A técnica de hidrodestilação possui uma longa história, sendo utilizada pelos persas na antiguidade para produzir água de rosas.
A origem da palavra reflete sua aplicação tradicional: “hidro” provém do grego, significando “água”, e “destilação” tem sua raiz no latim “destilare“, que significa “gotejar”.
Esse método é particularmente utilizado para a extração de óleos essenciais de materiais vegetais.
Os óleos essenciais abrangem uma fusão de compostos voláteis extraídos de vegetais.
Podem estar presentes em produtos do setor cosmético, farmacêutico e alimentício, frequentemente representando elementos terapêuticos.
A extração dos óleos essenciais pode ser realizada através de várias técnicas. No entanto, um foco maior tem sido dado à hidrodestilação, que permite extrair óleos essenciais das plantas em estágios de desidratação, além da forma in natura.
Devido à decomposição de muitos compostos orgânicos durante alguns processos de extração, a indústria utiliza a hidrodestilação para obter resultados superiores na produção de óleos essenciais de alta qualidade.
Este método pode ser empregado na extração de óleos essenciais da Cannabis, ricos em terpenos, embora não seja adequado para a extração de todos os compostos da planta.
Para uma compreensão mais aprofundada deste tema, prossiga com a leitura, onde você aprenderá sobre:
- O que é hidrodestilação?
- Como funciona o processo de hidrodestilação na extração de canabidiol?
- Quais são as vantagens da hidrodestilação em relação a outros métodos de extração de CBD?
- Quais são as desvantagens da hidrodestilação na extração de CBD?
- Quais são os parâmetros críticos na hidrodestilação para a extração de canabidiol?
- A hidrodestilação preserva os componentes ativos do canabidiol?
- Como a qualidade do canabidiol extraído por hidrodestilação é avaliada?
- Existem regulamentos específicos para a extração de CBD por hidrodestilação?
- Como iniciar um tratamento terapêutico à base de canabidiol?
O que é a hidrodestilação?
A hidrodestilação representa um método convencional para extrair compostos bioativos, especialmente óleos essenciais de plantas.
Envolve a imersão do material vegetal em água por um período, seguido pelo aquecimento da mistura. Os componentes do vegetal são transportados pelo vapor, condensados e separados.
Neste método, não são utilizados solventes orgânicos e o procedimento pode ser realizado antes da desidratação dos materiais vegetais.
A hidrodestilação abarca três processos físico-químicos fundamentais: hidrodifusão, hidrólise e decomposição por calor.
Em mistura com determinados solventes, há a possibilidade de perda de alguns componentes voláteis, o que limita sua aplicação na extração de compostos mais sensíveis.
Portanto, métodos alternativos são empregados a fim de manter esses compostos intactos, com a hidrodestilação sendo um desses métodos.
Existem três modalidades de hidrodestilação: destilação com água, hidrodestilação sônica e destilação a vapor.
No processo de destilação com água, o material vegetal é inicialmente colocado em um recipiente, seguido pela adição de água em quantidade suficiente, sendo então levado à ebulição.
A água quente e o vapor ajudam na liberação de compostos bioativos do tecido vegetal.
Em seguida, a condensação da mistura de vapor de água e óleo ocorre por resfriamento indireto com água.
Por fim, a mistura condensada flui do condensador para um separador, onde o óleo e os compostos bioativos da planta se separam automaticamente da água.
A hidrodestilação pode levar a extratos ricos em ácidos fenólicos, mantendo a maior parte do perfil bioquímico dos vegetais.
Como funciona o processo de hidrodestilação na extração de canabidiol?
A hidrodestilação não é um método comumente usado para a extração de canabidiol (CBD) e outros canabinoides lipossolúveis, como o THC.
Embora a hidrodestilação seja aplicada em diferentes contextos industriais, sua ineficácia na extração de CBD se deve à insolubilidade das moléculas de CBD na água ou vapor de água.
Para esta finalidade, métodos mais específicos e eficazes, como a extração com solventes, CO2 supercrítico ou extração com óleo, são preferidos na indústria de Cannabis.
No entanto, para uma compreensão mais aprofundada de como funciona a hidrodestilação em geral, detalhamos cada etapa do processo abaixo:
1. Preparação da planta
Antes da extração, as partes específicas da planta a serem coletadas são cuidadosamente escolhidas, levando em consideração a fase de crescimento e a concentração desejada de seus compostos.
O processo de colheita é realizado de maneira cuidadosa para preservar a integridade da planta, minimizando danos que possam comprometer a qualidade dos compostos.
Utiliza-se um equipamento específico chamado alambique, composto por três partes principais: a caldeira, o condensador e o recipiente de coleta.
O material vegetal é colocado na caldeira, e muitas vezes fica totalmente submerso na água.
2. Adição de água
Na técnica de hidrodestilação, a água atua como solvente, facilitando a extração dos elementos voláteis presentes no material vegetal. Então, a água é introduzida na caldeira.
A seleção apropriada da quantidade de água e do seu pH pode impactar na eficácia da extração.
Portanto, é preciso garantir que haja uma quantidade adequada de água para cobrir integralmente o material vegetal.
3. Aquecimento
A combinação água-planta é submetida ao aquecimento, geralmente com o uso de vapor d’água.
Esse aumento de temperatura induz a evaporação dos compostos voláteis presentes na planta.
Manter um controle preciso da temperatura durante essa fase ajuda a prevenir a degradação de compostos sensíveis, assegurando, assim, a preservação da qualidade do extrato.
4. Condensação
Os vapores gerados pela evaporação são direcionados para um condensador, onde ocorre o resfriamento e a reconversão para o estado líquido.
Durante esse processo de condensação, torna-se visível a separação dos compostos voláteis que resultarão em óleo essencial.
5. Separação
O líquido condensado, que agora contém uma maior concentração dos compostos voláteis da planta, passa por um procedimento de separação.
Métodos específicos, como cromatografia, podem ser utilizados para isolar e concentrar os compostos ativos, garantindo, assim, a pureza do produto final.
O óleo resultante do processo é meticulosamente coletado, representando o produto final da extração.
Por fim, para garantir a excelência do óleo essencial, são realizados testes de qualidade.
Estes testes visam verificar a concentração e pureza do óleo, bem como identificar presença de quaisquer contaminantes indesejados que possam afetar a qualidade final do produto.
Isso assegura que o óleo obtido seja de alta qualidade, adequado para diversas aplicações, desde aromaterapia até a indústria cosmética e farmacêutica.
A hidrodestilação é um método seguro e legal para extrair CBD?
A hidrodestilação, embora seja um método amplamente utilizado na extração de compostos presentes em material vegetal, não se mostra eficaz para extrair o CBD.
Este método não é apropriado para a extração do canabidiol e outros canabinoides, como o THC, devido a várias razões.
Em primeiro lugar, a hidrodestilação faz uso de água como agente de extração. Contudo, o CBD, por sua afinidade lipossolúvel, não se dissolve facilmente em água.
A consequente falta de miscibilidade prejudica a transferência efetiva do CBD para o vapor, tornando o processo pouco eficaz para a extração desse composto específico.
Paralelamente, a localização do CBD nas glândulas de resina das plantas de Cannabis apresenta um desafio extra, já que a hidrodestilação pode não alcançar essas regiões de maneira eficiente, resultando em uma extração incompleta.
A temperatura também é um fator crítico. Como este método geralmente envolve o aquecimento da água para gerar vapor, as temperaturas elevadas podem levar à degradação do CBD.
Essa sensibilidade do CBD ao calor pode resultar na formação de subprodutos indesejáveis e na perda da integridade da molécula, comprometendo a qualidade do extrato final.
Diante das limitações inerentes da hidrodestilação de compostos lipossolúveis como o CBD, métodos alternativos, como a extração por solventes orgânicos, tornam-se escolhas mais indicadas para preservar suas propriedades terapêuticas.
No entanto, se tratando de Cannabis em geral, a hidrodestilação pode ser utilizada para extrair os terpenos da planta, os quais também possuem propriedades benéficas.
Os terpenos são compostos orgânicos voláteis responsáveis pelos aromas característicos da Cannabis e têm potencial terapêutico extenso.
Quais são as vantagens da hidrodestilação em relação a outros métodos de extração?
A hidrodestilação representa atualmente uma técnica consolidada na produção de óleos essenciais de elevada qualidade.
Suas variantes, como a hidrodestilação sônica, evitam a degradação térmica de compostos sensíveis ao calor, resultando em um aumento na eficiência de extração e nos rendimentos dos óleos essenciais.
Mas há outros benefícios associados a este método. Abaixo, destacamos as vantagens do uso hidrodestilação:
Eficiência elevada na extração
A utilização da hidrodestilação permite extrair óleos essenciais de maneira mais eficiente em comparação com métodos tradicionais, como extração com solvente.
Este ganho ocorre especialmente na hidrodestilação sônica, que causa cavitação no líquido, promovendo a ruptura das paredes celulares do material vegetal e liberando uma quantidade maior de bioativos.
Redução no tempo de extração
A hidrodestilação é capaz de extrair óleos essenciais em um período consideravelmente menor do que os métodos tradicionais.
Isso se deve à capacidade de penetrar mais profundamente no material vegetal, perturbando eficientemente a célula da planta e, portanto, extraindo o óleo essencial de maneira mais rápida.
Ação menos agressiva
A hidrodestilação utiliza água como solvente, um meio menos agressivo em comparação com solventes orgânicos ou processos de extração que envolvem altas temperaturas e pressões.
Isso é especialmente benéfico para a preservação de compostos voláteis e termolábeis, que podem ser danificados por métodos mais rigorosos.
Muitas plantas contêm compostos bioativos que conferem propriedades sensoriais, terapêuticas ou aromáticas.
A hidrodestilação preserva a integridade desses compostos, garantindo a qualidade do produto final, como óleos essenciais, sem comprometer tais propriedades.
Menor risco de contaminação
Ao contrário de métodos de extração que utilizam solventes orgânicos, a hidrodestilação não introduz esses solventes na matriz da planta.
Assim, o risco de contaminação do produto final por resíduos químicos indesejados é diminuído, tornando os óleos essenciais e outros extratos mais puros e seguros para uso.
Isso é ainda relevante em setores como a indústria de alimentos, cosméticos e produtos farmacêuticos, onde a pureza dos ingredientes é um fator na garantia da qualidade do produto.
Custo reduzido
A água, principal solvente na hidrodestilação, é uma substância amplamente disponível e mais econômica em comparação com solventes orgânicos especializados.
Dessa forma, ela contribui para a redução dos custos operacionais, tornando a hidrodestilação uma opção mais acessível, especialmente em larga escala.
A hidrodestilação é um método relativamente simples, com menos etapas e requisitos de equipamentos complexos em comparação com algumas técnicas de extração mais sofisticadas.
Sustentabilidade ambiental
A hidrodestilação é uma técnica de extração limpa e ambientalmente amigável, uma vez que dispensa o uso de solventes ou produtos químicos prejudiciais ao meio ambiente.
Esses benefícios conferem à extração de óleo essencial por meio da hidrodestilação uma abordagem altamente conveniente, capaz de superar os métodos convencionais.
Quais são as desvantagens da hidrodestilação na extração de CBD?
A hidrodestilação apresenta algumas desvantagens quando aplicada à extração de CBD (canabidiol), um dos principais componentes encontrados na planta Cannabis.
Um dos principais desafios da hidrodestilação na extração de CBD é a sua sensibilidade à temperatura.
O CBD pode sofrer degradação térmica relativamente rápida, e o calor envolvido no processo de hidrodestilação pode levar à perda de eficácia do composto.
A temperatura excessiva também causa a quebra de ligações químicas no CBD, resultando em uma diminuição na qualidade e potência do extrato obtido.
Portanto, a hidrodestilação pode não ser tão eficiente na extração de CBD em comparação com outras técnicas mais especializadas, como a extração por solventes.
A estrutura química do CBD exige condições específicas para sua extração ideal, e a hidrodestilação pode não fornecer o ambiente adequado para garantir uma recuperação total do composto desejado.
Esta técnica também não é tão seletiva quanto métodos mais avançados, resultando na coextração de outros componentes presentes na Cannabis.
Assim, existe um risco maior de contaminação do extrato com compostos indesejáveis, comprometendo a pureza do CBD obtido.
Esse método de extração é ainda mais desvantajoso para o THC, cujo a estrutura química é mais instável que a do canabidiol.
Quais são os parâmetros críticos na hidrodestilação para a extração de compostos da Cannabis?
Apesar de não ser adequada para a extração de canabinoides, a hidrodestilação pode ser usada para a obtenção de óleos essenciais ricos em terpenos da Cannabis.
No entanto, como você já sabe, a Cannabis contém substâncias sensíveis que podem ser afetadas por um processo de extração mal direcionado.
Portanto, é preciso levar em conta os vários fatores que influenciam esse processo. Abaixo, destacamos três parâmetros críticos.
1. Temperatura
A temperatura é um aspecto central na hidrodestilação para a extração de compostos da Cannabis.
Devido à sensibilidade térmica de seus componentes, é imperativo manter uma temperatura precisa durante todo o processo.
Os constituintes desta planta possuem uma temperatura de ebulição específica, e o controle cuidadoso evita a degradação térmica, preservando a potência e a pureza do produto final.
Manter temperaturas excessivamente altas pode comprometer a integridade de seus compostos, resultando em perdas terapêuticas e na formação de subprodutos indesejados.
Por exemplo, os terpenos, responsáveis pelos aromas distintos das diferentes variedades de Cannabis, são suscetíveis à degradação térmica entre 150°C e 200°C.
Por outro lado, temperaturas muito baixas podem afetar adversamente a eficiência da extração.
Então, é preciso encontrar um equilíbrio para garantir que a temperatura seja suficientemente alta para a eficácia da extração, mas não tão alta a ponto de comprometer a qualidade dos compostos.
Para a Cannabis, de maneira geral, recomenda-se manter a temperatura abaixo dos 100°C para preservar a integridade de seus constituintes.
2. Pressão
A pressão influencia diretamente a temperatura de ebulição dos compostos presentes na planta de Cannabis.
Ajustar a pressão de forma precisa permite otimizar a eficiência da extração, minimizando a degradação térmica dos compostos.
Paralelamente, a pressão contribui para a solubilidade dos compostos voláteis, promovendo uma extração mais completa.
Entretanto, pressões excessivamente altas podem comprometer o processo, levando a extrações não eficientes e prejudicando a qualidade do produto final.
3. Tempo de Destilação
O tempo de destilação é outro parâmetro crítico que impacta diretamente a eficiência e qualidade da extração de compostos da Cannabis.
Geralmente, destilações mais longas podem permitir uma extração mais completa, mas há um ponto em que a eficiência pode diminuir.
Um intervalo de tempo típico para a destilação pode variar de 4 a 12 horas, dependendo das condições específicas do processo. Essa faixa pode ser ajustada com base na qualidade do produto final desejado.
Se o tempo de destilação for excessivamente longo, especialmente a temperaturas elevadas, há maior probabilidade de ocorrer degradação dos compostos.
Por outro lado, um tempo inadequado pode resultar em extrações incompletas, o que diminuiria os benefícios associados ao produto final.
Encontrar um equilíbrio ajuda a garantir que o processo tenha tempo suficiente para permitir uma extração completa, mas não a ponto de prejudicar a qualidade do produto.
A hidrodestilação preserva os componentes ativos do canabidiol?
A hidrodestilação não é considerada a escolha ideal para a extração de CBD, pois os parâmetros associados a esse método não permitem preservar todos os componentes ativos deste canabinoide.
Por envolver o uso de água como agente de arraste, a hidrodestilação não permite a extração completa do CBD devido à sua natureza lipossolúvel.
O CBD, assim como outros canabinoides, é uma molécula que possui afinidade por lipídios e é solúvel em substâncias gordurosas, como óleos vegetais.
Por isso, a extração de CBD é frequentemente realizada por meio de métodos como a extração com solventes (como CO2 supercrítico) e a extração com álcool ou óleo.
Como a qualidade do óleo essencial de Cannabis extraído por hidrodestilação é avaliada?
A avaliação da qualidade de produtos de Cannabis extraído por hidrodestilação é um processo que visa garantir a pureza, potência e segurança do produto final.
A hidrodestilação pode oferecer uma alternativa eficiente e isenta de solventes químicos para extrair o óleo essencial rico em terpenos.
No entanto, como é bastante complexo quando se trata de extrair produtos da Cannabis, é preciso avaliar a qualidade do extrato para certificar de que o processo foi feito corretamente.
Veja como fazer isso:
Composição química
A avaliação inicial da qualidade do óleo essencial de Cannabis fundamenta-se primariamente em sua composição química.
A presença e concentração de terpenos e canabinoides influenciam nas propriedades terapêuticas e aromáticas do óleo.
Técnicas analíticas avançadas, como cromatografia gasosa e líquida, são empregadas para identificar e quantificar precisamente esses compostos, proporcionando assim uma avaliação rigorosa e acurada da qualidade do óleo.
Origem da matéria-prima
A excelência da qualidade é intrinsecamente vinculada à origem da matéria-prima.
Elementos como a variedade da planta, as condições de crescimento, o solo utilizado e os métodos agrícolas aplicados exercem influência na composição química do óleo.
A certificação de que a planta Cannabis é de alta qualidade e cultivada organicamente contribui de forma grandiosa para a garantia da excelência do óleo extraído.
Testes de pureza
A verificação da pureza é realizada por meio de testes meticulosos destinados à detecção de contaminantes, tais como pesticidas, herbicidas e metais pesados.
Procedimentos de teste específicos são executados para assegurar que o produto esteja em conformidade com rigorosos padrões de segurança.
A obtenção de certificações orgânicas e a adesão às boas práticas de fabricação garantem a ausência de quaisquer resíduos indesejados, reforçando ainda mais a integridade e qualidade do produto.
Avaliação organoléptica
A experiência sensorial é muito importante na avaliação da qualidade de um óleo essencial, sendo o aroma e sabor características que revelam a presença de terpenos, compostos voláteis responsáveis pelo aroma característico da Cannabis.
Além da avaliação subjetiva humana, são empregadas análises instrumentais para objetivar as percepções sensoriais.
Instrumentos especializados têm a capacidade de quantificar componentes específicos, como terpenos, em concentrações precisas, oferecendo uma avaliação mais detalhada da experiência organoléptica.
Existem regulamentos específicos para a extração de CBD por hidrodestilação?
Espasmos, agitação, crises, desconforto gastrointestinal e falta de apetite são eventos frequentes que podem ser aliviados ou tratados por meio do uso de canabidiol.
Contudo, diante da ausência de garantias quanto à disponibilidade desses compostos em farmácias ou no sistema de saúde, os pacientes enfrentam grandes barreiras.
A legislação brasileira sobre o uso medicinal da canabidiol é notavelmente limitada, carecendo de diretrizes claras, abrangentes e específicas.
Atualmente, é restrita às Resoluções de Diretoria Colegiada (RDC) da Anvisa, que essencialmente autorizam a importação de produtos à base de Cannabis para uso medicinal mediante prescrição médica.
No entanto, os desafios persistem no que diz respeito à produção nacional e extração de produtos canábicos.
A RDC 327/19 da Anvisa representa um marco na regulamentação da Cannabis medicinal no Brasil.
Essa resolução estabelece procedimentos para a concessão de Autorização de Funcionamento, Autorização Especial e Certificado de Boas Práticas de Fabricação para empresas que fabricam medicamentos à base de Cannabis.
No entanto, de acordo com a Lei nº 11.343/2006:
“Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura, a colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas, ressalvada a hipótese de autorização legal ou regulamentar, bem como o que estabelece a Convenção de Viena, das Nações Unidas, sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito de plantas de uso estritamente ritualístico-religioso.”
Então, para a extração, fabricação e comercialização desses produtos em território nacional, as empresas devem importar o insumo farmacêutico nas formas de derivado vegetal, fitofármaco, a granel, ou produto industrializado, seguindo a RDC 327.
No caso de indivíduos que precisam de canabidiol para uso medicinal, a alternativa mais conveniente é obter uma prescrição médica e realizar a importação.
Como iniciar um tratamento terapêutico à base de canabidiol?
O tratamento terapêutico com canabidiol no Brasil encontra respaldo em regulamentações estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), notadamente por meio das Resoluções da Diretoria Colegiada (RDCs).
Duas dessas resoluções, a RDC 327/2019 e a RDC 660/2021, moldaram o cenário para a prescrição, importação e acesso aos produtos com canabinoides.
A RDC 327/2019 foi um marco significativo ao autorizar a comercialização de produtos contendo canabidiol nas farmácias brasileiras.
Essa resolução estabeleceu critérios rigorosos para a utilização desses compostos, abrangendo condições médicas específicas.
Já a RDC 660/2021 define normas específicas para a importação desses produtos mediante prescrição médica.
Nesse contexto, a plataforma Cannabis & Saúde facilita o processo de obtenção da prescrição, uma vez que conecta pacientes que necessitam dos tratamentos com canabidiol a médicos experientes na prescrição desse tipo de tratamento.
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Durante a consulta, o médico realiza uma análise meticulosa do histórico médico do paciente e, se apropriado, emite a prescrição para o tratamento com canabidiol.
Com essa prescrição em mãos, o paciente pode dar continuidade ao processo de importação, garantindo o acesso legal aos produtos à base de Cannabis, em total conformidade com as normativas da Anvisa.
Este cuidadoso processo respeita as regulamentações com rigor e assegura a máxima segurança e eficiência do tratamento com canabidiol no Brasil.
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Conclusão
Como você viu, embora a hidrodestilação tenha seus benefícios, sua ineficácia na extração de moléculas de CBD devido à falta de solubilidade a torna a opção menos preferível.
Neste caso, métodos tradicionais, como extração por CO2, uso de solventes como álcool ou gorduras vegetais, podem ser melhores escolhas.
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