A candidata à Presidência dos EUA pelo Partido Democrata e atual vice-presidente, Kamala Harris, anunciou que, se eleita, irá regulamentar a Cannabis a nível federal. A proposta faz parte de uma série de medidas voltadas para a população de homens negros do país, chamada Agenda de Oportunidades.
Nos EUA, a proibição da Cannabis impacta desproporcionalmente homens negros, que são presos e processados em números significativamente maiores do que qualquer grupo étnico no país. Assim, a proposta de Kamala visa garantir acesso à riqueza e empregos deste mercado em crescimento.
Kamala defende a legalização da Cannabis nos EUA
Em maio de 2024, o presidente norte-americano Joe Biden anunciou que o governo federal do país estava trabalhando para reclassificar a Cannabis da Lista I para a Lista III. A mudança removeria todos os derivados da planta da lista de substâncias perigosas, colocando-os em uma categoria de substâncias com potencial terapêutico.
Na prática, o anúncio de Biden fez com que outros órgãos do governo norte-americano começassem a se movimentar em direção à regulamentação, a nível federal, nos EUA. Porém, a mudança não impactou diretamente a população.
A promessa de campanha de Kamala Harris seria um avanço na regulamentação da Cannabis para uso medicinal e adulto nos EUA.
Medidas para melhorar a vida da população negra norte-americana
Em seu perfil na rede social X (antigo Twitter), Kamala Harris anunciou os pontos da Agenda de Oportunidades, que incluem a regulamentação da Cannabis e outras medidas voltadas para o bem-estar da população negra.
No post, ela escreveu:
“Hoje, estou anunciando uma Agenda de Oportunidades para homens negros.
Ela irá, entre outras coisas, fornecer 1 milhão de empréstimos totalmente perdoáveis para empreendedores e proteger investimentos em criptomoedas para que as pessoas que os fazem saibam que seu dinheiro está seguro. Ela lançará uma Iniciativa Nacional de Equidade em Saúde focada em doenças que impactam desproporcionalmente homens negros, como anemia falciforme e diabetes. E ela legalizará a maconha recreativa e garantirá que todos os americanos tenham oportunidades de sucesso à medida que essa nova indústria toma forma.
Quando investimos em homens negros — seus sonhos, aspirações e ambições — somos mais fortes.”
Esta seria a primeira vez que a regulamentação da Cannabis para uso adulto entra nas promessas de campanha de um candidato à presidência dos EUA. Kamala Harris, que é uma mulher negra, pretende reformar um sistema que prende duas vezes mais pessoas negras do que brancas pelo consumo de Cannabis, embora a prevalência de uso seja a mesma.
Cannabis no tratamento de doenças comuns na população negra
Outro ponto da Agenda de Oportunidades de Kamala Harris também envolve a Cannabis. A planta tem potencial para trazer benefícios no tratamento de algumas das condições de saúde que mais impactam a população negra, como a doença falciforme e a diabetes.
Na doença falciforme, medicamentos com Cannabis podem contribuir para aliviar alguns sintomas, como fadiga e dor crônica. Estudos também sugerem que o uso de medicamentos com canabinoides ajudam a melhorar os níveis de açúcar no sangue e colesterol de pessoas com diabetes.
O uso de Cannabis no Brasil
No dia 5 de novembro, os eleitores norte-americanos irão às urnas decidir quem será o presidente dos EUA nos próximos quatro anos. Além disso, em três estados americanos (Flórida, Dakota de Norte e Dakota do Sul), a população também votará pela regulamentação da Cannabis para uso adulto. Por outro lado, o estado do Nebraska vai consultar a população sobre a regulamentação do uso medicinal da planta.
Nos EUA, cada estado tem autonomia para definir a legislação sobre a Cannabis. Atualmente, 24 dos 50 estados norte-americanos, mais a capital Washington DC, têm um mercado regulado para a Cannabis de uso adulto. O uso medicinal, por sua vez, tem regulamentação em 38 dos 50 estados.
Já aqui no Brasil, é possível utilizar a Cannabis para tratamentos de saúde com prescrição médica. Portanto, se você deseja começar a se tratar com medicamentos à base de canabinoides, é necessário marcar uma consulta médica com um profissional experiente nesse tipo de prescrição.
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