Os espasmos infantis são um tipo de convulsão que afeta crianças nos primeiros anos de vida. Também chamado de síndrome de West, causa crises epilépticas, estagnação do desenvolvimento e hipsarritmia.
Geralmente, a condição surge entre o primeiro mês e o primeiro ano de vida, sendo mais frequente entre 3 e 5 meses. Os espasmos apresentam uma fase inicial de contração rápida, seguida por uma fase tônica prolongada.
Esses movimentos podem ser flexores, extensores ou uma combinação de ambos, ocorrendo de forma abrupta, normalmente bilateral e simétrica, afetando pescoço, tronco e membros.
A hipsarritmia, padrão característico no eletroencefalograma (EEG), é comum, mas não está presente em todos os casos.
A taxa de mortalidade para crianças que sofrem com esta condição varia de 5% a 30% nos primeiros três anos de vida.
Entre as que sobrevivem, 80% a 90% apresentam atrasos no desenvolvimento, e 50% a 70% acabam desenvolvendo outros tipos de convulsões no futuro.
Para saber mais sobre os espasmos infantis, causas, sintomas e tratamentos disponíveis, prossiga com a leitura deste artigo. Aqui, você vai aprender sobre:
- O que são espasmos infantis?
- Quais são os sintomas dos espasmos infantis?
- Como identificar espasmos em crianças?
- Quais são as causas dos espasmos infantis?
- Como é feito o diagnóstico de espasmos infantis?
- Espasmos infantis têm cura?
- Quais são as opções de tratamento para espasmos infantis?
- A Cannabis medicinal no tratamento de espasmos infantis
- Como os pais podem lidar com espasmos infantis em casa?
O que são espasmos infantis?
Os espasmos infantis, inicialmente descritos no conjunto de sintomas conhecido como síndrome de West, representam uma forma de epilepsia que afeta aproximadamente 1 em cada 2.000 crianças.
Embora esses episódios tenham duração breve, entre um a dois segundos, eles costumam ocorrer em sequência, com intervalos de 5 a 10 segundos entre cada espasmo.
Durante um espasmo, há um súbito enrijecimento do corpo, que pode provocar arqueamento das costas e inclinação para frente da cabeça, braços e pernas.
Contudo, alguns espasmos infantis podem ser sutis e difíceis de identificar, manifestando-se apenas como movimentos discretos, como rolar dos olhos ou pequenos tremores abdominais.
Esses episódios são mais frequentes logo após o despertar do bebê e raramente acontecem durante o sono.
Os espasmos infantis são considerados um tipo específico de convulsão.
Convulsões, em geral, resultam de descargas elétricas anormais e descontroladas no cérebro, causando mudanças temporárias em movimentos, tônus muscular, percepções sensoriais e/ou nível de consciência.
Os espasmos infantis tendem a ser mais breves do que convulsões do tipo tônico-clônicas, com duração média de um a dois segundos por episódio, ocorrendo em séries.
Quais são os sintomas dos espasmos infantis?
Durante um espasmo infantil, o corpo da criança fica repentinamente rígido ou tenso por alguns segundos. Ele pode arquear as costas, enquanto os braços, as pernas e a cabeça tendem a se curvar para frente.
Geralmente, esses espasmos ocorrem em séries, com intervalos de cinco a dez segundos entre cada episódio.
Após um espasmo ou uma sequência deles, o bebê demonstra desconforto, parecer chateado ou até chorar, embora nem sempre isso aconteça.
Em alguns casos, os espasmos infantis podem ser bastante sutis e difíceis de perceber. Sinais mais discretos incluem:
- Olhos virados para cima;
- Enrijecimento da região abdominal;
- Expressões faciais, como caretas;
- Movimentos leves de balanço da cabeça.
Quando os espasmos são provocados por alterações no cérebro, é comum que um lado do corpo seja mais afetado, ou que o bebê apresente inclinação da cabeça ou movimento dos olhos para um único lado.
Além dos espasmos, outros sinais podem se manifestar conforme a condição progride, tais como:
- Regressão em marcos do desenvolvimento, como parar de rolar, sentar, engatinhar ou balbuciar;
- Redução de interações sociais e menos sorrisos;
- Maior irritabilidade ou períodos de silêncio prolongado.
Se possível, grave vídeos dos espasmos do seu bebê para apresentá-los ao pediatra. Caso você suspeite que seu bebê esteja apresentando espasmos infantis, procure orientação médica o mais rápido possível.
Como identificar espasmos em crianças?
Um bom ponto de partida é observar se ela apresenta movimentos bruscos e repetitivos, principalmente quando está acordando ou relaxado.
Esses movimentos podem ser rápidos, como se houvesse um susto, e geralmente acontecem em intervalos curtos entre um e outro.
Escolher momentos de silêncio e tranquilidade para observar a criança ajuda bastante, já que ruídos ou estímulos visuais podem distrair os pais e dificultar a percepção.
Outro sinal importante envolve interrupções na rotina comum do bebê. Por exemplo, se a criança costuma brincar, olhar em volta ou sorrir e, de repente, para o que está fazendo por alguns segundos, é um sinal de alerta.
Essas pausas podem vir acompanhadas de movimentos nos braços, pernas ou cabeça. Para evitar dúvidas, uma sugestão é filmar episódios que parecem estranhos.
Além dos movimentos, fique atento ao desenvolvimento da criança. Caso percebam que o bebê está menos ativo ou parece regredir em habilidades já adquiridas, como manter a cabeça firme ou reagir a estímulos, pode ser um indicativo.
Fazer anotações detalhadas do que foi observado, como horário, duração e intensidade dos movimentos, ajuda a identificar padrões.
A observação diária permite que os pais percebam sinais que, no começo, poderiam ser vistos como algo passageiro. Quanto mais cedo houver essa percepção, mais rápida será a recuperação.
Quais são as causas dos espasmos infantis?
Os espasmos infantis têm raízes no funcionamento do cérebro, especialmente em sua fase de desenvolvimento.
Um dos principais motivos está relacionado a falhas na comunicação entre os neurônios, que funcionam como as engrenagens do sistema nervoso.
Esses neurônios utilizam sinais elétricos e químicos para se comunicar, mas quando algo interfere nesse processo, como desequilíbrios de neurotransmissores, o cérebro responde com descargas desordenadas.
Para entender melhor, precisamos falar do papel do GABA, um neurotransmissor essencial para “frear” atividades excessivas no cérebro.
Quando esse mecanismo não funciona como deveria, o resultado é uma atividade elétrica descontrolada, típica dos espasmos infantis.
Algumas crianças nascem com alterações estruturais no cérebro, como malformações corticais, que dificultam a organização dos sinais enviados pelos neurônios.
Outro fator importante são as mutações genéticas. Genes como o ARX e o CDKL5, que estão implicados no desenvolvimento cerebral, podem sofrer alterações, criando um ambiente propício para esses episódios.
Essas mutações também aparecem em condições como a síndrome de Down ou outros distúrbios genéticos.
Outros fatores que podem estar associados aos espasmos infantis incluem:
- Condições metabólicas: O cérebro precisa de energia constante para funcionar bem, e distúrbios no metabolismo, como a incapacidade de processar certos nutrientes, criam uma “pane” nesse sistema.
- Infecções: Infecções durante a gestação ou no início da vida, como aquelas causadas pelo citomegalovírus, levam a inflamações que alteram o funcionamento cerebral e abrem caminho para os espasmos.
- Problemas no eixo hipotálamo-hipófise: Desajustes nesse sistema, como níveis descontrolados de ACTH (hormônio adrenocorticotrófico), afetam o equilíbrio do cérebro, contribuindo para o aparecimento desses espasmos.
Espasmos infantis são comuns em recém-nascidos?
É raro acontecer espasmos infantis em recém-nascidos, embora algumas condições logo após o nascimento possam servir como gatilho para eles no futuro.
O cérebro de um recém-nascido está passando por transformações intensas, e essa fase inicial da vida é marcada por um desenvolvimento rápido das conexões neuronais.
Ainda assim, espasmos infantis, no sentido estrito, aparecem com maior frequência em crianças mais velhas, geralmente entre três e doze meses.
Entretanto, bebês que foram afetados por falta de oxigênio durante o parto têm maior suscetibilidade de desenvolver espasmos infantis. Hipóxia perinatal é um problema que pode deixar marcas profundas no cérebro.
Essas lesões afetam as áreas responsáveis pelo controle motor, criando um terreno fértil para o surgimento de descargas elétricas anormais, que se manifestam como espasmos em idades mais avançadas.
Outra preocupação são as hemorragias intracranianas, mais comuns em bebês prematuros. Essas complicações prejudicam a formação de circuitos cerebrais, importantes para o desenvolvimento neurológico.
Alguns bebês também enfrentam desequilíbrios metabólicos, como níveis inadequados de cálcio ou glicose, logo após o nascimento, os quais afetam diretamente a atividade elétrica cerebral, aumentando a possibilidade de crises.
Portanto, enquanto é pouco provável que espasmos infantis ocorram em recém-nascidos, as condições vividas nesse período crítico podem torná-los mais suscetíveis a isso.
É normal crianças terem espasmos durante o sono?
Movimentos involuntários enquanto as crianças dormem são mais comuns do que se imagina. Durante o sono, especialmente na fase REM, o cérebro ainda está muito ativo, processando informações e consolidando memórias.
Nessa fase, não é raro que ocorram movimentos rápidos ou até mesmo espasmos infantis benignos. Esses episódios geralmente não são repetitivos nem simétricos e, na maioria das vezes, desaparecem com o tempo.
Contudo, quando falamos de espasmos mais frequentes ou intensos, o cenário muda. O sono é um estado em que o cérebro ajusta suas funções, mas, em algumas crianças, descargas elétricas desorganizadas invadem esse período.
Em particular, o sistema que gerencia a transição entre os estágios do sono às vezes se desorganiza, criando o ambiente ideal para a ocorrência de espasmos.
Crianças com alterações no ritmo circadiano, como aquelas causadas por disfunções no hipotálamo, estão mais suscetíveis a episódios de espasmos durante o sono.
O desequilíbrio na liberação de hormônios que regulam o sono e o estado de alerta, como a melatonina e o cortisol, interfere no funcionamento normal do cérebro.
Outros fatores, como febres altas ou infecções respiratórias, que são comuns na infância, podem amplificar esses episódios, já que o corpo inteiro está em estado de maior vulnerabilidade.
Os movimentos benignos, como as mioclonias do sono, não apresentam padrões que causem preocupação. No entanto, espasmos repetitivos ou acompanhados de atraso no desenvolvimento, merecem atenção.
Um eletroencefalograma pode ajudar a identificar se esses episódios estão relacionados a algo mais sério, diferenciando-os de fenômenos normais do desenvolvimento infantil.
Como é feito o diagnóstico de espasmos infantis?
O profissional de saúde responsável pelo seu filho fará uma investigação detalhada sobre os sintomas apresentados e o histórico clínico da criança, além de realizar um exame físico.
Será necessário consultar um neurologista pediátrico ou um epileptologista, que provavelmente solicitará um exame chamado eletroencefalograma (EEG) para confirmar o diagnóstico de espasmos infantis.
Como existem muitas causas possíveis para os espasmos infantis, determinar a origem é um desafio para os profissionais de saúde. O eletroencefalograma (EEG), no entanto, facilita esse processo.
O EEG tem como função medir e registrar os sinais elétricos do cérebro da criança. Durante o exame, pequenos discos metálicos chamados eletrodos são colocados no couro cabeludo do paciente.
Esses eletrodos são conectados a um aparelho que registra a atividade cerebral e fornece informações importantes ao profissional de saúde.
O ideal é que o EEG consiga capturar tanto os espasmos quanto a atividade cerebral nos intervalos entre eles.
Um padrão específico chamado hipsarritmia, quando presente no EEG, é um indicativo muito claro de espasmos infantis, facilitando o diagnóstico com alta precisão na maioria dos casos.
Quais exames são necessários para detectar espasmos infantis?
Para investigar a causa dos espasmos infantis, o médico poderá solicitar outros exames além do EEG, como:
- Ressonância Magnética (RM) do cérebro: Esse exame indolor gera imagens detalhadas das estruturas e tecidos cerebrais por meio de um grande ímã, ondas de rádio e um computador. Ele não envolve radiação, como os raios X, e pode ajudar a identificar possíveis anormalidades no cérebro que estejam causando os espasmos.
- Testes genéticos e metabólicos: Caso a ressonância magnética não apresente alterações significativas, o médico poderá solicitar exames genéticos e metabólicos. Esses testes têm como objetivo investigar possíveis causas subjacentes dos espasmos e, geralmente, utilizam amostras de sangue, urina ou líquido cefalorraquidiano (fluido espinhal).
Espasmos infantis têm cura?
A possibilidade de cura para espasmos infantis existe e está diretamente ligada a causa do problema e a rapidez com que ele é identificado e tratado.
Quando o diagnóstico é feito logo no início e as intervenções são aplicadas sem demora, os resultados tendem a ser mais positivos.
Por isso, agir rapidamente ao perceber algo fora do comum é um dos passos mais importantes para aumentar as chances de sucesso.
Em alguns casos, a melhora é visível em pouco tempo, com os espasmos diminuindo ou desaparecendo completamente.
Por outro lado, há situações em que os espasmos são apenas um dos sintomas de uma condição mais complexa. Aqui, o tratamento busca minimizar os impactos do problema no dia a dia da criança.
Embora a palavra “cura” nem sempre se aplique em todos os contextos, o foco passa a ser a qualidade de vida e o progresso individual de cada criança.
Cabe frisar que cada caso é único. A evolução costuma acontecer passo a passo, e cada melhora, por menor que pareça, é uma vitória a ser comemorada.
Quais são as opções de tratamento para espasmos infantis?
Os principais objetivos no tratamento dos espasmos infantis são interromper ou gerenciar as crises e, sempre que possível, tratar a causa subjacente. As principais opções terapêuticas para controlar ou cessar os espasmos incluem:
- Hormônio Adrenocorticotrófico (ACTH): O ACTH é um hormônio produzido pela glândula pituitária que ajuda na resposta do corpo ao estresse. Para tratar os espasmos infantis, é utilizada uma forma sintética desse hormônio, administrada por meio de injeções.
- Prednisolona oral: A prednisolona é uma versão sintética dos hormônios corticoides produzidos pelas glândulas adrenais. Esse medicamento é eficaz no tratamento dos espasmos infantis e pode ser utilizado como alternativa nos casos em que o ACTH não está disponível.
- Vigabatrina: Trata-se de um medicamento anticonvulsivante administrado por via oral, seja na forma de comprimido ou líquido.
Caso os espasmos infantis não respondam ao tratamento com hormônios ou vigabatrina, outras alternativas incluem:
- Dieta cetogênica;
- Outros medicamentos anticonvulsivantes;
- Cirurgia de epilepsia, recomendada nos casos em que os espasmos são causados por uma lesão focal identificada no cérebro.
Os espasmos infantis costumam ser desafiadores de tratar, e algumas crianças podem necessitar de ciclos de tratamento ou de uma abordagem combinada.
Durante o tratamento, serão realizados novos exames de EEG para avaliar a atividade cerebral da criança e determinar a eficácia do tratamento.
Se a causa dos espasmos for identificada, o tratamento poderá incluir intervenções direcionadas, como cirurgias ou abordagens voltadas para condições genéticas subjacentes.
É comum que crianças com espasmos infantis apresentem atrasos no desenvolvimento ou perda de habilidades adquiridas anteriormente.
Para minimizar esses impactos, a equipe médica recomendará terapias que auxiliem no desenvolvimento da criança e no aproveitamento máximo do seu potencial.
A Cannabis medicinal no tratamento de espasmos infantis
A Cannabis medicinal tem mostrado resultados surpreendentes no controle de espasmos infantis. O segredo está na maneira como seus compostos interagem com o cérebro.
O Canabidiol, um dos principais canabinoides da planta, ajuda a regular os sinais elétricos desorganizados que provocam as convulsões.
Além de equilibrar os receptores do sistema nervoso, ele atua como uma espécie de “calmante” para os neurônios, impedindo a hiperatividade que leva aos espasmos.
A Cannabis também favorece a redução de inflamações no cérebro e a proteção das células contra o desgaste causado pelo estresse oxidativo.
Ao neutralizar os radicais livres no cérebro, o Canabidiol protege as células contra danos estruturais e funcionais, promovendo um ambiente mais estável para o desenvolvimento neurológico.
E os benefícios desta abordagem não se limitam ao controle direto das crises. A Cannabis também auxilia na melhora do sono, reduz a ansiedade e colabora para uma melhor interação social e comportamental da criança.
Quais benefícios comprovados da Cannabis para espasmos?
Um estudo de 2021 analisou a eficácia, segurança e tolerabilidade do Canabidiol como terapia complementar em crianças com síndrome de West (SW) refratária a medicamentos anticonvulsivantes e à dieta cetogênica.
A pesquisa foi retrospectiva e incluiu os prontuários médicos de oito pacientes tratados entre maio de 2020 e março de 2021.
Os participantes, seis meninas e dois meninos com idades entre 16 e 22 meses, apresentavam SW de etiologia desconhecida (5 casos) ou estrutural (3 casos).
O tratamento iniciou-se com uma dose de 2 mg/kg/dia de CBD, ajustada até uma mediana de 12 mg/kg/dia, com variação de 2 a 25 mg/kg/dia.
Antes do uso do CBD, os pacientes apresentavam uma média de 63 convulsões diárias (variação entre 31 e 79).
Após um acompanhamento de 6 a 13 meses, os resultados mostraram que dois pacientes tiveram redução de 75 a 99% na frequência de convulsões, dois apresentaram redução de 50 a 74% e três tiveram redução inferior a 50%.
Além disso, observou-se melhora no padrão do EEG entre 20 e 80% em sete pacientes, correlacionada à redução das convulsões.
Os efeitos adversos relatados foram leves e transitórios, incluindo sonolência (1 paciente), náuseas e vômitos (1 paciente) e irritabilidade associada a distúrbios de comportamento (1 paciente).
Os pesquisadores do estudo concluíram que o uso de CBD foi eficaz em 50% dos pacientes, resultando em uma redução significativa na frequência dos espasmos.
Além disso, o tratamento foi bem tolerado, reforçando seu potencial como uma terapia complementar para casos resistentes a tratamentos convencionais.
A Cannabis medicinal é segura para crianças e bebês?
Sim, com acompanhamento médico, a Cannabis medicinal é segura para crianças e bebês.
Essa afirmação não vem de especulações, mas de estudos e de instituições respeitadas, como a Organização Mundial da Saúde, que reconhecem o Canabidiol como uma substância com riscos mínimos.
Diferente dos remédios convencionais para espasmos infantis, que costumam provocar efeitos colaterais intensos, as reações decorrentes dos tratamentos com Cannabis são leves.
Normalmente, esses efeitos se limitam a sonolência ou cansaço, que costumam desaparecer conforme o organismo se adapta. Tudo, claro, depende de uma dosagem correta e do acompanhamento adequado.
Como iniciar um tratamento complementar com a Cannabis?
Iniciar um tratamento com Cannabis requer, obrigatoriamente, a consulta com um profissional de saúde familiarizado com terapias canabinoides.
Uma maneira rápida e confiável de encontrar profissionais que prescrevem tratamentos à base de Cannabis é utilizar a plataforma de agendamento disponível no portal Cannabis & Saúde.
No portal, é possível buscar médicos de diferentes especialidades, como neurologia, pediatria, psiquiatria, reumatologia, entre outras…
Além de simplificar o agendamento, a plataforma disponibiliza perfis detalhados dos profissionais, com informações sobre suas qualificações e abordagens terapêuticas, auxiliando na escolha;
O processo é prático: basta clicar aqui, escolher um médico experiente na condição que você deseja tratar, e marcar a consulta diretamente pela plataforma.
Durante o atendimento, ele realizará uma avaliação detalhada do estado de saúde do seu filho, analisará o histórico médico e verificará a viabilidade do tratamento com Canabidiol.
Se for indicado, o especialista fornecerá uma prescrição com a dose, a formulação adequada e o período de uso, permitindo que você realize a compra ou importação do produto.
Como os pais devem lidar com espasmos infantis em casa?
Quando um filho sofre de espasmos infantis, o impacto emocional para os pais é inevitável. O susto causado por cada episódio pode ser paralisante, mas ter um plano e saber como agir traz segurança para lidar melhor com a situação.
O ponto principal é lembrar que os espasmos, por mais assustadores que pareçam, podem ser administrados com cuidado.
No momento da crise, o mais importante é proteger a criança. Se ela estiver em um lugar onde possa se machucar, coloque-a em uma superfície segura, como um colchão ou tapete.
Afaste objetos perigosos, como móveis pontiagudos ou brinquedos, e jamais tente segurar ou restringir seus movimentos. A ideia é garantir que o episódio transcorra sem riscos de ferimentos.
Após a crise, mantenha-se próximo, confortando-a com sua presença. Uma atitude serena e acolhedora é capaz de transmitir segurança, mesmo em momentos difíceis.
Além do manejo imediato das crises, o dia a dia também exige ajustes. A rotina é uma poderosa aliada. Crianças que convivem com espasmos se beneficiam de horários bem estabelecidos para dormir, comer e brincar.
A casa também deve ser um lugar que promova calma. Evitar barulhos excessivos, luzes muito fortes e situações estressantes ajuda a criança a se sentir mais confortável.
Os pais também não devem esquecer de cuidar de si mesmos. Enfrentar espasmos infantis pode ser desgastante, e procurar apoio é muito importante.
Esse cuidado reflete diretamente no bem-estar da criança, já que pais mais equilibrados emocionalmente estão melhor preparados para oferecer o suporte que seus filhos precisam.
Conclusão
Dado seu impacto no desenvolvimento, os espasmos infantis exigem formas de controle eficientes, e a Cannabis medicinal desponta como uma alternativa com benefícios notáveis para a qualidade de vida dos pequenos pacientes.
Além de promover a diminuição das crises, suas propriedades são promissoras em terapias pediátricas.
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