O neurologista que apoia o uso do canabidiol é um médico qualificado no tratamento de condições do sistema nervoso central e periférico, capacitado para recomendar produtos à base de canabinoides.
Entretanto, no Brasil, parte dos profissionais de saúde ainda hesita em prescrever medicamentos derivados da Cannabis para tratamento medicinal.
Isso ocorre, em parte, devido à limitação do mercado desses produtos, feitos com CBD e THC.
Embora a Anvisa permita a importação, essa não é a maneira convencional para aquisição de remédios, algo incomum para os brasileiros acostumados a adquirir seus medicamentos apenas em farmácias.
Outro fator determinante pode ser a opinião pessoal do médico. Alguns profissionais mantêm um ceticismo em relação ao CBD devido à suposta escassez de pesquisas e ao estigma social associado.
Contudo, para muitos pacientes com distúrbios neurológicos, encontrar um neurologista disposto a prescrever canabinoides é crucial.
Muitas vezes, isso acaba sendo uma questão de vida ou morte, bem como de qualidade de vida.
Então, se você deseja compreender melhor esse campo e as oportunidades oferecidas pelo tratamento neurológico com CBD, prossiga com a leitura deste artigo.
Aqui, você aprenderá sobre:
- O uso do canabidiol na neurologia
- Quais doenças o neurologista pode tratar com canabidiol?
- Tratamento de doenças neurológicas com uso de canabidiol: o que dizem os especialistas?
- Qual é o posicionamento da Anvisa em relação ao uso medicinal do CBD?
- Tratamentos convencionais x tratamentos com CBD na neurologia
- De quais formas o neurologista pode indicar o consumo de canabidiol nos tratamentos?
- Onde encontrar neurologistas que prescrevem receitas com canabidiol?
- Qual é o custo médio de remédios à base de canabidiol?
- Como comprar remédios à base de Cannabis?
O uso do canabidiol na neurologia
Os distúrbios neurológicos compreendem uma vasta gama de condições que impactam o sistema nervoso.
As abordagens convencionais para tratar esses distúrbios muitas vezes oferecem apenas alívio limitado e estão ligadas a diversos efeitos colaterais.
Recentemente, tem havido um crescente interesse no potencial terapêutico do canabidiol (CBD), um composto não psicoativo extraído da planta Cannabis sativa.
O CBD demonstrou promessa no tratamento de várias condições neurológicas, como epilepsia, esclerose múltipla, Parkinson, Alzheimer e dor neuropática.
Acredita-se que os efeitos terapêuticos do CBD estejam relacionados à sua interação com o sistema endocanabinoide (SEC).
Para entender melhor, o SEC é uma rede complexa de receptores, endocanabinoides e enzimas que regulam diferentes processos fisiológicos.
O CBD regula o SEC, proporcionando efeitos neuroprotetores, anti-inflamatórios, antioxidantes e analgésicos.
Assim, sabe-se que essa substância desencadeia efeitos fisiológicos ao ativar os receptores endocanabinoides CB1 e CB2.
Os receptores CB1 estão amplamente distribuídos no sistema nervoso central.
Por outro lado, os receptores CB2 estão presentes em células imunes, amígdala, baço, timo e algumas regiões cerebrais.
A maioria das evidências sugere que o CBD pode regular as respostas desses receptores à estimulação, influenciando assim as reações do corpo e do cérebro.
Essa característica torna o CBD objeto de investigação para compreender seus efeitos na saúde e seu potencial terapêutico para certos distúrbios.
Os receptores canabinoides estão abundantemente presentes em neurônios e em menor quantidade em terminações excitatórias (glutamatérgicas).
Esses receptores também estão presentes em neurônios que expressam receptores de dopamina, modulando a manifestação de diversos sintomas, como os vistos no Parkinson.
Além disso, o CBD pode desencadear modificações epigenéticas em diferentes genes que retardam o início de algumas condições neurológicas.
Estes potenciais alvos do CBD podem justificar sua eficácia no tratamento de várias doenças que afetam o sistema nervoso.
Quais doenças o neurologista pode tratar com canabidiol?
Uma das características que fazem do CBD uma substância extremamente versátil é a sua interação com o sistema nervoso por meio do sistema endocanabinoide.
Observado pela primeira vez por Raphael Mechoulam, é nele que os canabinoides apresentam suas propriedades mediadas pelos receptores CB1 e CB2.
A partir dessa interação, eles promovem uma série de reações químicas no sentido de reequilibrar o organismo, afinal, essa é a função do sistema endocanabinoide.
Isso faz com que o canabidiol possa ser amplamente indicado para tratar de praticamente todas as condições que atingem o SNC, mesmo sendo raras.
Para entender mais sobre o CBD e como ele afeta os distúrbios neurológicos, vamos dar uma olhada nas condições específicas para as quais o CBD foi investigado.
Autismo
A diversidade de sintomas no transtorno do espectro autista (TEA) desafia profissionais da saúde.
Isso porque os sintomas do autismo se manifestam de maneiras variadas, tornando cada paciente único.
Enquanto alguns podem não desenvolver a fala, outros conseguem se expressar normalmente.
Casos extremamente graves, como o de Junior, diagnosticado com autismo severo, ilustram a amplitude do espectro.
A busca por alívio levou Marina de Carvalho Rodrigues a considerar o uso de CBD para seu filho, resultando em melhorias significativas em seus sintomas.
Para explorar mais sobre essa relação entre o canabidiol e o tratamento do autismo, recomenda-se consultar este artigo mais completo.
Dor crônica
Acredita-se que o CBD tenha efeitos na redução da dor de várias maneiras. Além de ativar o sistema endocanabinoide do corpo, o CBD alivia a dor atuando nos receptores TRPV1.
Estes receptores controlam funções como inflamação, temperatura corporal e percepção da dor.
O CBD também mostrou capacidade de reduzir os níveis de glutamato no cérebro e na medula espinhal, o que pode estar ligado à diminuição da sensação e transmissão da dor.
Em testes clínicos com humanos, o CBD demonstrou melhorar a sinalização da anandamida no cérebro, conhecida como a ‘molécula da felicidade’, cujos níveis saudáveis estão associados a sentimentos de bem-estar.
A regulação do sistema endocanabinoide ajuda a restabelecer o corpo para um estado de equilíbrio, contribuindo para a homeostase.
Adicionalmente, o CBD é muito procurado por promover um sono mais profundo.
Portanto, seria benéfico para pessoas com padrões de sono perturbados pela dor crônica.
Um caso incrível de recuperação da dor crônica depois de recorrer ao CBD é o do carioca Otto Soares.
Aos 30 anos, ele foi diagnosticado com compressão na medula, problema que poderia fazer com que ficasse tetraplégico.
Mas o pior ainda estava por vir: em uma segunda consulta, os médicos detectaram uma invaginação da coluna.
Trata-se de uma anomalia na junção da coluna vertebral com o crânio que, se não for operada, faz com que a coluna penetre no cérebro, levando o paciente à morte.
Depois de anos sofrendo com dores atrozes e tratamentos ineficazes, Otto enfim descobriu a Cannabis medicinal, que hoje lhe proporciona alívio contra a dor como jamais havia sentido.
Vale também destacar um estudo da Universidade da Califórnia, intitulado A Balanced Approach for Cannabidiol Use in Chronic Pain.
De acordo com o estudo, o CBD apresenta uma oportunidade para o tratamento da dor crônica intratável para a qual os tratamentos primários são insuficientes ou impossíveis.
Em um grupo de pacientes que sofriam de dor intratável devido a esclerose múltipla, lesão da medula espinhal, lesão do plexo braquial e amputação de membros, o tratamento com CBD reduziu significativamente o sintoma.
Alzheimer
A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa progressiva que afeta a cognição, resultante do acúmulo de placas amiloides e emaranhados no cérebro.
Os medicamentos disponíveis atualmente tratam apenas os sintomas da doença, não interferindo na sua progressão.
As propriedades neuroprotetoras, antioxidantes e anti-inflamatórias do CBD mostraram-se capazes de aliviar sintomas da doença de Alzheimer.
Essas propriedades têm o potencial de retardar o início e o avanço da condição.
De acordo com o estudo Emerging Therapeutic Potential of Cannabidiol (CBD) in Neurological Disorders: A Comprehensive Review, o canabidiol melhora o perfil epigenético de pacientes com Alzheimer.
Para simular as condições da doença de Alzheimer, os pesquisadores utilizaram camundongos submetidos a injeções intra-hipocampais de proteínas Aβ.
Após a administração de CBD por injeções intraperitoneais nos ratos doentes, observou-se melhora no desempenho cognitivo.
Além disso, houve uma redução nos níveis de óxido nítrico e de várias citocinas pró-inflamatórias, geralmente elevadas na doença de Alzheimer.
Ao final do estudo, os camundongos tratados com CBD apresentaram melhorias na memória social e objetiva.
Segundo o Instituto Alzheimer Brasil (IAB), essa é uma doença que atinge cerca de 5% da população brasileira acima de 60 anos.
Uma dessas pessoas é a dona Junia Borges, de 79 anos.
Diagnosticada em 2019 com a doença, ela e o seu filho, Sérgio Azevedo, encontraram na Cannabis medicinal uma esperança para frear o avanço da enfermidade.
Depois de se tratar com o CBD, ela voltou a andar e a falar, recorrendo até à fisioterapia para recuperar a mobilidade mais rápido.
Parkinson
A doença de Parkinson é uma condição neurodegenerativa que resulta em fraqueza e perda de controle motor, exigindo diversos medicamentos para tratar os sintomas.
Além do Alzheimer, o mal de Parkinson é outra condição neurológica que pode resultar em demência.
Dona Terezinha Pacheco estava diante de um destino trágico, sofrendo tremores tão intensos que chegou a cair e fraturar o braço e o ombro.
Após experimentar o óleo de CBD e notar melhorias, infelizmente, ela teve uma recaída ao interromper o uso, enfrentando novamente tremores e convulsões devido à falta do medicamento.
Desanimada, acreditou que a Cannabis não estava ajudando e recusou novas tentativas.
Então, sem que ela soubesse, sua nota adicionou duas gotas de canabidiol em seu chá.
O resultado foi surpreendente: dona Terezinha melhorou em apenas três dias, recuperando sua mobilidade, eliminando as convulsões.
Desde então, opta exclusivamente por tratamentos à base de CBD, não considerando mais nenhuma outra alternativa.
Estudos anteriores com CBD demonstraram propriedades neuroprotetoras e antioxidantes capazes de melhorar os níveis de dopamina em pessoas com Parkinson.
De acordo com os resultados de uma investigação aberta, pacientes com diagnóstico de doença de Parkinson submetidos a tratamento com CBD (doses de 20 a 25 mg/kg/dia) durante 10 a 15 dias apresentaram redução na gravidade dos sintomas (17,8%) e na limitação física (24,7%).
Além disso, observou-se melhorias em funções não motoras, como a qualidade do sono noturno (10,6%).
Também foi notada uma diminuição nos desequilíbrios emocionais ou comportamentais, como irritabilidade e inquietação.
Na mesma pesquisa, o tratamento oral de seis semanas com CBD (300 mg/dia) exibiu melhorias em atividades diárias, como higiene pessoal, habilidades motoras finas (como escrita) e manipulação de objetos sem derramamento.
No entanto, são necessárias investigações mais amplas e controladas para uma avaliação precisa da eficácia do CBD no controle da doença de Parkinson.
Epilepsia
A epilepsia é provavelmente a doença com mais estudos que comprovam a eficácia dos canabinoides em seu tratamento.
Esta é uma condição em que os pacientes frequentemente necessitam de medicamentos anticonvulsivantes para controlar as crises.
No entanto, uma parte significativa – mais de 30% – dos indivíduos não responde positivamente aos tratamentos convencionais e continua a sofrer com as convulsões.
Como resultado, órgãos reguladores de medicamentos em países como Estados Unidos, Europa e Austrália aprovaram o uso do CBD como tratamento complementar ao lado dos medicamentos antiepilépticos existentes.
Essas recomendações são respaldadas por ensaios clínicos randomizados robustos (RCTs).
Tais ensaios evidenciam a eficácia do CBD na redução das convulsões em pacientes com condições resistentes ao tratamento, como síndrome de Dravet, síndrome de Lennox-Gastaut e síndrome da esclerose tuberosa.
Estudos clínicos envolvendo pacientes afetados por síndromes Dravet e Lennox-Gastaut avaliaram a administração oral de CBD, com doses de 10 ou 20 mg/kg/dia.
Isso foi feito com um ou mais medicamentos antiepilépticos (como clobazam, valproato, lamotrigina e/ou levetiracetam), durante um período de 14 semanas.
Foi observado que a frequência de convulsões diminuiu significativamente (entre 37-42%) no grupo tratado com CBD em comparação com o grupo placebo, que apresentou uma redução inferior a 17,2%.
Além disso, mais de 50% dos pacientes experimentaram melhorias em sua saúde geral.
A quantidade significativa de pesquisas levou a própria Organização Mundial de Saúde (OMS) a reconhecer a substância como eficaz no controle dos sintomas da doença.
Outro estudo, realizado pela Universidade de São Paulo, destaca que o CBD não apenas trata os sintomas da epilepsia, mas também pode impedir sua progressão.
Esse estudo revelou que o tratamento com canabidiol evitou o recrutamento de novas áreas do cérebro no processo que desencadeia a doença, conforme demonstraram os resultados obtidos.
Esquizofrenia
Pacientes que sofrem de esquizofrenia são acometidos por constantes surtos psicóticos em que têm alucinações, delírios e confusão mental.
Há pesquisas que apontam também para os benefícios do CBD no tratamento dessa doença, como uma revisão de literatura na qual colaboram os brasileiros Antonio Waldo Zuardi e José Alexandre S. Crippa.
O CBD demonstrou ter efeitos antipsicóticos, tanto em modelos animais quanto em voluntários saudáveis.
De acordo com a revisão, o perfil farmacológico do CBD parece assemelhar-se ao de medicamentos antipsicóticos atípicos, utilizando técnicas comportamentais e neuroquímicas em modelos animais para comparar essa semelhança.
Adicionalmente, o CBD mostrou capacidade de prevenir psicoses experimentais em seres humanos.
Também apresentou eficácia em relatos de casos abertos e em ensaios clínicos envolvendo pacientes com esquizofrenia, mantendo um notável perfil de segurança.
Resultados de ressonância magnética funcional (fMRI) indicam fortemente os efeitos antipsicóticos do CBD.
Assim, o estudo conclui que “o CBD se comporta em estudos pré-clínicos e clínicos como um antipsicótico atípico, melhorando os sintomas do tipo psicótico em doses que não prejudicam a função motora.”
Psicose
A psicose é caracterizada pela desconexão entre a realidade e a imaginação, sendo um sintoma central na esquizofrenia.
Já exploramos esse assunto antes, mas é sempre bom relembrar o que alguns estudos indicam sobre essa condição.
Um desses estudos é o artigo ‘Cannabidiol as a potential treatment for psychosis’, escrito por Cathy Davies e Sagnik Bhattacharyya.
O CBD opera por meio de um mecanismo de ação distinto dos antagonistas dos receptores de dopamina.
Portanto, oferece a possibilidade de representar uma classe totalmente nova de tratamento antipsicótico, trazendo inúmeros benefícios.
Em primeiro lugar, ao evitar o antagonismo dos receptores de dopamina, é possível prevenir efeitos adversos relacionados à condição.
Além disso, por CBD atuar por vias moleculares diferentes dos antipsicóticos atuais, ele poderia ser utilizado como monoterapia, bem como um tratamento complementar aos antipsicóticos existentes, oferecendo eficácia extra.
Assim, os autores concluem que:
“Ensaios clínicos iniciais sugerem que o CBD é seguro, bem tolerado e pode ter efeitos antipsicóticos em pacientes com psicose. Há indicações de que o CBD pode ser particularmente eficaz nos estágios iniciais do transtorno, como em pacientes com alto risco clínico e naqueles que enfrentam o primeiro episódio psicótico.’”
Tratamento de doenças neurológicas com uso de canabidiol: o que dizem os especialistas?
Apesar de existir um grupo de médicos céticos em relação ao CBD, alguns dos especialistas mais reconhecidos defendem seu uso.
No Brasil, um dos proeminentes é o neurologista Ibsen Thadeo Damiani.
Sua adoção da Cannabis medicinal em 2016 foi motivada pela notável melhora na saúde de um paciente com Parkinson.
Desde então, ele se dedicou à pesquisa da substância e hoje é uma autoridade no assunto no país.
O Dr. Ibsen enfatiza a falta de razões para temer a Cannabis, citando seus efeitos adversos insignificantes e baixa toxicidade.
Nos Estados Unidos, os neurologistas William E. Rosenfeld e Susan M. Lippmann são referências.
Em uma entrevista ao portal Yahoo, eles reiteraram sua confiança na eficácia do CBD para tratar distúrbios neurológicos e controlar convulsões.
Portanto, os especialistas dedicados à medicina canabinoide defendem vigorosamente o uso do canabidiol (CBD) na neurologia por seus potenciais benefícios terapêuticos.
As pesquisas e especialistas sugerem que o CBD pode ajudar na redução da neuroinflamação e na proteção dos neurônios, o que é crucial em condições neurodegenerativas.
Também destacam seu potencial para oferecer tratamentos mais eficazes e menos invasivos para uma variedade de doenças neurológicas.
Qual é o posicionamento da Anvisa em relação ao uso medicinal do CBD?
A opinião dos especialistas é crucial, mas o respaldo dos órgãos reguladores em relação ao CBD é igualmente importante.
Nesse contexto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem avançado consistentemente para ampliar o mercado brasileiro.
Embora haja resistência por parte de alguns setores governamentais, especialmente em questões relacionadas ao cultivo, a postura oficial, de maneira geral, tem sido favorável.
As mais recentes resoluções da Anvisa refletem esse posicionamento ao facilitar os processos de importação.
Essa mudança é fundamentada em dados concretos, já que houve um aumento de 5,9 vezes no número de pedidos de importação de medicamentos à base de CBD nos últimos cinco anos.
Tratamentos convencionais x tratamentos com CBD na neurologia
Verdade seja dita: se os tratamentos convencionais fossem 100% eficazes, talvez o canabidiol não estaria em um momento de tanta evidência.
Isso porque, na prática, as doenças neurológicas podem ser difíceis de se diagnosticar e de tratar.
Um bom exemplo disso é a epilepsia refratária, na qual o paciente tem dificuldades em conseguir resultados com os fármacos normais.
Na média, os tratamentos convencionais com anticonvulsivantes, antidepressivos, neuromodulação aliados a dieta cetogênica apresentam bons resultados.
Por outro lado, os medicamentos para o sistema nervoso cobram um preço e podem gerar efeitos colaterais bastante severos, razão pela qual são controlados.
É nesse aspecto que o tratamento com CBD se torna ainda mais interessante.
Além de ser eficaz quando as opções convencionais não funcionam, normalmente, ele não produz reações adversas como os fármacos comuns.
De quais formas o neurologista pode indicar o consumo de canabidiol nos tratamentos?
Uma das principais considerações na prescrição do CBD é a forma de administração que melhor se adequa ao paciente.
Para isso, o neurologista leva em conta a condição médica específica, preferências individuais e a rapidez desejada nos efeitos terapêuticos.
Com isso em mente, existem várias formas pelas quais o CBD pode ser administrado:
Uso de óleos e tinturas
Uma das formas mais comuns de administrar CBD é por meio de óleos ou extratos concentrados.
Esses produtos podem ser consumidos oralmente, adicionados a alimentos ou bebidas, ou aplicados sob a língua para absorção sublingual.
Geralmente, são preferidos por sua facilidade de dosagem e absorção eficaz.
Cápsulas e comprimidos
O CBD também está disponível em forma de cápsulas ou comprimidos, o que facilita a dosagem e o consumo regular.
Essa forma de administração é conveniente para pacientes que preferem a familiaridade e a praticidade de ingerir comprimidos.
Cremes e loções tópicas
Para condições específicas, como dor localizada ou inflamação, o CBD pode ser aplicado topicamente sob a forma de cremes, loções ou pomadas.
Isso permite uma ação direta na área afetada, proporcionando alívio localizado.
Vaping ou inalação
Embora menos comum, alguns pacientes optam por consumir CBD por meio de vaping (vaporização) ou inalação.
Este método permite uma absorção rápida, mas nem sempre é a opção mais indicada para consumo.
Supositórios
Em certos casos, como em pacientes com dificuldades gastrointestinais ou quando é necessária uma ação rápida e potente, os supositórios de CBD podem ser recomendados.
De qualquer modo, a Anvisa só autoriza para a venda nas farmácias os medicamentos contendo canabinoides que sejam administrados via oral ou nasal.
Outros tipos de produtos só podem ser adquiridos pela via da importação.
Normalmente, nos tratamentos prescritos por um neurologista adepto ao canabidiol, o CBD é ingerido na forma de cápsulas ou como óleo.
Em países com legislação mais evoluída, o CBD pode ser consumido por diversas vias. Em alguns casos, os médicos podem indicar até que se inale, como no caso das flores para uso medicinal e dos vaporizadores.
Onde encontrar neurologistas que prescrevem receitas com canabidiol?
Quando abordamos questões relacionadas ao sistema nervoso, a rapidez na obtenção do tratamento adequado pode ser crucial para o sucesso do processo de recuperação do paciente.
Reconhecendo a importância desse aspecto, o portal Cannabis & Saúde se empenha em auxiliar nesse desafio.
O portal disponibiliza uma lista de médicos especializados na prescrição de canabidiol, incluindo neurologistas altamente qualificados.
Além de apresentar essa seleção criteriosa de profissionais de saúde, o portal facilita a escolha do especialista e o agendamento da consulta.
Assim, permite ao paciente optar pelo formato que melhor se adequa às suas necessidades.
Compreendemos que a prontidão no início do tratamento neurológico pode ser determinante, por isso, incentivamos você a tomar essa decisão sem demora.
Agende agora mesmo sua consulta com um neurologista experiente na prescrição de canabidiol e dê o primeiro passo em direção a um tratamento mais eficaz e personalizado para suas necessidades neurológicas. Sua saúde é nossa prioridade!
Como comprar remédios à base de Cannabis?
Desde 2015, a Anvisa autoriza a compra de medicamentos importados contendo Cannabis.
No entanto, para ter acesso a eles, é necessário obedecer os trâmites impostos pelo órgão de controle sanitário.
Com tão poucas alternativas nacionais, é mais provável que você precise recorrer à importação, caso o remédio seja para tratar de algum distúrbio neurológico.
Veja na sequência como funciona o processo.
Prescrição médica
Medicamentos prescritos por um neurologista contendo canabidiol são controlados.
Isso quer dizer que eles só podem ser vendidos mediante apresentação de receita médica.
Você (ou o paciente) deverá discutir com o médico as melhores possibilidades a fim de determinar o medicamento com o perfil ideal.
Pedido junto à Anvisa
De posse da receita médica, você terá o que precisa para dar entrada na solicitação de importação junto à Anvisa.
Uma boa notícia é que, recentemente, o órgão simplificou o processo, reduzindo a quantidade de documentos exigidos.
Hoje, a receita, documento com foto e comprovante de residência bastam para solicitar a importação de produtos derivados de Cannabis.
Tudo pode ser feito online pelo formulário disponibilizado no site da agência.
O pedido pode ser feito pelo próprio paciente ou por seu representante legal autorizado por procuração.
Resposta do órgão
Outra notícia animadora é que, além de ter desburocratizado o processo de solicitação, a Anvisa também passou a responder em muito menos tempo.
Para se ter uma ideia, logo que começou a autorizar a importação de Cannabis medicinal em 2015, o tempo de resposta podia ser de longos 90 dias ou até mais.
Felizmente, houve avanços e, atualmente, o órgão leva no máximo dez dias para dar um retorno, seja ele positivo ou não.
E agora a autorização para importação pode demorar poucas horas, se o produto já estiver na lista de produtos pré-aprovados pela Anvisa.
Se for “sim”, o próximo passo é encontrar uma empresa que venda os medicamentos autorizados para uso no Brasil pela Anvisa.
No entanto, se for negativa, a Anvisa dirá se há alguma pendência para que sejam feitos os ajustes necessários para um novo pedido.
Compra e entrega
Tendo a resposta positiva da Anvisa, você terá que procurar pela internet para comprar o seu medicamento.
Cabe ressaltar que, como toda compra do exterior, será preciso arcar com taxas de logísticas, desembaraço na alfândega, bem como, lidar com instituições estrangeiras ao longo do processo.
Nem todos têm o conhecimento para tanto, motivo pelo qual o portal Cannabis & Saúde também busca facilitar a sua compra.
Pacientes que tenham solicitado o agendamento de consultas pelo portal tem gratuitamente o processo de autorização junto a Anvisa.
Conclusão
A evolução científica continua a passos largos e há indícios de que, em breve, teremos respostas mais completas sobre o mecanismo que explica a eficácia dos canabinoides.
No entanto, atualmente, não há impedimentos para buscar tratamentos com Cannabis medicinal por meio de um neurologista.
Enquanto aguardamos essas descobertas futuras, é essencial manter-se atualizado sobre os avanços científicos relacionados aos canabinoides.
Para isso, acompanhe os conteúdos publicados no portal Cannabis & Saúde.
Assim, você pode obter insights valiosos sobre novas pesquisas, descobertas e informações relevantes que podem auxiliar na compreensão e no uso terapêutico dessas substâncias.
Recorrer a um neurologista familiarizado com o uso do canabidiol pode ser uma opção viável para aqueles que desejam explorar os benefícios da Cannabis medicinal no contexto de sua condição neurológica específica.