Lúpus eritematoso sistêmico é uma condição crônica que pode desencadear inflamação e dor em qualquer região do corpo humano.
Esta enfermidade é categorizada como autoimune. Nela, o sistema de defesa do organismo que combate agentes infecciosos ataca erroneamente os tecidos saudáveis.
Existem muitos tipos de lúpus. Apesar disso, o tipo mais frequente de lúpus é o lúpus eritematoso sistêmico (LES), presente em aproximadamente 70% dos casos.
Essa forma de lúpus pode resultar em inflamação aguda ou crônica em diversos órgãos ou sistemas do corpo.
Embora a causa específica do lúpus eritematoso sistêmico ainda não seja totalmente compreendida, há indícios de predisposição genética.
Além disso, mulheres entre 15 e 44 anos e certos grupos étnicos possuem um risco aumentado de desenvolver LES em comparação com o restante da população.
Para informações detalhadas sobre esta condição e as opções disponíveis de tratamento, prossiga com a leitura.
A seguir, você aprenderá sobre:
- O que é o lúpus eritematoso sistêmico (LES)?
- Quais são os sintomas comuns do lúpus sistêmico?
- Quais são as causas do lúpus eritematoso sistêmico?
- Quais são as complicações potenciais do lúpus sistêmico?
- Como é feito o diagnóstico do lúpus eritematoso sistêmico?
- Existe cura para o lúpus?
- Quais são as opções de tratamento disponíveis para lúpus sistêmico?
- A Cannabis medicinal no tratamento do lúpus eritematoso sistêmico
- Perguntas frequentes sobre lúpus eritematoso sistêmico
O que é o lúpus eritematoso sistêmico (LES)?
O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença autoimune de longa duração que pode impactar diversas áreas do corpo.
Nesse quadro, o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de infecções e enfermidades, passa a atacar os próprios tecidos.
Assim, ocasiona em inflamação e, em certos casos, lesões que podem afetar amplamente a pele, articulações, coração, pulmões, rins, células sanguíneas circulantes e cérebro.
Os indivíduos que enfrentam o lúpus podem vivenciar períodos de doença, conhecidos como “surtos”, alternados com períodos de bem-estar, ou remissão.
Esses episódios podem variar de leves a severos, sendo imprevisíveis.
No entanto, por meio de tratamento, muitos pacientes conseguem gerenciar a condição.
Embora o lúpus possa afetar qualquer pessoa, é mais prevalente entre mulheres.
Quais são os sintomas comuns do lúpus sistêmico?
Os sintomas do lúpus variam consideravelmente de pessoa para pessoa, podendo oscilar entre leves e severos.
Alguns pacientes podem experienciar apenas sintomas localizados.
Por outro lado, outros podem manifestar uma gama mais ampla de sintomas em diferentes áreas do corpo.
Esses sintomas podem surgir e desaparecer ao longo do tempo, podendo também desenvolver novos sinais.
Alguns dos sintomas decorrem da inflamação nos órgãos, afetando articulações, pele, rins, revestimento cardíaco, pulmões, cérebro e células sanguíneas.
Os sintomas comuns do lúpus abrangem:
- Artrite, caracterizada por dor, inchaço e rigidez matinal nas articulações;
- Febres;
- Fadiga ou cansaço recorrente;
- Erupção cutânea facial conhecida como “erupção malar” ou “borboleta”, que se manifesta através do nariz e das bochechas;
- Lesões cutâneas escamosas e circulares, podendo aparecer em qualquer parte do corpo;
- Sensibilidade excessiva à luz solar, resultando em erupções cutâneas;
- Perda de cabelo;
- Feridas, geralmente indolores, no nariz e na boca, muitas vezes no céu da boca;
- Alterações de coloração nos dedos das mãos e dos pés. Essas colorações podem ser azuladas, brancas ou avermelhadas – em resposta ao frio e ao estresse (fenômeno de Raynaud).
- Inchaço de glândulas;
- Edema nas pernas ou ao redor dos olhos;
- Dor ao respirar profundamente ou ao deitar, devido à inflamação do revestimento dos pulmões ou do coração;
- Cefaleias, tonturas, sintomas depressivos, confusão ou episódios convulsivos;
- Dor abdominal.
Quais são as causas do lúpus eritematoso sistêmico?
A origem do lúpus permanece desconhecida, desafiando os pesquisadores em sua busca para compreender os gatilhos e os mecanismos que levam à doença.
No entanto, médicos reconhecem o lúpus como uma condição autoimune complexa.
Nela, o sistema imunológico do corpo ataca os próprios tecidos e órgãos da pessoa afetada.
Estudos indicam que diversos fatores podem desencadear essa resposta imunológica, tais como:
Genética
Pesquisas evidenciam a influência de certos genes no desenvolvimento do lúpus, variando suas formas e impactando as proteínas que influenciam o sistema imunológico.
Níveis elevados ou reduzidos dessas proteínas podem influenciar a progressão da doença.
Meio ambiente
Exposição a fatores ambientais como infecções virais, radiação solar, determinados medicamentos e o tabagismo podem desencadear o lúpus.
A exposição ao sol, em especial, pode desencadear lesões cutâneas lúpicas ou respostas internas em pessoas com suscetibilidade à condição.
Aspectos imunológicos e inflamatórios
A incapacidade do corpo em eliminar células danificadas ou mortas pode desencadear uma resposta constante do sistema imunológico contra si mesmo.
Esse processo pode induzir uma resposta autoimune, culminando no desenvolvimento do lúpus.
Adicionalmente, a pesquisa explora as variações em tipos celulares e como suas mudanças podem estar associadas ao surgimento do lúpus.
Medicamentos
Alguns tipos de medicamentos para pressão arterial, anticonvulsivantes e antibióticos podem ser a causa para o lúpus.
Geralmente, pessoas com lúpus induzido por medicamentos apresentam melhora ao interromper o uso da medicação.
Em casos raros, os sintomas persistem mesmo após a interrupção do medicamento.
Quem está mais propenso a desenvolver lúpus?
As mulheres têm cerca de nove vezes mais chances de desenvolvê-lo do que os homens.
Geralmente, ocorre entre os 15 e 45 anos, embora possa surgir na infância ou mais tarde na vida.
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, a incidência é maior em afro-americanos, asiáticos e pessoas de ascendência indígena.
Homens e indivíduos afro-americanos, chineses e hispânicos têm maior propensão a manifestações graves nos órgãos.
A presença de histórico familiar com lúpus ou outras doenças autoimunes aumenta a probabilidade de desenvolver a condição.
Quais são as complicações potenciais do lúpus sistêmico?
A inflamação desencadeada pelo lúpus pode impactar diversas áreas do corpo, causando complicações em locais como:
Rins
O lúpus pode provocar danos graves nos rins, sendo a insuficiência renal uma das principais causas de mortalidade entre os afetados pela doença.
Em muitos casos graves, o funcionamento do rim para, levando o paciente a precisar de transplante.
Cérebro e sistema nervoso central
Quando o cérebro é afetado pelo lúpus, causa sintomas como dores de cabeça, tonturas e alterações comportamentais.
Também são comuns os problemas de visão e até mesmo a ocorrência de acidentes vasculares cerebrais ou convulsões.
Muitos pacientes enfrentam dificuldades de memória e expressão de pensamentos.
Vasos sanguíneos
O lúpus pode desencadear problemas sanguíneos, incluindo redução na quantidade de glóbulos vermelhos saudáveis (anemia) e aumento do risco de sangramento ou coagulação.
Também leva a inflamação nos vasos sanguíneos e problemas na pressão.
Pulmões
A presença do lúpus eleva a probabilidade de desenvolver inflamação no revestimento da cavidade torácica, tornando a respiração dolorosa.
Sangramentos nos pulmões e pneumonia são possíveis complicações.
Coração
O lúpus pode desencadear inflamação no músculo cardíaco, nas artérias ou no revestimento do coração.
Sendo assim, o risco de doenças cardiovasculares e ataques cardíacos aumenta consideravelmente.
Portadores de lúpus também enfrentam um aumento no risco de:
- Infecções: A condição e seus tratamentos podem enfraquecer o sistema imunológico, tornando as pessoas com lúpus mais suscetíveis a infecções.
- Câncer: A presença de lúpus parece aumentar o risco de câncer, embora esse aumento seja considerado pequeno.
- Necroses ósseas: Esta condição surge quando o fluxo sanguíneo para um osso diminui, resultando em pequenas fraturas ósseas e colapso do osso afetado.
- Complicações durante a gestação: Mulheres com lúpus apresentam maior probabilidade de abortos espontâneos, hipertensão durante a gravidez e parto prematuro. Para mitigar essas complicações, médicos costumam recomendar adiar a gravidez até que a doença esteja estabilizada.
Como é feito o diagnóstico do lúpus eritematoso sistêmico?
O diagnóstico do lúpus pode ser desafiador devido à variedade de sintomas que aparecem e desaparecem, muitas vezes imitando manifestações de outras condições médicas.
Ao relatar seus sintomas ao médico, é essencial incluir mesmo aqueles que possam não estar presentes no momento da consulta.
Geralmente, os médicos precisam descartar outras causas antes de confirmar o diagnóstico de lúpus.
Não existe um teste único que diagnostique definitivamente a condição. O diagnóstico pode envolver:
- Análise do histórico médico, dos sintomas e, se necessário, revisão de registros médicos anteriores;
- Investigação sobre histórico familiar de lúpus ou outras doenças autoimunes;
- Realização de um exame físico detalhado.
Em geral, será necessário realizar uma coleta de amostras de sangue para diversos testes laboratoriais, que incluem:
- Anticorpos antinucleares (ANA), um teste sensível ao lúpus. Embora a maioria das pessoas com lúpus apresente ANA positivo, ter esse resultado não confirma sozinho a presença da doença, pois indivíduos saudáveis também podem ter ANA positivo.
- Testes específicos como anticorpos antifosfolípides e anticorpos de DNA de fita dupla, solicitados quando o ANA é positivo, auxiliando no diagnóstico;
- Análise completa do sangue para verificar contagens anormais de plaquetas, glóbulos vermelhos e glóbulos brancos, comuns em casos de lúpus;
- Painel metabólico para monitorar a função renal;
- Exames de urina para identificar níveis irregulares de proteína;
- Realização de biópsia da pele ou do rim por meio da coleta de pequenas amostras de tecido para análise microscópica.
Existe cura para o lúpus?
O lúpus é uma condição crônica e, atualmente, não possui cura.
No entanto, os tratamentos evoluíram consideravelmente, oferecendo aos médicos um leque maior de opções para controlar a doença.
Quais são as opções de tratamento disponíveis para lúpus sistêmico?
Os médicos abordam o tratamento do lúpus conforme os sintomas apresentados.
Os objetivos terapêuticos englobam o gerenciamento dos sintomas e a prevenção, controle e interrupção dos surtos.
Pelo tratamento, é possível manter o menor nível de atividade da doença possível e, se viável, alcance da remissão completa.
Também é possível prevenir os danos nos órgãos e promover uma melhoria na qualidade de vida.
Dado que os sintomas podem variar e os tratamentos podem acarretar efeitos colaterais, o médico pode sugerir uma combinação de abordagens terapêuticas para gerenciar o lúpus.
Os tratamentos para o lúpus podem envolver o seguinte:
Tratamento medicamentoso
Para tratar sintomas e complicações relacionadas ao lúpus, pode ser necessário o uso de medicamentos.
Estes também visam lidar com problemas cardíacos, hipertensão, osteoporose ou outras questões ósseas, bem como infecções.
Além disso, o médico pode prescrever medicamentos que normalmente são empregados no tratamento de outras condições com sintomas semelhantes ao lúpus.
Por exemplo, medicamentos destinados à artrite reumatoide podem auxiliar na melhoria de alguns sintomas do lúpus.
Com isso em mente, o paciente precisa de uma série de medicamentos. A citar:
- Anti-inflamatórios: Utilizados para tratar dor ou febre;
- Antimaláricos: Apesar da sua utilidade na prevenção e tratamento da malária, eles também são usados no tratamento da fadiga, dor nas articulações, erupções cutâneas e inflamação pulmonar causada pelo lúpus.
- Corticosteroides: Reduzem a inflamação no corpo. O médico prescreve esses medicamentos em várias formas, incluindo líquido ou pílulas orais, creme tópico, injeção e infusão intravenosa (IV).
- Imunossupressores: Auxiliam na supressão ou controle do sistema imunológico hiperativo e podem ser administrados via oral ou por infusão intravenosa.
- Inibidor de proteína BlyS: Um tipo de medicação biológica que ajuda a reduzir a ativação e a vida útil de células B anormais no corpo, contribuindo para o controle do lúpus.
- Inibidor do receptor de interferon tipo I: Outro tipo de medicamento biológico capaz de melhorar sintomas gerais na pele, articulações e do lúpus.
Todos os medicamentos acima podem apresentar efeitos colaterais, que variam de leves a graves.
Tratamento alternativo
Alguns indivíduos podem recorrer a terapias alternativas e complementares para aliviar os sintomas do lúpus.
Exemplos dessas terapias incluem:
- Adoção de dietas anti-inflamatórias;
- Uso de suplementos nutricionais;
- Incorporação de óleos de peixe;
- Aplicação de pomadas e cremes anti-inflamatórios;
- Prática de acupuntura;
- Tratamentos quiropráticos.
É crucial salientar que alguns medicamentos, ervas e suplementos disponíveis sem prescrição médica podem interferir com outros medicamentos em uso.
Antes de iniciar qualquer nova terapia, é fundamental se consultar com seu médico.
Independentemente do tratamento adotado, é preciso ir a consultas regulares com seu médico para monitorar o progresso da doença e os possíveis efeitos colaterais das terapias prescritas.
Jamais interrompa seus medicamentos ou tratamentos sem orientação médica.
A Cannabis medicinal no tratamento do lúpus eritematoso sistêmico
As propriedades anti-inflamatórias encontradas no THC e CBD presentes na Cannabis são amplamente documentadas.
Estudos indicam que esses compostos, juntamente com outros canabinoides ativos, podem oferecer benefícios no tratamento de doenças autoimunes como o lúpus.
A Cannabis é reconhecida por suas propriedades anti-inflamatórias e capacidade de modular partes específicas do sistema imunológico, auxiliando no controle de náuseas e dores intensas associadas a surtos de lúpus.
Considerando que o lúpus se manifesta por meio de inflamação e dor, o uso de produtos derivados da Cannabis medicinal pode ser eficaz no tratamento e controle desses sintomas.
A planta ajuda a reduzir os níveis da proteína inflamatória interleucina-2 e aumentar os níveis da interleucina-10, que possui propriedades anti-inflamatórias.
Assim, pode ser benéfica para tratar distúrbios autoimunes como o lúpus, onde a inflamação é uma complicação crônica.
Como o lúpus é causado por um sistema imunológico hiperativo que ataca o tecido saudável, suprimir o sistema imunológico pode ajudar a aliviar os sintomas que você sente.
A Cannabis ajuda a conseguir isso através da ativação de células supressoras derivadas de mielóides (MDSCs). Uma vez ativados, os MDSCs podem ajudar a combater a hiperatividade do seu sistema imunológico.
Estudos que analisaram os efeitos da Cannabis no sistema imunológico observaram níveis mais altos de interleucina-10 entre os usuários de Cannabis, a qual tem propriedades de supressão do sistema imunológico, juntamente com níveis reduzidos de linfócitos, que aumentam a inflamação.
A Cannabis também é usada para tratar o lúpus pelo seu baixo índice de efeitos colaterais. O que não é o caso das fórmulas medicamentosas criadas pelas empresas farmacêuticas, que podem causar efeitos adversos severos.
Quais estudos comprovam os benefícios da Cannabis para lúpus?
A inflamação é a resposta física natural do corpo a uma lesão, sinalizando os recursos corporais para curar uma infecção.
No entanto, é amplamente reconhecido que a inflamação crônica é prejudicial para o corpo humano.
Considerando o aumento de pesquisas sobre o sistema endocanabinoide (SEC) e a Cannabis em relação à inflamação, há uma sugestão de que a Cannabis poderia ser uma opção viável para tratar condições inflamatórias.
Um estudo intitulado The CB2 receptor and its role as a regulator of inflammation explora a função dos receptores CB2 na modulação da resposta inflamatória.
Os receptores CB2, como uma das principais categorias de receptores no SEC, são predominantemente encontrados nos tecidos imunológicos, sugerindo seu possível papel na regulação da inflamação.
Este estudo mostrou evidências de que modelos animais com receptor CB2 reduzido apresentou um fenótipo inflamatório exacerbado.
Dessa forma, os autores concluíram que, embora a ativação do CB2 pareça ter efeitos anti-inflamatórios, o receptor ainda é considerado um alvo importante no tratamento de doenças inflamatórias.
A Cannabis, do mesmo modo, demonstrou ter efeitos imunomoduladores.
Esses efeitos parecem estar associados aos receptores CB2, integrantes do sistema endocanabinoide (SEC), que é afetado pela planta.
O SEC, responsável por manter o equilíbrio corporal geral, exerce uma influência positiva sobre o sistema imunológico.
Isso pode ser especialmente benéfico em casos de lúpus, uma vez que essa doença pode desencadear uma resposta imune exagerada e levar à inflamação.
A Cannabis tem a capacidade de conter essa reação excessiva do sistema imunológico.
Como a Cannabis medicinal age no organismo de quem tem lúpus?
O lúpus é caracterizado por dor e inflamação. Quando você usa Cannabis medicinal para lúpus, você pode efetivamente tratar ambos os sintomas.
Ela diminui com sucesso os níveis da proteína interleucina-2 promotora da inflamação do corpo e aumenta os níveis da proteína anti-inflamatória interleucina-10.
Com isso, a Cannabis mostra que pode ser benéfica para o tratamento de distúrbios onde a inflamação é a principal complicação.
Essa inflamação é muitas vezes responsável pela dor no corpo e os sintomas associados.
Além do mais, a Cannabis tem efeito:
- Anti-inflamatório, implica que pode aliviar a dor relacionada às articulações;
- Antioxidante, podendo reduzir a inflamação sistemática, combatendo o estresse oxidativo e diminuindo os sintomas de doenças autoimunes como o lúpus;
- Antiemético, o que significa que pode diminuir o vômito e a náusea associados aos tratamentos;
- Antipsicótico, ajudando a aliviar os sintomas de ansiedade e transtorno de humor comuns nessas doenças;
- Neuroprotetor, retardando a progressão da doença e prevenindo distúrbios neurológicos associados a problemas autoimunes.
Para além dos benefícios citados, a Cannabis também pode aliviar os problemas de sono.
O lúpus pode tornar muito difícil adormecer ou ter uma noite de sono tranquila.
A dor e o desconforto podem perturbar o sono, causando também a ansiedade, o estresse ou os sintomas depressivos associados ao lúpus.
Obviamente, as doenças autoimunes podem ter um impacto negativo no seu bem-estar mental.
A Cannabis, por outro lado, ajuda a regular os seus ciclos de sono e a melhorar o seu humor, além de promover de todos os outros benefícios potenciais para os pacientes com lúpus.
Como iniciar um tratamento à base de Cannabis medicinal?
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Perguntas frequentes sobre lúpus eritematoso sistêmico
O lúpus eritematoso sistêmico é uma condição complexa que, frequentemente, suscita uma infinidade de dúvidas.
As variações nos tipos de lúpus, somadas às informações muitas vezes conflitantes, tornam compreender e lidar com essa doença desafiador para pacientes, familiares e até mesmo profissionais da saúde.
Além disso, a diversidade de sintomas e a falta de compreensão completa de suas causas contribuem para a confusão e para o surgimento de dúvidas e mitos.
Diante desse cenário, a clareza e a precisão das respostas a essas perguntas sobre o lúpus são necessárias.
Para te ajudar a entender essa condição e desmistificar certas crenças, confira abaixo as respostas para as dúvidas mais comuns acerca do lúpus.
1. O lúpus pode causar problemas de fertilidade?
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune que pode afetar várias partes do corpo, inclusive a fertilidade em homens e mulheres.
Mulheres com lúpus podem apresentar complicações durante a gravidez, como abortos espontâneos, partos prematuros ou hipertensão gestacional.
Por outro lado, certos medicamentos usados para tratar o lúpus, como corticosteroides e alguns imunossupressores, também afetam a fertilidade.
No entanto, muitas mulheres com lúpus têm gestações bem-sucedidas com cuidados médicos adequados.
Nos homens, embora haja menos evidências, o lúpus pode afetar a fertilidade através de complicações como disfunção sexual, problemas nos testículos ou efeitos colaterais dos medicamentos.
2. Quais são as medidas de autocuidado importantes para pessoas com lúpus?
O autocuidado é muito importante para quem convive com lúpus, ajudando a gerenciar sintomas e a manter a qualidade de vida.
Além do tratamento médico prescrito, algumas medidas podem ser adotadas:
- Descanso e gerenciamento do estresse: A fadiga é comum em pacientes com lúpus. Gerenciar o estresse através de técnicas de relaxamento, como meditação ou ioga, pode auxiliar no controle dos sintomas.
- Proteção solar e estilo de vida saudável: A exposição ao sol pode desencadear ou piorar os surtos de lúpus. Usar protetor solar diariamente e evitar a exposição excessiva ao sol são medidas inegociáveis.
- Monitoramento regular da saúde: Consultas médicas regulares são importantes para monitorar a condição, ajustar medicações e identificar possíveis complicações precocemente.
Essas medidas de autocuidado, juntamente com o tratamento prescrito pelo médico, podem ajudar a controlar os sintomas do lúpus e melhorar a qualidade de vida do paciente.
3. O lúpus pode ser fatal?
O lúpus eritematoso sistêmico, se não for adequadamente controlado, pode apresentar complicações graves que, em casos raros, podem ser fatais.
No entanto, a maioria dos pacientes com lúpus têm uma expectativa de vida normal com o tratamento adequado e o acompanhamento médico regular.
As complicações que podem representar risco à vida incluem danos aos órgãos vitais, como rins, pulmões, coração ou sistema nervoso.
Por exemplo, a inflamação nos rins (nefrite lúpica) é uma complicação séria do lúpus que, se não tratada, pode levar a danos renais irreversíveis.
Por outro lado, infecções graves representam um risco adicional, especialmente em pacientes com o sistema imunológico comprometido devido ao uso de medicamentos imunossupressores.
4. Existe uma dieta específica para pessoas com lúpus?
Embora não exista uma dieta específica universalmente reconhecida para o lúpus, alguns pacientes relatam benefícios ao fazer certas mudanças na alimentação.
Alguns pacientes com lúpus notaram melhora ao evitar alimentos que possam desencadear inflamações, como alimentos processados, ricos em gordura saturada ou açúcares refinados.
Incluir alimentos anti-inflamatórios, como peixes ricos em ômega-3, frutas, vegetais, grãos integrais e alimentos ricos em antioxidantes, também ajuda.
De maneira geral, é preciso manter uma dieta equilibrada e nutritiva, adaptada às necessidades individuais.
Para isso, consulte um nutricionista ou médico especializado que forneça um plano alimentar adequado, considerando as necessidades específicas do seu corpo.
5. Qual a diferença entre lúpus discoide e sistêmico?
O lúpus eritematoso discoide (LED) e o lúpus eritematoso sistêmico (LES) são duas formas distintas da doença, diferenciadas pela extensão e pelo impacto nos sistemas do corpo.
O lúpus discoide é uma forma mais limitada da doença, que afeta principalmente a pele.
Caracteriza-se pelo aparecimento de lesões cutâneas vermelhas, elevadas e com bordas bem definidas, que podem causar cicatrizes ou manchas permanentes na pele.
Esse tipo raramente afeta órgãos internos e geralmente apresenta um prognóstico mais benigno.
Por outro lado, o lúpus eritematoso sistêmico é uma forma mais abrangente e complexa da doença.
Além das manifestações cutâneas, o LES pode afetar órgãos internos, como rins, pulmões, coração ou sistema nervoso.
Enquanto o LED se concentra na pele e geralmente tem um impacto menos grave, o LES pode ter complicações mais sérias devido ao seu potencial de afetar órgãos internos, demandando um acompanhamento médico altamente frequente.
Conclusão
O lúpus pode ser uma condição desafiadora e desgastante, causando dor, inflamação e desconforto por todo o corpo.
Embora seu mecanismo de ação seja complexo e pouco compreendido, a Cannabis medicinal emerge como um potencial aliado no alívio dos sintomas.
Sua capacidade de reduzir a inflamação e aliviar a dor oferece uma nova perspectiva de tratamento aos pacientes que buscam opções além das terapias convencionais.
A aplicação da Cannabis medicinal representa uma abordagem mais holística e personalizada para o manejo dos sintomas do LES, promovendo uma melhor qualidade de vida.
Por fim, não negligencie sua saúde emocional ao lidar com o lúpus.
Busque informações sobre suporte emocional e grupos de apoio com seu médico, caso sinta que compartilhar seus sentimentos pode ser benéfico.
Não hesite em conversar com seu médico e fazer questionamentos. Até pequenas mudanças nos sintomas ou na saúde podem indicar uma influência diferente do lúpus.
Lembre-se, você é a melhor pessoa para perceber quando algo não está correto em seu corpo!
Em todo caso, conte com o apoio dos médicos do portal Cannabis & Saúde para maiores orientações.