar os sintomas de autismo nesse público.
Os sintomas de autismo em jovens e adultos varia conforme o grau de comprometimento funcional apresentado pela pessoa.
Quando o transtorno é leve, o indivíduo ainda pode concluir um curso, manter um emprego, estabelecer relacionamentos ou ter uma vida social convencional.
No caso do autismo grave, esses indivíduos lidam com dificuldades maiores do que o resto das pessoas.
Em geral, os principais sintomas de autismo em jovens e adultos abrangem:
- Dificuldade em compreender regras sociais;
- Desconforto ou estranheza ao demonstrar afeto;
- Preferência por discutir assuntos muito específicos;
- Uso de linguagem formal e inadequada ao ambiente;
- Resistência à alteração da rotina;
- Ansiedade excessiva;
- Interesse em itens materiais;
- Desempenho acima da média em certas atividades;
- Sensibilidade intensa a barulhos e ambientes agitados;
- Dificuldade em expressar sentimentos e entender emoções alheias.
Independentemente do nível, encaminhar jovens e adultos com autismo para tratamentos que visem superar algumas limitações, ajuda a melhorar a qualidade de vida e o bem-estar dessas pessoas.
Quais são os principais tratamentos para autismo?
Em geral, o tratamento de autismo leva em consideração três principais fatores: a idade, o início do tratamento e o grau de comprometimento cognitivo.
Não há intervenções e tratamentos completamente eficientes para os sintomas de autismo atualmente.
Basicamente, o que os especialistas buscam melhorar são as habilidades de interação social e de linguagem, com o objetivo de torná-las mais funcionais.
A fonoaudiologia, por exemplo, tem como foco orientar a comunicação e a linguagem dos autistas através de programas específicos, como terapia da fala e análise comportamental aplicada.
A ideia é potencializar tanto a linguagem verbal quanto a não verbal, permitindo que o paciente se torne mais propício ao iniciar um diálogo.
Um dos maiores propósitos dos diferentes tratamentos de autismo é intervir e diminuir os comportamentos estereotipados e repetitivos.
O intuito é, justamente, aperfeiçoar as capacidades comunicativas e interacionais, possibilitando que a pessoa com autismo se afirme como indivíduo.
O tratamento farmacológico é outra opção para atenuar comportamentos indesejáveis do autismo.
Medicamentos específicos são administrados a fim de interferirem, por exemplo, no déficit de atenção, na hiperatividade e na debilidade das agitações motoras.
Como a Cannabis medicinal pode ajudar no tratamento para autismo?
Os medicamentos tradicionais para o autismo, como os antipsicóticos atípicos e os inibidores seletivos da recaptação de serotonina, são empregados para mitigar ou eliminar os sintomas comportamentais.
No entanto, essas substâncias psicotrópicas estão associadas a efeitos adversos, como nefropatia, hepatopatia e síndromes metabólicas.
Cerca de 40% das pessoas com autismo não respondem eficazmente aos tratamentos convencionais, o que impulsiona os pesquisadores a explorar alternativas farmacológicas, incluindo compostos derivados da Cannabis.
Estudos têm demonstrado que o uso de CBD como intervenção farmacológica pode aliviar os distúrbios do sono, as convulsões e a ansiedade em pessoas com sintomas de autismo.
O CBD exerce seus efeitos no cérebro interagindo com o sistema endocanabinoide, modulando a cognição, as respostas socioemocionais, a suscetibilidade a convulsões e a nocicepção.
O sistema endocanabinoide compreende dois principais tipos de receptores: CB1 e CB2.
Os receptores CB1 são predominantemente encontrados no sistema nervoso central (SNC).
Por outro lado, os receptores CB2 são mais comumente encontrados na micróglia e em elementos vasculares, como as células imunes e os nervos periféricos.
Em conjunto, o sistema endocanabinoide é capaz de regular respostas emocionais, humor, níveis de dor, função imunológica e comportamentos sociais em pessoas com autismo.
Sabe-se que uma disfunção nesse sistema está associada ao desenvolvimento de condições neurológicas.
Por exemplo, a anandamida é um endocanabinoide que apresenta níveis reduzidos em pacientes com TEA.
Apesar disso, o CBD atua como um inibidor da enzima que degrada a anandamida, aumentando assim os níveis disponíveis de anandamida.
De maneira similar, o CBD reduz a degradação do 2-AG, aumentando sua disponibilidade, o que resulta em efeitos ansiolíticos e antipsicóticos.
Quais estudos comprovam a eficácia da Cannabis para autismo?
Um estudo de caso, intitulado Cannabidiol in Treatment of Autism Spectrum Disorder: A Case Study, foi conduzido com o objetivo de entender como a utilização de canabidiol ajudaria a melhorar a qualidade de vida geral dos indivíduos com autismo.
O estudo envolveu um paciente do sexo masculino, com nove anos de idade, diagnosticado com TEA não-verbal.
O paciente apresentava episódios de explosões emocionais, comportamentos inadequados e deficiências sociais, incluindo dificuldades na comunicação de suas necessidades para outras pessoas.
Devido à sua incapacidade de alcançar independência tanto na escola quanto em casa, sua condição representava um desafio para seus cuidadores.
O paciente foi submetido a um tratamento com uma formulação de óleo full spectrum contendo alto teor de CBD e baixas doses de THC, com cada mililitro contendo 20 mg de CBD e menos de 1 mg de THC.
A dose inicial do óleo de CBD foi de 0,1 ml administrada duas vezes ao dia, aumentando gradualmente a cada três a quatro dias para 0,5 ml, também administrada duas vezes ao dia.
Ao final do estudo, o paciente teve uma diminuição nos comportamentos problemáticos, incluindo explosões emocionais, comportamentos autolesivos e distúrbios do sono.
Houve uma melhora nas interações sociais, concentração e estabilidade emocional.
O estudo indicou que a combinação de um alto teor de CBD com THC em doses reduzidas pode ajudar a controlar os sintomas associados ao autismo, resultando em uma melhor qualidade de vida tanto para o paciente quanto para seus cuidadores.
Como iniciar um tratamento à base de Cannabis medicinal?
Iniciar um tratamento à base de Cannabis medicinal pode ser uma jornada desafiadora, mas, com os recursos certos, é muito fácil começar!
Uma maneira rápida de dar início ao seu tratamento com Cannabis é através do portal Cannabis & Saúde, que simplifica o processo de busca por médicos acostumados a prescrever derivados da planta.
O primeiro passo é clicar aqui para marcar uma consulta com um médico registrado e experiente em prescrição de Cannabis medicinal.
Durante essa consulta, o médico irá avaliar sua condição e, se necessário, um plano personalizado de dosagem e administração da Cannabis.
O portal também oferece recursos educacionais e suporte contínuo para ajudar os pacientes a monitorar e ajustar seu tratamento conforme necessário.
Com o portal Cannabis & Saúde, iniciar um tratamento à base de Cannabis medicinal torna-se mais simples, permitindo que os pacientes tenham acesso aos benefícios terapêuticos da planta.
As pessoas com autismo têm habilidades especiais?
Embora algumas pessoas com autismo possuam habilidades notáveis, não é correto fazer generalizações.
O autismo é um espectro amplo e cada pessoa é única, o que significa que diferentes pessoas possuem diferentes habilidades, interesses e desafios.
Como qualquer outra pessoa, pessoas com autismo podem ter habilidades excepcionais em áreas como matemática, música, arte ou memória detalhada, enquanto outras podem não desenvolver nenhuma habilidade.
Essas habilidades especiais às vezes são referidas como “savantismo” e estão presentes em uma pequena proporção de pessoas com autismo.
Savantismo, ou síndrome de savant, é um fenômeno neurológico no qual uma pessoa demonstra habilidades extraordinárias em áreas que envolvem cálculo, música, arte ou linguagem, apesar de ter limitações em outras áreas da cognição ou habilidades sociais.
Essas habilidades excepcionais muitas vezes coexistem com o autismo, mas nem todas as pessoas com essas condições apresentam savantismo, e nem todas as pessoas com savantismo têm autismo.
Mesmo se possuírem ou não o savantismo, o foco deve estar em apoiar e promover o desenvolvimento de cada pessoa com autismo, independentemente de terem ou não habilidades especiais.
Como posso apoiar uma pessoa com autismo?
O mês de abril é designado como o Mês Nacional do autismo, durante o qual buscamos demonstrar nosso apoio às pessoas que convivem com o espectro autista.
Para cumprir essa missão, você deve aprender as melhores práticas para auxiliar um amigo, familiar ou colega afetado por esta condição.
O propósito subjacente do Mês Mundial do autismo é simples, mas importante: promover uma compreensão global do autismo e aprender como oferecer suporte às pessoas que enfrentam esse desafio.
Em sintonia com esse propósito, apresentamos abaixo algumas maneiras de apoiar um amigo ou ente querido que tem autismo:
1. Evite utilizar a terminologia “autista” para referir-se a uma pessoa com autismo
As pessoas afetadas por essa condição são, antes de tudo, indivíduos completos – são pais, filhos, irmãos, tias, tios, mães e pais.
Elas desejam ser reconhecidas como seres humanos, pois é isso que são.
O autismo não é a sua identidade definidora; é uma característica que possuem. Compreender essa distinção é de suma importância.
2. Reconheça a singularidade de cada pessoa com autismo.
O fato de alguém ser diagnosticado com autismo não implica em uniformidade com outros indivíduos que compartilham esse diagnóstico.
Cada pessoa com autismo é única em sua experiência e trajetória. É necessário compreender e respeitar essa individualidade.
3. Promova o acesso a serviços especializados para pessoas com autismo
Também é importante que as pessoas diagnosticadas com autismo recebam o apoio necessário.
Contudo, frequentemente, há uma escassez de serviços adaptados às suas necessidades específicas, o que pode dificultar a busca por uma vida plena.
Por exemplo, embora muitos centros esportivos ofereçam uma variedade de atividades, poucos disponibilizam programas especializados para pessoas com autismo.
4. Facilite oportunidades para que pessoas com autismo construam amizades
Existe o equívoco de que as pessoas com autismo se relacionam melhor apenas com outros indivíduos com a mesma condição.
No entanto, isso não é verdadeiro.
É muito importante criar ambientes que permitam que essas pessoas interajam e construam laços sociais.
A educação inclusiva e a participação em atividades extracurriculares são vitais nesse processo, pois fornecem oportunidades para integração social e desenvolvimento de habilidades interpessoais de indivíduos com autismo.
- Dia mundial de conscientização do autismo
O Dia Mundial de Conscientização do Autismo constitui uma iniciativa de caráter global dedicada à conscientização acerca do autismo, ao fomento da inclusão e à promoção da aceitação das pessoas portadoras do Transtorno do Espectro do autismo (TEA).
Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em dezembro de 2007, este dia, celebrado em 2 de abril, destaca a urgência de auxiliar os indivíduos com autismo a ter uma vida com maior qualidade.
Nessa data, diversas organizações, entidades comunitárias e cidadãos ao redor do mundo organizam eventos e campanhas com vistas a impulsionar a compreensão acerca do autismo.
O objetivo é disseminar informações sobre os desafios enfrentados por aqueles que convivem com o TEA e fomentar a inclusão na educação, mercado de trabalho e vida comunitária em geral.
Tais iniciativas englobam palestras, eventos esportivos, caminhadas, seminários, a iluminação de monumentos em azul – cor emblemática do autismo –, além de campanhas nas plataformas de redes sociais.
O propósito consiste em criar um ambiente mais inclusivo e solidário para os indivíduos com autismo e suas famílias, ao passo que se propaga uma compreensão mais respeitosa da diversidade neurotípica.
Conclusão
A detecção precoce e a compreensão dos sintomas de autismo são de suma importância para aprimorar a qualidade de vida dos indivíduos afetados.
Então, esteja atento a indicadores como dificuldades na interação social, padrões repetitivos de comportamento e sensibilidades sensoriais que possam indicar a presença do TEA.
Cabe salientar, contudo, que cada pessoa é única, e o TEA engloba uma gama de características que nem sempre são facilmente identificadas ou tratadas.
Diante dessa complexidade, busque recursos e informações atualizadas sobre as abordagens terapêuticas disponíveis, incluindo opções complementares, como o uso medicinal da Cannabis.
O portal Cannabis & Saúde dispõe de centenas de artigos informativos que exploram como a Cannabis pode representar uma virada de chave no tratamento dos sintomas de autismo.
Convidamos, portanto, os interessados a explorar esses recursos para aprofundar seu conhecimento e tomar decisões mais respaldadas em relação ao tratamento dessa condição complexa.