Tem dúvidas sobre o Oxalato de Escitalopram, suas reações e efeitos? Esse é um medicamento comum para parte da população que sofre de depressão e ansiedade.
Não é para menos, afinal, ainda que descoberto há pouco tempo, atua da mesma forma que os ansiolíticos e sedativos comuns, mas com algumas vantagens que fazem a diferença para os usuários.
Nesse aspecto, trata-se de uma droga muito bem-vinda, ainda mais porque a humanidade está cada vez mais ansiosa.
Segundo o site Our World in Data, da Universidade de Oxford, 3,8% da população mundial sofre de ansiedade, enquanto outros 3,4% têm depressão.
Somando as duas enfermidades, temos um total de 548 milhões de pessoas com pelo menos uma delas.
No Brasil, o quadro é muito preocupante, já que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 18 milhões de brasileiros estão ansiosos.
Esse número nos coloca na indesejável liderança do ranking mundial de países com os maiores índices dessa doença.
Nesse contexto, medicamentos com propriedades ansiolíticas, como o Clonazepam (Rivotril) e outros benzodiazepínicos, ganham cada vez mais popularidade.
A questão é que todo fármaco usado como tranquilizante apresenta reações adversas de relativa gravidade quando administrado por muito tempo.
E você, tem algum parente ansioso ou sofre com crises de pânico? Seja qual for o caso, este conteúdo pode ajudar.
Siga em frente para aprender sobre:
- O que é Oxalato de Escitalopram?
- Como o Oxalato de Escitalopram age no organismo?
- Oxalato de Escitalopram reações adversas: quais são as principais?
- Interações medicamentosas: Substâncias a evitar durante o tratamento
- Como minimizar e lidar com os efeitos colaterais do medicamento?
- Como substituir o medicamento Oxalato de Escitalopram por tratamentos mais naturais?
- O que é preciso para comprar medicamentos à base de Cannabis medicinal?
O que é Oxalato de Escitalopram?
Lançado no ano de 2002, o Oxalato de Escitalopram é uma criação do laboratório dinamarquês Lundbeck, mantendo sua patente.
Ele desempenha um papel fundamental no tratamento não apenas da ansiedade e depressão, mas também de transtornos que estão intimamente relacionados a essas condições.
Classificado como um Inibidor Seletivo da Recaptação de Serotonina (ISRS), seu uso é estritamente recomendado mediante prescrição médica, sendo que a aquisição só é possível mediante a retenção da receita.
Vale ressaltar que, em virtude de sua classificação como ISRS, o Escitalopram pode ser indicado para tratar diversos tipos de transtornos de personalidade.
A principal atuação dessa classe de medicamentos consiste em elevar a concentração extracelular do neurotransmissor serotonina tanto no organismo como no cérebro.
Devido à sua comprovada eficácia, essas substâncias, juntamente com os antidepressivos, se destacam como os medicamentos mais prescritos para abordar uma gama de distúrbios comportamentais.
A interação entre a serotonina e o funcionamento do cérebro desempenha um papel crucial na regulação do humor e das emoções, tornando essa classe de medicamentos uma opção crucial na busca por uma saúde mental equilibrada.
Portanto, a consideração cuidadosa de seu uso e os potenciais benefícios e riscos associados são essenciais para os pacientes e seus profissionais de saúde.
O Oxalato de Escitalopram é indicado em quais situações?
Assim como os demais Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS), o Escitalopram encontra sua principal indicação no tratamento da depressão, transtorno de ansiedade generalizada, síndrome do pânico e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
Em certas situações, profissionais de saúde também podem prescrevê-lo para lidar com transtorno disfórico pré-menstrual, sudorese noturna e ondas de calor resultantes da menopausa.
A função principal do Oxalato de Escitalopram é aumentar a concentração do neurotransmissor serotonina no corpo e no cérebro.
O que contribui para regular o humor, controlar emoções e melhorar a qualidade de vida das pessoas que enfrentam esses distúrbios comportamentais.
Por ser classificado como medicamento de uso restrito, o Escitalopram não deve ser utilizado sem a devida orientação e acompanhamento médico.
Afinal, como ocorre com todos os antidepressivos, há a possibilidade de desenvolver certa dependência e de enfrentar efeitos adversos, os quais serão abordados detalhadamente mais adiante.
Quando o medicamento é contraindicado?
O Oxalato de Escitalopram é contraindicado para pessoas que possuem alergia ao Escitalopram ou a qualquer componente da fórmula do medicamento.
Também não deve ser usado em conjunto com inibidores da monoamina oxidase (IMAOs) ou em até 14 dias após a interrupção do uso desses medicamentos, devido ao risco de interações graves.
Pacientes com menos de 18 anos, especialmente aqueles com menos de 12 anos, também devem evitar o uso, uma vez que pode haver aumento do risco de comportamento suicida.
Adicionalmente, gestantes e lactantes devem usá-lo com precaução, considerando os riscos para o feto ou bebê em relação aos possíveis benefícios.
Indivíduos com insuficiência hepática grave ou problemas cardíacos graves, como arritmias ou histórico de ataque cardíaco, também devem evitar o uso.
O mesmo se aplica a pessoas que fazem uso concomitante de medicamentos que afetam o ritmo cardíaco, como certos antiarrítmicos.
Além disso, pacientes com glaucoma de ângulo fechado não controlado são contra-indicados, uma vez que existe o risco de aumentar a pressão intraocular.
Percebe-se facilmente que não são poucas as contraindicações para esse medicamento, o que tem a ver com o fato de ele agir diretamente no sistema nervoso central (SNC).
A decisão sobre a prescrição do Oxalato de Escitalopram é feita pelo médico, que levará em consideração a situação clínica do paciente.
Como o Oxalato de Escitalopram age no organismo?
A ação farmacodinâmica do Escitalopram é conduzida pelo seu princípio ativo, que consiste na interação com uma proteína transportadora de serotonina.
Por meio desse mecanismo, o medicamento desempenha seu papel fundamental ao inibir a recaptação da serotonina pelas membranas pré-sinápticas.
Estas membranas, presentes em células neuronais, têm a função de gerar e liberar sinais entre os neurotransmissores, permitindo a comunicação entre as células nervosas.
Essa interação leva a um aumento notável na disponibilidade de serotonina no organismo, o que por sua vez resulta nos efeitos desejados sobre o humor.
Através do acúmulo de serotonina, o medicamento contribui para a regulação das emoções e do equilíbrio emocional.
O que o torna uma ferramenta valiosa no tratamento de condições como depressão e ansiedade.
É importante observar que, como a maioria dos medicamentos antidepressivos, o Escitalopram não atinge sua máxima eficácia imediatamente após o início do tratamento.
O ápice de sua atividade é geralmente alcançado ao longo de um período de duas a quatro semanas, ou até mesmo até 240 dias em algumas situações.
Durante todo o curso do tratamento, é essencial um acompanhamento médico contínuo para monitorar possíveis efeitos colaterais e, se necessário, fazer ajustes na dosagem.
Cada paciente pode responder de maneira individual à terapia, tornando a orientação médica um componente crucial para garantir a eficácia do tratamento e o bem-estar geral do paciente.
Oxalato de Escitalopram reações adversas: quais são as principais?
A quantidade de reações adversas associadas ao uso do Escitalopram variam.
De acordo com a sua bula, algumas são mais frequentes, outras mais difíceis de ocorrer.
Em mais de 10% dos casos, o medicamento causa dor de cabeça e náusea.
Também podem acontecer, na proporção entre 1% e 10% dos pacientes, efeitos como:
- Cansaço;
- Febre;
- Aumento do peso;
- Tremores;
- Boca seca;
- Dores articulares e musculares;
- Sinusite;
- Alterações no apetite;
- Tonturas;
- Inquietação;
- Dificuldades para dormir;
- Sonolência diurna;
- Sensação de picadas na pele;
- Diarreia;
- Constipação;
- Vômitos;
- Aumento do suor.
Também são relatados nessa proporção (entre 1% e 10%) distúrbios sexuais como redução da libido, disfunção erétil e retardo da ejaculação em homens.
Em mulheres, foram detectados problemas graves na libido.
Oxalato de Escitalopram reações gastrointestinais
Oxalato de Escitalopram pode desencadear reações gastrointestinais, o que é comum em alguns casos.
Entre essas possíveis reações, destacam-se náuseas, vômitos, diarreia, constipação e desconforto abdominal.
Esses sintomas, embora variáveis em intensidade, podem surgir devido à ação do medicamento no organismo.
Apesar de comuns, tais efeitos não são experienciados por todas as pessoas que utilizam o Oxalato de Escitalopram.
Por vezes, eles são temporários e tendem a diminuir com o passar do tempo, à medida que o corpo se acostuma com o medicamento.
Caso alguém esteja enfrentando incômodos ou reações gastrointestinais persistentes enquanto está em tratamento com o Oxalato de Escitalopram, é aconselhável informar ao médico.
O profissional poderá avaliar a situação e fornecer diretrizes para amenizar esses efeitos ou, se necessário, ponderar ajustes na dosagem ou na maneira de tomar o medicamento.
Em algumas situações, combinar o uso do medicamento com a ingestão de alimentos pode contribuir para reduzir a probabilidade de tais reações gastrointestinais.
Oxalato de Escitalopram reações dermatológicas associadas ao medicamento
Oxalato de Escitalopram pode ocasionalmente estar associado a reações dermatológicas, que são observadas em determinadas situações.
Essas reações incluem erupções cutâneas, coceira e vermelhidão na pele. Também podem ser atribuídos à maneira como o medicamento interage com o organismo.
No entanto, é importante entender que nem todas as pessoas que utilizam Oxalato de Escitalopram irão experienciar reações dermatológicas.
Além disso, a intensidade desses sintomas pode variar consideravelmente.
Geralmente, essas reações são temporárias e tendem a diminuir ao longo do tempo, à medida que o corpo se adapta à presença do medicamento.
Oxalato de Escitalopram reações na função sexual e libido
Quando se trata da função sexual, algumas pessoas relataram diminuição da libido, dificuldade em alcançar o orgasmo e redução na excitação.
Essas mudanças podem ser frustrantes e impactar a qualidade de vida das pessoas que estão tomando o medicamento.
Assim como os outros sintomas, esses efeitos variam de pessoa para pessoa e nem todos os usuários do medicamento irão experimentá-los.
É crucial discutir qualquer preocupação em relação à função sexual com um profissional de saúde.
Eles podem fornecer orientação sobre como lidar com esses efeitos colaterais, ajustar a dose do medicamento ou explorar outras opções de tratamento.
Em alguns casos, mudar para um medicamento alternativo pode ajudar a reduzir esses efeitos.
Algumas pessoas podem continuar a ter uma função sexual normal enquanto se beneficiam das propriedades antidepressivas do medicamento.
A chave está na comunicação aberta com um médico, para encontrar o equilíbrio certo entre o tratamento da saúde mental e a manutenção de uma boa função sexual.
Oxalato de Escitalopram reações cardiovasculares e alterações na pressão arterial
Oxalato de Escitalopram, um medicamento frequentemente prescrito para tratar transtornos de ansiedade e depressão, pode ter implicações cardiovasculares que são importantes de se entender.
O Escitalopram, o componente ativo, afeta a química do cérebro, o que por sua vez pode ter efeitos sobre o sistema cardiovascular.
Algumas pessoas que tomam Oxalato de Escitalopram podem experimentar alterações na pressão arterial.
Em algumas situações, ocorre um ligeiro aumento da pressão arterial, enquanto em outras, ocorre uma diminuição.
Estas variações podem ser um resultado direto das mudanças na serotonina induzidas pelo medicamento.
No entanto, alguns indivíduos podem não apresentar nenhuma alteração significativa na pressão arterial ou outros aspectos cardiovasculares enquanto estão em tratamento com o medicamento.
Qualquer pessoa que esteja tomando Oxalato de Escitalopram deve ser monitorada de perto pelo médico para detectar qualquer sinal de preocupação.
É importante não ignorar quaisquer alterações na pressão arterial ou outros sintomas cardiovasculares.
Aqueles que notam qualquer mudança significativa devem relatar esses sintomas ao médico imediatamente.
Em alguns casos, pode ser necessário ajustar a dose do medicamento ou considerar alternativas de tratamento.
Oxalato de Escitalopram reações no sistema nervoso
O Oxalato de Escitalopram tem um impacto direto no sistema nervoso que por vezes é bastante negativo.
Algumas pessoas que começam a tomar esse medicamento podem notar uma espécie de “ajuste” inicial em seu sistema nervoso.
Isso se manifesta como uma sensação de agitação, inquietude ou até mesmo insônia.
Essas experiências, embora temporárias, podem ser um desafio para alguns, mas muitas vezes tendem a diminuir à medida que o corpo se acostuma com o medicamento.
No entanto, em casos raros, pode ocorrer uma resposta mais intensa.
Alguns indivíduos podem experimentar um aumento nos níveis de serotonina, que é o alvo principal do medicamento.
O que pode resultar em sintomas mais graves, como agitação extrema, tremores, sudorese excessiva e uma sensação geral de desconforto.
Este é um sinal de alerta importante, e qualquer sinal desse tipo deve ser relatado imediatamente a um profissional de saúde.
Como todos reagem de forma diferente, a jornada com o Oxalato de Escitalopram é única.
A chave é a comunicação contínua com o médico, para que possam ajustar a abordagem conforme necessário e garantir que os efeitos no sistema nervoso estejam sendo administrados da melhor maneira possível.
Quais são os outros efeitos colaterais do Oxalato Escitalopram?
Além das reações mais comuns, também foram documentadas em testes algumas mais raras e que acometem até 1% das pessoas que tomam Escitalopram.
São elas:
- Sangramento vaginal;
- Queda de cabelo;
- Perda de peso;
- Inchaços nos membros superiores e inferiores;
- Batimentos cardíacos mais acelerados;
- Sangramento nasal;
- Sangramentos gastrointestinais;
- Urticária;
- Eczemas e coceira;
- Ranger de dentes;
- Agitação;
- Nervosismo;
- Ataque de pânico;
- Confusão mental;
- Alterações no sono e no paladar;
- Pupilas dilatadas (midríase);
- Barulhos nos ouvidos (tinnitus ou zumbido);
- Distúrbios visuais.
Interações medicamentosas: Substâncias a evitar durante o tratamento
Durante o tratamento com escitalopram, um antidepressivo que atua aumentando os níveis de serotonina no cérebro, você precisa estar ciente das possíveis interações medicamentosas que podem ocorrer.
Uma classe de medicamentos a ser evitada são os inibidores da monoamina oxidase (IMAOs).
Sua combinação com o escitalopram pode levar a uma condição conhecida como síndrome serotoninérgica, que pode ser grave e potencialmente fatal.
Adicionalmente, é importante evitar o uso concomitante de outros medicamentos que afetam o sistema serotoninérgico, como alguns antidepressivos, triptanos (usados para tratar enxaquecas), tramadol (um analgésico) e certos antieméticos.
O consumo excessivo de álcool também deve ser evitado durante o tratamento com escitalopram.
O álcool pode potencializar os efeitos colaterais do medicamento, como sonolência e tontura, além de interferir com a eficácia do tratamento.
Por isso, o paciente deve informar sobre o uso de qualquer outro medicamento, suplemento ou substância que esteja utilizando com o seu médico ou profissional de saúde.
Não interrompa nem ajuste a dose do escitalopram sem o conhecimento e a orientação do seu médico, pois isso pode afetar negativamente o tratamento da sua condição.
Como minimizar e lidar com os efeitos colaterais do medicamento?
Comece conversando com o médico sobre os efeitos colaterais para receber orientações específicas.
O médico costuma iniciar com uma dose baixa e aumentar gradualmente. É importante tomar o medicamento no mesmo horário todos os dias.
Comer antes de tomar pode ajudar a reduzir os efeitos colaterais; certifique-se de consultar o médico.
Mantenha-se hidratado, bebendo água regularmente para evitar a boca seca.
Por outro lado, manter uma dieta equilibrada pode minimizar o ganho de peso e outros efeitos colaterais.
Além disso, a atividade física regular pode melhorar o humor e reduzir a fadiga. Quando combinada com um sono adequado, ajuda a combater a insônia ou a sonolência.
Registre os efeitos colaterais que você observa e compartilhe com o médico.
Lembre-se de que muitos efeitos diminuem à medida que o corpo se adapta ao medicamento.
Se os efeitos forem graves, entre em contato com o médico; não ajuste a dose por conta própria.
Como substituir o medicamento Oxalato de Escitalopram por tratamentos mais naturais?
O Escitalopram é considerado um antidepressivo avançado, porque, em relação aos outros, ele é o que apresenta a menor incidência de efeitos adversos.
Além disso, sua capacidade de causar dependência química é mais baixa, se comparada com medicamentos para tratar da depressão e transtornos de ansiedade.
Por que, então, uma pessoa descontinuaria o tratamento com essa substância?
Tratamentos naturais têm menos probabilidade de causar efeitos colaterais intensos, comuns em medicamentos.
Para algumas pessoas, essa é uma razão significativa para buscar essas alternativas.
Há também pessoas que preferem evitar medicamentos sintéticos sempre que possível, optando por tratamentos naturais como parte de um estilo de vida mais saudável.
Outra preocupação é que medicamentos podem criar dependência física ou psicológica. Optar por terapias naturais pode reduzir essa preocupação.
No entanto, embora tenha um potencial de gerar dependência menor, o Oxalato de Escitalopram não pode deixar de ser administrado sem acompanhamento médico.
Isso porque a interrupção repentina do tratamento pode causar efeitos colaterais, como tonturas, problemas de sono, ansiedade, entre outros.
Sendo assim, uma opção que vem ganhando popularidade como alternativa a esse medicamento é o uso de Cannabis medicinal, que vamos conhecer a partir de agora.
O que é a Cannabis medicinal?
Desde tempos imemoriais o homem tira proveito das muitas substâncias encontradas nas plantas do gênero Cannabis.
Estima-se que os primeiros registros do seu uso sejam datados na pré-história.
No entanto, as primeiras descobertas científicas modernas aconteceram somente no século XIX: no ano de 1840, um cientista conhecido por J.J. Schlesinger conseguiu obter em laboratório o primeiro extrato ativo de cânhamo.
O outro grande salto só veio na década de 1960, quando o químico Raphael Mechoulam identificou e isolou os canabinoides THC e canabidiol (CBD).
Vinte anos depois, a equipe do cientista descobriria que o corpo humano possui um sistema receptor e produtor destas substâncias, o sistema endocanabinoide.
Foi a partir dessa incrível descoberta que passamos a olhar mais de perto para a Cannabis e, mais especificamente, para os canabinoides, a principal classe de substâncias extraídas dessa planta.
Entre os mais de 100 tipos já catalogados pela ciência, destaca-se o canabidiol.
Ele se tornou uma espécie de “estrela” para a medicina, porque é, até agora, o canabinoide que reúne mais propriedades curativas e terapêuticas.
De fato, a julgar pelos incontáveis casos de pessoas que se recuperaram de doenças graves ou obtiveram alívio de sintomas, não é injustificada a fama.
Para que serve a Cannabis medicinal?
A Cannabis se destaca por ter poderosos compostos usados no tratamento de uma imensa lista de enfermidades.
Por isso, muitos cientistas e membros da comunidade médica defendem de forma apaixonada (mas não menos embasada cientificamente) o seu uso medicinal.
Para começar, raras substâncias na natureza servem para tratar tantas doenças ao mesmo tempo.
No entanto, a Cannabis tem o potencial para tratar ou complementar o tratamento das seguintes condições:
- Artrite reumatoide
- Artrose
- Autismo
- Câncer
- Dependência química
- Dermatite, acne e psoríase
- Diabetes
- Doença de Alzheimer
- Doença de Parkinson
- Doenças gastrointestinais
- Dor neuropática
- Dores de cabeça
- Endometriose
- Enxaqueca
- Epilepsia
- Esclerose múltipla
- Fibromialgia
- Glaucoma
- Insônia
- HIV
- Lesões musculares
- Obesidade
- Osteoporose
- Paralisia cerebral
- Síndrome de Tourette
- Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)
- Transtorno do estresse pós-traumático (TEPT)
- Doenças veterinárias.
Poderíamos estender ainda mais essa lista, mas, por essa breve amostra, não restam dúvidas de que o uso de Cannabis é realmente um tratamento natural que vale a pena considerar.
Seu mecanismo de ação faz com que ela seja bem tolerada na maioria dos casos, com raros efeitos adversos.
Vamos conferir, então, de que forma a Cannabis promove benefícios à saúde e algumas das suas propriedades terapêuticas.
Quais os benefícios comprovados da Cannabis medicinal para depressão e ansiedade?
Nos últimos anos, o interesse pela Cannabis medicinal subiu.
Agora menos estigmatizada e mais amplamente disponível, a Cannabis medicinal está sendo usada para tratar uma variedade de condições de saúde, incluindo depressão e ansiedade.
Tanto os transtornos depressivos quanto os transtornos de ansiedade são condições comuns de saúde mental.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 264 milhões de pessoas tenham depressão clínica, enquanto cerca de 31% dos adultos terão um transtorno de ansiedade em algum momento de suas vidas.
Com um aumento nos estudos sobre potencial médico da Cannabis e seus extratos (CBD e THC), mais pessoas estão se perguntando se a Cannabis pode ser usada para gerenciar essas condições comuns de saúde mental.
O estudo Antidepressant-like and anxiolytic-like effects of cannabidiol: a chemical compound of Cannabis sativa concluiu que o CBD, em particular, pode ajudar na depressão porque pode afetar os receptores 5-HT1A.
Estes são um tipo de receptor de serotonina, onde também atua o Oxalato de Escitalopram. A serotonina é frequentemente chamada de “molécula da felicidade”, pois baixos níveis de serotonina estão associados à ansiedade e depressão.
Além disso, há algumas pesquisas sugerindo que baixas doses de THC poderiam ajudar a aliviar a ansiedade.
Uma dessas pesquisas é Dose-related effects of delta-9-THC on emotional responses to acute psychosocial stress.
Neste estudo, voluntários saudáveis participaram de duas sessões experimentais, uma com estresse psicossocial e outra com uma tarefa não estressante, depois de receber 7,5mg ou 12,5 mg de THC oral.
Ao final do estudo, em comparação com o placebo, 7,5 mg de THC reduziu significativamente o estresse subjetivo autorreferido após o teste de estresse.
Como o canabidiol age no organismo?
Como você viu, o divisor de águas para a Cannabis medicinal foi a descoberta do sistema endocanabinoide.
É nele que atuam os canabinoides endógenos, que todos nós produzimos naturalmente.
Nesse caso, os endocanabinoides auxiliam em uma série de reações orgânicas e processos bioquímicos.
Destacam-se nessa classe de substâncias a anandamida e o 2-AG.
Mas se já produzimos os nossos próprios canabinoides, para que serve o CBD?
Acontece que o canabidiol, como todo fitocanabinoide, ou seja, um canabinoide derivado de plantas, age como um potencializador do que já fazem os seus “irmãos”.
Assim como os seus pares endógenos, ele se liga a dois receptores presentes na maior parte das células humanas, o CB1 e o CB2.
É com base nessa ligação que ele modula diversas funções desempenhadas pelos endocanabinoides, promovendo benefícios à saúde.
Isso porque o papel principal do sistema endocanabinoide é realizar a homeostase, ou seja, promover o equilíbrio do organismo.
Significa que, quando uma reação demanda controle, ele atua suprimindo-a, enquanto reações deficientes podem ser estimuladas, se necessário.
Quais são os efeitos colaterais do canabidiol?
Não é apenas por ser efetivo no tratamento de inúmeras doenças que o CBD é um aliado da saúde humana.
Afinal, se fosse só por isso, todos os medicamentos conhecidos deveriam ser exaltados pelas suas propriedades.
O detalhe que faz toda a diferença, no caso do canabidiol, é ser uma substância em geral bem tolerada pelo organismo e com pouquíssimos efeitos colaterais.
Nesse aspecto, já existem estudos que sugerem a segurança em utilizá-lo como recurso terapêutico.
Um dos mais conhecidos é o Cannabidiol Adverse Effects and Toxicity.
Dirigido por pesquisadores da Universidade de Roma e da Filadélfia, ele traz importantes revelações acerca do baixo risco oferecido pelo CBD.
Sua conclusão não poderia ser mais clara:
“(…) os possíveis fatores que contribuem para os efeitos colaterais do CBD são a potência dos medicamentos, a forma de administrá-lo (transdérmica, vaporizada ou oral), o uso em paralelo de outras drogas lícitas e ilícitas e as interações com outros remédios”.
Ou seja, o canabidiol, em si, não apresenta efeitos colaterais. Tudo vai depender, como concluem os pesquisadores, de aspectos externos.
O que é preciso para comprar medicamentos à base de canabidiol?
Desde 2015, quando a Anvisa retirou o CBD da lista de substâncias proibidas, a legislação vem, gradativamente, ampliando as possibilidades de se adquirir produtos à base do composto.
A opção mais fácil e rápida é recorrer às farmácias e drogarias nacionais.
Nesse caso, a compra do canabidiol é feita como a de um remédio comum de uso controlado.
Para isso, basta apenas que a pessoa compareça ao estabelecimento com a receita médica, que será retida pela farmácia/drogaria.
No entanto, considerando a disponibilidade bastante reduzida de medicamentos de produção nacional, na maior parte dos casos, a solução é importar.
Veja, então, o que fazer do início ao fim do processo.
Prescrição médica
Como agora você já sabe, o CBD é um fármaco que só pode ser comprado mediante prescrição médica.
Dessa forma, a primeira medida a ser tomada para garantir sua aquisição é obter a receita, que deve ser emitida por um especialista ou clínico geral.
Por outro lado, nem todos os médicos brasileiros optam pelo canabidiol como alternativa de tratamento.
Sendo assim, fica a indicação da nossa lista de profissionais prescritores como opção para facilitar na busca por quem possa receitar CBD.
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Solicitação junto à Anvisa
Uma boa notícia em relação ao processo de importação de produtos à base de canabidiol é que, hoje, ele é bem mais rápido do que foi no começo.
Se, há alguns anos, as pessoas podiam esperar até três meses para ter uma resposta da Anvisa, agora o órgão de vigilância sanitária se manifesta em até dez dias, em média.
Hoje, também são exigidos menos documentos, bastando somente a receita médica para fazer o pedido.
Outra facilidade bem-vinda é que o formulário para solicitação de importação de CBD encontra-se disponível online.
Vale destacar que o pedido pode ser feito pelo próprio paciente ou por seu representante legal autorizado por procuração.
Resposta do órgão
Depois que o pedido é protocolado online, resta esperar pela resposta da Anvisa que, como vimos, demora cerca de dez dias.
Não deixe de observar, ainda, se o remédio a ser comprado faz parte da relação dos autorizados pela Anvisa.
Se o medicamento a ser importado não estiver nela, faça contato com a Anvisa para saber se é possível comprá-lo mesmo assim.
Compra e entrega
Com tudo pronto, você só precisa escolher de qual loja ou empresa vai importar o medicamento que precisa, na posologia indicada pelo médico.
Embora o processo possa ser feito por qualquer pessoa, nem sempre contamos com tempo ou conhecimento suficientes para dar conta de todas as etapas.
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Conclusão
O Oxalato de Escitalopram é, como você viu ao longo deste conteúdo, uma das mais bem-vindas e recentes descobertas da indústria farmacêutica.
No entanto, da mesma forma como ocorre com outros medicamentos antidepressivos e ansiolíticos, ele apresenta efeitos adversos a considerar.
Embora essas reações sejam menos graves e recorrentes do que se compararmos com outros fármacos do gênero, elas existem e não podem ser ignoradas.
Nesse ponto, o CBD ganha ainda mais força por todos os benefícios que ele promove e por ser muito menos perigoso para o organismo, com raros e mínimos efeitos indesejados.
Ainda assim, mesmo que seja seguro, seu uso deve ser sempre orientado e acompanhado por um médico especialista.
Como você também viu no texto, a indústria farmacêutica não para de evoluir.
Para ficar por dentro das últimas novidades, não deixe de acompanhar o portal Cannabis & Saúde.
Aqui, você encontra informações embasadas em estudos científicos sobre a medicina canabinoide.