Lesões musculares representam uma categoria ampla de patologias, e são frequentes tanto em atletas, bem como na população em geral.
Estas lesões constituem uma parcela significativa dos traumas na medicina esportiva, com uma incidência que varia entre 10% e 55% de todas as lesões sofridas.
Os músculos mais comumente afetados incluem os isquiotibiais, o reto femoral e a cabeça medial do músculo gastrocnêmio.
A abordagem dessas lesões requer cuidado devido à demora na recuperação, que pode se estender por semanas ou até meses, e aumentar o risco de recaída.
As lesões musculares são uma das principais causas de preocupação em atletas, mas não são exclusivas a profissionais.
São igualmente comuns entre pessoas que praticam atividades físicas ou que sofreram acidentes.
Para entender melhor sobre o assunto, vamos explorar mais sobre essas lesões e suas abordagens de tratamento. Aqui, você obterá informações sobre os seguintes tópicos:
- O que são lesões musculares?
- Quais são os tipos de lesões musculares?
- Principais sintomas de lesões musculares
- Quanto tempo leva para curar uma lesão muscular?
- Como é o diagnóstico de lesão muscular?
- Como tratar lesões musculares?
- A Cannabis medicinal auxilia na recuperação de lesões musculares?
O que são lesões musculares?
A estrutura muscular é uma das principais responsáveis pelo movimento do corpo. Sendo assim, existem três categorias distintas de músculos que desempenham funções específicas:
- O músculo cardíaco, que é exclusivo para o coração;
- O músculo liso é encontrado nos órgãos internos;
- O músculo esquelético, que, por sua vez, está associado ao sistema esquelético, permitindo-nos realizar movimentos voluntários.
Geralmente, o controle sobre o músculo esquelético é consciente, enquanto os outros dois tipos de músculos funcionam controlados pelo cérebro.
Lesões musculares são danos ou lesões que ocorrem nos músculos do corpo, sendo mais comuns nos músculos esqueléticos.
Portanto, indivíduos com lesões musculares frequentemente relatam sintomas como dor, rigidez ou fraqueza.
Identificar a origem da dor muscular pode ser desafiador, pois os músculos se sobrepõem a várias estruturas, incluindo articulações e ossos.
No entanto, as lesões musculares são comuns, especialmente em atletas, e podem incluir distensões, rupturas e rompimentos musculares.
Esses termos, embora frequentemente agrupados sob o rótulo de “lesão muscular,” têm distinções importantes.
Além de lesões musculares, existe a contusão muscular, que ocorre após um impacto direto no músculo, causando lesões nas fibras musculares e sangramento com a formação de hematoma.
Existem também desconfortos musculares temporários, como cãibras, dores e contrações, geralmente resultantes de esforço excessivo, que podem ser resultados de lesões musculares.
Quais são os tipos de lesões musculares?
Existem vários tipos de lesões musculares. Lesões musculares são geralmente caracterizadas por dor e diminuição da função.
Clinicamente, essas lesões podem ser classificadas em três graus:
- Grau 1: Nesse grau, não há uma laceração muscular significativa, e a perda de função ou força é menor que 5%.
- Grau 2: Envolve danos na junta musculotendinosa com uma redução na força muscular e alguma função residual preservada.
- Grau 3: Neste grau, ocorre uma ruptura completa da junta musculotendinosa, levando a uma perda significativa de função, possivelmente acompanhada por uma lacuna na área afetada.
Com isso em mente, 4 principais tipos de lesão muscular se enquadram, de uma forma ou de outra, nos graus citados acima:
Contusão muscular
Uma contusão muscular ocorre quando um músculo é lesionado devido ao impacto direto de um objeto.
Este impacto resulta na compressão das fibras musculares e do tecido conjuntivo, sem danificar a pele.
O impacto provoca a ruptura dos vasos sanguíneos que sustentam o músculo, levando a hemorragias na região afetada.
Diferentemente das contusões na pele, as contusões musculares não são visíveis, mas são geralmente dolorosas.
A gravidade dessas contusões pode variar de leves a graves, embora muitas delas possam ser tratadas em casa.
Assim, as contusões musculares costumam ser acompanhadas de sintomas adicionais, que dependem da severidade da lesão.
Inchaço na área afetada, hematomas na pele, fraqueza ou rigidez no músculo lesionado, e dificuldade em usar a(s) articulação(ões) próxima(s) à lesão são os sintomas mais comuns.
Em casos mais intensos, outras lesões podem ocorrer, incluindo:
- Hematomas musculares (acúmulo de sangue no tecido muscular);
- Entorses (estiramento ou ruptura de ligamentos em uma articulação);
- Deslocamento de articulações;
- Distensões musculares;
- Fraturas ósseas e até danos aos órgãos internos, caso o impacto tenha ocorrido na região abdominal.
Contusões musculares são mais frequentes em pessoas envolvidas em esportes de contato ou radicais, mas também podem ocorrer devido a quedas ou eventos traumáticos, como acidentes.
Laceração muscular
A laceração muscular é uma lesão comum que ocorre quando as fibras musculares se rompem devido a um estiramento excessivo, trauma direto ou esforço intenso.
Essa lesão pode variar de pequenos rompimentos de fibras a lacerações mais graves que afetam a integridade do músculo.
A principal causa de lacerações musculares é a sobrecarga ou tensão excessiva dos músculos.
Ela pode ocorrer durante a prática esportiva, especialmente se os músculos não estiverem devidamente aquecidos e preparados para o esforço.
Por exemplo, na musculação, quando ocorre um movimento brusco, uma torção ou uma carga excessiva no músculo, pode ocorrer essa lesão.
Outra causa frequente é o trauma direto, como impactos em acidentes de carro, quedas ou colisões em esportes de contato.
Nessas situações, o músculo pode se romper devido à força do impacto.
Os sintomas de uma laceração muscular incluem dor aguda na área afetada, inchaço, equimoses (manchas roxas), fraqueza muscular e dificuldade em realizar movimentos normais.
Seu tratamento depende da gravidade da lesão, podendo variar de repouso, aplicação de gelo, compressão e fisioterapia a intervenções cirúrgicas em casos mais graves.
Estiramento muscular
Um estiramento muscular é uma lesão que afeta um músculo ou tendão, o tecido fibroso que conecta os músculos aos ossos.
Estiramentos menores podem resultar no alongamento excessivo desses tecidos, enquanto estiramentos mais graves podem envolver rasgos parciais ou completos.
Essas lesões, frequentemente referidas como “distensão muscular”, tendem a ocorrer com mais frequência na parte inferior das costas e nos músculos da parte posterior da coxa.
A maioria dos estiramentos musculares ocorre por uma das duas razões principais: o músculo foi esticado além de seus limites normais ou foi submetido a uma contração excessivamente intensa.
Em casos leves, apenas algumas fibras musculares sofrem estiramento ou ruptura, permitindo que o músculo permaneça funcional.
Por outro lado, em situações graves, o músculo tensionado pode romper-se, comprometendo sua capacidade de funcionar adequadamente.
Distensões agudas podem ser desencadeadas por eventos específicos, como má postura ao levantar objetos pesados.
Já as distensões musculares crônicas geralmente resultam de lesões repetitivas causadas pelo estresse contínuo de um músculo ao realizar movimentos similares repetidamente.
Dor Muscular Tardia (DMT)
A dor muscular tardia (DMT), frequentemente chamada de “febre muscular,” é uma sensação dolorosa nos músculos que surge após um exercício intenso e pouco familiar.
Acredita-se que a DMT seja causada por danos temporários nos músculos e inflamação, sendo os exercícios excêntricos o gatilho mais comum para esse fenômeno.
A DMT é considerada uma lesão de tensão muscular tipo 1, caracterizada por um período de ausência de dor nas primeiras 12-24 horas e um pico de dor muscular entre 24-72 horas após o exercício.
Quem já se envolveu em exercícios intensos após um período de inatividade ou entrou na academia pela primeira vez certamente está familiarizado com a sensação de dor intensa no dia seguinte. Esse desconforto é resultado do DMT.
Essa dor está intimamente relacionada a exercícios excêntricos, onde os músculos são esticados enquanto sustentam uma carga, como quando o bíceps se alonga após uma repetição de rosca.
A causa subjacente do DMT reside nas microlesões ou pequenas inflamações nos músculos.
Embora isso possa parecer preocupante, na verdade é um processo benéfico, pois estimula a cura e adaptação dos músculos, tornando-os mais fortes.
A DMT difere das lesões que ocorrem durante o exercício, surgindo após o treino, e a razão exata para essa demora ainda é um tópico de pesquisa em aberto.
Principais sintomas de lesões musculares
As lesões musculares podem ser classificadas em diretas e indiretas, com causas variadas.
Lesões indiretas são de natureza funcional devido à sobrecarga mecânica ou está relacionada a lesões neurológicas.
Além do mais, lesões indiretas podem ser estruturais, envolvendo rupturas parciais ou completas dos músculos, como ocorre em lesões devido à concentração excêntrica.
As lesões diretas, por outro lado, ocorrem no local do contato, podendo levar a lacerações ou contusões.
Notavelmente, mais de 90% das lesões relacionadas ao esporte são contusões ou estiramentos musculares, enquanto as lacerações musculares são relativamente raras.
As distensões musculares, em geral, acontecem quando uma força de tração excessiva é aplicada a um músculo.
Portanto, resulta no alongamento excessivo das miofibrilas e, consequentemente, em rupturas.
Essas lesões são comuns em músculos superficiais que cruzam duas articulações, como os músculos femorais, semitendinosos e gastrocnêmios.
A causa das lesões musculares geralmente envolve a força aplicada ao músculo, e pode ocorrer em uma das três áreas:
- dentro do próprio músculo;
- na junção entre o músculo e o tendão (o mais comum);
- Ou no tendão onde o músculo se liga ao osso.
As lesões frequentemente ocorrem durante atividades que exigem movimentos explosivos, onde a força na junta musculotendinosa se torna tão intensa que os tecidos se rasgam, parcial ou completamente.
Vários fatores, como idade avançada, histórico de lesões anteriores, falta de flexibilidade, fraqueza muscular e fadiga, podem predispor pessoas a essas lesões, muitas vezes ocorrendo no início de um novo programa de treinamento.
Quais as doenças que afetam os músculos?
As lesões musculares também podem ocorrer devido à doenças que afetam o músculo.
Os distúrbios neuromusculares são um grupo de condições que afetam os nervos que controlam os músculos voluntários e aqueles responsáveis por transmitir informações sensoriais de volta ao cérebro.
Os neurônios, ou células nervosas, atuam no envio e recebimento de mensagens elétricas entre o corpo e o sistema nervoso para o controle dos músculos voluntários.
Quando esses neurônios deterioram ou morrem, a comunicação entre o sistema nervoso e os músculos é prejudicada, levando à fraqueza muscular e à atrofia, ou seja, à perda de massa muscular.
As doenças do sistema muscular, sejam elas primárias ou secundárias, impactam diretamente os músculos e, em alguns casos, afetam os nervos que os inervam.
Como consequência, essas condições podem resultar na diminuição da massa muscular e, por vezes, na perda de força e funcionalidade em um ou vários músculos, podendo até levar à paralisia.
Doenças musculares primárias
Doenças musculares primárias são causadas por anormalidades intrínsecas nos músculos.
Elas ocorrem de forma independente, sem serem desencadeadas por outras condições subjacentes.
- Polimiosite
A polimiosite (PM) é um exemplo de doença muscular primária, caracterizada por inflamação nos músculos e nos tecidos circundantes, incluindo os vasos sanguíneos.
Essa condição é rara e tende a afetar principalmente indivíduos com mais de 20 anos, sendo mais comum em mulheres.
Os sintomas da PM incluem fraqueza muscular, dificuldades para se levantar após quedas, tosse seca crônica e, por vezes, problemas de deglutição.
- Dermatomiosite
A dermatomiosite, por outro lado, é uma doença inflamatória muscular rara que pode afetar pessoas de todas as idades e gêneros, embora seja mais comum em mulheres.
Os sintomas típicos incluem uma erupção distinta na pele, fraqueza muscular e inflamação dolorosa nos músculos.
A causa da dermatomiosite é desconhecida, e atualmente não existe cura, mas a condição pode ser gerenciada por meio de medicamentos e outras terapias.
- Distrofia Muscular
A distrofia muscular é outra doença que afeta o músculo.
Refere-se a um conjunto de miopatias hereditárias que causam perda muscular e fraqueza.
Essas condições podem se manifestar desde a infância até a meia-idade ou mais tarde, dependendo do tipo específico de distrofia muscular.
Os sintomas variam conforme os grupos musculares afetados e a gravidade da doença.
Infelizmente, todas as formas de distrofia muscular tendem a piorar com o tempo, frequentemente resultando na perda da capacidade de locomoção.
Nesta condição, o sistema imunológico ataca erroneamente os receptores responsáveis pela comunicação entre as células nervosas e os músculos.
Isso leva a uma fraqueza muscular devido à interrupção dos sinais nervosos para os músculos.
- Esclerose Lateral Amiotrófica
A esclerose lateral amiotrófica (ELA), também conhecida como doença de Lou Gehrig, afeta as células nervosas do cérebro e da medula espinhal responsáveis pelo movimento voluntário dos músculos.
Ela é mais frequentemente diagnosticada em pessoas entre 40 e 70 anos.
- Sarcopenia
Por fim, a sarcopenia, conhecida como doença muscular geriátrica, é comum em idosos e resulta na perda de massa e força muscular.
Fatores de risco incluem má nutrição, doenças crônicas e níveis hormonais reduzidos.
Doenças musculares secundárias
Além das doenças musculares primárias, existem as doenças musculares secundárias que podem surgir como resultado de condições médicas mais graves.
Doenças infecciosas, distúrbios endócrinos, distúrbios metabólicos, condições imunológicas e doenças vasculares são a principal causa.
Quanto tempo leva para curar uma lesão muscular?
O tempo necessário para a cura de uma lesão muscular pode variar significativamente.
Depende principalmente da gravidade da lesão, do tipo de lesão muscular, da eficácia do tratamento e das medidas de autocuidado.
Confira abaixo uma estimativa:
- Lesões musculares de grau 1: Geralmente curam em cerca de 1 a 3 semanas com repouso, aplicação de gelo, compressão e elevação (método RICE) e fisioterapia leve.
- Lesões musculares de grau 2: Podem levar de 3 a 6 semanas para cicatrizar adequadamente, com tratamento adequado e fisioterapia.
- Lesões musculares de grau 3: Lesões mais graves podem levar de 6 semanas a vários meses para se recuperar completamente, frequentemente com a necessidade de intervenção cirúrgica e fisioterapia intensiva.
Essas são apenas estimativas gerais e que o tempo de recuperação pode variar de pessoa para pessoa.
Fatores como a idade, a saúde geral, a aderência ao tratamento, a gravidade da lesão e o tipo de músculo afetado influenciam na duração da recuperação.
Como é o diagnóstico de lesão muscular?
O diagnóstico de lesão muscular começa com uma história clínica minuciosa do trauma, seguida de um exame físico que inclui inspeção e palpação dos músculos afetados, bem como testes funcionais.
O diagnóstico torna-se mais evidente quando a lesão muscular é acompanhada de inchaço visível ou hematomas na área da lesão.
Exames de imagem, como ultrassonografia (US), tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM), são ferramentas úteis para uma verificação precisa e detalhada da lesão.
Recentemente, novos métodos têm sido explorados para detectar alterações fisiológicas relacionadas a lesões musculares, como o uso da termografia.
A ultrassonografia é comumente considerada a primeira escolha para a avaliação inicial de lesões musculares.
Além de ser uma opção acessível, permite uma avaliação dinâmica da contração e ruptura muscular.
A tomografia computadorizada, por outro lado, também é capaz de identificar alterações associadas a lesões musculares, como o edema.
A ressonância magnética é outro método de imagem frequentemente usado para classificar lesões musculares.
Ela permite diferenciar rupturas e edemas, além de calcular o tamanho de hematomas, auxiliando na orientação do tratamento.
Um raio-X também pode ser solicitado para descartar uma fratura ou luxação como causa da dor.
Como tratar lesões musculares?
A maioria das lesões musculares não demanda procedimento cirúrgico e, em geral, apresenta perspectiva de recuperação completa.
Quando se trata de uma lesão parcial, o paciente pode retomar suas atividades quando não sentir mais dor, recuperar a força e atingir a amplitude de movimento normal.
Esse período de recuperação costuma variar de algumas semanas a alguns meses, desde que o tratamento e a terapia adequados sejam aplicados.
No entanto, quando ocorre uma ruptura completa do músculo, o paciente pode se beneficiar do reparo cirúrgico.
A maioria das lesões musculares agudas, frequentemente envolvendo lesões de espessura parcial, pode ser tratada com sucesso seguindo o protocolo RICE:
- Descanso;
- Aplicação de gelo;
- Compressão;
- Elevação;
- Uso de AINEs (anti-inflamatórios não esteroides), como o ibuprofeno.
Esses tratamentos são normalmente aplicados na primeira semana e, em seguida, complementados por fisioterapia funcional progressiva, conforme necessário.
Um tecido cicatricial pode se formar na área da lesão, tornando-os potencialmente suscetíveis a futuras lesões no mesmo local.
Em casos de lesões musculares completas que resultam em comprometimento funcional, pode ser necessário considerar a cirurgia de reparo.
Além disso, injeções de plasma rico em plaquetas (PRP) podem ser utilizadas para acelerar o processo de regeneração do tecido muscular danificado.
A Cannabis medicinal auxilia na recuperação de lesões musculares?
Em julho de 2017, a National Football League (NFL) chamou a atenção ao manifestar interesse em explorar a relação entre Cannabis e atividades físicas, especialmente seu potencial uso na recuperação de lesões.
A opção de tratamento com Cannabis surgiu como um alívio para atletas que continuavam a sofrer de dores após se recuperarem de lesões.
Atualmente, os opioides prescritos são a principal escolha para o controle da dor em caso de lesões graves.
No entanto, esses medicamentos opioides demonstraram ser inadequados para tratar a dor crônica e têm sérios riscos a longo prazo, incluindo agravamento da dor, dependência, sintomas de abstinência e, em casos extremos, overdose fatal.
As lesões que podem ser tratadas com Cannabis variam de leves a graves, dependendo da causa.
Geralmente, a Cannabis ajuda na melhoria de músculos inflamados ou doloridos, fraturas, deslocamento de articulações, dores de cabeça, ansiedade e até lesões relacionadas ao impacto craniano repetitivo.
Numerosos farmacêuticos, compostos e suplementos são promovidos para auxiliar pessoas a recuperarem-se de lesões musculares de forma rápida.
O uso de Cannabis segue a mesma tendência, e muitos atletas profissionais a utilizam para aliviar suas dores e lesões.
Kenyon Martin, ex-jogador de basquete do Denver Nuggets, estima que aproximadamente 85% dos jogadores da NBA fazem uso da Cannabis.
Por outro lado, Martellus Bennett, que jogava no Dallas Cowboys, afirma que quase 90% dos atletas da National Football League utilizam Cannabis para alívio da dor.
Mas será que o uso de Cannabis para estes fins tem suporte científico?
Como a Cannabis age na recuperação de lesões musculares?
Estudos indicam que canabinoides, como o canabidiol (CBD), oferecem alívio para pessoas lesionadas devido às suas propriedades anti-inflamatórias.
Adicionalmente, o THC pode interagir com os receptores da dor, reduzindo a percepção da dor.
Dado que as lesões resultam em desequilíbrios estruturais e funcionais no músculo, a incorporação de CBD pode contribuir para a restauração do músculo.
Além disso, os produtos de Cannabis oferecem várias aplicações terapêuticas, com estudos demonstrando que o CBD e o THC atuam como antioxidantes eficazes.
Assim sendo, o consumo de Cannabis também pode aprimorar o foco, reduzir a ansiedade, promover um sono mais profundo e aliviar a espasticidade muscular, todos essenciais para o desempenho geral e melhoria de lesões musculares.
Quais os benefícios comprovados da Cannabis para lesões musculares?
Um estudo revisado por pares, publicado na Plos One, analisou os resultados de uma pesquisa envolvendo 1.274 atletas, visando identificar padrões de uso de Cannabis e os efeitos percebidos.
A maioria dos participantes era composta por triatletas do sexo masculino que se exercitavam por mais de 11 horas semanalmente.
Deste grupo, 67% afirmaram ter utilizado Cannabis em algum momento, com 26% relatando serem usuários atuais.
Eles citam alívio da dor, ansiedade e insônia como as principais razões para seu consumo.
Essas descobertas sugerem que muitos atletas integram a Cannabis em suas rotinas para abordar questões relacionadas a lesões, sono, dor e saúde mental.
Outro estudo de 2021, intitulado Potential Role of Cannabidiol on Sports Recovery: A Narrative Review, investigou o papel do CBD na recuperação de atletas.
Após uma revisão extensa da literatura atual, os pesquisadores concluíram que o CBD pode contribuir para o tratamento de dor crônica, espasticidade, transtornos de humor, insônia, inflamação e ansiedade.
Eles sugerem que esses efeitos podem aprimorar ou acelerar a recuperação após atividades físicas prolongadas e intensas, devido ao desgaste estrutural e funcional causado por tais esforços.
Vale lembrar que, a busca por métodos de recuperação mais seguros e eficazes não se limita aos atletas profissionais, mas abrange qualquer pessoa com lesões.
Independentemente do tipo de lesão, a Cannabis pode ser benéfica para quem é afetado por elas.
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Conclusão
Como você viu, evidências científicas e depoimentos de atletas apontam que a comunidade esportiva adota a Cannabis de maneira ampla para aprimorar a recuperação de lesões, gerenciar a ansiedade e melhorar a qualidade do sono.
A Cannabis, com suas propriedades anti-inflamatórias, pode ser um tratamento complementar para lesões musculares associadas à atividade física, acidentes e traumas.
Por sua vez, seu uso pode diminuir a necessidade de recorrer a medicamentos convencionais para dor.
Portanto, quer você esteja lidando com uma lesão muscular ou seja alguém que está em busca de aprimorar a recuperação pós-treino, a consideração do uso da Cannabis medicinal no controle da dor pode ser uma opção viável.
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