As lesões degenerativas representam um desafio significativo para milhões de pessoas em todo o mundo, afetando uma variedade de tecidos do corpo e impactando diretamente a qualidade de vida de quem convive com o problema.
Essas condições, caracterizadas pela deterioração progressiva dos tecidos, incluindo ossos, articulações, músculos e discos intervertebrais, podem surgir devido ao envelhecimento natural, uso excessivo, trauma repetitivo ou predisposição genética.
Neste texto, vamos compreender as características, classificações e opções de tratamento para as lesões degenerativas, bem como as abordagens de tratamento disponíveis para aliviar os sintomas, retardar a progressão da degeneração e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Por aqui, você vai encontrar:
- O que são lesões degenerativas?;
- Quais são as características gerais das lesões degenerativas?;
- Como são classificadas as lesões degenerativas?;
- Lesões degenerativas têm cura?;
- Como tratar lesões degenerativas?;
- A Cannabis pode auxiliar no controle dos sintomas de lesões degenerativas?;
- Medidas para melhorar e controlar as lesões degenerativas.
Continue conosco e confira!
O que são lesões degenerativas?
As lesões degenerativas são alterações nos tecidos do corpo, como ossos, articulações ou músculos, que acontecem ao longo do tempo devido ao envelhecimento, trauma repetitivo, uso excessivo, dentre outros fatores.
Essas lesões têm como característica a deterioração gradual dos tecidos, o que leva à diminuição de sua função, além de causar dores ao paciente.
Uma das lesões degenerativas mais comuns é a osteoartrite, que ocorre quando a cartilagem que reveste as extremidades dos ossos se desgasta, levando à dor, inflamação e limitação do movimento.
Apesar de serem mais comuns em pessoas mais velhas, as lesões degenerativas também podem acontecer com pessoas mais jovens causadas por fatores como atividades físicas intensas, traumas repetitivos ou, até mesmo, predisposição genética.
O processo das lesões degenerativas
O processo das lesões degenerativas envolve uma série de alterações nos tecidos do corpo ao longo do tempo, que resultam em deterioração progressiva da função e da estrutura.
Essas lesões normalmente começam com o desgaste gradual dos tecidos, que pode ser causado pelo envelhecimento do corpo, por repetidos traumas, uso excessivo, dentre outros fatores. À medida que esse desgaste acontece, uma inflamação passa a ser gerada como uma resposta do corpo. Essa inflamação pode causar dor, inchaço e rigidez nas áreas afetadas.
Com o tempo, a degeneração dos tecidos pode progredir e levar a alterações estruturais mais significativas. Nas articulações, por exemplo, podem deixar a cartilagem mais fina e áspera e formar osteófitos nas margens ósseas.
Nesse processo, como falamos, a função dos tecidos afetados tende a diminuir, trazendo prejuízos aos movimentos e à estabilidade, além de gerar rigidez e fraqueza muscular. Em estágios avançados, as lesões degenerativas podem levar a complicações ainda mais graves, como a incapacidade de realizar atividades diárias, deformidades articulares, perda de função e até mesmo incapacidade.
Quais são as características gerais das lesões degenerativas?
As lesões degenerativas têm algumas características que as diferenciam dos outros tipos de lesões. Uma dessas características é sua progressão gradual, já que o processo de degeneração, de forma geral, ocorre lentamente e pode se estender por anos ou, até mesmo, décadas.
Outra característica desse tipo de lesão é que elas podem ser relacionadas ao envelhecimento, apesar de poderem acontecer em qualquer idade. Além disso, elas podem ocorrer em diversos tecidos, como músculos, tendões, articulações, ligamentos e outros tecidos conjuntivos.
Por fim, também podemos citar como característica marcante a inflamação associada, que ocorre, na maioria das vezes, nos estágios iniciais da lesão.
Como são classificadas as lesões degenerativas?
As lesões degenerativas podem ser classificadas de várias maneiras, dependendo do tecido afetado e da condição específica. Veja, a seguir, algumas dessas classificações:
- Por tecido afetado: as lesões podem ser nas articulações, como a osteoartrite; nos discos invertebrais, como a hérnia de disco; ou nos músculos e tendões, como a tendinopatia;
- Por localização no corpo: as lesões degenerativas podem ser localizadas, quando afetam uma área específica do corpo; ou generalizadas, que afetam múltiplas partes do corpo, como em doenças sistêmicas, como a osteoartrite generalizada;
- Por causa subjacente: nesse caso, podem ser idiopáticas, quando a causa subjacente não é conhecida; ou secundárias, causadas por condições prévias como lesões traumáticas, má postura, obesidade, predisposição genética, dentre outras;
- Por gravidade: as lesões podem ser leves, que não causam muitos sintomas ou impacto significativo na função; ou moderadas a graves, que têm sintomas mais pronunciados, como dor crônica, perda de função ou complicações significativas;
- Por estágio de progressão: elas podem se apresentar em estágio inicial, quando estão começando a se desenvolver e têm sintomas leves; ou estágio avançado, quando as alterações degenerativas são mais fortes e os sintomas são mais graves, com comprometimento significativo da função.
Lesões degenerativas têm cura?
Infelizmente, as lesões degenerativas não têm cura. A perda dos tecidos é irreversível, mas pode ser estabilizada e seus sintomas podem ser controlados através de tratamentos adequados, proporcionando melhor qualidade de vida ao paciente.
Por isso, é importante consultar um profissional de saúde e manter os cuidados recomendados por ele para que essas lesões evoluam mais lentamente.
Como tratar lesões degenerativas?
Como comentamos no tópico anterior, as lesões degenerativas não têm cura. No entanto, existem tratamentos que podem ajudar a melhorar os sintomas e a retardar a progressão da degeneração, dando melhor qualidade de vida ao paciente.
O tratamento da dor, por exemplo, é parte muito importante no manejo da condição. Esse tipo de cuidado envolve o uso de analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides, terapias de frio e calor, dentre outras modalidades. Além disso, outros medicamentos também podem ser indicados para ajudar no controle dos sintomas, como relaxantes musculares e injeções de corticosteróides para reduzir a inflamação.
Outro tipo de abordagem é a fisioterapia associada a exercícios, que fortalecem os músculos que envolvem as articulações e ajudam a dar estabilidade, aumentar a flexibilidade e controlar a dor. Nesses casos, é claro, são recomendados exercícios de baixo impacto, como caminhadas leves, natação, ciclismo, dentre outros.
Algumas modificações no estilo de vida do paciente, como perda de peso, melhora na postura, dispositivos de assistência como órteses ou apoios, e práticas como a yoga também podem ajudar a controlar os sintomas e retardar a progressão das lesões.
Por fim, em casos mais graves ou quando os outros tratamentos não são eficazes o suficiente, o médico pode recomendar que uma cirurgia seja realizada.
Quando é necessário operar?
Como comentamos acima, em alguns casos mais complicados, o paciente com lesões degenerativas pode precisar de uma cirurgia. Isso acontece quando os sintomas evoluem de forma a limitar as atividades corriqueiras do portador do problema, mesmo que ele já tenha feito uso de outros tipos de terapias recomendadas pelo médico.
Nesse caso, existem duas abordagens possíveis: a artroscopia, uma cirurgia mais simples que melhora temporariamente os sintomas e lesões muito degeneradas; e a artroplastia, que substitui a articulação degenerada por uma prótese, melhorando a dor e a mobilidade.
A primeira é recomendada para pacientes mais jovens, que ainda não têm a idade mínima recomendada para a cirurgia definitiva. Já a segunda, é recomendada para pacientes com 60 anos ou mais, já que a prótese tem vida útil e colocá-la precocemente pode gerar a necessidade de uma troca em um período mais curto.
A Cannabis pode auxiliar no controle dos sintomas de lesões degenerativas?
A Cannabis medicinal tem, hoje, diversas propriedades já comprovadas cientificamente. Quanto às lesões degenerativas, os canabinoides podem, sim, trazer benefícios aos pacientes e auxiliar no controle dos sintomas associados em casos de doenças degenerativas como Parkinson, Alzheimer e osteoporose, por exemplo.
Isso porque a substância pode ajudar a controlar as dores neuropáticas causadas por essas doenças, proporcionando mais bem estar e qualidade de vida. Além disso, também é notável a eficácia dos canabinoides sobre os gatilhos emocionais que podem afetar a intensidade da dor, como a ansiedade e a depressão.
A Cannabis também pode ajudar com alguns sintomas motores e não motores de doenças como o Parkinson, ajudando a reduzir o uso de outros tipos de medicamentos.
Quais são as comprovações científicas do uso de Cannabis para lesões degenerativas?
O estudo Medical Cannabis in the Treatment of Parkinson’s Disease confirma o que dissemos anteriormente e mostra que a Cannabis ajudou a controlar os sintomas de Parkinson, como dor, espasticidade, tremores e falta de apetite nos pacientes analisados.
Um outro estudo mostrou que o uso do canabidiol em uma amostragem de animais experimentais com osteoporose tem potencial anti-inflamatório e no controle de dores neuropáticas, além de ajudar a reverter a perda óssea causada pela doença e a aumentar a densidade dos ossos, mostrando que a substância pode ser mais explorada para melhorar o metabolismo ósseo .
Por fim, também podemos citar o artigo Oral THC:CBD cannabis extract in main symptoms of Alzheimer disease: agitation and weight loss, que diz que o uso de THC ajudou a reduzir a agitação, apatia, irritabilidade e distúrbios do sono em pacientes com Alzheimer, além de concluir que o uso da substância nesse tipo de tratamento pode ser feito em segurança.
Como iniciar um tratamento com a Cannabis medicinal?
Para iniciar um tratamento com Cannabis medicinal, o paciente deve procurar um médico especializado, com experiência na prescrição desse tipo de medicamento. Ao analisar o caso, se o profissional entender que o tratamento com canabinoides é considerado adequado para o caso, ele fornecerá uma receita com a qual será possível entrar com um pedido junto à Anvisa para importação ou compra da medicação.
No portal Cannabis e Saúde você encontra uma lista com mais de 250 médicos prescritores que poderão ajudar nesse caminho, dando todas as informações necessárias para que seja possível iniciar o tratamento.
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Medidas para melhorar e controlar as lesões degenerativas
Como vimos ao longo do texto, as lesões degenerativas são complicadas e difíceis de lidar no dia a dia dos pacientes. No entanto, algumas medidas podem ajudar a melhorar e controlar as lesões e seus sintomas. Veja abaixo quais são elas.
1. Adequação de estilo de vida
Mudanças no estilo de vida dos pacientes são bastante eficazes no controle de lesões degenerativas. A prática regular de exercícios físicos de baixo impacto, como caminhadas e natação, ajudam a fortalecer a musculatura, além de auxiliarem na estabilidade e equilíbrio dos pacientes.
Uma alimentação mais saudável, rica em alimentos anti-inflamatórios, também pode ser benéfica e ajudar a melhorar os incômodos, bem como a perda de peso e evitar o tabagismo e o uso excessivo de álcool.
2. Compressas de gelo
Aplicar compressas de gelo nas áreas afetadas pode ajudar a reduzir a inflamação, aliviar a dor e diminuir o inchaço. Essa medida é especialmente útil após atividades que possam ter exacerbado os sintomas ou durante episódios de dor aguda.
3. Fortalecimento da musculatura
O fortalecimento dos músculos circundantes pode ajudar a fornecer melhor suporte às articulações afetadas pelas lesões degenerativas, além de reduzir a pressão sobre elas e melhorar a estabilidade.
Exercícios de fortalecimento, orientados por um fisioterapeuta ou profissional de saúde qualificado, podem trazer mais qualidade de vida ao paciente.
4. Uso de apoios ou órteses
O uso de apoios, como bengalas, muletas, joelheiras e tornozeleiras, pode ajudar a reduzir a carga sobre as articulações afetadas e proporcionar suporte adicional durante atividades físicas.
Em alguns casos, as órteses também podem ser usadas para corrigir a postura ou fornecer suporte a áreas específicas do corpo.
Conclusão
Ao longo deste texto, vimos que as lesões degenerativas podem ser um desafio bastante complexo para os pacientes que lidam com o problema, podendo afetar uma variedade de tecidos do corpo e causando impacto significativo na qualidade de vida.
No entanto, também pudemos perceber que algumas atitudes e tratamentos podem ajudar a melhorar essas condições, trazendo abordagens diferenciadas a depender do tipo e gravidade do caso, além da idade de seus portadores.
É importante, porém, reconhecer que o tratamento das lesões degenerativas é uma jornada contínua, exigindo uma abordagem multidisciplinar e personalizada. Desde estratégias mais conservadoras, como fisioterapia e modificações no estilo de vida, até intervenções mais invasivas, como cirurgia, caso necessário.
O uso de Cannabis medicinal também pode trazer benefícios especialmente no manejo dos sintomas, aliviando dores e inflamações, além dos problemas emocionais que podem estar vinculados às lesões e suas consequências para a vida dos pacientes.
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