A gastrite nervosa é uma condição em que o paciente apresenta sintomas semelhantes aos de uma inflamação gastrointestinal, mas os exames não revelam alterações que justifiquem esses desconfortos.
Como não há inflamação detectada no estômago, acredita-se que esses sintomas digestivos estejam ligados a fatores emocionais.
O estado emocional do paciente é um dos fatores relacionados à gastrite A causa da gastrite nervosa está ligada ao emocional do paciente.
O nervo vago, que conecta o cérebro a várias áreas do corpo, incluindo o sistema digestivo, pode intensificar a produção de gastrina e ácido clorídrico quando a pessoa enfrenta estresse, ansiedade e depressão. Esse aumento leva aos sintomas típicos da gastrite.
Dado o caráter multifatorial dessa condição, vamos explorar mais detalhes sobre a gastrite nervosa e a relevância da dieta no manejo dessa condição. Acompanhe a leitura a seguir e aprenda sobre:
- O que é gastrite nervosa?
- O que pode causar a gastrite nervosa?
- Sintomas da gastrite nervosa
- Como identificar a gastrite?
- Como tratar a gastrite nervosa?
- A Cannabis medicinal no tratamento de gastrite nervosa
- Alimentos recomendados para gastrite nervosa
- O que não se pode comer quando se tem gastrite?
- Exemplo de um cardápio para quem tem gastrite
O que é gastrite nervosa?
Gastrite é o termo utilizado para designar inflamações que afetam o estômago, podendo ser causadas por fatores como infecções, consumo excessivo de álcool e o uso frequente de certos medicamentos.
A gastrite costuma ser classificada como aguda, quando surge de forma repentina e durando menos de algumas semanas, ou crônica, com evolução mais lenta e de longa duração.
Existe ainda a gastrite nervosa, conhecida como dispepsia funcional ou gastrite não-ulcerosa. Nesse caso, não há, necessariamente, o desenvolvimento de úlceras no estômago — embora elas possam aparecer em casos mais graves —, mas os sintomas são muito semelhantes aos da gastrite “convencional”.
A gastrite nervosa surge em resposta a altos níveis de estresse. Quando o corpo enfrenta situações estressantes, ocorrem diversas alterações fisiológicas, incluindo o aumento da produção de ácido no estômago.
Com o passar do tempo, esse excesso de ácido desgasta o revestimento protetor do estômago, levando à inflamação e ao desenvolvimento da gastrite.
O que pode causar a gastrite nervosa?
A produção de ácido gástrico ajuda a decompor os alimentos em nutrientes como aminoácidos, carboidratos e gorduras, que podem ser absorvidos pelo corpo.
A maior parte desse ácido é gerada quando o pH do estômago ativa diversas enzimas digestivas. O ambiente estomacal é naturalmente ácido, com um pH abaixo de 4,0, podendo atingir 2,0 devido à ação das células parietais.
Essas células, localizadas no estômago, liberam íons de hidrogênio, que são imprescindíveis para a digestão, mas mantêm um pH que não danifica a mucosa intestinal.
Quando esse equilíbrio do pH se altera, começam a surgir problemas. Mas o que pode causar essa mudança? Estressores são os principais culpados.
Por isso, esse tipo de gastrite também é chamado de “gastrite induzida por estresse”. Outra possível causa é o aumento na secreção de ácido gástrico, mesmo que sua composição química não seja alterada.
Existem também alguns fatores de risco associados, como:
- Tabagismo: Pesquisas indicam que o hábito de fumar dificulta a cicatrização de úlceras pépticas e eleva a chance de recorrência dessas úlceras. O tabagismo também interfere nos mecanismos de proteção e cicatrização do estômago, reduzindo o fluxo sanguíneo, a secreção de muco e a produção de substâncias que neutralizam o ácido.
- Álcool: O consumo crônico de álcool danifica a parede do estômago, enfraquecendo sua camada protetora. Com isso, o estômago fica mais suscetível à irritação, o que favorece o desenvolvimento da gastrite.
Gastrite nervosa e a alimentação: qual é a ligação?
A gastrite nervosa surge como uma resposta do corpo ao estresse e à ansiedade, afetando o estômago de forma dolorosa. A alimentação, nesse contexto, tanto alivia quanto intensifica o problema.
Comer de maneira inadequada, com pressa ou com escolhas alimentares irritantes para o estômago, acaba sendo um gatilho para as crises de gastrite nervosa.
Quando estamos sob estresse, nosso corpo libera hormônios como o cortisol e a adrenalina, que impactam diretamente o sistema digestivo.
A digestão fica mais lenta, a produção de ácido estomacal aumenta, e isso agrava os sintomas de quem já está com o estômago sensível.
Por conta disso, alimentos ricos em gorduras, cafeína, álcool e açúcar tendem a irritar a mucosa do estômago, aumentando o desconforto e piorando a inflamação.
Por outro lado, uma alimentação balanceada e cuidadosa funciona quase como um remédio natural para quem sofre com gastrite nervosa. Alimentos leves, com poucas gorduras e temperos suaves, ajudam a reduzir a irritação.
Incluindo na dieta frutas não ácidas, legumes cozidos e cereais integrais, a digestão fica mais tranquila e os sintomas amenizam.
Do mesmo modo, a hidratação também é importante. Beber água em quantidade suficiente ajuda a diluir os ácidos gástricos, criando uma proteção natural para o estômago.
Sintomas da gastrite nervosa
Durante uma crise de gastrite nervosa, o paciente costuma sentir:
- Dor na região do estômago, localizada na parte superior do abdômen, ligeiramente à esquerda, que pode irradiar para outras áreas;
- Sensação de “barriga cheia”, mesmo sem ter comido recentemente;
- Falta de apetite;
- Inchaço abdominal;
- Queimação ou azia;
- Desejo frequente de arrotar;
- Soluços;
- Enjoo e vômito;
- Sensação de cansaço e mal-estar;
- Dores de cabeça;
- Alterações nos hábitos intestinais.
Em casos mais graves, a gastrite pode levar ao desenvolvimento de úlceras, que podem resultar em sangramentos.
O aumento da produção de ácido pode levar a erosões que provocam hemorragia gástrica.
Esses sangramentos, embora possam não ser fatais, geram desconforto e, em alguns casos, fezes escuras (melena) nas fases iniciais, com possibilidade de hemorragia mais grave após 4 a 5 dias.
Se notar qualquer sinal de sangramento ao vomitar ou evacuar, procure ajuda médica imediatamente.
Como identificar a gastrite?
Muitas vezes, o médico só precisará fazer uma anamnese, a fim de obter informações sobre o histórico clínico e sintomas, e realizar um exame físico (palpação, entre outros), para conduzir o diagnóstico.
No entanto, em outros casos, exames de imagem costumam ser solicitados. O principal é a endoscopia, ainda que ultrassonografias abdominais também possam fazer parte desse processo.
Outro tipo de exame que poderá ser solicitado é o hemograma, importante para identificar se há ou não focos de infecções na corrente sanguínea e tentar buscar a causa da gastrite.
Por fim, há casos em que será preciso fazer uma biópsia, que envolve uma análise microscópica das lesões no estômago para identificar o motivo pelo qual elas estão acontecendo. Esse material é coletado durante a endoscopia.
A combinação de um ou mais exames ajuda a fechar o diagnóstico de gastrite nervosa, já que há outras possíveis causas para o surgimento do problema.
Como tratar a gastrite nervosa?
Existem diversos tipos de gastrite, incluindo aquelas sem qualquer ligação com o estado emocional do paciente. Nessas situações, uma dieta balanceada costuma ser suficiente para controlar o quadro.
No entanto, quando a gastrite está relacionada ao estado psicológico, o manejo dos sintomas vai além da alimentação.
A base do tratamento para a gastrite nervosa envolve o uso de inibidores da bomba de prótons (IBP) e, em alguns casos, bloqueadores de histamina.
IBPs (como omeprazol e lansoprazol) bloqueiam de forma irreversível a enzima H/K ATPase, reduzindo a secreção de ácido independentemente dos níveis de acetilcolina e gastrina.
Esse bloqueio causa um aumento paradoxal da gastrina; por isso, quando o medicamento é interrompido, pode ocorrer uma produção elevada de ácido.
Já os bloqueadores H2, como famotidina, agem inibindo a estimulação de histamina nas células parietais, o que reduz a ativação da H/K ATPase, promovendo uma diminuição na produção de ácido de forma indireta.
Há também as abordagens não medicamentosas que auxiliam na gestão do quadro.
Como o estresse é o principal gatilho da gastrite nervosa, é preciso gerenciá-lo. Um cotidiano menos estressante é alcançado com:
- Mudanças na carreira, se o trabalho for uma fonte de estresse;
- Criação de uma rotina mais organizada;
- Prática de atividades que tragam prazer e realização.
Do mesmo modo, sessões de terapia ajudam o paciente a explorar aspectos de sua vida e a aprender estratégias para gerenciar o nervosismo, o que, por sua vez, contribui para o equilíbrio físico e químico no estômago.
Também é útil praticar exercícios regularmente. A atividade física promove o bem-estar emocional, ajuda a reduzir o estresse e libera substâncias que proporcionam uma sensação de prazer e equilíbrio emocional.
A Cannabis medicinal no tratamento de gastrite nervosa
Outra possibilidade de tratamento complementar para a gastrite nervosa é o uso da Cannabis medicinal.
Há diversas evidências científicas a respeito dos benefícios desta abordagem para o manejo de muitas alterações do organismo — como condições neurológicas, respiratórias e até mesmo comportamentais.
A gastrite nervosa, que muitas vezes é exacerbada pelo estresse e pela ansiedade, pode ser aliviada pelos canabinoides graças aos efeitos relaxantes e anti-inflamatórios que possuem, resultantes de sua interação com o sistema endocanabinoide (SEC) do corpo.
Biologicamente, o SEC é uma rede que ajuda a manter o equilíbrio de várias funções do corpo, incluindo o controle da inflamação, resposta ao estresse e o alívio da dor.
Esse sistema inclui receptores sensíveis à ação dos canabinoides, os quais estão presentes em diferentes partes do corpo, incluindo o sistema digestivo.
Quando o CBD entra no organismo, ele não se liga diretamente a esses receptores, mas ele age aumentando os níveis de anandamida — uma substância que melhora o bem-estar e tem efeitos anti-inflamatórios.
O CBD também pode reduzir a secreção excessiva de ácido gástrico, que muitas vezes é estimulada pelo estresse, evitando que as paredes do estômago sejam agredidas constantemente.
E mais importante ainda: ele possui ação ansiolítica, que é possivelmente útil para reduzir a resposta do corpo ao estresse, um dos gatilhos principais da gastrite nervosa.
Estudos sugerem que o Canabidiol pode modular a produção de citocinas, proteínas que regulam a resposta inflamatória do corpo.
Isso se traduz em uma possível redução da inflamação nas paredes do estômago, permitindo que o tecido gástrico se recupere.
Como a Cannabis é usada para gastrite?
Os medicamentos à base de Cannabis medicinal podem ser usados de várias formas, cada um com características e efeitos específicos.
Se tratando de gastrite nervosa, a forma mais comum é o óleo, normalmente administrado com um conta-gotas, permitindo que o paciente aplique o produto diretamente sob a língua.
Outra opção bastante popular são as cápsulas, que já contêm doses precisas para facilitar o uso.
A Cannabis também pode ser utilizada por meio de spray nasal, uma opção muito recomendada para quem precisa sentir os benefícios dos canabinoides mais rapidamente.
Além destas formas de uso, existe ainda a aplicação tópica por meio de pomadas e cremes, sendo ideal para tratamentos locais.
Em todo caso, lembre-se que a Cannabis medicinal é um tratamento de apoio, ou seja, serve para complementar as demais terapias implementadas pelos médicos.
Na maioria dos casos, o seu uso pode até diminuir a necessidade do uso de outros medicamentos, já que eles se tornam desnecessários para o paciente ao longo da terapia, mas isso deve ser avaliado caso a caso.
Nunca substitua o seu tratamento convencional pelo uso de qualquer outra substância sem o consentimento do seu médico.
Estudos que indicam benefícios da Cannabis para gastrite
Um estudo de 2016 encontrou resultados promissores ao observar como derivados da Cannabis poderiam contribuir para a redução da secreção de ácidos e melhora dos sintomas da gastrite nervosa.
Este estudo revisou a literatura científica a respeito do impacto do uso de Cannabis medicinal na produção de ácido gástrico, tanto em humanos quanto em modelos animais.
Inicialmente, foi observado que em humanos o uso de Cannabis estava associado a uma produção reduzida de ácido gástrico. A pesquisa pré-clínica em ratos também sugeriu que os canabinoides inibem a secreção gástrica.
Para entender melhor esse efeito, os pesquisadores usaram o modelo de rato Shay, em que os ratos foram submetidos a um procedimento de 2 a 4 horas para simular condições de acúmulo de conteúdo gástrico.
A administração de extrato Cannabis sativa aumentou o pH gástrico dos ratos, ou seja, reduziu a acidez do estômago.
Na condição de 4 horas de ligadura, uma dose de 1g/kg de Cannabis aumentou o pH de forma comparável à ranitidina, um medicamento conhecido por bloquear a secreção ácida
O efeito do tratamento a longo prazo com a Cannabis também foi analisado. Os ratos receberam doses subcutâneas de extratos ricos em THC por quatro semanas.
Depois disso, foram novamente submetidos ao estímulo de secreção ácida. Os resultados reforçam que a Cannabis pode reduzir a secreção de ácido gástrico, mas a eficácia varia de acordo com a dose.
Outros benefícios da Cannabis relatados pelo estudo, tanto em humanos quanto em animais, incluem:
- Alívio da dor;
- Melhora no equilíbrio emocional;
- Redução da migração de proteínas inflamatórias para a mucosa intestinal.
O que é necessário para iniciar o tratamento da Cannabis medicinal?
O tratamento com Cannabis medicinal só pode ser iniciado com a prescrição de um médico ou profissional qualificado e familiarizado com o uso de canabinoides, algo que ainda está ganhando espaço no Brasil.
Para garantir uma abordagem realmente eficiente, o profissional precisa estar atualizado e ter experiência suficiente na área, a fim de saber como lidar com suas condições de saúde de forma adequada.
Com a prescrição, os medicamentos canabinoides podem ser adquiridos em farmácias ou por meio de importação, caso o produto receitado não esteja disponível no Brasil.
No Brasil, o uso terapêutico de canabinoides ainda é um tema recente, e poucos médicos têm o conhecimento e a prática necessários para fazer esse tipo de prescrição.
Para facilitar o acesso a esses profissionais, o portal Cannabis & Saúde conecta pacientes a especialistas em medicina canabinoide.
Portanto, se você está interessado neste tipo de abordagem, agende uma consulta com um de nossos parceiros para descobrir se a terapia com Cannabis poderá auxiliar no controle do seu quadro!
Alimentos recomendados para gastrite nervosa
Alimentar-se bem é uma das melhores formas de suavizar os sintomas e dar ao corpo o que ele precisa para se equilibrar, inclusive emocionalmente.
Uma das melhores apostas para quem sofre de gastrite nervosa são os alimentos ricos em fibras. Eles não só ajudam na digestão, mas também atuam como uma espécie de “esponja”, absorvendo o excesso de ácido do estômago.
Aveia, por exemplo, é um excelente alimento para começar o dia. Da mesma forma, frutas como banana e maçã oferecem fibra, potássio e uma série de nutrientes que ajudam a proteger a parede do estômago.
Leguminosas e verduras, especialmente as de folhas verdes escuras, são verdadeiros aliados. Eles são anti-inflamatórios e fortalecem o organismo como um todo.
Espinafre e brócolis são opções que podem ser incluídas em diferentes refeições, seja no almoço, em um suco verde ou até em sopas.
O que não se pode comer quando se tem gastrite?
Se você tem gastrite, deve evitar alimentos gordurosos. A razão para isso está no processo de digestão.
Quando nos alimentamos, é liberado ácido gástrico no estômago para que a digestão comece a ser efetuada. Esse composto quebra os alimentos em moléculas muito menores, que são absorvidas ao longo do intestino.
No entanto, quando comemos algo muito gorduroso, a quantidade de ácido liberada é muito superior. Isso acontece porque é preciso um esforço extra para “quebrar” as moléculas de gordura.
Para a pessoa com gastrite, esse é o pior cenário possível. Afinal, a liberação de mais ácido contribui para a formação de ainda mais lesões na mucosa estomacal, gerando mais desconforto e piorando os sintomas.
Além disso, álcool, café e alimentos com muitos temperos devem ser evitados. Eles também podem lesionar a parede do estômago e trazer desconforto para os pacientes.
Exemplo de um cardápio para quem tem gastrite
A prescrição de um cardápio para a gastrite nervosa deve ser feita por um nutricionista. Ele analisará o seu estilo de vida, as suas preferências alimentares e criará uma dieta especialmente para o seu caso.
No entanto, vamos apresentar algumas ideias do que pode ser consumido nas principais refeições do dia para melhor adequação entre a gastrite nervosa e a alimentação.
- Café da manhã: No lugar do pão branco, prefira biscoitos ou pães feitos com farinhas integrais. Para o recheio, opte por queijos brancos, como a ricota, e evite os amarelados (que são mais gordurosos). Frutas também são uma ótima alternativa!
- Almoço: Feijão, arroz, macarrão (principalmente os integrais), grão de bico, lentilha, batata, cenoura, mandioquinha, folhas verde-escuras e outros vegetais são super bem-vindos nesta refeição.
- Jantar: O jantar deve seguir a mesma ideia observada no almoço. Outra alternativa é investir no consumo de sopas ou caldos, desde que sejam cuidadosamente condimentados e não tenham a adição de ingredientes gordurosos.
- Lanches: Frutas ou sanduíches naturais são ótimas fontes de nutrientes e facilitam a digestão das pessoas que lidam com a gastrite. Iogurtes com aveia também podem ser consumidos sem culpa, desde que sejam desnatados.
Conclusão
A gastrite nervosa, embora seja um problema que afeta diretamente o estômago, também revela o quanto o nosso corpo e mente estão profundamente conectados.
Lidar com o estresse e aprender a manejar as emoções ajuda a prevenir crises e melhorar a qualidade de vida de quem sofre com esse desconforto.
Mas é preciso lembrar que, além de mudanças no estilo de vida e apoio emocional, novas alternativas terapêuticas estão surgindo, algumas delas com grande potencial, como é o caso da Cannabis medicinal.
Se você quer saber mais a respeito dos benefícios da Cannabis para a saúde gastrointestinal, vale a pena explorar essa possibilidade com ajuda de nossos parceiros médicos.
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