“Cannabis & Saúde mental de crianças e adolescentes” será tema da LIVE Cannabis & Saúde desta quarta-feira (28), às 19h. Para falar sobre o tema, a médica de família e psiquiatra Gianna Testa é a convidada desta semana.
Saúde mental de crianças e adolescentes
Existem diversos estudos e evidências científicas que demonstram o benefício da Cannabis medicinal para a saúde mental, principalmente em casos de ansiedade, depressão e insônia. No entanto, existe muita preocupação quando o uso é voltado para crianças e adolescentes.
De acordo com a Academia Brasileira de Psiquiatria e a Sociedade Brasileira de Pediatria, “é responsabilidade ética esclarecer que até o presente momento não há, na infância, evidência científica classe I ou II para que esta substância seja usada para qualquer outra situação que não sejam as crises epilépticas de muito difícil controle e que não respondam as terapêuticas atuais.”
O receio é principalmente quanto à utilização do THC. Estudos demonstram que o THC muda a migração das células na formação do córtex cerebral e é contraindicado durante a infância e adolescência, quando o cérebro não está totalmente formado.
O THC não apresentaria malefício nenhum depois que o cérebro está formado, desde que se saiba escolher a concentração de acordo com a necessidade, a patologia e as comorbidades do paciente.
No entanto, para questões de saúde mental, é o canabidiol que possui as propriedades de interesse. Medicamentos para esse fim geralmente contém doses baixas de THC e seu efeito psicotrópico é anulado justamente pelo canabidiol.
Também pesa a favor da utilização da Cannabis medicinal em crianças e adolescentes o perfil dos efeitos adversos, quando comparados com medicações psiquiátricas convencionais, que podem levar ao ganho de peso, perda de libido e a apatia afetiva.
“Cura para toda a família”
Essas e outras questões serão discutidas com profundidade pela psiquiatra Gianna Testa. Levada à estudar psiquiatria diante da grande demanda de atendimentos de saúde mental nas comunidades em que atuava como médica de família, Testa entrou no universo da Cannabis ao observar os benefícios em um jovem autista de 12 anos.
A partir de então, passou a estudar cada vez mais o funcionamento do sistema endocanabinoide e incluiu a Cannabis medicinal em seu arsenal terapêutico, principalmente no tratamento de epilepsia, autismo, insônia e ansiedade.
“Pra mim, o grande diferencial é por ser um fitoterápico. As pessoas têm essa vontade de utilizar uma substância mais natural e quase sempre com menos efeito colateral”, disse em entrevista publicada em maio no portal Cannabis & Saúde.
Segundo ela, os benefícios vão para além dos próprios pacientes. “Em casos de saúde mental, a pessoa em crise afeta a família inteira. Quando a gente consegue controlar os sintomas, ajuda todo mundo. Traz qualidade de vida e cura para toda a família.”
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