Psiquiatras são profissionais fundamentais para nossa saúde mental. E cuidar da saúde mental é um sinal de autocuidado e também de inteligência. Quadros de estresse, ansiedade e depressão vêm crescendo na nossa sociedade. E não é apenas para estas condições que os psiquiatras surgem trazendo um resgate e uma garantia de bem-estar aos pacientes.
A procura de psiquiatras no Brasil é tão grande que existe uma formação nas patologias mais básicas para que os próprios médicos clínicos possam tratar e encaminhar para o psiquiatra os casos mais complexos.
Pandemia e saúde mental: conheça o panorama atual
“Psiquiatras têm sido fundamentais na sociedade. Principalmente depois da pandemia. Porque aumentou muito a quantidade de depressão, tentativas de suicídio e ansiedade. Houve um grande aumento de doenças mentais. Não só no Brasil, em todos os lugares do mundo houve um grande aumento de doenças mentais. Então o psiquiatra se torna cada vez mais importante. E não há psiquiatra para todo mundo. A quantidade de psiquiatra não dá conta da procura”, destaca Dr. Ana Gabriela Hounie neste Dia do Psiquiatra.
12 mil médicos psiquiatras no Brasil
Segundo o estudo realizado pela USP, Demografia Médica no Brasil 2020, há aproximadamente 12 mil médicos psiquiatras no país. A pesquisa identificou que no Brasil os médicos psiquiatras correspondem a 2,3% do conjunto de especialistas, um dos menores percentuais entre os países analisados. E atrás apenas do México (0,5%) e próximo ao Peru (2,5%). Já a Suíça apresenta o maior percentual de psiquiatras, 12%, seguida por França e Luxemburgo, ambos com 7,2%.
Possibilidade de trocar Rivotril por Cannabis medicinal
Além de atuar em diferentes tratamentos e prevenções para a saúde mental, a Dra. Hounie explica que o uso da Cannabis também pode estar na substituição e desmame de remédios como o Rivotril. Basicamente porque o Rivotril sendo um ansiolítico causa uma dependência, enquanto o Canabidiol, o CBD não causa. Mesmo com esta vantagem, Dra. Hounie destaca a importância de um acompanhamento médico e dos efeitos adversos que possam surgir.
“O que é importante as pessoas entenderem é que o CBD é um medicamento, né? Não é só porque vem de uma planta e é natural e ele não tem efeitos adversos e interações medicamentosas. Então embora nos Estados Unidos seja vendido como suplemento alimentar, eu acho isso temeroso. E aí as pessoas ficam nessa ilusão de que a Cannabis é natural e não tem perigo e não é verdade. Tem muita interação medicamentosa, e se a pessoa vai lá e se automedica ela corre risco de ter efeitos adversos”.
Conhecimento dos psiquiatras sobre Cannabis medicinal
Com o objetivo de que cada vez mais psiquiatras brasileiros estejam atualizados sobre os tratamentos com canabinoides, seus riscos e benefícios, a Dra. Hounie realizará em novembro o workshop “Tratamento de transtornos neuropsiquiátricos com Cannabis medicinal”.
“Esperamos que o conhecimento dos psiquiatras aumente. Para isto realizamos cursos, agora acontecerá um sobre tratamento de transtornos neuropsiquiátricos com a Cannabis. Mas as pessoas têm que ter menos preconceito para poder aceitar e participar de um curso desses. Mas estamos conseguindo. Já tive mais de 500 alunos ao longo dos anos. Em geral são os psiquiatras mais jovens que têm uma mente mais aberta e aceita de maneira mais fácil. Idosos têm mais dificuldade de aceitar porque foram muitos anos escutando que maconha é uma coisa perigosa e que dá surto psicótico e dependência. Então a gente tem que lidar com anos e anos de preconceito”, finaliza.
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Feliz dia do psiquiatra!