A importação de derivados da Cannabis para fins medicinais no Brasil chegou a R$ 229 milhões em 2021. O levantamento é da BRCann, a Associação Brasileira da Indústria de Canabinoides, com base em informações da Anvisa, via Lei de Acesso à Informação.
Desde 2015, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária permite que pacientes possam importar, de forma individual, derivados da maconha ou de CBD para os mais variados tratamentos. Há 6 anos, era necessária uma série de documentos para uma autorização que levava até 2 meses para sair. Hoje, basta uma receita e o cadastro no site do governo, que a autorização pode sair até no dia seguinte. Além disso, a validade passou de 1 para 2 anos.
Essa facilidade foi motivada pela avalanche de pedidos que a Anvisa passou a receber nos últimos anos. Se até 2019 foram concedidas 8,5 mil autorizações, em 2021 passou de 34 mil pacientes.
Idosos já representam 23% do mercado
Outro dado interessante da BRCann é o crescimento do uso por idosos. Em quatro anos, quase quadruplicou a participação das pessoas acima de 65 anos nos pedidos de importação. Em 2015, o público respondia por 6,8% do total das autorizações da Anvisa. Já em 2019, a fatia saltou para 23,6%.
Crianças até dez anos, que antes representam 50% dessas autorizações, agora respondem por 21%. O restante está distribuído nas demais faixas etárias.
Venda em farmácia
Além da importação, a Anvisa também autoriza, desde 2019, a venda em farmácias. Até agora, 10 produtos tiveram autorização sanitária do órgão.
A BR Cann é uma associação de empresas especializadas no desenvolvimento, produção e distribuição de insumos e produtos à base de canabinoides destinados ao uso médico e veterinário no Brasil. Ela foi fundada em 2019 e reúne 18 empresas do mercado brasileiro.