Aos 42 anos, Kate Middleton, a princesa de Gales, anunciou que está enfrentando uma batalha contra o câncer. Em um vídeo divulgado na última sexta-feira (22), ela compartilhou que a doença foi diagnosticada durante exames de após uma cirurgia abdominal, realizada em janeiro. Kate revelou que está atualmente passando por tratamento de quimioterapia preventiva.
Embora os detalhes específicos do diagnóstico não tenham sido divulgados, a notícia gerou grande interesse, principalmente devido à necessidade dela submeter-se a esse tipo de tratamento.
Afinal, o que é quimioterapia preventiva?
Para entender melhor esse tipo de procedimento, conversamos com o médico Dr Rodrigo Eboli da Costa, que explica a diferença entre a ideia de medicina preventiva e o uso inadequado do termo “quimioterapia preventiva”.
“A noção de medicina preventiva é baseada na ideia de tomar medidas para evitar o desenvolvimento de certas condições de saúde. Por exemplo, alguém pode se exercitar para prevenir a pressão alta ou adotar uma dieta para prevenir o diabetes. Ou seja, para evitar que essas doenças se manifestem. No entanto, quando se trata de quimioterapia preventiva, ou seja, o uso de quimioterapia para evitar o surgimento de uma doença, essa expressão não é correta. Na verdade, o termo apropriado seria quimioterapia adjuvante”, explica o médico.
Qual é a função da quimioterapia adjuvante no tratamento contra o câncer?
Segundo o médico, a quimioterapia adjuvante é administrada após a cirurgia para eliminar células cancerígenas residuais e prevenir a formação de metástases.
‘A quimioterapia adjuvante é aquela administrada após um procedimento cirúrgico. Quando se trata de câncer sólido, como estômago, intestino ou ovário, a cirurgia é geralmente o tratamento principal, a primeira linha de defesa contra a neoplasia. A quimioterapia adjuvante entra em cena após a cirurgia e desempenha dois papéis principais: primeiro, ela é usada para eliminar qualquer tumor residual que possa ter sido deixado para trás após a cirurgia, mesmo que microscópico. Em segundo lugar, e talvez mais relevante para a ideia de quimioterapia “preventiva”, é quando não há evidências de células cancerígenas após a cirurgia, mas há um risco conhecido de que o câncer possa se espalhar através de células microscópicas que circulam no sangue, que podem eventualmente se desenvolver em metástases”
Dr Eboli explica ainda que, atualmente, não há maneira de detectar essas células individualmente. Portanto, a quimioterapia adjuvante é administrada para erradicar essas células potencialmente perigosas antes que elas tenham a chance de se tornarem metástases. Embora não haja evidências visíveis de câncer, o tratamento é realizado para prevenir o avanço da doença.
Os efeitos colaterais da quimioterapia adjuvante
Dr Eboli explica que na quimioterapia adjuvante, é possível usar uma abordagem menos agressiva, com doses menores ou menos tipos de medicamentos. No entanto, os efeitos colaterais ainda podem ser similares aos da quimioterapia convencional.
“Podemos considerar ajustes na dose ou na combinação de medicamentos durante a quimioterapia, que envolve a utilização de uma combinação de quimioterápicos para tratar o câncer. No contexto da quimioterapia adjuvante, algumas vezes, é possível adotar uma abordagem menos agressiva, utilizando doses menores ou menos medicamentos. No entanto, os efeitos colaterais associados geralmente são semelhantes aos experimentados durante a quimioterapia convencional.”
Em que condições a Cannabis Medicinal pode ser uma aliada no controle dos sintomas da quimioterapia?
O médico explica que, embora não existam evidências científicas que confirmem a eficácia da medicina Canabinoide no tratamento do câncer, assumindo um papel complementar para ajudar a aliviar os efeitos colaterais da quimioterapia.
“O paciente pode experimentar náuseas intensas, desenvolver mucosite, que é uma irritação nas mucosas, e consequentemente pode apresentar dificuldade para engolir água ou se alimentar adequadamente. Dependendo do paciente, esses efeitos colaterais podem prejudicar a adesão à quimioterapia. Isso significa que o paciente pode não conseguir completar o tratamento conforme o planejado, o que reduz a eficácia do tratamento contra a doença”, explica.
Nesse contexto, a proposta de utilizar a medicina Canabinoide é enfrentar os efeitos colaterais da quimioterapia, visando melhorar a qualidade de vida do paciente, proporcionando condições mais favoráveis para que o paciente possa seguir o tratamento de forma mais adequada e eficaz, de acordo com suas necessidades e condição médica específica.
“Apesar de a medicina Canabinoide não ter um efeito direto no combate ao câncer, ela pode agir de maneira a favorecer e permitir que o paciente complete o tratamento quimioterápico, aumentando, assim, suas chances de recuperação e cura”, finaliza.
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