O pequeno Oscar recebeu o medicamento com apenas 12 horas de vida
Durante a gravidez, a inglesa Chelsea Parodi ficou em pânico. O médico a informou que seu filho havia ficado sem oxigênio, o que traria complicações graves, como crises convulsivas. Ainda no útero, recebeu o diagnóstico de uma condição conhecida como encefalopatia hipóxico-isquêmica neonatal. Ao nascer poderia ter dificuldades para respirar, dormir e ainda sofrer deficiência nos reflexos e no tônus muscular.
O conforto veio ao saber que poderia receber um tratamento experimental, desenvolvido pela NHS Foundation Trust de Guy e St Thomas. A fundação faz parte do Serviço Nacional de Saúde e desenvolve um estudo utilizando um medicamento à base de Cannabis para tratar o transtorno.
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Diante da ideia de usar a Cannabis no filho, Chelsea reagiu dizendo que faria tudo para ajudar seu bebê. E poderia ficar tranquila: não seria a primeira vez que aquele tratamento específico seria usado em crianças acometidas de convulsões. Formas raras de epilepsia infantil já utilizam com sucesso o medicamento, que contém uma dose mínima de THC (tetrahidrocanabinol).
Entretanto, era a primeira vez que ele seria dado a um recém-nascido. A ideia de utilizar medicamentos à base de Cannabis durante ou logo após a gestação ainda choca boa parte das pessoas.
Assim que recebeu o diagnóstico, Chelsea passou por uma cesariana de emergência. Oscar nasceu em 11 de março, sendo levado diretamente para uma UTI neonatal. Lá, os médicos diminuíram a febre e, em menos de 12 horas desde o parto, deram a ele o canabidiol via intravenosa.
Oscar continua sendo acompanhado pelos pesquisadores do estudo. Se tudo correr bem, a Cannabis pode passar a ser usada como tratamento preferencial nos cuidados neonatais para auxiliar bebês em risco de convulsões e lesões cerebrais.
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