No maior estudo já realizado com pessoas sob tratamento com Cannabis no Reino Unido, pacientes apresentaram melhoras nas dores, ansiedade, depressão e na qualidade do sono
A Cannabis medicinal proporciona uma melhora significativa na qualidade de vida dos pacientes após seis meses de terapia. É o que demonstrou uma pesquisa realizada com dados do Registro Médico de Cannabis do Reino Unido, publicada recentemente no periódico internacional “Cannabis and Cannabinoid Research”.
Esta é a maior pesquisa já realizada com pacientes reais desde que a legislação do Reino Unido passou a permitir que as pessoas sejam submetidas ao tratamento canabinoide, em 2018.
No total, 312 pacientes foram incluídos na análise final, detalhando a qualidade de vida e os níveis de segurança a médio prazo percebidos após passarem a tomar os fitocanabinoides supervisionados por especialistas da Sapphire Medical Clinics, a maior do ramo no país europeu.
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A maioria dos pacientes carregavam diagnóstico de dor crônica e neuropática e passaram a apresentar pontuações relativas à dor progressivamente menores de acordo com o tempo sob tratamento com Cannabis. Não houve alterações no padrão de dor entre os pacientes do grupo de controle e que não tomaram o óleo de Cannabis.
Além das dores, os pacientes também apresentaram pontuações mais baixas nos índices que avaliam a ansiedade percebida e a depressão. Outros benefícios observado foi na qualidade do sono, na mobilidade, capacidade de praticar ações cotidianas e até no nível de autocuidado.
Por outro lado, 30% dos pacientes apresentaram algum tipo de efeito adverso após o início do tratamento, sendo a náusea o relato mais frequente. Mais de 80% sentiram apenas efeitos leves e, segundo os pesquisadores, nada que tenha atrapalhado a percepção geral da qualidade de vida.
Conclusão
“Os resultados deste estudo sugerem que o tratamento com Cannabis medicinal foi associado a um perfil de segurança aceitável e melhores resultados de qualidade de vida em um amplo espectro de condições crônicas em acompanhamentos de 1, 3 e 6 meses em comparação com a linha de base antes do tratamento.”
“A incidência de eventos adversos foi de 30,1%, sendo 84,0% deles leves ou moderados, sugerindo tolerabilidade favorável em relação aos medicamentos, como os opiáceos, que são prescritos com maior frequência”, escreveram.
“As evidências do mundo real da segurança do paciente e dos resultados dos pacientes prescritos com cannabis medicinal estão se expandindo rapidamente”, afirmou Simon Erridge, chefe de pesquisa e acesso da Sapphire Medical Clinics.
“Embora agora possamos identificar respostas específicas de condições, é importante entender como todos os pacientes estão respondendo ao tratamento e considerar a ampla gama de condições que inclui, pois analisamos de forma holística a segurança e a eficácia desse tratamento”.