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85% dos médicos da Colômbia acreditam que a Cannabis é útil para tratar dor crônica

A informação faz parte da primeira grande pesquisa médica sobre o uso da Cannabis medicinal na Colômbia. O estudo revelou também que em cada quatro colombianos, um já usou produtos à base de Cannabis no tratamento de doenças.

Denise Tamer

Mãe, jornalista formada na PUC-RS com mestrado em comunicação e cultura realizado no Uruguai, na Universidad Católica de Uruguay. Foi em Montevidéu, onde estudou, trabalhou na UNESCO e mergulhou no universo da Cannabis. Atualmente vive na fronteira Uruguai e Brasil, e cursa a formação de Consultor Canábico.

Publicado em 25/01/2023

Um total de 85% dos médicos da Colômbia acredita que a Cannabis é útil para tratar a dor crônica e doenças terminais. A primeira pesquisa do Observatório Colombiano da Indústria da Cannabis apresentou a alta adesão da comunidade médica. Já que é uma terapia apoiada por 74% dos profissionais da saúde do país. E o estudo também mostrou que existe uma necessidade de um protocolo de prescrição no país. Outro dado de destaque é que em cada quatro colombianos, um já usou produtos à base de Cannabis no tratamento de doenças.

Cannabis como tratamento médico e a importância de um acompanhamento profissional

Neste sentido, Jaime Arteaga, Diretor do Observatório Colombiano da Indústria da Cannabis, afirmou que “86% dos médicos acreditam na Cannabis como tratamento médico. E 68% da amostra de médicos analisados afirmaram que os seus pacientes consultaram para o uso terapêutico da planta. E apenas 53% dos médicos afirmaram ter um nível de preparação para responder”.

Veja os principais dados da pesquisa

86% dos médicos acreditam que os canabinóides são úteis para o tratamento do câncer associado à dor crônica intensa,
85% acreditam que é útil para dor crônica,
82% que é útil para doenças terminais e 75% para espasmos musculares graves.
Apenas um quarto dos entrevistados acredita que o uso de Cannabis aumenta um pouco o risco de condições como: overdose de drogas (26%), baixo peso ao nascer (22%) ou problemas de memória (22%).
Enquanto 68,8% dos médicos dizem que seus pacientes perguntaram sobre o uso de Cannabis medicinal, apenas 12% dos médicos se sentem bastante ou muito preparados para responder às suas perguntas.
28% dos médicos entrevistados afirmam que prescreveram alguma forma de Cannabis medicinal ao longo de sua carreira médica. Esse percentual sobe para 49% entre os médicos entre 11 e 20 anos de exercício profissional.
92% dos médicos concordam que deve haver um protocolo claro e padronizado entre os prestadores de serviços de saúde ao formular/prescrever cannabis medicinal aos pacientes.

Observatório defende protocolo de prescrição de Cannabis na Colômbia

Agora após a pesquisa o Observatório Colombiano da Indústria da Cannabis defende que um protocolo de prescrição seja criado no país: “A segurança do uso medicinal da cannabis fez progressos significativos, mas os protocolos de prescrição de cannabis precisam ser padronizados na Colômbia”, afirma o OCIC.

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