A medicina da dor é uma área da medicina dedicada ao alívio da dor, com foco na melhora da qualidade de vida de quem sofre com este problema de forma crônica.
A dor sempre foi um sinal de que algo não está certo no corpo. Mas é muito mais do que isso.
Muitas pessoas passam boa parte da vida sofrendo com dores crônicas, achando que não há solução e aceitando viver assim.
Diante disso, elas se submetem a vários procedimentos, até mesmo cirurgias invasivas, que não resolvem completamente o problema.
A medicina da dor, em contrapartida, é a resposta para quem busca alívio desse incômodo constante, pois oferece novas alternativas de tratamento.
Se é isso que você precisa, prossiga com a leitura deste artigo. A seguir, vamos mergulhar nos fundamentos da medicina da dor.
Veremos como essa especialidade médica se aplica em diferentes situações e como os profissionais da área trabalham para diagnosticar e tratar diversos tipos de dor.
Aqui você obterá informações sobre:
- Quais são as principais causas tratadas pela medicina da dor?
- Quais profissionais estão envolvidos na medicina da dor?
- Quais são os tratamentos mais comuns dessa especialidade médica?
- Como a Cannabis medicinal pode ser integrada aos tratamentos da medicina da dor?
- Como posso saber se a medicina da dor é a escolha certa para meu caso?
- Dicas para encontrar um bom especialista em medicina da dor
- Quanto tempo geralmente leva para ver resultados com tratamentos de medicina da dor?
- Quais são os avanços recentes na medicina da dor?
O que é medicina da dor?
A medicina da dor é uma especialidade médica relativamente nova, focada no tratamento de dores crônicas em pacientes que não encontram alívio em outros métodos.
No passado, a dor era vista apenas como um sinal de alerta, um sintoma indicando que algo estava errado no corpo.
Não se considerava a dor como algo que precisava ser tratado por si só.
Hoje, entendemos que a dor pode ser uma doença própria, e a medicina da dor surgiu para ajudar a identificar e tratar essa dor de maneira eficaz e menos invasiva.
Essa especialidade médica avalia e trata dores crônicas sem a necessidade de cirurgias.
Com as técnicas modernas, é possível reduzir dores associadas a diversos problemas, como doenças nas juntas, hérnias, sequelas de amputações, dores de cabeça crônicas, entre outras.
O médico especializado em dor escolhe os melhores recursos para garantir um tratamento adequado às necessidades e possibilidades de cada paciente, baseando-se em sua experiência clínica e conhecimento.
Trabalhando em colaboração com outros especialistas, ele usa uma abordagem multidisciplinar para tratar os pacientes, considerando uma visão sistêmica do problema.
Essa é uma especialidade relativamente nova, tendo sido certificada pela American Society of Anesthesiologists em 1993. Entre as principais funções dessa área, destacam-se:
- Abordar clinicamente o paciente com queixa de dor;
- Reconhecer as principais síndromes dolorosas e seu manejo clínico;
- Identificar métodos de avaliação e diagnóstico da dor;
- Manejar corretamente as principais medicações utilizadas no tratamento da dor;
- Indicar tratamentos intervencionistas em caso de falha ou intolerância ao tratamento medicamentoso
Quais são as principais causas tratadas pela medicina da dor?
Qualquer pessoa pode se beneficiar de um plano de controle na medicina da dor.
Um plano na medicina da dor pode ajudar a controlar dores que duram alguns dias, como após uma lesão ou cirurgia, ou ajuda quem sofre de dores prolongadas devido a doenças ou problemas crônicos de saúde.
Dores vêm de várias fontes – pode ser resultado de uma doença, um acidente ou até mesmo de algum tratamento que você esteja fazendo, como a dor pós-cirurgia.
Às vezes, a dor é misteriosa e não dá para apontar uma causa. No entanto, elas se dividem nos seguintes tipos:
- Dor aguda: Essa é aquela que aparece de surpresa, geralmente vindo de um machucado recente. Quando os profissionais tratam a lesão, ela tende a melhorar.
- Dor crônica: Essa é mais persistente, durando mais de seis meses. Pode ocorrer devido a uma lesão que não foi tratada direito ou condições como artrite, fibromialgia ou danos nos nervos.
- Dor nociceptiva: Essa dor é um sinal do cérebro de que algo está errado – como quando você quebra um osso. Pode ser um incômodo rápido ou demorar mais a passar. Afeta tanto órgãos internos (dor visceral) quanto músculos e ossos (dor somática).
- Dor neuropática: Aqui a confusão acontece no sistema nervoso, que manda sinais de dor para o cérebro sem motivo aparente. Diabetes, esclerose múltipla e HIV são algumas das causas desse tipo de dor.
Quais condições são tratadas?
A medicina da dor trata todos os tipos de dor, sendo mais frequentemente recomendada para:
- Artrite e lesões musculares e articulares: Diferentes tipos de artrite, como osteoartrite e gota, causam dores fortes nas articulações;
- Doenças autoimunes: Lúpus, doença de Crohn e outras doenças autoimunes fazem com que o sistema imunológico ataque o próprio corpo;
- Lesões nas costas: Hérnia de disco, ciática e outros problemas nas costas são causas comuns de dor e limitação de mobilidade.
- Distúrbios de dor crônica: Existem vários distúrbios que podem causar dor generalizada pelo corpo, como fibromialgia, síndrome de dor regional complexa (SDRC) e síndrome de dor central.
- Endometriose: Essa condição faz com que o revestimento do útero cresça fora das paredes uterinas, causando dor abdominal e menstruação irregular.
- Dor miofascial: Condições como neuralgia do trigêmeo, abscesso dentário e outros problemas dentários podem causar dor no rosto.
- Dores de cabeça: Enxaquecas e dores de cabeça em salvas causam dor na cabeça e no pescoço.
- Pedras nos rins e problemas do trato urinário: As pedras nos rins causam dor intensa. A cistite intersticial, ou síndrome da bexiga dolorosa, causa dor e pressão pélvica.
- Danos nos nervos (neuropatia): Nervos danificados podem causar dor, ardor e formigamento. A síndrome do túnel do carpo é um tipo comum de neuropatia.
Quais profissionais estão envolvidos na medicina da dor?
Na medicina da dor, uma equipe multidisciplinar de profissionais colabora para avaliar, diagnosticar e tratar pacientes que sofrem de dor crônica ou aguda.
Essa abordagem integrada visa melhorar a qualidade de vida dos pacientes, reduzindo a dor e restaurando sua funcionalidade.
Alguns dos profissionais envolvidos nesse campo são:
- Anestesistas: Especialistas em controle da dor, eles têm conhecimento avançado em técnicas de bloqueio de nervos, infusão de medicamentos e outros procedimentos para aliviar a dor.
- Neurologistas: Especializados no sistema nervoso, eles podem diagnosticar e tratar condições neurológicas que causam dor, como neuropatia periférica ou enxaqueca.
- Fisiatras: Também conhecidos como médicos de reabilitação, eles se concentram na restauração da função e qualidade de vida através de terapias físicas e ocupacionais.
- Psicólogos: A dor crônica pode ter um impacto no bem-estar psicológico dos pacientes. Os psicólogos ajudam a gerenciar o estresse, a ansiedade e a depressão associados à dor.
- Fisioterapeutas: Desenvolvem programas de exercícios e terapias físicas para ajudar os pacientes a fortalecer os músculos, melhorar a flexibilidade e reduzir a dor.
- Enfermeiros: Eles fornecem cuidados direcionados, administram medicamentos e educam os pacientes sobre estratégias de autoajuda para controlar a dor.
- Terapeutas ocupacionais: Ajudam os pacientes a adaptar suas atividades diárias para lidar com a dor e maximizar a independência funcional.
A colaboração entre eles ajuda a alcançar os melhores resultados e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Quais são os tratamentos mais comuns dessa especialidade médica?
Existem muitas opções para controlar a dor.
Se você está lidando com qualquer tipo de desconforto, especialistas da medicina da dor podem te ajudar.
Esses especialistas podem te indicar várias estratégias para dar um basta nessa dor. Dê uma olhada:
Remédios caseiros
Às vezes, colocar algumas dicas em prática na sua casa pode fazer milagres.
Se você está com dor por conta de alguma lesão nos ossos, músculos ou tecidos, o método RICE (repouso, gelo, compressão e elevação na sigla em inglês) pode ser um amigo.
A ideia é descansar, aplicar gelo ou compressa fria a cada 20 minutos para reduzir o inchaço e a dor.
Aconselhamento e terapia
Em muitos casos, a dor crônica pode ser tão desgastante que leva o paciente a necessitar de acompanhamento psicológico.
Terapias como a cognitivo-comportamental e o biofeedback podem ser um caminho para lidar melhor com a dor.
E se a dor está trazendo junto a depressão e ansiedade, seu médico pode sugerir outras terapias, aconselhamento ou meditação para ajudar a domar essas emoções.
Alguns especialistas até recomendam manter um diário da dor pra entender melhor o que te dá gatilho – isso pode dar uma luz para o seu médico montar o melhor plano de tratamento.
Exercício
Mexer o corpo pode ser ótimo na guerra contra a dor.
Seu médico pode recomendar uma variedade de atividades, tipo pilates, ioga, tai chi, nadar ou só uma caminhada.
Esses exercícios não só ajudam a reduzir a dor crônica, mas também melhoram a postura e fazem o corpo funcionar melhor.
E o melhor: auxiliam na saúde mental e ajudam a manter a mente zen.
Tratamentos práticos
Fisioterapia, massagem, acupuntura, tratamento osteopático ou ajustes quiropráticos – têm opções para todas as necessidades.
Durante esses tratamentos, seu médico vai usar uma variedade de técnicas para reduzir a dor, melhorar o alinhamento e fazer seu corpo se sentir como novo.
Estímulos e injeções
Se a dor estiver vindo dos nervos, seu médico pode sugerir tratamentos como a estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) ou a ablação por radiofrequência.
Eles são como um “reset” para os nervos.
Já as injeções de esteroides entregam o remédio direto no ponto dolorido, o que pode trazer um alívio direto.
Mudanças de hábito
Às vezes, pequenas mudanças no dia a dia fazem uma grande diferença.
Se a obesidade estiver sendo um problema, seu médico pode sugerir uma perda de peso.
E não é só isso: manter uma dieta equilibrada, beber bastante água, dormir o suficiente e manter o estresse sob controle ajudam a evitar dores chatas no futuro.
Medicamentos
Dependendo do tipo de dor, seu médico pode indicar remédios, tanto os que precisam de receita quanto os de venda livre.
Pode ser antibiótico para uma infecção, relaxante muscular para espasmos ou anti-inflamatório para diminuir o inchaço.
Mas atenção, alguns desses remédios, como os opioides, causam dependência, então é essencial seguir as instruções do médico.
Como a Cannabis medicinal pode ser integrada aos tratamentos da medicina da dor?
Os seres humanos têm usado Cannabis para aliviar a dor há milênios. Antigas culturas da China e da Índia recorreram à Cannabis para amenizar o desconforto.
Nos Estados Unidos, ela até era vendida em farmácias até o início do século XX.
E agora, contamos com muito mais pesquisa científica para entender seus efeitos e como ela pode ser integrada à medicina da dor.
A planta de Cannabis contém cerca de 60 canabinoides. Esses compostos, endógenos ou exógenos, têm atividade nos receptores canabinoides.
Existem três tipos principais:
- Fitocanabinoides (derivados de plantas, como o CBD e THC);
- Endocanabinoides (compostos naturais do corpo, como anandamida e 2-araquidonoilglicerol);
- Canabinoides sintéticos (como dronabinol e nabilona).
O sistema endocanabinoide está presente em todo o corpo humano, principalmente nos tecidos neurais, mas também em outros órgãos e sistemas, como pele, ossos, articulações e células do sistema imunológico.
Esse sistema de sinalização lipídica regula uma variedade de funções, incluindo dor, humor, apetite, sono, imunidade e muito mais.
Os canabinoides, exógenos, sintéticos ou endógenos, interagem com o sistema endocanabinoide e suas vias de sinalização, além de receptores dentro (CB1 e CB2) e fora dessa rede (vaniloides e receptores de serotonina).
Os receptores canabinoides 1 e 2 (CB1 e CB2) influenciam a nocicepção, atuando sozinhos ou em conjunto.
Quando se trata de Cannabis para dor, certos canabinoides, como o THC, ativam esses receptores no cérebro e nos nervos para regular a dor.
Eles também ativam receptores nas células do sistema imunológico, controlando a inflamação e a resposta imunológica, que costuma causar a dor.
Por causa desses efeitos, a Cannabis é clinicamente integrada na medicina da dor para tratar a dor crônica, incluindo neuropatia, artrite, fibromialgia e dores relacionadas a doenças autoimunes.
Quais os benefícios comprovados da Cannabis no gerenciamento de dores?
Em um estudo online anônimo, exploratório e transversal, participantes que receberam Cannabis mediante prescrição relataram melhorias em seus sintomas físicos e estados emocionais.
Os participantes preencheram questionários duas vezes: primeiro durante o estudo e depois, retroativamente, referentes ao período anterior à terapia com canabinoides.
216 participantes completaram o estudo. A maioria (72%) relatou a dor como o principal motivo para a terapia com canabinoides.
Comparando o estado atual com o retrospectivo, os participantes demonstraram maior satisfação com a terapia médica geral, melhoria do bem-estar e menos problemas relacionados à dor.
Pacientes com dor relataram redução da dor diária, enquanto aqueles com espasticidade relataram diminuição da espasticidade muscular e melhora na mobilidade física.
A maioria dos participantes considerou sua terapia com canabinoides mais eficaz do que tratamentos anteriores, mostrando que a Cannabis pode, de fato, ser integrada ao plano de tratamento na medicina da dor.
Outro estudo avaliou a segurança do uso de produtos derivados da Cannabis em pacientes com dor crônica.
Esse estudo (Cannabis oil extracts for chronic pain: what else can be learned from another structured prospective cohort?) acompanhou 218 pacientes por seis meses, fornecendo um produto de CBD e THC.
A dose diária média de THC aumentou gradualmente ao longo do estudo, enquanto a de CBD permaneceu estável.
Ao final do estudo, os médicos observaram uma melhora na condição dos participantes, incluindo uma redução na intensidade da dor e outros efeitos positivos na qualidade de vida.
Como iniciar um tratamento para dor à base de Cannabis?
O tratamento com Cannabis para a dor sempre começa com uma consulta médica, onde o paciente compartilha detalhes sobre sua condição de dor e histórico médico.
O médico pode então prescrever produtos específicos de Cannabis, como óleos, cápsulas ou vaporizadores, e recomendar doses adequadas com base nas necessidades individuais do paciente.
Para obter os produtos que são necessários para iniciar seu tratamento, o paciente precisa apresentar a prescrição médica para a compra em uma farmácia ou obter uma autorização adicional para importação.
Durante o tratamento com Cannabis, é o médico que monitora os efeitos do tratamento, ajusta a dosagem conforme necessário e garante que todo o processo seja efetivo.
Para dar início a este tipo de tratamento, o seu melhor aliado será o portal Cannabis & Saúde, que possui uma plataforma de agendamento que te conecta a médicos de diversas especialidades.
O processo é muito simples: basta agendar uma consulta com um médico por meio da nossa plataforma de agendamento.
Aqui, você encontrará uma rede de profissionais qualificados, inclusive médicos experientes em medicina da dor, prontos para oferecer orientação personalizada e suporte ao longo do seu tratamento.
Como posso saber se a medicina da dor é a escolha certa para meu caso?
Se os tratamentos tradicionais já foram tentados sem sucesso, é hora de se consultar com um especialista em medicina da dor.
Para saber se a medicina da dor é a melhor opção para você, primeiro, você deve consultar um médico especializado nessa área.
Eles vão fazer uma análise completa do seu histórico médico, dos sintomas atuais e dos exames diagnósticos para entender a etiologia da sua dor.
Depois, é hora de conversar sobre seus objetivos de tratamento.
O médico pode te explicar todas as opções disponíveis, desde medicamentos até terapias físicas ou procedimentos mais específicos.
Eles vão te ajudar a entender como cada opção pode se encaixar nas suas necessidades.
É importante também ficar atento aos benefícios e possíveis riscos do tratamento.
Se tiver dúvidas, não hesite em buscar uma segunda opinião. E lembre-se, perguntar é sempre válido!
Quanto mais confortável e confiante você estiver com o plano de tratamento que o médico recomendar, melhor.
O objetivo é encontrar a melhor abordagem para ajudar você a gerenciar a dor e viver com mais qualidade.
A medicina da dor é adequada para todas as idades?
A medicina da dor é sim adequada para pessoas de todas as idades.
Como muitas modalidades de tratamento são consideradas, cada uma delas é cuidadosamente adaptada para diferentes faixas etárias devido às variações nas respostas aos tratamentos.
Veja em mais detalhes:
Crianças:
- As crianças têm sistemas nervosos em desenvolvimento e podem responder de forma diferente a medicamentos;
- Dosagens devem ser rigorosamente ajustadas com base no peso e na idade;
- Terapias não farmacológicas, como fisioterapia e técnicas de distração, são frequentemente usadas;
- Terapias comportamentais e psicológicas também ajudam a lidar com a dor.
Adultos:
- Podem ter uma variedade de condições que causam dor, desde lesões agudas até doenças crônicas;
- Geralmente, têm maior capacidade de comunicar a intensidade e localização da dor, facilitando o tratamento;
- Uma ampla gama de medicamentos, incluindo analgésicos, anti-inflamatórios, anticonvulsivantes e antidepressivos para dor neuropática costumam ajudar esse grupo;
- Intervenções como fisioterapia, terapia ocupacional e modalidades intervencionistas (bloqueios nervosos, injeções epidurais) também são consideradas.
Idosos:
- Costumam ter múltiplas comorbidades e estar em uso de vários medicamentos, aumentando o risco de interações medicamentosas;
- Maior sensibilidade a efeitos colaterais;
- Diminuição da função renal e hepática que afeta a metabolização dos medicamentos;
- Preferência por medicamentos com perfis de segurança mais favoráveis, como paracetamol;
- Intervenções multimodais, incluindo fisioterapia, terapia ocupacional, e tratamentos não farmacológicos, como acupuntura e terapia cognitivo-comportamental são apropriadas.
A medicina da dor é segura para gestantes?
A medicina da dor para gestantes envolve diversas abordagens que vão além dos medicamentos geralmente perigosos.
Como também foca em métodos não farmacológicos, é possível que as gestantes possam se beneficiar dela.
No entanto, ainda é preciso que qualquer tratamento, seja ele farmacológico ou não, seja supervisionado por profissionais de saúde especializados.
Gestantes devem discutir todas as opções com seus médicos para encontrar o plano de tratamento mais seguro para suas necessidades.
Dicas para encontrar um bom especialista em medicina da dor
Encontrar um bom especialista em medicina da dor pode ser complicado, especialmente quando você está lidando com uma condição crônica que afeta muito sua qualidade de vida.
Escolher o profissional certo é extremamente importante, já que a experiência do especialista pode fazer uma grande diferença na eficácia do tratamento da dor.
Mas não entre em pânico! Algumas estratégias podem facilitar esse processo. Saiba quais:
1. Obtenha referências
Encontrar um bom especialista em medicina da dor começa com a obtenção de referências confiáveis.
Isso pode ser feito de várias maneiras. Primeiro, pergunte a algum profissional da área da saúde que você já se consulta.
Esses profissionais geralmente têm uma rede de colegas em várias especialidades e podem recomendar alguém com base na sua experiência e no feedback de outros pacientes.
Outro recurso valioso são amigos e familiares.
Pessoas próximas que já passaram por tratamentos de dor crônica podem contar sobre suas experiências com especialistas.
Pergunte sobre a eficácia do tratamento, a abordagem do médico, a comunicação e o cuidado contínuo. Essas informações pessoais podem ser inestimáveis na sua decisão.
Também não subestime o poder das opiniões online. Sites de avaliação de médicos e até Google Reviews, permitem que você leia sobre as experiências de outros pacientes.
Preste atenção aos comentários sobre a competência do médico, a empatia no atendimento e a eficácia dos tratamentos oferecidos.
No entanto, seja crítico ao analisar essas avaliações, procurando por padrões em vez de se basear em experiências isoladas.
2. Verifique as credenciais
Verificar as credenciais de um especialista em medicina da dor é um passo que não pode ser subestimado.
Certifique-se de que o médico possui a certificação necessária em medicina da dor.
Além disso, confira a formação educacional e o treinamento do médico. Veja onde ele se formou, além de estágios e residências completados.
Especialistas em medicina da dor geralmente têm formação em áreas como anestesiologia, neurologia, medicina física e reabilitação, ou psiquiatria, com treinamento adicional específico em manejo da dor.
Esse background diversificado é um bom indicador da habilidade do médico em abordar a dor de múltiplas perspectivas.
Outro passo importante é verificar se o médico tem um histórico limpo, sem ações disciplinares ou processos por má prática.
Por fim, considere se o médico está associado a hospitais e centros médicos renomados.
Médicos que trabalham em instituições reconhecidas têm acesso a recursos avançados e estão envolvidos em programas de educação continuada, o que pode refletir um compromisso com a excelência.
3. Avalie a experiência
A experiência de um médico pode influenciar os resultados do tratamento, especialmente em áreas complexas como o manejo da dor.
Considere quantos anos o médico tem praticado na área de medicina da dor.
Especialistas com mais anos de experiência provavelmente enfrentaram uma variedade de casos e desenvolveram maior entendimento das diferentes condições de dor e suas abordagens de tratamento.
Pergunte diretamente ao médico sobre sua experiência e quantos pacientes com condições semelhantes à sua ele já tratou.
Isso pode dar uma ideia clara de quão familiarizado ele está com a sua situação específica.
Por exemplo, se você sofre de dor lombar crônica, um especialista que frequentemente trata essa condição pode ter mais conhecimento sobre as opções de tratamento mais recentes e eficazes.
Da mesma forma, se você tem uma condição rara, encontrar um médico que já tratou casos semelhantes pode fazer a diferença para o sucesso do tratamento.
Investigue também se o médico está envolvido em pesquisa ou ensino na área de medicina da dor.
Aqueles que participam de atividades acadêmicas e de pesquisa estão na vanguarda das novas descobertas e tratamentos.
Participação em estudos clínicos ou publicação de artigos científicos indicam que o médico está atualizado com os avanços mais recentes e está contribuindo ativamente para o campo.
Outra consideração importante é o feedback dos pacientes.
Avaliações e testemunhos costumam refletir sobre a experiência do médico em situações do mundo real.
Procure comentários sobre a eficácia do tratamento, a capacidade de comunicação do médico e a disposição em explicar opções de tratamento e responder perguntas.
Quanto tempo geralmente leva para ver resultados com tratamentos de medicina da dor?
O tempo para os tratamentos da medicina da dor surtirem efeito varia conforme o tipo de dor, a causa subjacente e o tratamento utilizado.
Para dores agudas, como aquelas após uma lesão ou cirurgia, os efeitos dos tratamentos são percebidos em poucos dias a semanas.
Já para dores crônicas, como dor lombar crônica ou fibromialgia, pode levar de várias semanas a meses para observar melhorias funcionais.
Esse tempo também é influenciado pela abordagem escolhida.
Intervenções farmacológicas, como analgésicos, geralmente proporcionam alívio mais rápido, frequentemente em questão de horas a dias.
Por outro lado, terapias físicas e comportamentais, como fisioterapia e terapia cognitivo-comportamental, podem demorar mais tempo para mostrar benefícios completos, tipicamente semanas.
Quais são os avanços recentes na medicina da dor?
Nos últimos anos, a medicina da dor tem avançado bastante, trazendo novas esperanças para quem sofre de dores crônicas.
Uma dessas áreas promissoras é o desenvolvimento de novos medicamentos.
Pesquisas têm focado em analgésicos que são mais eficazes e têm menos efeitos colaterais.
Por exemplo, os antagonistas dos receptores de TRPV, como o canabidiol, ajudam a bloquear a transmissão da dor, e os moduladores dos canais de sódio têm ajudam em várias condições dolorosas.
Outro avanço importante é o uso de terapias biológicas, como as injeções de plasma rico em plaquetas (PRP) e células-tronco.
Essas terapias auxiliam na regeneração de tecidos danificados e no alívio da dor associada a lesões musculoesqueléticas.
A PRP tem sido usada com sucesso em condições como a osteoartrite, proporcionando alívio da dor e melhorando a função articular.
A tecnologia também está ganhando espaço no campo da medicina da dor.
Dispositivos de estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) e neuroestimulação têm sido aprimorados para oferecer alívio mais eficaz da dor crônica.
Avanços na neuroestimulação espinhal permitiram a personalização do tratamento, ajustando a estimulação de acordo com as necessidades individuais dos pacientes.
A terapia genética é outra área de pesquisa inovadora, com estudos focando na modulação da expressão gênica para tratar a dor crônica.
Técnicas como CRISPR-Cas9 estão sendo exploradas para corrigir mutações genéticas que causam condições dolorosas hereditárias.
Embora ainda esteja em fases iniciais, essa abordagem tem o potencial de oferecer soluções duradouras para condições atualmente difíceis de tratar.
Conclusão
A medicina da dor é muito importante para proporcionar alívio e melhorar a qualidade de vida de pacientes que sofrem com dores crônicas.
Com ela, os pacientes podem ter acesso a uma variedade de tratamentos que costumam ser ajustados para atender a cada caso específico.
O tratamento com um médico especializado em dor oferece alívio imediato, uma vez que ele trabalha em conjunto com profissionais de outras especialidades para garantir resultados duradouros.
Essa abordagem integrada também pode contar com o uso da Cannabis medicinal, especialmente para intervencionistas que buscam uma terapia holística para melhorar a qualidade de vida do paciente de maneira geral.
Por isso, não deixe de continuar aprendendo mais sobre a utilização da Cannabis para dor através de outros artigos publicados aqui no portal!