Você sofre de depressão e sente que ela afeta muitos aspectos de sua vida? Já não consegue dormir bem, a sua libido é afetada e sente-se como se estivesse vivendo em câmara lenta?
A depressão é um distúrbio de humor cujas repercussões neurológicas são bem conhecidas.
No entanto, você pode não saber alguns dos efeitos que esse estado depressivo pode ter em algumas de suas habilidades cognitivas ou no seu funcionamento físico.
Quer saber todos os efeitos da depressão no corpo e no cérebro? Então, continue lendo este artigo, onde abordaremos as principais consequências da depressão.
Também veremos como estas consequências podem ser amenizadas com o uso da Cannabis medicinal.
A seguir, aprenderemos sobre:
- O que a depressão pode causar no corpo humano?
- Como é o diagnóstico e tratatamento da depressão?
- Como a Cannabis medicinal pode auxiliar no tratamento da depressão?
O que a depressão pode causar no corpo humano?
A depressão não é apenas um fardo emocional, mas também exerce um impacto tangível sobre o corpo humano.
Ela é como uma sombra que se estende para além da mente, tocando muitos aspectos da saúde física.
O sistema imunológico, normalmente responsável por manter as defesas do corpo, pode enfraquecer em sua batalha contra invasores.
Isso torna o organismo mais suscetível a doenças, abrindo portas para doenças que normalmente seriam combatidas pelo sistema autoimune.
Adicionalmente, a depressão frequentemente dá início a um processo inflamatório crônico, que pode desencadear uma série de complicações metabólicas e cardiovasculares.
O corpo pode sofrer desafinações sob a pressão constante da depressão, manifestando-se em problemas de saúde visíveis.
Distúrbios do sono
A depressão e o sono têm uma relação complexa e interligada. Os distúrbios do sono podem ser uma extensão direta da tormenta emocional que a depressão provoca.
A insônia, por exemplo, pode se manifestar como uma dificuldade em adormecer ou manter o sono, resultando em noites inquietas.
Por outro lado, o sono excessivo, chamado de hipersonia, também é um efeito possível, fazendo com que as horas de vigília e sono pareçam desequilibradas.
Esses distúrbios do sono podem criar um ciclo vicioso, alimentando ainda mais a depressão.
A falta de sono adequado pode exacerbar os sintomas depressivos, enquanto a depressão por sua vez pode piorar a qualidade do sono.
No entanto, a interação entre esses dois aspectos pode transformar a noite em um campo de batalha emocional, onde o descanso necessário parece escapar por entre os dedos.
Fadiga e falta de energia
A depressão muitas vezes leva a uma fadiga esmagadora que afeta tanto o corpo quanto a mente.
A sensação de exaustão constante pode tornar as atividades diárias um desafio monumental.
Tarefas simples que costumavam ser realizadas com facilidade podem agora exigir um esforço hercúleo, deixando-nos com a impressão de que estamos arrastando um peso invisível.
A falta de energia não é apenas física, mas também mental. A mente, normalmente ativa e alerta, pode parecer turva e nebulosa.
Mesmo interações sociais simples podem ser drenantes, como se a energia necessária para se conectar com os outros estivesse em falta.
Mudanças no apetite e peso
Os efeitos da depressão no corpo são inicialmente notados no seu peso.
Na verdade, é bem possível que você observe grandes variações de peso se sofrer de depressão.
Os maus hábitos alimentares instalam-se e o apetite é prejudicado quando o bem-estar físico é deixado em segundo plano.
O seu transtorno depressivo promove um desequilíbrio alimentar profundo que pode ser observado por:
- Uma consequente perda de peso: você perde todo o interesse em cozinhar, este hábito se torna uma tarefa árdua. Os alimentos não têm o mesmo sabor. Você pula as refeições porque não tem mais vontade ou força para comer.
- Rápido ganho de peso: você começa a consumir refeições por compensação, com o objetivo de se sentir melhor. Aqui, estamos falando de alimentação emocional. Muitas vezes, a pessoa com o transtorno favorece alimentos gordurosos e açucarados.
A redução da atividade física durante este período também pode ser um fator que leva ao ganho de peso.
Dores físicas
No contexto corpóreo, a depressão pode também desencadear sensações de dor física.
A dor é considerada crônica quando seus sinais perduram ou ressurgem de forma regular durante um período superior a três meses.
Há uma forte interligação entre a dor crônica e a depressão, pois esta última pode induzir sensações dolorosas, e vice-versa.
Indivíduos que enfrentam depressão ocasionalmente experimentam desconfortos nas articulações, músculos ou manifestações de doenças cardiovasculares e infecciosas.
Estudos têm indicado uma correlação entre esses estados dolorosos e os transtornos depressivos: mais de 40% dos pacientes submetidos a tratamento para depressão também apresentam outra condição de doença ou síndrome de dor crônica.
É importante notar, por fim, que existe uma associação entre certas doenças e a presença de depressão, aumentando o risco de seu desenvolvimento.
No entanto, é necessário destacar que a ocorrência destas enfermidades nem sempre está vinculada a algum distúrbio depressivo.
Problemas digestivos
O sistema digestivo, normalmente silencioso em sua função, também pode ceder à influência da depressão.
Problemas gastrointestinais podem surgir, manifestando-se como náuseas, dores de estômago, constipação ou diarreia.
A relação entre o estresse emocional e os sintomas digestivos é um testemunho da interconexão complexa do corpo humano.
A depressão pode ser como um turbilhão que agita as águas do sistema digestivo.
Por outro lado, a ansiedade e a tensão que muitas vezes acompanham a depressão podem encontrar uma saída em problemas gastrointestinais, como se o corpo estivesse tentando expressar a agitação interna de maneira tangível.
Agravamento de condições médicas existentes
A depressão também pode ter um efeito colateral preocupante: o agravamento de condições médicas já existentes.
As condições crônicas, que normalmente são gerenciáveis, podem ser exacerbadas pela presença da depressão.
Isso ocorre porque a depressão pode influenciar diretamente a maneira como o corpo responde a essas condições, ampliando os sintomas e tornando a gestão mais desafiadora.
A interação entre a depressão e condições médicas preexistentes pode criar uma teia complexa de desafios de saúde.
A compreensão dessa relação delicada pode ser fundamental para abordar a saúde de maneira holística e eficaz.
Redução da libido e disfunção sexual
A depressão não apenas afeta o nosso estado de espírito, mas também exerce influência sobre várias outras áreas, incluindo relações familiares, o ambiente de trabalho e até mesmo a intimidade do casal.
Muitos indivíduos relatam uma redução no desejo sexual, uma diminuição da excitação ou dificuldade em atingir o orgasmo.
A conexão entre a saúde mental e a sexualidade é complexa, com a depressão muitas vezes nublando a chama que costumava arder.
É interessante observar que a depressão tem a capacidade de impactar a sexualidade de maneira notável.
Tanto nas mulheres quanto nos homens, o desejo sexual pode ser afetado. O turbilhão emocional que acompanha a depressão pode levar a uma diminuição da excitação e do interesse sexual.
Além disso, as dificuldades sexuais podem ter repercussões nas relações íntimas.
A diminuição do desejo e a dificuldade em experimentar emoções relacionadas à intimidade podem criar um afastamento entre os parceiros.
O uso de antidepressivos, embora benéfico para a saúde mental, pode, em alguns casos, contribuir para uma redução do desejo sexual.
Esses desafios na esfera íntima também podem desencadear conflitos nos relacionamentos.
A comunicação rompida e a falta de compreensão podem agravar a situação, tornando o enfrentamento da depressão ainda mais complexo.
É notório que as preocupações relacionadas à sexualidade podem se sobrepor aos pensamentos depressivos, agravando o quadro.
Esses efeitos podem ser o resultado direto das mudanças químicas no cérebro e da influência da depressão sobre os sistemas de recompensa.
Tensão muscular
A depressão não conhece limites; ela também pode afetar os músculos do corpo.
Tensão muscular constante é um sintoma frequente, como se o corpo estivesse reagindo ao estresse emocional com rigidez física.
Isso pode se manifestar como dor nas costas, pescoço rígido ou dores musculares difusas.
A relação entre a tensão muscular e a depressão é uma janela para a interconexão entre mente e corpo.
Problemas cardiovasculares
A depressão pode ecoar nos batimentos do coração, afetando os sistemas cardiovasculares.
A pressão arterial pode ser afetada, com oscilações que aumentam o risco de problemas cardíacos.
Além disso, a depressão também pode influenciar a frequência cardíaca e o ritmo, criando um ambiente no qual a saúde do coração é impactada.
A conexão entre a saúde mental e a saúde cardiovascular é mais do que uma coincidência.
O estresse emocional pode criar uma cascata de respostas químicas que afetam o sistema cardiovascular, lançando sombras sobre a saúde do coração.
Supressão do sistema imunológico
A depressão exerce influência sobre o sistema imunológico do corpo também.
Diversos estudos que exploram distúrbios do humor demonstram que a presença persistente ou grave da depressão resulta em modificações nas células, conforme indicado por pesquisas.
Nos últimos anos, a comunidade científica tem dirigido seu foco para um desafio substancial: compreender os impactos da depressão no organismo, que, de acordo com muitos profissionais da saúde, ainda são subestimados.
Quando sujeito a períodos de estresse ou transtornos de ansiedade, os receptores ligados ao hormônio do estresse provocam uma transformação mecânica nas células do sistema imunológico.
Essas mudanças internas resultam em declínio na função celular, associado à possibilidade de comprometimento do sistema imunológico e, consequentemente, aumento do risco de inflamação.
A depressão abrange não somente o estado psicológico, mas também pode debilitar o sistema global, reduzindo a resistência específica a infecções virais.
Por outro lado, a ausência de tratamento para o estado depressivo pode estabelecer um ciclo prejudicial: a instabilidade mental leva a um desequilíbrio físico e somático.
A diminuição do sistema imunológico pode inclusive desencadear um medo excessivo de doenças, conhecido como hipocondria.
Impacto na saúde reprodutiva
A depressão é como um intruso invisível que invade todos os aspectos da nossa vida, incluindo a saúde reprodutiva.
Para muitos, o desejo de ter filhos pode ser profundamente afetado pela presença da depressão.
A falta de interesse ou energia para buscar relacionamentos íntimos pode criar uma barreira entre indivíduos e suas aspirações de formar uma família.
Além disso, a depressão também pode afetar a saúde reprodutiva de maneiras físicas.
Para as mulheres, isso pode se manifestar como irregularidades no ciclo menstrual ou diminuição da libido. Para os homens, a depressão também pode impactar a função sexual e a fertilidade.
Por outro lado, a influência da depressão sobre os hormônios reprodutivos é um testemunho da forma como o estado emocional pode moldar a saúde física.
A decisão de iniciar uma família é complexa e multifacetada. Quando a depressão entra em cena, essa decisão pode ser ainda mais desafiadora.
Maior percepção de dor
A depressão, muitas vezes associada ao sofrimento emocional, pode se manifestar como uma maior percepção de dor física.
As dores que costumavam ser suportáveis podem se tornar mais intensas e debilitantes.
Isso ocorre porque a depressão pode alterar a maneira como o cérebro processa a dor, tornando-a mais difícil de gerenciar.
A ligação entre a depressão e a percepção de dor reside em circuitos cerebrais complexos.
As mudanças químicas que ocorrem durante a depressão podem afetar os neurotransmissores relacionados à dor, intensificando as sensações físicas.
O resultado é uma experiência de dor que vai além do âmbito físico, afetando o corpo e a mente.
Essa percepção aumentada de dor pode criar um ciclo vicioso. A dor física intensificada pode agravar os sintomas depressivos, criando uma teia de sofrimento físico e emocional.
Por fim, a abordagem da dor em um contexto de depressão requer uma compreensão holística e cuidadosa, considerando tanto os aspectos físicos quanto os emocionais.
Como é o diagnóstico e tratamento da depressão?
O diagnóstico da depressão é um processo que requer uma avaliação abrangente da saúde mental e emocional.
Profissionais de saúde qualificados, como psicólogos ou psiquiatras, geralmente conduzem entrevistas detalhadas para avaliar os sintomas e a duração do quadro depressivo.
Ferramentas de avaliação padronizadas também podem ser usadas para auxiliar no diagnóstico.
O tratamento da depressão é altamente personalizado, levando em consideração a gravidade dos sintomas e as necessidades individuais.
Terapias, como a terapia cognitivo-comportamental, podem ajudar os pacientes a entender e modificar padrões de pensamento negativos.
Além disso, a terapia interpessoal e a terapia de apoio também podem desempenhar um papel importante.
Em alguns casos, a medicação antidepressiva pode ser prescrita. Esses medicamentos atuam sobre os neurotransmissores no cérebro, buscando restaurar o equilíbrio químico e aliviar os sintomas depressivos.
No entanto, é importante lembrar que a medicação não é a única abordagem e deve ser combinada com terapia e apoio.
Como a Cannabis medicinal pode auxiliar no tratamento da depressão?
Os antidepressivos clássicos prescritos para a depressão intervêm, entre outras coisas, na regulação dos níveis de serotonina nas sinapses.
Um nível baixo de serotonina é geralmente observado em indivíduos com distúrbios de depressão.
A Cannabis, da mesma forma que os antidepressivos, tem ação inibitória de recaptação da serotonina.
Em outras palavras, os receptores de serotonina 5-HT1A seriam ativados diretamente pela ingestão de Cannabis, promovendo a regulação dos níveis de serotonina nas sinapses.
O aumento dos níveis de serotonina gerados pela ingestão de Cannabis desencadeará uma sensação de bem-estar para reduzir o estado depressivo.
Ao contrário dos antidepressivos, a Cannabis, por outro lado, não causa habituação ou efeitos adversos pesados.
O CBD é um canabinoide presente na Cannabis que atua em cerca de 60 receptores, enzimas e neurotransmissores diferentes.
Também pode ativar as vias da adenosina que ajudam no relaxamento e as vias da serotonina que podem ajudar a melhorar o humor.
Como a baixa dopamina e a serotonina podem causar certos sintomas de depressão, a regulação desses produtos químicos é importante.
O CBD pode ajudar a bloquear a recaptação de neurotransmissores como serotonina, dopamina e GABA, o que significa que seu corpo pode usar esses produtos químicos por períodos mais longos.
O THC, por outro lado, pode ajudar a regular o sono. Evidências também mostraram que o THC pode ajudar a reduzir o impacto ou a repetição da memória traumática.
Portanto, o THC pode ser muito benéfico em outros transtornos de saúde mental, como o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
Quais estudos comprovam a eficácia da Cannabis para depressão?
Cientistas da Universidade de Buffalo começaram a investigar a Cannabis medicinal como um possível tratamento para a depressão causada pelo estresse crônico.
O estudo intitulado RIA neuroscience study points to possible use of medical marijuana for depression encontrou evidências interessantes sobre a relação da Cannabis com a depressão.
Eles descobriram que o estresse crônico pode suprimir a produção de endocanabinóides pelo cérebro. Isso pode levar a um comportamento semelhante à depressão.
A introdução da Cannabis no sistema pode ajudar a restaurar os níveis e a função normais. Tal ato pode aliviar os sintomas da depressão.
Apesar destas evidências promissoras, mais estudos são necessários para confirmar os benefícios e desvantagens da Cannabis como uma terapia potencial para pessoas com depressão.
Quais estudos comprovam a eficácia da Cannabis para depressão?
Iniciar um tratamento com Cannabis medicinal requer um passo cuidadoso e informado.
Antes de tudo, é fundamental consultar um médico especializado que possua conhecimento sobre o uso terapêutico da Cannabis.
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Conclusão sobre o que a depressão pode causar no corpo
A depressão é uma jornada complexa que transcende os limites do estado emocional, afetando múltiplas esferas da vida.
É evidente que a depressão não se restringe apenas à dimensão psicológica.
Ela altera a fisiologia das células, enfraquece o sistema imunológico e, consequentemente, aumenta a vulnerabilidade a doenças e inflamações.
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