A osteoporose senil é uma condição óssea comum que afeta milhões de pessoas idosas em todo o mundo.
Essa doença é caracterizada pela diminuição da densidade óssea e aumento do risco de fraturas, podendo apresentar um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes.
Neste texto, exploraremos os sintomas, o processo de diagnóstico e as opções de tratamento disponíveis para ajudar a gerenciar e combater a osteoporose senil, além de ajudar a compreender melhor essa condição e suas implicações e como adotar medidas preventivas e terapêuticas mais eficazes para promover a saúde óssea das pessoas idosas.
Por aqui, você vai encontrar:
- O que é osteoporose senil?;
- Quais são os sintomas da osteoporose senil?;
- Quem está mais suscetível à osteoporose senil?;
- Quais as possíveis complicações da osteoporose senil?;
- Como é diagnosticada a osteoporose senil?;
- A osteoporose senil pode ser revertida?;
- Qual é o tratamento para osteoporose senil?;
- A Cannabis medicinal pode auxiliar no tratamento da osteoporose?;
- Como cuidar do idoso com osteoporose? Veja algumas recomendações.
Acompanhe este artigo e confira!
O que é osteoporose senil?
A osteoporose é uma doença que atinge os ossos do paciente, causando fragilidade e aumentando a probabilidade de fraturas. Ela é um problema, de certa forma, bastante comum, que costuma atingir, na grande maioria das vezes, mulheres.
Chamamos de osteoporose senil o tipo da doença que atinge pessoas com 70 anos ou mais.
Sendo assim podemos dizer que essa classe da osteoporose tem como principal fator o envelhecimento, sendo que, neste caso, o aumento da atividade do paratormônio, hormônio que controla os níveis de cálcio no organismo, é a principal causa do problema, assim como a perda óssea.
Quais são os sintomas da osteoporose senil?
A osteoporose senil, de forma geral, apresenta poucos sintomas. Dessa forma, normalmente há uma desconfiança quando o paciente começa a apresentar fraturas em situações de pequenos traumas.
No entanto, existem alguns sintomas que podem ser observados nos pacientes da doença, como:
- Dores na coluna;
- Retração da gengiva;
- Redução da altura;
- Formigamento nas pernas;
- Dores no pescoço;
- Dores nos quadris.
Principais tipos de fraturas associadas à osteoporose senil
Como dissemos, a forma mais comum de se notar a incidência da osteoporose senil são as fraturas. Elas acabam se tornando frequentes, devido à fragilidade nos ossos causadas pela doença.
As principais fraturas com as quais os pacientes com osteoporose senil sofrem são:
- Fêmur;
- Quadril;
- Coluna lombar;
- Úmero;
- Ombro;
- Rádio;
- Punho.
Essas fraturas podem, frequentemente, causar problemas de mobilidade, força e função das articulações.
Por isso, é importante prevenir a osteoporose, assim como tratar adequadamente a doença após o diagnóstico.
Quem está mais suscetível à osteoporose senil?
Como comentamos no início deste texto, as mulheres são o grupo mais suscetível à osteoporose, apesar de a doença também acometer homens.
No entanto, a menopausa pode ser um fator determinante, já que causa a diminuição dos níveis de estrogênio, que desempenha um papel importante na manutenção da densidade óssea.
Existem alguns fatores que também podem trazer risco de desenvolvimento da osteoporose senil.
São o histórico familiar, a baixa ingestão de cálcio e vitamina D, tabagismo, consumo excessivo de álcool, falta de exercício e certos problemas de saúde, como doenças da tireoide e doenças gastrointestinais.
Quais as possíveis complicações da osteoporose senil?
A osteoporose senil pode levar diversas complicações à vida do paciente.
A principal delas são as frequentes fraturas às quais quem sofre com a doença fica suscetível, graças à fragilidade dos ossos causada pela deficiência de cálcio.
As fraturas ósseas associadas à osteoporose senil podem exigir cirurgia e reabilitação intensiva.
Além disso, as complicações pós-fratura, como pneumonia ou trombose venosa profunda, também podem ocorrer.
A doença também traz um forte impacto na qualidade de vida, já que o paciente acaba sentindo dores crônicas e limitações de mobilidade, além, é claro, da preocupação com as ditas fraturas.
Outra complicação são as curvaturas anormais da coluna vertebral, como a cifose e a lordose, devido à diminuição da densidade óssea.
Por fim, também há uma preocupação com o aumento do risco de mortalidade, já que fraturas mais graves, como as no quadril, podem potencializar o risco de morte em pessoas idosas.
Sendo assim é crucial tratar adequadamente a osteoporose senil de acordo com as recomendações médicas, que geralmente envolvem uma combinação de medicamentos, suplementos de cálcio e vitamina D, dieta adequada, exercícios de fortalecimento e medidas para prevenir as quedas.
A osteoporose senil pode levar à perda de altura?
Sim, a osteoporose senil pode levar à perda de altura. Isso ocorre devido à diminuição da densidade óssea na coluna vertebral, tornando os ossos da coluna mais frágeis e menos densos.
Assim, eles podem comprimir ou colapsar gradualmente ao longo do tempo, o que pode resultar em uma curvatura anormal da coluna vertebral, conhecida como cifose ou “corcunda”.
Essa deformidade pode causar uma diminuição perceptível na altura, além de causar dor nas costas e uma postura encurvada.
Como é diagnosticada a osteoporose senil?
O diagnóstico da osteoporose senil se dá por meio da análise dos sintomas do paciente, além de exames físicos, de imagem e laboratoriais.
Dentre esses exames, o mais indicado é a densitometria óssea (DMO), que consiste em analisar a massa óssea da coluna e do fêmur do paciente, apresentando três possíveis resultados:
- Densidade óssea normal: quando é notada uma perda óssea de até 10% em comparação a quem não tem a doença;
- Osteopenia: é como é chamada a diminuição da massa óssea entre 10% e 25%;
- Osteoporose: quando existe perda óssea maior que 25%.
A osteoporose senil pode ser revertida?
Na verdade, podemos dizer que o enfraquecimento dos ossos é um processo. Isso porque o organismo renova as células ósseas à medida em que outras são descartadas, como um ciclo que garante que tenhamos um estoque de massa óssea.
No entanto, com o envelhecimento, especialmente quando não há um cuidado do paciente ao longo da vida, a renovação vai perdendo as forças até se tornar ineficiente.
É aí que os ossos passam a se tornar mais fracos, ganhando mais porosidade.
Quando a perda óssea se encontra em até 25%, o que consideramos um estágio inicial (osteopenia, como dissemos anteriormente), existem tratamentos capazes de reverter a condição e trazer de volta a saúde dos ossos.
Mas, se não houver tratamento adequado a tempo e o processo seguir evoluindo, o quadro pode chegar à osteoporose de fato.
A osteoporose, por sua vez, é o quadro mais grave e, então, não há mais possibilidade de cura. No entanto, com tratamento e alguns cuidados, ainda é possível que o paciente tenha uma boa qualidade de vida, mesmo com a condição.
Qual é o tratamento para osteoporose senil?
O tratamento da osteoporose senil deve seguir as recomendações médicas para cada caso, pois é individual e leva em consideração uma série de fatores.
No caso da osteoporose senil, o tratamento mais recomendado é a suplementação do cálcio e da vitamina D, assim como a prática regular de atividade física para fortalecer a musculatura do paciente, evitando possíveis quedas.
A Cannabis medicinal pode auxiliar no tratamento da osteoporose?
Sim, a Cannabis pode funcionar como um tratamento para aliviar os sintomas da osteoporose, graças à interação com o sistema endocanabinoide e dos receptores CB1 e CB2, que desempenham papel importante na manutenção dos processos fisiológicos essenciais do nosso corpo.
Estudos pré-clínicos mostraram que células humanas tratadas com CBD apresentaram maiores níveis do hormônio responsável pela produção de células ósseas, o que ajudaria a restaurar os ossos dos pacientes com osteoporose.
No entanto, mais estudos ainda são necessários.
Por outro lado, os já conhecidos benefícios da Cannabis no controle da dor e suas propriedades anti-inflamatórias também podem auxiliar nos sintomas, dando mais qualidade de vida a quem vive com osteoporose.
Quais estudos mostram a eficácia da Cannabis para osteoporose?
Como comentamos no tópico anterior, um estudo pré-clínico mostrou que, apesar de ainda ser cedo para afirmar que o CBD é um tratamento eficaz contra a osteoporose, há indícios de seus benefícios para os pacientes da doença.
Neste estudo, os pesquisadores examinaram o comportamento de células humanas pré-tratadas com canabidiol e observaram níveis aumentados de um hormônio responsável pela produção de células ósseas.
Além disso, a recuperação óssea em camundongos pré-tratados com CBD foi avaliada, e foi notada uma restauração mais rápida em comparação com os camundongos do grupo controle, levando a uma indicação de que o uso de CBD em pacientes com osteoporose pode ter um impacto positivo na morfologia óssea.
O estudo de caso Oral Cannabidiol Treatment in Two Postmenopausal Women with Osteopenia: A Case Series mostrou que o CBD foi bem tolerado por pacientes que o administraram de forma oral duas vezes ao dia durante 12 semanas, sem que fossem observadas alterações notáveis nos distúrbios do sono, depressão, ansiedade, estresse ou qualidade de vida.
Esses indivíduos mostraram redução nos marcadores medidos de remodelação óssea, o que também pode indicar que o CBD pode ajudar na renovação dos ossos dos pacientes, ainda que sejam necessários mais estudos em humanos para confirmar tal benefício.
Como iniciar um tratamento legal à base de Cannabis medicinal?
Para iniciar um tratamento à base de Cannabis medicinal de forma legal, o primeiro passo é buscar um médico prescritor que possa analisar se o caso é passível desse tipo de tratamento.
Em casos positivos, o médico fornecerá uma prescrição com a qual será possível comprar diretamente em uma farmácia ou dar entrada com um pedido junto à Anvisa para importar remédios à base de canabinoides.
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Como cuidar do idoso com osteoporose? Veja algumas recomendações
Cuidar de um idoso com osteoporose requer atenção especial para ajudar a minimizar o risco de quedas e fraturas ósseas, bem como garantir que estejam recebendo os cuidados necessários para gerenciar sua condição.
Veja abaixo algumas recomendações para oferecer o cuidado adequado a uma pessoa que sofre com osteoporose senil:
- Leve-o a consultas médicas regulares para monitorar sua condição, ajustar o tratamento conforme necessário e realizar exames de densidade óssea;
- Mantenha uma dieta balanceada, rica em cálcio e vitamina D, essenciais para a saúde dos ossos. Essa dieta pode incluir alimentos como laticínios, peixes gordurosos, vegetais de folhas verdes, dentre outros. Se necessário, consulte um médico sobre a suplementação de cálcio e vitamina D para garantir uma ingestão adequada desses nutrientes;
- Incentive o idoso a manter uma rotina de exercícios físicos para fortalecimento muscular e equilíbrio, como caminhadas, ioga e levantamento de peso leve. Esses exercícios podem ajudar a fortalecer os ossos e reduzir o risco de quedas;
- Faça modificações no ambiente doméstico para minimizar o risco de quedas. Um bom começo é remover tapetes escorregadios, instalar corrimãos e barras de apoio no banheiro, além de garantir uma iluminação adequada;
- Caso se faça necessário, forneça dispositivos de auxílio, como bengalas, andadores ou cadeiras de rodas, para ajudar o idoso a se locomover com mais segurança;
- Certifique-se de que o idoso esteja seguindo corretamente o plano de tratamento prescrito pelo médico, incluindo o uso de medicamentos para fortalecer os ossos, se necessário.
Além desses cuidados, é importante manter sempre uma comunicação aberta sobre a condição do paciente e quaisquer preocupações ou sintomas que estejam enfrentando.
Não deixe de lado, também, o monitoramento da saúde mental e procure ajuda profissional se houver sinais de depressão ou isolamento social.
Conclusão
Como vimos ao longo do texto, a osteoporose senil representa um desafio significativo para a saúde óssea e o bem-estar dos idosos.
Através da identificação precoce dos sintomas, um diagnóstico preciso e a implementação de estratégias de tratamento adequadas, é possível ajudar a minimizar o impacto negativo dessa condição e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Além disso, medidas preventivas, como uma dieta balanceada, exercícios físicos regulares e modificações no estilo de vida, desempenham um papel fundamental na prevenção da osteoporose e na promoção da saúde óssea ao longo da vida.
Ao continuar avançando em pesquisas e práticas clínicas, podemos fortalecer nossa abordagem para enfrentar a doença e proporcionar um envelhecimento mais saudável e ativo para a população idosa, inclusive com o uso da Cannabis medicinal como uma aliada no tratamento desta e de diversas outras condições.
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