O triathlon, a modalidade esportiva que une natação, ciclismo e corrida, virou uma febre há alguns anos entre atletas no Brasil por promover um exercício completo ao corpo. Já a próxima febre no esporte por aqui certamente será a suplementação com canabidiol, que já é uma realidade entre esportistas norte-americanos. E tem um professor de Educação Física que está unindo estes dois mundos e já colhe resultados impressionantes em São Paulo: é o Felipe Pita, o ‘personal CBD trainer’!
“Aquele treino que nos deixava dolorido, agora a gente não sente mais dor. Um treino de 10 km passou a ser de 20 km”, destacou em entrevista ao Cannabis & Saúde.
Pita começou a carreira na natação, mas em pouco tempo estava nadando de braçadas frente aos adversários nos clubes Hebraica e Pinheiros. Na época o triathlon já começava a ganhar espaço no Brasil, e foi para onde ele migrou, ganhando destaque relevante. Competiu em eventos como o mundial na Austrália e o pan-americano na Argentina.
Com o sucesso, recebeu oportunidade para morar e estudar em San Diego (Califórnia), a capital mundial do triathlon e onde muitos atletas fazem a preparação para o famoso Iron Man.
“Me preparei junto com os melhores treinadores da época. Foi um banho de cultura e aprendizado”.
De volta ao Brasil, terminou a graduação em Educação Física e passou a trabalhar como personal trainer de pessoas em busca principalmente de praticar triathlon, com treinamentos personalizados e planilhas bem planejadas.
“Nessa época, o triathlon já tinha virado um lifestyle. É uma modalidade que desgasta muito, mas dá longevidade ao atleta por não demandar sempre do mesmo músculo”.
A união dos mundos do triathlon e da Cannabis
Felipe Pita conheceu a Cannabis medicinal através da Dra. Paula Dall’Stella, uma das primeiras prescritoras no Brasil. A médica foi aluna dele e, durante os treinos, incentivava o personal trainer a pesquisar sobre o canabidiol para suplementação nos treinos.
“A ideia não foi pra frente naquele momento, mas a semente foi plantada”.
Tempo depois, conheceu na SportsLab, onde trabalha hoje como instrutor, os empresários Fernando Paternostro e o Peu Guimarães, que estavam prestes a lançar a iniciativa Atleta Cannabis, comunidade de esportistas que usa e divulga os benefícios da Cannabis no esporte.
Felipe Pita se tornou o treinador da dupla e passou a planejar e inserir as famigeradas planilhas nos treinamentos dos atletas, que por sua vez apresentaram ao personal trainer o novo e revolucionário cenário do CBD no esporte. Com a novidade fresca na mente, Pita conversou com os amigos do tempo de Califórnia e ficou surpreso.
“Foi aí que eu descobri que lá em San Diego esses produtos já são uma realidade. Tem óleo, tem cremes, tem pozinho. E acabei descobrindo também que esses meus amigos estavam treinando melhor, dormindo melhor com o canabidiol“.
Decidiu investir de vez no uso do canabidiol no esporte. Inclusive ele mesmo começou a usar junto com o Peu e o Fernando.
“A gente foi achando a dosagem certa para cada tipo de treino. E foi dando super certo, nós três estamos muito bem. Eu tinha um sono muito conturbado e passei a dormir melhor, a acordar mais disposto. No tratamento para treinos mais pesados, nos dava sensação de uma limpeza mental, um foco muito maior. Aquele treino que nos deixava doloridos, agora a gente não sente mais dor. Um treino de 10 km passou a ser de 20 km”, conta.
Segundo Felipe Pita, foi uma evolução devagar e natural: “eles não sabiam até onde podiam ir. Eu dei um norte para eles”.
A criação do time Atleta Cannabis
Com o sucesso no treinamento, os três perceberam que precisavam montar um time de credibilidade para entrar nesse universo de forma profissional. O primeiro parceiro procurado foi o ortopedista Dr. Paulo Barone, bastante conhecido por atletas e triatletas. Pita apresentou o projeto e hoje ele é o médico de todos os atletas Cannabis.
O time tem ainda nutricionista e fisioterapeuta, todos usando o CBD! Além dos óleos tradicionais, o grupo também está usando produtos de CBD em gel e pomadas dentro da fisioterapia: “parece que tira a dor com a mão”, diz Pita.