Mercado pet tenta reverter determinação para que produtos sejam recolhidos das prateleiras a partir de novembro
O Conselho Nacional de Suplemento Animal (NASC) do estado de Idaho, nos Estados Unidos, que proibir o uso de cânhamo em alimentos ou rações para animais. Em petição lançada no charge.org, o NASC afirmou que produtos de CBD (canabidiol) para animais de estimação abre caminho para uma indústria classificada pela instituição como ‘mercado negro de fornecedores inescrupulosos’. Para a NASC, os produtos que estão no mercado, naquele estado, têm origem questionável e podem acabar prejudicando a saúde dos animais.
“Também pode levar os donos de animais a recorrer a produtos humanos que não são formulados para animais de estimação ou produtos de maconha que contêm altos níveis de THC (tetrahidrocanabinol)”, alerta o grupo, que promove a saúde e o bem-estar de animais de estimação.
O mercado de suplementação alimentar animal de produtos à base de Cannabis do estado de Idaho recorreu e tenta impedir que a medida entre em vigor agora em novembro. Empresas pedem ao estado que atrase ou suspenda qualquer ação de fiscalização até a próxima sessão legislativa de Idaho, prevista para ocorrer ano que vem. Investidores do universo pet querem que os legisladores elaborem um projeto de lei permitindo o uso de canabinoides em suplementação animal com responsabilidade e seriedade.
A lei Idaho (2021), que versa sobre o cânhamo, estabeleceu um programa de estado, que não permite derivados da Cannabis em ração animal e nem demais suplementos para animais de estimação. De acordo com portais do estado norte-americano, a Associação Médica Veterinária de Idaho não se posicionou sobre o assunto. Mas os donos de animais temem retrocessos nos tratamentos já em andamento com efeitos positivos.
Se por um lado produtos contendo cânhamo para animais seguem numa espiral crescente no mercado norte-americano, a indústria de ração animal, os reguladores e as autoridades de saúde animal pressionaram por mais pesquisas para estabelecer regras uniformes para o setor. Além do Conselho Nacional de Suplemento Animal do estado de Idaho, a Associação Americana de Controle Oficial de Alimentação (AAFCO), também emitiu documento elencando preocupações relacionadas à saúde animal e ameaças à cadeia alimentar humana de animais que consomem produtos de origem não comprovada. Para completar, a Food & Drug Administration (FDA) dos EUA, uma espécie de Anvisa norte-americana, também fez um alerta para o uso indiscriminado dos derivados da Cannabis em suplementação animal e defendeu mais pesquisas científicas.