A Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais, representando um forte impacto físico, psicológico, social e econômico.
Na doença de Alzheimer, o Sistema Endocanabinoide (SEC) tem sido objeto de pesquisa devido ao seu potencial impacto na neuroinflamação e na proteção neuronal
Estudos pré-clínicos em modelos animais indicam que a ativação dos receptores canabinoides pode modular a resposta imunológica no cérebro, reduzindo a inflamação e protegendo os neurônios.
Além disso, a prática clínica mostra que através dos vários fitocanabinoides – CBD, THC, CBG, CBC, etc. – podemos contribuir para o alívio dos sintomas comportamentais associados à doença, como agitação, agressividade, ansiedade, insônia; além de diminuir efeitos colaterais das medicações alopáticas, melhorando assim a qualidade de vida dos pacientes.
Fibromialgia e Cannabis
No caso da fibromialgia, uma condição caracterizada por dor crônica generalizada e sensibilidade aumentada, além de fadiga (cansaço), sono não reparador e outros sintomas como alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais, há evidências de disfunção no SEC. Os fitocanabinoides (canabinoides da planta) são moléculas multi-alvo, que interagem com os diversos receptores no sistema nervoso central, modulando a percepção da dor, melhorando o humor e o sono.
Lúpus
Quanto ao lúpus, uma doença autoimune que afeta diversos órgãos, como rins, articulações, pulmões, pele, estudos preliminares sugerem que o SEC pode desempenhar um papel na estabilidade do sistema imunológico
A regulação do SEC através de fitocanabinoides como CBD e THC, pode influenciar a resposta inflamatória desregulada observada no lúpus, proporcionando uma abordagem potencial para o controle da doença e mais uma vez, alívio dos sintomas associados aos quadro, com a vantagem de poucos efeitos colaterais.
Já a leucemia é um câncer que tem início nas células-tronco existentes na medula óssea, de onde se originam as células sanguíneas. Pode ser aguda ou crônica, dependendo da velocidade de crescimento das células doentes. O tratamento depende do tipo de leucemia, mas é feito com quimioterapia. Em alguns casos é indicado o
transplante de medula óssea.
E o que a Cannabis pode fazer?
A Cannabis medicinal pode ajudar no processo de tratamento, reduzindo efeitos colaterais da quimioterapia, aliviando possíveis sintomas como ansiedade, insônia, indisposição, inapetência; e até na recuperação do peso perdido no tratamento.
O Portal Cannabis & Saúde conta com colunistas especializados, que produzem um conteúdo sério e com rigor científico em relação à Cannabis. Todas as colunas e informações apresentadas nelas são responsabilidade dos próprios colunistas. Da mesma forma, a propriedade intelectual dos textos é de seus autores.
Veja a nossa live com a Dra. Marina sobre Cannabis no tratamentos de doenças autoimunes
Conheça a inspiradora história da Dra. Marina
Recentemente contamos aqui a inspiradora história da Dra. Marina, que passou de paciente à médica prescritora. Isso porque, ainda no primeiro ano de faculdade, uma rara doença autoimune mudou a trajetória da Dra. Marina.
Cannabis e os sintomas da neuromielite óptica
No ano de 2020, Dra. Marina decidiu pelo tratamento canabinoide. “Comecei o uso da Cannabis para os meus sintomas, principalmente espasticidade, e foi excelente”.
“A primeira vez, tomei de noite, pois sabia que poderia dar sono, e fui dormir. Quando levantei no dia seguinte, meu caminhar já era outra coisa. Na troca de passo, eu sentia uma travada, como se fosse uma cãibra, e já notei uma diferença importante”. Animada, decidiu estudar.
“Assisti algumas aulas sobre Cannabis, decidi fazer um curso, e me apaixonei. É um mundo que eu gosto de estudar, pois consegue abraçar o paciente como um todo. Não olha somente para uma queixa de uma doença.”
Logo, assumiu o controle sobre seu tratamento. “Usei, por uns seis meses, o Canabidiol isolado, depois passei para o full spectrum, e já estava estudando a possibilidade de reduzir outras medicações”.
“Usava medicação para dormir, anticonvulsivante para diminuir a espasticidade e os sintomas da dor neuropática, mas fui tirando e ficando só com a Cannabis”.
Leia colunas da Dra. Marina:
Agende sua consulta
Se você deseja marcar uma consulta com uma profissional que conhece a fundo os dois lados da Medicina, clique aqui, para marcar uma consulta com a clínica geral Marina Vicente de Souza.
Pela plataforma de agendamento do portal Cannabis & Saúde, você encontra mais de 300 médicos e dentistas, com diversas especialidades e experiência na prescrição e acompanhamento do tratamento canabinoide.