O autismo é uma condição de saúde (ou um transtorno) que traz problemas à forma com que uma pessoa se comunica socialmente durante a sua vida. Sua classificação pode ser feita em graus – o que é chamado tecnicamente de “níveis de autismo”.
Entre os principais sintomas que um autista pode apresentar, destaca-se a realização de movimentos e ações repetitivas, bem como conseguirem se concentrar em uma tarefa ou situação de maneira exagerada.
Além disso, alguns podem ter dificuldades na fala ou na expressão de sentimentos, mesmo com pessoas mais próximas como os pais. O autismo não é classificado como uma doença, mas uma forma distinta que seus portadores têm de se expressar, comunicar e até mesmo viver.
Existem tratamentos para todos os níveis de autismo – e quanto mais cedo se diagnosticar a presença do transtorno, maiores as chances da pessoa desenvolver independência, qualidade de vida e viver uma vida dita “normal”.
Neste artigo, traremos detalhes sobre os níveis de autismo, como o tratamento pode ser feito para cada estágio e algumas das mais modernas soluções para este transtorno.
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O que é o Autismo?
O autismo – tecnicamente chamado de “Transtorno do Espectro Autista” – TEA, é um transtorno que acomete pessoas desde o seu nascimento e está ligado ao desenvolvimento neurológico de um ser humano.
Esse transtorno não é considerado uma doença pela Organização Mundial de Saúde, mas sim um problema psiquiátrico.
A maioria dos sinais e respectivos níveis de autismo começa a aparecer quando a criança está nos primeiros anos de vida – entre 1 ano e meio e três anos acontece a maior parte dos diagnósticos.
O autismo caracteriza-se por dificuldades na fala, na demonstração de sentimentos e comunicação verbal e não verbal.
Além disso, a depender dos níveis de autismo apresentados por uma criança, pode haver também o hiperfoco, uma condição onde a pessoa fica extremamente interessada em um determinado objeto, atividade ou situação.
Muitos dos autistas apresentam ainda a execução de atividades repetitivas, que podem ser tanto com relação aos movimentos quanto à fala.
Como dissemos anteriormente, o autismo não é uma doença – e portanto, não há cura. Sendo assim, uma pessoa nasce autista e conviverá com esta condição por toda a sua vida.
Entretanto, há tratamentos que fazem com que as pessoas que fazem parte do espectro autista possam ter sua qualidade de vida aumentada.
Muitos destes tratamentos são feitos com medicamentos que serão utilizados durante boa parte da vida e outros podem ser administrados sazonalmente, quando houver necessidade.
– Mudança no CID 11
O CID nada mais é do que uma classificação padronizada a respeito de doenças, síndromes e transtornos reconhecida internacionalmente. Nesse sentido, há um número identificador para a versão de cada vez que o CID é atualizado.
No caso do CID 11, as mudanças entraram em vigor no ano de 2022 e as principais mudanças ocorreram com relação às síndromes e doenças mentais.
Nesse sentido, a maior mudança com relação ao autismo é que todos os transtornos que fazem parte do espectro autista foram colocados num único diagnóstico: TEA (Transtorno do Espectro do Autismo).
Assim, síndrome de asperger, transtorno desintegrativo da infância, entre outros, estão todos sob o mesmo guarda-chuva e referem-se à mesma condição de saúde.
Com isso, a OMS visa facilitar o diagnóstico e diminuir a incidência de erros na análise da condição do paciente.
Conheça os Níveis de Autismo
São três os níveis de autismo que uma pessoa pode apresentar:
– Nível 1 – Leve
O nível 1 é o nível de autismo que se apresenta de forma mais leve. Nesses casos, embora a palavra “autismo” possa assustar num primeiro momento, a pessoa consegue viver uma vida de forma autônoma e que não impactam de forma extrema nas suas interações sociais.
Nesses casos, a pessoa é capaz de se comunicar e estabelecer relações de sentimento e afeto com outras pessoas. A demonstração desse afeto pode ser menos efusiva do que de pessoas sem o transtorno, mas ainda assim efetivas.
Pode haver ainda sinais de desconforto para situações como falar em público, mudanças inesperadas na rotina e alguns comportamentos repetitivos (ou “manias”)
– Nível 2 – Médio
Por outro lado, as pessoas com nível de autismo grau 2 estão no meio do caminho entre o grau mais leve e o mais grave. Nesse caso, há mais necessidade de contar com a família para boa parte das tarefas – tanto psicológicas, quanto para ajudá-las nas execuções.
As pessoas que possuem esse nível de autismo costumam ter apenas conversas curtas e sobre temas específicos. Por isso, são pessoas que apresentam dificuldades de fazer amigos ou criar relacionamentos.
Além disso, têm dificuldades em olhar nos olhos ou na direção das pessoas com as quais elas estão falando. Problemas em se expressar de forma não-verbal, através de gestos e expressões são comuns.
Por fim, pessoas que estão no nível de autismo considerado médio podem apresentar irritabilidade quando são retirados da zona de conforto ou das tarefas que estão executando.
Se um autista de nível 2 está brincando ou interagindo de forma repetitiva com um determinado objeto, ao chamá-lo para fazer outra tarefa, o indivíduo pode se portar de maneira agressiva ou não se sentir disposto a fazer outra coisa que não terminar o que iniciou.
– Nível 3 – Grave
Por fim, o nível 3 é o nível de autismo mais grave e pode trazer graves consequências tanto ao portador de autismo quanto para a sua família e outras pessoas de sua convivência.
Nesse nível de autismo, há uma extrema dificuldade de se comunicar – boa parte dos portadores inclusive não falam, ou usam um vocabulário muito restrito, com poucas palavras.
Além disso, não costumam responder a estímulos de toque ou fala. Por fim, pessoas com o nível de autismo em grau 3 costumam ser muito pouco independentes e apresentar baixo nível de autonomia.
Por isso, para conviver com outras pessoas e desenvolver atividades “comuns” para a sua idade, precisam de tratamentos mais específicos.
Entenda os 4 tipos de autismo
Além dos graus de autismo descritos nos tópicos anteriores, há também 4 tipos de autismo e que trazem variações na forma com que os sintomas se manifestam em seus portadores.
– Síndrome de Asperger
O primeiro tipo de autismo existente é a famosa “Síndrome de Asperger”.
Esta síndrome faz com que pessoas que tenham autismo como parte de sua personalidade e poucas coisas possam alterar a forma com que seus portadores veem o mundo.
É como se o seu portador tivesse uma visão particular sobre os objetos, situações e com as outras pessoas. Por isso, sua forma de lidar com essas coisas também é diferente – o que não quer necessariamente dizer que seja uma forma pior, mas diferente do que estamos acostumados.
Pessoas portadoras dessa síndrome costumam não ter problemas com a aprendizagem – pelo contrário, costumam ser pessoas com raciocínio lógico apurado e bastante inteligentes. Alguns desafios podem se apresentar nesse sentido, principalmente pelas características do hiperfoco, comum a todos os tipos e níveis de autismo.
Um dos principais problemas enfrentados por portadores da síndrome de Asperger é que estes enxergam o mundo de uma forma mais ansiosa que a maioria das pessoas.
Isso pode levar a quadros de problemas psiquiátricos mais graves que o normal, incluindo depressões agudas.
– Transtorno Invasivo do Desenvolvimento
Essa classificação diz respeito a um tipo de autismo caracterizado por vários distúrbios de aprendizagem e desenvolvimento, que podem inclusive atrapalhar em funções importantes da vida de um ser humano como a socialização e comunicação.
Os sintomas do Transtorno Invasivo do Desenvolvimento costumam aparecer bastante cedo, entre 2 a 3 anos de idade. Nesses casos, são identificáveis pelos pais e diagnosticados com a ajuda de um neuropediatra ou psiquiatra infantil.
Entre eles, destacam-se:
- Dificuldade de promover ou estabelecer relações sociais;
- Consegue se comunicar verbalmente pior do que portadores da síndrome de Asperger;
- Movimentos corporais e padrões comportamentais repetitivos;
- Utilização de objetos para brincadeiras diferentes do que é habitual para outras crianças;
- Problemas com alteração das rotinas e ambientes.
– Transtorno Autista
Esse é um dos tipos de autismo mais graves e que mais interfere na vida tanto do paciente quanto da sua família.
Num paciente portador de Transtorno Autista, há uma diminuição na capacidade de aprendizado e no estabelecimento de relações sociais, além de uma quantidade alta de comportamentos e movimentos corporais repetitivos.
Parte dos problemas ligados ao portador de Transtorno Autista incluem a falta de contato visual ou o “olho no olho”, movimentos repetitivos e problemas de desenvolvimento da linguagem verbal.
– Transtorno Desintegrativo da Infância
Por fim, o transtorno desintegrativo da infância é também o mais grave, onde a criança não consegue estabelecer relações sociais e conquistar habilidades de comunicação.
Normalmente, o TDI é diagnosticado entre 2 a 4 anos e quando não tratado de forma precoce, pode trazer danos a longo prazo passíveis de se tornarem irreversíveis.
Quais são os principais sintomas de autismo?
Como dissemos anteriormente, o autismo pode apresentar diversos sintomas – principalmente com relação a comportamentos e dificuldades psicomotoras e na linguagem.
Entre os sintomas, podem se destacar:
- Dificuldade na comunicação verbal e não verbal;
- Dificuldade de entender comandos e pedidos, mesmo quando partem de pessoas de sua confiança, como os pais. Da mesma forma que um autista tem problemas para falar, também tem problemas para ouvir e captar as mensagens;
- Problemas para estabelecer e manter laços de amizade, relacionamentos e interações sociais. Muitos não conseguem lidar bem com o toque ou até mesmo com o “olho no olho”, algo relevante na maior parte das relações;
- Comportamentos repetitivos costumam ser uma marca de portadores de autismo. Isso pode se dar principalmente nos movimentos, que seguem um padrão de tempo ou sonoro. Podem-se incluir palmas, batidas e etc;
- Os autistas costumam ter sua sensibilidade mais aguçada, com seus sentidos como audição, tato e olfato mais apurados do que a média das pessoas. Entretanto, isso na maioria das vezes é um problema, pois normalmente ficam irritados com estes estímulos sensoriais exagerados;
- Necessidade de uma rotina específica e seguida à risca: mudar a rotina ou as coisas de lugar pode significar muito para um autista e promover algo negativo em seus pensamentos. Para eles, é necessário que as coisas sigam um padrão e estejam no lugar correto e organizado sempre que possível.
Como é feito o diagnóstico do autismo?
Os primeiros sintomas do autismo são fáceis de serem identificados conforme a lista de sintomas acima. Entretanto, há vários outros distúrbios que podem ser confundidos com o autismo.
Por isso, para saber se o seu filho tem autismo ou não, é importante procurar um neuropediatra ou um psiquiatra infantil.
Normalmente, a primeira consulta ocorre em formato de entrevista, para entender os hábitos da família e da criança antes de realizar o diagnóstico de fato.
Ao contrário de boa parte das doenças e síndromes, o autismo não pode ser identificado por exames de sangue ou de imagem. Nesse sentido, o diagnóstico é feito por meio da observação comportamental e deve ser feito por profissional competente.
Em caso de diagnóstico positivo, a família não deve se desesperar. O médico, junto ao diagnóstico, deverá ficar à disposição para tirar as dúvidas e encaminhar o paciente para o tratamento e outros profissionais como psicólogos e médicos.
Existe tratamento para o autismo?
O tratamento para o autismo não só existe, como é essencial para proporcionar uma melhor qualidade de vida para o paciente e sua família.
Vale a pena relembrar: o autismo é uma condição, não uma doença. Portanto, não há como uma criança ser curada do autismo e qualquer coisa que fale o contrário nesse sentido é charlatanismo.
Entretanto, o tratamento permite que o paciente viva uma vida mais próxima ao dito “normal”. Com o uso correto de medicamentos e terapias, há uma melhora nas atividades cognitivas do autista, facilitando seu aprendizado e a forma com que este lida com as pessoas e as características no ambiente onde está inserido.
O tratamento do autismo deve ser prescrito e acompanhado por um psiquiatra.
A Cannabis medicinal como tratamento para o Autismo
Os canabinóides são substâncias que ativam proteínas presente em várias células do corpo humano. Por meio disso, são capazes de controlar o apetite, atenção, memória, ânimo e dor.
Diferente do que muita gente pensa, há vários tipos de canabinóides, entre eles: fitocanabinóides e os endocanabinóides.
Os fitocanabinóides são as substâncias produzidas pela Cannabis sativa. Os endocanabinóides são substâncias produzidas por nosso próprio organismo e atuam principalmente no sistema nervoso central e no sistema imunológico.
Existe muita especulação sobre os benefícios do uso medicinal da C. sativa para o tratamento de sintomas relacionados aos transtornos do espectro autista (TEA). Isso ocorre principalmente por causa dos benefícios do uso de canabinóides no controle de alguns tipos de epilepsia.
Há estudos que apontam ainda sobre a melhoria na estabilidade do humor em crianças com autismo.
Nesse sentido, o uso de substâncias à base de Cannabis são utilizadas de forma a realizar uma reposição no sistema endocanabinoide, fazendo com que os pacientes experimentem melhoras em seu quadro de diversas formas.
Entretanto, ainda não há comprovação da eficácia dessas substâncias para o tratamento do autismo.
Há casos relatados no meio científico que sugerem que os canabinóides poderiam melhorar o sono, ansiedade e hiperatividade em crianças com autismo.
– Estudos que indicam benefícios da Cannabis medicinal no tratamento de diferentes níveis de autismo
Os medicamentos atuais para o tratamento do autismo, em especial os antipsicóticos, atacam somente sintomas específicos e são geralmente acompanhados de efeitos colaterais graves.
Nenhum, porém, melhora significativamente a falta de habilidades de interação e comunicação que caracterizam o TEA.
Estudos realizados no exterior comprovam a melhora nos sintomas de portadores do TEA após uso de Cannabis Medicinal
Muitos estudos têm sido feitos no sentido de comprovar os benefícios que portadores do TEA podem ter ao usar a Cannabis Medicinal.
Um exemplo disso é um estudo da Universidade de Stanford em 2018, onde verificou-se que a concentração de anandamida (uma importante molécula do sistema endocanabinóide) é significativamente menor em crianças com TEA em comparação com outras crianças que não possuem autismo. Estudos sugerem que a anandamida produz efeitos semelhantes, mas menos intensos do que os associados ao THC, encontrado na Cannabis.
Devido a essa semelhança, os pesquisadores teorizam que o THC tem potencial terapêutico no tratamento do autismo.
Além disso, outro estudo realizado em 2013 encontrou um aumento da expressão de receptores CB2 no sangue de crianças autistas, o que sugere um desequilíbrio no sistema endocanabinoide.
Em 2018, um estudo realizado no Shaare Zedek Medical Center avaliou o efeito de um extrato inteiro de cannabis vegetal (em proporção de CBD 20 vezes maior que o THC) em 60 crianças autistas com graves problemas comportamentais.
Os pais relataram que 61% dos sintomas comportamentais ficaram muito melhores após a administração do medicamento.
Além disso, outras 39% tiveram redução em seus níveis de ansiedade e 47% melhoraram seus níveis de comunicação.
– Estudo brasileiro mostra eficácia do canabidiol
Como descobrir se a Cannabis é realmente eficaz no tratamento dos transtornos do espectro autista (TEA)?
Realizando o tratamento de um determinado número de pacientes com o extrato da planta por um período. Posteriormente, deve-se fazer o tratamento dos dados e a avaliação dos resultados.
Cientificamente, este método é chamado de teste clínico. Assim, foi realizado um teste clínico envolvendo um grupo de 18 pacientes durante 9 meses por pesquisadores da Universidade de Brasília (UNB).
A pesquisa foi publicada na revista Frontiers in Neuroscience, uma publicação relevante nos estudos do CBD no contexto da neurociência.
Foram analisados 18 participantes com idades entre 6 e 17 anos. Destes, três apresentavam também quadros de crises epilépticas.
Quinze pacientes ligados à Ama+me, com autorização da Anvisa, fizeram o tratamento com o extrato de CBD (alta concentração de canabidiol) por nove meses (exceto um, que parou no sexto mês).
Os pais preenchiam mensalmente formulários, onde estimaram o quanto os filhos melhoraram em relação ao mês anterior na avaliação de oito dos principais sintomas característicos do autismo.
Os sintomas avaliados foram:
- hiperatividade e déficit de atenção;
- transtornos comportamentais;
- déficit motor;
- déficit de autonomia;
- déficit de comunicação e interação social;
- problemas cognitivos;
- distúrbio do sono;
- convulsões.
Catorze pacientes tiveram 30% de melhora em pelo menos um dos sintomas, sendo que sete deles apresentaram essa melhora em quatro ou mais dos sintomas analisados.
A principal melhoria foi entre os pacientes com epilepsia, com redução nos episódios de crise epiléptica.
Nestes pacientes, quando a atividade neuronal excessiva ocorre, endocanabinoides são produzidos em resposta, gerando uma diminuição da atividade, trazendo por conseguinte a finalização do ataque epiléptico.
Desordem de sono e crises de comportamento foram outros sintomas que tiveram considerável evolução positiva entre os pacientes.
Além de indicar um possível tratamento para pessoas com autismo, os resultados com o CBD são animadores, pois não existe um remédio capaz de melhorar a qualidade de vida, habilidades sociais e desenvolvimento cognitivo dos pacientes autistas.
– Casos de sucesso do tratamento do autismo à base de Cannabis Medicinal
Além disso, há alguns casos de sucesso do tratamento com o canabidiol para controlar sintomas comportamentais do autismo, principalmente relacionados à irritabilidade e agressividade.
Um deles é o Marcelo, de 22 anos, que começou a fazer uso do CBD após inúmeras tentativas frustrantes de tratamento com as medicações tradicionais.
Leia mais em: “Canabidiol foi um divisor de águas”, diz mãe de paciente com autismo (cannabisesaude.com.br)
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Live sobre o uso de Cannabis Medicinal no tratamento de pacientes com Autismo
Em março de 2022, o canal do Portal Cannabis e Saúde realizou uma live com o título “A Cannabis no tratamento do Transtorno do Espectro Autista”.
A live foi conduzida pela médica convidada, a Dra. Ana Gabriela Hounie, uma das médicas pioneiras no tratamento do autismo com o uso de canabinoides no Brasil.
Durante a live, alguns temas importantes foram abordados, incluindo:
- O que é o transtorno do espectro autista
- Quais são os principais sinais do espectro autista
- Como realizar o diagnóstico
- O que pode desencadear o autismo
- Como funciona o tratamento;
- Como a Cannabis medicinal pode ajudar no tratamento do autismo;
- Existe alguma contraindicação do canabidiol para autismo?;
- Quais os tipos de canabinoides para o tratamento;
- Evidências científicas;
- Reações adversas que podem ocorrer após o uso do CBD para autismo;
- Como iniciar o tratamento;
- O paciente pode evoluir de uma fase mais leve para uma mais severa;
- Floral de gotas sublinguais;
- Experiência de cannabis com associações;
Clique aqui e assista à live completa!
A Dra. Ana Gabriela Hounie é médica com residência em Psiquiatria pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Possui doutorado e pós-doutorado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, além de título de Especialista em Psiquiatria pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). É pesquisadora na área de TOC e seu espectro e membro da Sociedade Brasileira de Estudos da Cannabis (SBEC). Prescreve Cannabis medicinal desde 2016.
Recentemente, ela escreveu um livro intitulado “Tratado da Cannabis Medicinal”Livro da Dra Ana Hounie “Tratado da Cannabis Medicinal”. Para saber mais sobre o livro, clique aqui!
– Outras indicações de uso da Cannabis Medicinal
A Cannabis Medicinal pode ser utilizada no tratamento de algumas doenças, sobretudo as que têm influências neurológicas e do sistema nervoso central. Entretanto, há casos em que até mesmo doenças do trato digestivo podem ter o tratamento baseado em substâncias canabinóides.
Verifique na lista abaixo algumas das doenças onde há indícios ou estudos que comprovem a ação benéfica da Cannabis Medicinal:
- Ansiedade
- Artrite reumatoide
- Artrose
- Autismo
- Câncer
- Dependência química
- Depressão
- Dermatites, acne e psoríase
- Diabetes
- Doença de Alzheimer
- Doença de Parkinson
- Doenças gastrointestinais
- Dor neuropática
- Dores de cabeça
- Endometriose
- Enxaqueca
- Epilepsia
- Esclerose múltipla
- Fibromialgia
- Glaucoma
- Insônia
- HIV
- Lesões musculares
- Obesidade
- Osteoporose
- Paralisia cerebral
- Síndrome de Tourette
- Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)
- Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT)
- Doenças veterinárias.
Como buscar o tratamento do autismo à base de Cannabis medicinal?
O primeiro passo para realizar o tratamento do autismo com o uso da Cannabis é procurar um médico que esteja apto a fazer esse tipo de prescrição. Há muitos médicos no Brasil que acreditam na utilização do CBD para o alívio dos sintomas do autismo.
Nesse sentido, nós do Portal Cannabis e Saúde organizamos uma lista de psiquiatras prescritores de Cannabis e que são especializados em pacientes com autismo.
Você pode agendar sua consulta presencial ou via telemedicina clicando aqui e filtrando os profissionais conforme sua necessidade!
Conclusão
Conforme vimos ao longo do texto, o autismo pode ser classificado segundo seus níveis e para cada um deles, há diferenciações na forma de lidar e também com os tratamentos a serem seguidos.
Em todos os casos, no entanto, o que há em comum é a necessidade de administrar o tratamento com medicamentos e terapias indicadas pelo médico responsável por atender ao paciente.
Com o tratamento correto, tanto paciente quanto família recebem uma melhora em sua qualidade de vida, fazendo com que haja uma menor dependência e maior autonomia.