A gastrite nervosa tem sintomas idênticos aos da gastrite comum e, por isso, pode levar a pessoa a recorrer às soluções erradas.
Esse é um risco real no Brasil, país em que a automedicação tornou-se um verdadeiro problema de saúde pública: 77% dos brasileiros fazem uso de remédios sem nenhuma orientação médica.
No caso do tratamento da gastrite, o uso equivocado de medicamentos pode trazer sérias complicações.
Seria a situação, por exemplo, de uma pessoa com gastrite bacteriana que ingerisse remédios para a variação nervosa da doença.
Por isso, é fundamental contar sempre com a orientação de um especialista e se informar bem antes mesmo de ir ao médico.
Essa última parte você já está fazendo, ao ler este conteúdo.
Queremos que você tenha acesso a um tratamento seguro ou, se for o caso, indique para seus amigos e parentes as melhores opções.
Avance na leitura, entenda quais são as causas e os sintomas da gastrite e saiba por que o canabidiol (CBD) é uma alternativa a se considerar nesse tratamento.
O que é gastrite nervosa?
A gastrite nervosa, ou dispepsia funcional, caracteriza-se por dor, acidez e queimação no estômago.
Embora seja chamada dessa forma, ela tem uma diferença fundamental em relação aos outros tipos da doença: nela, não há a formação de um processo inflamatório.
Afinal, a gastrite “clássica” tem como sintoma predominante a inflamação na parede do estômago, o que não ocorre na sua versão nervosa.
Segundo a Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP), cerca de 2 milhões de brasileiros sofrem de algum tipo de gastrite.
No caso da gastrite nervosa, são necessários cuidados especiais para que ela seja corretamente tratada.
Ela tem um forte componente psicossomático envolvido, o que quer dizer que sua origem principal são fatores emocionais.
Mas antes de conhecer melhor essa doença, é preciso saber identificar também as possíveis causas dela – é isso que vamos saber a partir do próximo tópico.
O que pode causar gastrite nervosa?
Cabe ressaltar que o termo “gastrite nervosa” não é considerado correto.
No entanto, como a condição já é chamada assim há muito tempo, o nome foi se perpetuando.
Essa diferenciação ocorre porque, como vimos, na dispepsia funcional, não há nenhum tipo de processo inflamatório, como acontece nas outras variações de gastrite.
O que gera confusão, no caso, são os sintomas parecidos entre as doenças, o que exige ainda mais cuidados na hora de se fazer o diagnóstico.
Como veremos na sequência, existem diversos fatores de risco e possíveis causas que levam uma pessoa a desenvolver processos inflamatórios no trato digestivo.
Conhecer os mais recorrentes, portanto, ajuda na hora de munir o médico com informações para que a fonte real do problema seja identificada.
Veja, então, quais são as possíveis causas dos diferentes tipos de gastrite e como elas influem para que a doença se desenvolva.
Estresse
O estresse é, provavelmente, o principal causador da gastrite nervosa.
Por isso, pessoas expostas constantemente a pressões, problemas familiares, financeiros ou propensas a se aborrecer com facilidade têm mais chances de ter a doença.
Se considerarmos o que dizem as estatísticas sobre o estresse no Brasil, pode-se esperar que o índice de casos de gastrite nervosa também seja alto.
Entre os dados mais alarmantes, destaca-se uma pesquisa da International Stress Management Association (ISMA-BR), em que o Brasil figura como o 2º país com o maior número de ocorrências registradas de estresse.
Com uma prevalência tão alta, também é de se esperar muitos episódios de outros transtornos de comportamento, como a depressão e a ansiedade.
Nesse último, inclusive, lideramos a lista de ocorrências: de acordo com a OMS, o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas do mundo, com cerca de 18 milhões de casos confirmados.
Bactérias
A forma mais comum de se desenvolver gastrite é por meio da infecção pela bactéria Helicobacter pylori, mais conhecida como H.pylori.
Quando há uma proliferação acima do normal desse micro-organismo no estômago, a pessoa passa a sentir dores abdominais e desconforto.
Esse tipo de gastrite é diagnosticada por meio de um exame específico, em que o indivíduo exala ar em um aparelho para detecção da bactéria.
A infecção também pode ser detectada com o exame de endoscopia digestiva alta, em que um tubo é introduzido na boca do paciente até alcançar o estômago.
A gastrite bacteriana é tratada com antibióticos, aliados a inibidores da bomba de prótons, uma classe de medicamentos para cuidar de distúrbios gastrointestinais.
Uso de anti-inflamatórios
Também se pode desenvolver um processo inflamatório no estômago pelo uso de anti-inflamatórios.
Sendo assim, esse seria um efeito colateral desse tipo de medicamento, que impede a formação da prostaglandina, uma substância produzida pelo organismo quando a acidez no estômago está muito alta.
Ou seja, ela age justamente inibindo as células que fabricam o ácido estomacal e estimula as células que fazem a camada de muco que protege o órgão.
Por isso, é fundamental o acompanhamento médico ao utilizar os anti-inflamatórios, já que a automedicação aumenta as chances de desenvolver gastrite.
Indivíduos com histórico de doenças gastrointestinais podem, inclusive, precisar de remédios para proteger o sistema digestivo caso tenham que ingerir anti-inflamatórios.
Doenças autoimunes
Existe ainda um outro tipo da condição que é menos frequente, cuja causa é uma reação anormal do próprio sistema imunológico.
Conhecida como gastrite atrófica metaplásica autoimune, caracteriza-se por ser hereditária e pelo ataque das células parietais.
Essa é uma condição que leva o paciente a ter hipocloridria, que consiste na redução da produção de ácido clorídrico no estômago.
Pessoas com esse tipo da doença sofrem com a absorção deficiente da vitamina B12 que, por sua vez, as levam a desenvolver anemia perniciosa.
Esse sintoma exige cuidados, já que aumenta em até três vezes o risco de ter carcinoma gástrico.
No tratamento da gastrite autoimune, são prescritas doses de vitamina B12 para compensar as perdas causadas pela sua má absorção.
Álcool
A ingestão de bebidas alcoólicas também é um dos fatores de risco para a doença, assim como o tabagismo e o uso de outras drogas.
Nesse caso, desenvolve-se a gastrite enantematosa, cuja característica é a inflamação da camada mais profunda da parede estomacal.
Como os outros tipos da doença, ela apresenta como principais sintomas: azia, má digestão, arrotos, gases e mal-estar.
Gastrite nervosa sintomas: quais são os principais?
Como já destacado, os sintomas da gastrite nervosa são idênticos aos dos outros tipos dessa condição.
Veja quais são:
- Dor estomacal
- Arrotos e gases constantes
- Náuseas e vômitos
- Perda de apetite
- Mal-estar
- Dor de cabeça
- Digestão lenta
- Queimação
- Azia
- Sensação de estômago lotado
- Barriga inchada ou dolorida.
Como é feito o diagnóstico da gastrite nervosa?
A primeira etapa do diagnóstico da gastrite nervosa, como é de praxe, consiste na entrevista (anamnese) feita pelo médico.
Depois de coletadas as informações necessárias, em geral, ele prescreve um exame de endoscopia digestiva.
Também pode ser realizada a biópsia de tecidos do estômago – ou os dois exames ao mesmo tempo.
É possível prevenir a gastrite nervosa?
A prevenção da doença começa por adotar hábitos que reduzam as chances de desenvolvê-la.
Evitar o álcool, o fumo, alimentos muito gordurosos, refrigerantes e bebidas gasosas é um bom começo.
Vale também investir em atividades que protejam contra o estresse, como ioga e meditação, e, não menos importante, a prática de esportes orientada por profissionais.
Gastrite nervosa sintomas: como o CBD pode ser usado no tratamento?
Os medicamentos para o tratamento da gastrite nervosa são eficazes, de modo geral.
No entanto, existe sempre o risco de dependência ou de que provoquem efeitos colaterais.
Nesse sentido, o canabidiol (CBD) pode ser uma melhor alternativa.
E é assim porque se trata de uma substância que interage naturalmente com o sistema endocanabinoide, como detalharemos mais à frente.
Isso sem falar nas suas reações adversas mínimas, que veremos no próximo tópico.
Quais são os principais efeitos colaterais do CBD?
A própria Organização Mundial de Saúde (OMS) já declarou que o CBD é uma substância segura nos mais diversos tratamentos.
Veja o que ela diz sobre esse composto:
“O CBD é geralmente bem tolerado e apresenta um bom perfil de segurança. Os efeitos adversos relatados podem ser resultado de interações medicamentosas entre o CBD e os medicamentos já usados pelos pacientes. Por isso, vários países modificaram seus controles nacionais para acomodar o CBD como um medicamento.”
Por sua vez, há estudos que reforçam a eficácia e a segurança do canabidiol, como o An Update on Safety and Side Effects of Cannabidiol: A Review of Clinical Data and Relevant Animal Studies, no qual os autores concluem que:
“(…) o perfil de segurança do CBD já está estabelecido de várias maneiras. No entanto, algumas lacunas de conhecimento mais detalhadas precisam ser preenchidas por ensaios clínicos adicionais para ter um composto farmacêutico bem testado.”
Porém, a segurança comprovada em testes não exclui por completo a possibilidade de o CBD provocar efeitos adversos.
Segundo o pesquisador Rafael Guimarães dos Santos, do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, eles podem variar entre diarreia, problemas gastrointestinais, sonolência e outros.
De qualquer forma, reações indesejadas são mais presentes na interação do canabidiol com outros medicamentos.
Quais são as vantagens do CBD no tratamento contra gastrite nervosa?
Não se discute que os tratamentos com remédios convencionais para gastrite nervosa funcionam e são seguros, desde que utilizados com orientação médica.
Em contrapartida, por mais que haja garantias sobre sua eficácia, há riscos que sempre existirão e que devem ser considerados.
Um deles é o de desenvolver dependência química.
É o que ocorre em algumas pessoas que se tratam com fármacos como Dormonid, Omeprazol ou Somalium.
Nesse aspecto, o CBD já sai na frente, porque, ao contrário desses remédios, ele não causa nenhum tipo de dependência.
Até o momento, não há registros de pacientes que precisaram fazer desmame de canabidiol, por exemplo.
Não menos importante, como você acabou de ver, os efeitos colaterais são mínimos, embora eles também existam como em qualquer outro medicamento.
Mas a principal vantagem do CBD no tratamento da gastrite nervosa é que ele funciona, e muito bem, desde que a dosagem seja adequada.
Qual é o prazo de da gastrite nervosa com CBD?
O canabidiol atua no tratamento da gastrite nervosa pelo sistema endocanabinoide.
Tudo começa quando os receptores canabinoides que controlam a comunicação do sistema digestivo com o cérebro são acionados.
Essa comunicação é a forma como o organismo regula a homeostase, ou seja, mantém o equilíbrio das suas funções.
Sendo assim, sempre que um problema gástrico provoca irritação da mucosa estomacal, tem início um processo inflamatório.
Esse processo libera anandamida, um dos endocanabinoides que são conhecidos pelos efeitos analgésicos e que dizem ao cérebro que algo não está certo.
O CBD, por sua vez, interage de maneira singular com o sistema endocanabinoide, motivo pelo qual em geral dá respostas mais rápidas nos tratamentos.
No caso da gastrite, ele melhora a capacidade dos tecidos de reter anandamida, ajudando a controlar a dor e a curar a inflamação.
Toda essa explicação é para deixar claro que o prazo de tratamento da gastrite nervosa com o CBD vai depender de como o organismo reage aos processos descritos.
Embora essa doença não se caracterize por ser uma inflamação, isso não muda a forma como o canabidiol age no corpo.
O mais importante a saber é que cada um vai responder de um modo diferente.
Enquanto, em alguns, os efeitos do CBD são quase imediatos, para outros pacientes, pode levar dias para que sejam percebidos resultados mais consistentes.
O que é necessário para iniciar o tratamento da gastrite nervosa com CBD?
Se você ainda não conhecia as vantagens do CBD no tratamento da gastrite nervosa, agora, deve ter mais interesse em fazer uma tentativa.
Queremos que se sinta encorajado a se tratar com o canabidiol, contudo, é preciso antes esclarecer alguns pontos importantes a respeito do seu processo de aquisição.
Embora ele possa ser comprado de fontes nacionais, atualmente, elas são poucas.
Além disso, as opções de medicamentos à base de CBD ainda são bastante restritas.
Isso explica, em parte, os altos preços dos fármacos de produção nacional que, hoje, custam na faixa dos R$ 3 mil.
Esse é um dos motivos pelos quais levam as pessoas a recorrer à importação, um procedimento intermediado pela Anvisa do início ao fim.
Entenda como é esse processo e quais documentos são necessários para dar entrada na solicitação para comprar canabidiol do exterior.
Receita médica
Tudo começa com uma consulta com um especialista capaz de prescrever um tratamento à base de CBD.
Afinal, o canabidiol continua sendo uma substância de uso controlado e, mesmo para sua compra no Brasil, a receita médica é indispensável.
Sendo assim, antes de mais nada, você precisará encontrar um médico prescritor de CBD.
Para isso, confira a lista de especialistas que disponibilizamos aqui no portal, busque pelo profissional mais próximo da sua casa ou, se preferir, agende sua consulta a distância.
Solicitação junto à Anvisa
Recentemente, a Anvisa aboliu a exigência de alguns documentos antes cobrados para dar entrada na solicitação de importação de CBD.
Agora, tudo o que você precisa para fazer o pedido é da receita médica, que, como vimos, deve ser obtida com um prescritor reconhecido.
Não deixe de conferir, ainda, se o remédio indicado está na lista de medicamentos previamente autorizados pela Anvisa.
Por fim, acesse o site da agência e faça sua solicitação online – para dar entrada, é necessário ter cadastro no portal do governo federal.
Resposta do órgão
A desburocratização do processo de importação fez com que não só a carga de documentos fosse reduzida, mas também o tempo para se obter uma resposta.
Se, antes, a Anvisa podia levar até três meses para se posicionar, hoje, isso acontece em cerca de dez dias.
Compra na loja online
Tendo o aval do órgão máximo de vigilância sanitária brasileiro, você poderá procurar por uma loja que venda para pessoas no Brasil.
Lembre que, como todo processo de importação, há taxas e procedimentos alfandegários que geram custos.
Conclusão
O tratamento da gastrite nervosa e dos seus sintomas com CBD é, sem dúvida, uma alternativa para os que buscam uma solução eficaz e segura.
Como você viu ao longo deste conteúdo, além de funcionar, esse poderoso canabinoide é muito menos prejudicial e arriscado por conta dos seus raros efeitos adversos.
No entanto, isso não quer dizer que você possa usá-lo indiscriminadamente.
Afinal, como diz a sabedoria popular, a diferença entre o veneno e o remédio está na dosagem.
Sem contar que, em alguns casos, as primeiras tentativas com o canabidiol podem não surtir os efeitos esperados.
Quando isso acontece, caberá ao médico que prescreveu o medicamento propor o ajuste da dose até que os resultados esperados sejam obtidos.
Para garantir um uso ainda mais seguro, vale sempre se inteirar das novidades do mercado e dos avanços da medicina canabinoide.
Nesse sentido, o portal Cannabis & Saúde é a sua fonte confiável de informação sobre a Cannabis medicinal.
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