Você sabe qual é a relação entre o CBA e o CBD? Se a sua resposta foi nenhuma, acertou. Mas não se preocupe, a confusão, de fato, acontece. Já que a crescente proliferação de produtos contendo CBA (Cannabinoid Active System) no mercado tem gerado considerável mistura, frequentemente associada à similaridade fonética e visual com o renomado CBD (Canabidiol), molécula proveniente da Cannabis e com potencial efeito terapêutico.
“A confusão é uma estratégia. As embalagens e colorações levam a crer que têm relação com a Cannabis, mas não, e, inclusive, o CBA não tem efeito medicinal”. É assim que a Dra. Thayla Ferrari Machado explica a crescente utilização de publicidade nos produtos com CBA relacionando-os com CBD.
Porém, o CBA, diferentemente do CBD, não vem da planta Cannabis. Basicamente, ele é um ativo natural produzido a partir de óleos com origens principalmente da Amazônia.
“O CBA, ou seja, os óleos amazônicos tem terpenos com efeitos relaxantes e até muscular, nos cabelos, por exemplo, diminui a aparência do frizz realmente. Mas o apelo do marketing envolvendo a Cannabis ilude o consumidor”, pontua a médica com quem conversamos com exclusividade em nosso canal no YouTube.
Mas, por que o CBA leva o Cannabinoide no nome, não é mesmo? Bom, a resposta está na sua interação com o sistema endocanabinoide. “São produtos que agem em sinergia com o sistema endocanabinoide, mas que não necessariamente é parecido com o CBD, nem com o mesmo potencial”. Ou seja, o CBA age em sinergia com esse sistema, compartilhando a capacidade de influenciar processos fisiológicos. No entanto, a médica enfatiza que sua atuação e potencial diferem do CBD.
Semelhanças entre o CBA e o CBD
Apesar das divergências, o CBA demonstra potencial terapêutico, especialmente em aplicações tópicas. Condições dermatológicas podem encontrar alívio com o uso do CBA,. Todavia, o alcance terapêutico do CBD permanece mais amplo. “As dermatites, por exemplo, podem se beneficiar, mas o alcance do uso do CBD é bem maior”, pontua.
“O Canabidiol não é nem coadjuvante, o CBD é complementar à terapia tradicional que já existe”
A busca pelo bem-estar é crescente. E neste cenário o CBD vive uma ascensão como uma alternativa terapêutica com potencial benefícios para a saúde da pele. Segundo a médica, o CBD é uma alternativa promissora, com potencial para beneficiar a saúde da pele. Para ela, longe de ser um mero coadjuvante, o CBD assume um papel complementar às terapias tradicionais já estabelecidas.
E não apenas o CBD. Dra. Thayla entende que os fitocanabinoides, como o CBG, demonstram um leque de benefícios para a pele. Essa complementariedade reside na capacidade do CBD de atuar em sinergia com os tratamentos convencionais, otimizando os resultados e, possivelmente, minimizando os efeitos colaterais associados.
E os produtos de CBA querem apenas seguir este hype. “O marketing evoca a Cannabis, o que, pode induzir o consumidor ao erro”, alerta.
“Todos deveriam ter a oportunidade de realizar tratamentos com Cannabis”
Para a médica, a Cannabis traz uma transformação completa ao tratamento dos seus pacientes. Além de tratar questoes como a psoríase, através de mecanismos multifacetados, o CBD demonstra a capacidade de impactar positivamente diversas condições como a qualidade do sono e dos pensamentos.
“A razão inicial é o tratamento dermatológico. Mas a gente sabe que os benefícios vão muito além da pele, do cabelo, das mucosas. Justamente pelo sistema endocanabinoide e seus receptores no corpo inteiro”.
Portanto, uma das principais vantagens do CBD reside nas suas propriedades anti-inflamatórias. O CBD atua na modulação da resposta inflamatória da pele, atenuando os sintomas de condições como a acne e a psoríase, reduzindo edema e eritema. No contexto da cicatrização, o CBD estimula a apoptose de células sebáceas danificadas e promove a síntese de colágeno e elastina, componentes cruciais para a reparação tecidual.
Estudos preliminares sugerem que o CBD pode atenuar os sintomas de dermatites, aliviando prurido e irritação, através do controle da inflamação local. Finalmente, a atividade antioxidante do CBD contribui para a neutralização de radicais livres, combatendo o envelhecimento cutâneo e promovendo a vitalidade da pele.
Em suma, o CBD apresenta-se como um candidato terapêutico relevante na dermatologia, com mecanismos de ação diversos e promissores. Contudo, pesquisas adicionais são imprescindíveis para elucidar completamente o seu potencial e otimizar a sua aplicação clínica no tratamento de patologias cutâneas.
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É importante ressaltar que, no Brasil, o uso de Cannabis medicinal é autorizado. No entanto, é essencial contar com a recomendação e prescrição de um profissional de saúde habilitado. Caso esteja considerando a inclusão de canabinoides no seu tratamento, você pode agendar uma consulta diretamente em nossa plataforma, que conta com mais de 300 especialistas qualificados para prescrever Cannabis medicinal. Assim, você garante um atendimento seguro e com a orientação adequada.