Em meio à escalada na guerra em Israel e na Faixa de Gaza, o Ministério da Saúde israelense tomou medidas para assegurar que os pacientes que fazem tratamento com a Cannabis não tenham interrupções. A situação gerou incertezas quanto ao abastecimento de alguns medicamentos, então, o órgão vai prorrogar a validade de licenças e facilitar o acesso aos produtos.
Em Israel, as receitas médicas para uso da Cannabis têm validade de dois meses e quantidades limitadas por paciente. No entanto, com o aumento considerável do estresse causado pelo conflito, alguns cidadãos do país temiam que suas prescrições acabassem e não pudessem ser renovadas.
O Ministério da Saúde de Israel emitiu comunicado, informando que pacientes com receita já vencidas poderão retirar seus medicamentos em farmácias privadas diretamente, sem solicitar nova prescrição. Além disso, alguns pacientes receberão uma extensão da prescrição por mais 3 meses.
“O Ministério da Saúde informa que os pacientes que precisarem renovar a prescrição de medicamentos crônicos e não possuírem receita, devido à situação, poderão se dirigir às farmácias privadas e solicitar o medicamento, sem receita, ao farmacêutico, de acordo com os procedimentos do Ministério da Saúde.
De acordo com o procedimento, o farmacêutico poderá, quando necessário, sujeito ao procedimento e de acordo com seu julgamento profissional, emitir uma receita ao paciente, sem a necessidade de receita pré-assinada.”
Israel e a Cannabis
Estima-se que cerca de 125 mil pacientes em Israel possuem licença para usar a Cannabis para algum tratamento de saúde. Uma boa parte dessas pessoas usa a planta para tratar condições como transtorno do estresse pós-traumático, autismo, Parkinson, doença de Crohn, epilepsia e esclerose múltipla. Recentemente, o país flexibilizou algumas regras para obtenção dessa permissão e elas entrariam em vigor no mês de dezembro. No entanto, o conflito antecipou essas mudanças e deve contribuir para que muitos cidadãos lidem melhor com essa situação estressante e debilitante que é a guerra.
Na segunda metade do século XX, Israel teve papel fundamental no redescobrimento do potencial terapêutico da Cannabis. Foi em uma das universidades do país do Oriente Médio que ficava o laboratório do químico búlgaro Raphael Mechoulam. ele esteve à frente de pesquisas que identificaram alguns compostos da planta, além do próprio sistema endocanabinoide no nosso corpo.
Apesar de o país ser uma das referências na pesquisa sobre a Cannabis, ainda havia regras rígidas para utilizar a planta, mesmo com o acompanhamento de um médico.
A guerra e o transtorno do estresse pós-traumático
É muito comum que pessoas em áreas em guerra desenvolvam o transtorno do estresse pós-traumático, uma condição psiquiátrica que pode surgir após a pessoa vivenciar ou testemunhar eventos traumáticos. Entre esses eventos, podem estar guerras, violência física ou sexual, acidentes ou desastres naturais. O trauma causa mudanças na estrutura química do cérebro, causando flashbacks muito vívidos do evento e dificuldades na vida do indivíduo, em diversos aspectos.
Atualmente, muitos estudos apontam os benefícios da Cannabis, principalmente o canabidiol (CBD), no tratamento do transtorno do estresse pós-traumático. Nesse sentido, ex-combatentes dos EUA e Canadá desfrutam de programas do governo para ter acesso à terapia com a planta.
Aqui no Brasil, você já pode utilizar a Cannabis para tratar o transtorno do estresse pós-traumático ou diversas outras questões relacionadas à saude mental. Isso, de forma segura e dentro da legalidade. Acessando a nossa plataforma de agendamentos, você pode marcar uma consulta com um médico experiente na prescrição de canabinoides. Marque já uma consulta!