Estudo com 306 pacientes do Reino Unido, houve uma redução de 17% no consumo de opiáceos e melhora geral nos sintomas da fibromialgia
Cerca de 3% da população brasileira sofre com dores intensas e incapacitantes provocadas pela fibromialgia. É a principal causa de dores crônicas no País, com grande prevalência entre mulheres entre 25 e 50 anos.
Além da dor, pacientes costumam desenvolver ansiedade, fadiga debilitante, sensibilidade à luz, som, temperatura e toque, bem como sintomas cognitivos relacionados à memória de curto prazo ou dificuldade em encontrar uma palavra.
A meta no tratamento é aliviar os sintomas com melhora na qualidade de vida. O principal tratamento para a condição é não-medicamentoso: exercícios físicos aeróbicos, que ajudam a reverter a sensibilidade à dor, e terapia psicológica para aprender a lidar com a dor crônica.
No entanto, em muitos casos, é difícil sequer praticar os exercícios. Com dor, sem conseguir descansar e com pouca disposição, fica complicado até sair da cama. Aí entram os remédios, como pregabalina, duloxetina, relaxantes musculares, antidepressivos e analgésicos.
No entanto, eles buscam apenas aliviar os sintomas. Por ser uma doença crônica, demanda o uso contínuo desses medicamentos, em doses cada vez maiores, o que acarreta outros efeitos colaterais, e vício, que acabam por anular – ou piorar – os benefícios para a qualidade de vida.
Há tempos a Cannabis surge como uma alternativa e novos estudos confirmam sua eficácia. Dessa vez, a evidência vem do Reino Unido. A Sapphire Medical Clinics é uma empresa dedicada a atender pessoas que buscam tratamento com Cannabis medicinal, sendo metade com fibromialgia.
O estudo sobre Cannabis para fibromialgia
Para verificar se, na prática, os pacientes estão, de fato, colhendo os benefícios do tratamento canabinoide, se debruçaram nos dados. Analisaram a progressão da doença em 306 pessoas com a condição durante seis meses.
Já em 1 mês, continuando até o final do período de estudo, houve reduções significativas nos sintomas específicos da fibromialgia. Além disso, os pacientes também relataram melhorias na gravidade da dor, sintomas de ansiedade, qualidade do sono e qualidade de vida relacionada à saúde geral.
Além de mostrar uma redução na gravidade dos sintomas da fibromialgia, o estudo encontrou uma redução de 17% no uso geral de opiáceos pelos pacientes.
Os resultados da pesquisa serão apresentados na íntegra no próximo Simpósio da Internacional da Sociedade de Pesquisa Canabinoide (ICRS), que acontece entre os dias 25 e 30 de junho, em Galway, na Irlanda.
“Encontrar o regime de tratamento certo para a fibromialgia é um grande problema – e 50% dos pacientes que atendo na Sapphire Medical Clinics sofrem dessa condição. Este estudo é o primeiro de seu tipo sobre os resultados de pacientes do Reino Unido que receberam prescrição para fibromialgia – e os resultados são muito promissores”, afirmou a reumatologista da Sapphire Medical Clinics, Wendy Holden.
“Uma das maneiras de ajudar os pacientes no futuro é investir nesse tipo de pesquisa para entender melhor a condição e o impacto das opções de tratamento emergentes. Pela minha experiência, os resultados do estudo refletem o que estou vendo nos pacientes sentados à minha frente durante as consultas de acompanhamento.”
Importância do diagnóstico
Ela destaca que tão importante como um tratamento que melhore a qualidade de vida dos pacientes, sem efeitos colaterais, é a definição do diagnóstico precoce.
“Buscar um diagnóstico oficial é importante para os pacientes e pode ser incrivelmente empoderador, permitindo que eles validem sua condição. Um diagnóstico preciso e precoce é vital para garantir que sintomas como ansiedade, sono e função cognitiva possam ser gerenciados, a mobilidade possa ser mantida – para evitar o risco de incapacidade”, revela.
“Infelizmente, muitos pacientes experimentam um diagnóstico tardio após anos de dor, encontrando-se em circunstâncias devastadoras, incapazes de trabalhar e enfrentando a pobreza”.
Para quem já faz diversos tratamentos para lidar com a fibromialgia, mas sem os resultados esperados, pode ser a hora de tentar o tratamento com Cannabis medicinal.
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