Com intensas dores na coluna que acabaram por afetar seu apetite, Val conseguiu recuperar seu bem-estar após o tratamento com Cannabis
Valdenir Leite da Silva, mais conhecida como Val, sempre teve uma vida ativa. Tirando algumas crises de dor na coluna, nada atrapalhava sua rotina no auge dos seus 72 anos.. Vivendo em Brasília, todo fim de ano seguia com a família para a casa de veraneio, em Ilhéus, na Bahia. Isso até o fim das festas de 2018.
Uma manhã, enquanto todos resolveram ir à praia, Val escolheu ficar dormindo mais um pouco. Sozinha, passava pela área de serviço, quando um escorregão mudou sua história. Após a queda, com o pulso quebrado, se arrastou para conseguir chegar ao telefone e pedir socorro.
A fratura no pulso, embora grave, não explica o que Val começou a experienciar. De repente, a comida perdeu o gosto e já não tinha mais vontade de comer. Só pensava em ficar deitada. Sem contar as dores na coluna, que se intensificaram, se estendendo para a batata da perna e a palma do pé.
A busca pelo diagnóstico
Após 19 dias, deixou o hospital ainda sem entender direito o que estava acontecendo com ela. Dividia seus cuidados entre um neurologista de Brasília e o ortopedista e traumatologista que a havia atendido em Ilhéus, e ganhou sua confiança, o médico Jimmy Fardin.
“Todo tipo de exame, não dava nada, nada. 150 exames e nada. Até que fizeram um na coluna e descobriram que tinha duas fraturas já antigas, de antes da queda”, conta Val. “Na força para conseguir me levantar, acho que mexeu a coluna. Fiquei fragilizada.”
“Sentia muita dor na coluna. Às vezes queria abaixar a cabeça, mas parece que o corpo estava dobrado. não podia nem levantar”, continuou. “Me sentia uma inútil. Nossa coluna comanda o corpo e eu não conseguia fazer nada. E ainda não comia. Só tomava sopinha, igual criança.”
Tratamento de dor com Cannabis
Observando o sofrimento de Val, o dr. Fardin recomendou iniciar o tratamento com Cannabis medicinal. “Eu não achei estranho porque confio muito no meu médico. Na sinceridade dele”, conta. “Muitas pessoas falam: ‘ai, tá usando maconha agora’. Não. Nada disso. É o óleo. O extrato. É totalmente diferente.”
Sua confiança deu resultado já nas primeiras gotas. “Eu tomei e já senti sono. O paladar da comida melhorou. Eu gosto de camarão, já comecei a comer. Depois melhorou na minha disposição e em tudo.”
Com pouco mais de um ano de tratamento com a Cannabis medicinal, já não sente mais dores nas pernas e pés. Embora a da coluna permaneça, nada que atrapalhe seu dia a dia, aos 75 anos.
Disseminadora de informação
“Aconselho as pessoas que façam seu tratamento com Cannabis, que é maravilhoso”, defende Val. “É um medicamento para o meu bem-estar. Não faz mal. Faz muito bem pra saúde. Dá vontade de comer. Se está desnutrido, a pessoa começa a se alimentar bem, como eu estou me alimentando, graças a Deus. Sem se alimentar, a pessoa enfraquece.”
Agora, tenta levar a possibilidade de fazer um tratamento com Cannabis para cada vez mais pessoas. “Semana passada teve uma live com o dr. Jimmy e fiquei mandando para todo mundo ver. Esse é um remédio que deveria ser vendido na farmácia normal, como qualquer um”, conclui. “Vale a pena ser muito divulgado para que o governo aceite a venda da Cannabis.”