Todos desejamos mais produtividade, animação, motivação. Nesse sentido, o mercado de trabalho valoriza, entre essas qualidades, o alto desempenho nos candidatos. A Faria Lima representa o centro financeiro do Brasil. É no chamado “Condado” que se concentram grandes empresas, multinacionais e gestoras de boa parte do capital nacional.
Esse ramo de empresas e negócios é caracterizado pelo alto desempenho e busca por qualificações avançadas em seus funcionários, supervisores e chefes. Para este fim, entre os denominados trabalhadores do “Condado” , pode haver o uso indiscriminado e auto-medicação de remédios controlados ou “tarja-preta”, na esperança de aumentar o rendimento e foco. São popularmente conhecidos e comercializados como “Ritalina”e “Venvanse”.
Entretanto, tais medicamentos são indicados para tratamento de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade). Frequentemente, são eficazes, mas quando bem indicados pelo médico e utilizados da maneira correta e de acordo com a prescrição. No entanto, vemos o aumento da auto-medicação e da venda sem receituário médico para fins de aumento de produtividade e foco.
Produtividade X risco e dependência
Entretanto, medicamentos quando utilizados sem critérios clínicos e sem, primordialmente, uma avaliação médica criteriosa, com a tomada de conduta por um profissional de saúde habilitado, através de critérios clínicos e embasamento científico, o individuo pode sofrer efeitos colaterais inesperados e desenvolver vício ou dependência.
Portanto, com o advento da internet e das mídias sociais, a informação está mais facilmente acessível a todos. Todos desejamos ser mais saudáveis, produtivos e focados. Para tal, pode-se usar medicações, porém, de acordo com a melhor avaliação médica e sempre levando em consideração os benefícios e malefícios.
O Canabidiol, ou medicamentos à base de canabis (canabinoides), estão sendo amplamente noticiados pelas redes, conquistando muitos holofotes. Quando bem indicado , o tratamento pode beneficiar pacientes com problemas de saúde refratários ou de difícil controle. Mas isso somente funciona com um acompanhamento contínuo e preciso do médico ou prescritor, que sabe avaliar o que é melhor, em beneficio do paciente. Se o médico julgar que o paciente não deve utilizar cannabis e propuser tratamentos embasados e respaldados, o paciente deve ter sua autonomia e confiar na decisão médica, assim como no profissional, que visa a melhorar sua saúde e bem estar.