A má postura pode desencadear uma série de problemas na coluna. Nesse sentido, a escoliose é um dos mais graves e também uma das condições mais comuns em todo mundo.
A escoliose é uma das doenças da coluna mais prevalentes no mundo, afetando cerca de 2% da população, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, mais de 6 milhões de pessoas sofrem com essa condição.
Tipos de escoliose e fatores de risco
Existem diversos tipos de escoliose. Entre os tipos da doença, há a congênita, neuromuscular, degenerativa e idiopática, sendo esta última a mais comum, principalmente entre adolescentes. Fatores como má postura, sedentarismo e predisposição genética contribuem para o desenvolvimento dessa condição.
Dr. Jimmy Fardin Rocha, especialista em Medicina Esportiva, Ortopedia e Traumatologia, ressalta que a má postura é um dos principais fatores de risco. O problema se manifesta, especialmente, em crianças e adolescentes em fase de desenvolvimento da coluna vertebral. “O desequilíbrio muscular, causado pela postura inadequada, pode levar a pequenos desvios, resultando na escoliose. Por isso, é essencial estar atento aos sinais que indicam o surgimento da doença. É o que garante00 um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz”, explica o médico.
O ortopedista e traumatologista Dr. Marcos Pereira Dias, explica como uma postura inadequada pode levar a desequilíbrios musculares:
“Uma pessoa que mantém uma postura pouco fisiológica, ou seja, longe do ideal, faz com que alguns grupos musculares trabalhem mais e outros menos. Isso resulta em uma tração dos tendões e dos músculos ligados à coluna em uma direção específica, causando pequenos desvios ao longo do tempo.”
Os dois especialistas alertam sobre a importância de uma postura correta desde a infância. Isso é um ponto fundamental para prevenir a escoliose, já que o corpo está em fase de crescimento. Além disso, outros fatores de risco incluem o manejo inadequado de mochilas pesadas, posição incorreta ao dormir e o sedentarismo, especialmente relacionado ao uso excessivo de dispositivos eletrônicos.
Dr. Marcos destaca também que, além dos fatores ambientais, como a má postura, existe um componente genético que pode aumentar a predisposição das mulheres para desenvolverem essa condição.
“Alguns fatores podem contribuir para essa predominância nas mulheres. Um deles é o componente genético, incluído na fisiopatologia da doença. Em outras palavras, o gene do sexo feminino já tem uma predisposição maior. Alterações hormonais e a diferença na composição corporal entre os sexos também contribuem para isso, já que o sexo masculino tende a ter uma massa muscular maior.
Escoliose: sintomas e diagnóstico
O Dr. Jimmy faz também um alerta sobre os sinais do problema: “dor na região dorsal e desconforto podem indicar problemas na coluna e devem ser avaliados por um médico. O diagnóstico precoce é crucial para determinar o melhor curso de tratamento. Isso pode envolver exames físicos e de imagem, como radiografias da coluna em diferentes posições.”
Ao falar também sobre os sintomas, o Dr. Marcos Pereira Dias menciona que os sinais da escoliose podem trazer desalinhamento dos ombros e quadris, proeminência da escápula, dores nas costas e dificuldade em permanecer em pé por longos períodos.
Tratamento e cuidados
“O tratamento da escoliose pode incluir o uso de coletes, fisioterapia ou, em casos mais graves, cirurgia. É importante manter um acompanhamento regular, para garantir resultados satisfatórios. Além disso, cuidados específicos, como o uso adequado de mochilas e a prática regular de exercícios físicos, podem contribuir para o controle da condição”, explica o médico Jimmy Fardin Rocha.
Já para as crianças e adolescentes, Dr Marcos explica quais são as principais abordagens: “Como a criança está em fase de desenvolvimento, podemos realizar uma abordagem clínica, ao longo desse processo, para orientar o correto desenvolvimento da coluna. Isso pode ser feito através do uso de órteses e um programa de fortalecimento muscular,. que não apenas visa a fortalecer os músculos, mas também inclui técnicas de liberação miofascial, alongamento e flexibilidade”
O médico diz ainda que, na fase adulta, o tratamento se concentra no manejo dos sintomas, inclusive, com uso de medicamentos, como analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares. A exceção fica com os casos que possuem indicação cirúrgica.
Cannabis Medicinal no manejo dos sintomas
Ainda falando sobre o problema na fase adulta, Dr Marcos reforça que a Cannabis medicinal tem uma importância significativa no controle dos sintomas. Por se tratar de um medicamento vasodilator, ajuda no relaxamento muscular e modula processos inflamatórios crônicos, melhorando o padrão inflamatório do organismo como um todo.
“Além disso, a Cannabis tem um papel analgésico e ansiolítico. Pessoas que possuem um quadro crônico, geralmente, possuem um grau de ansiedade maior, relacionado à própria doença. Outro ponto também é a melhora na qualidade do sono, que dá um alívio nas contraturas musculares da má postura”, finaliza.
Marque sua consulta!
O uso de Cannabis pode ser considerado para alívio da dor e inflamação associadas à escoliose. No entanto, é crucial consultar um médico especialista, para avaliar a melhor abordagem. Um médico experiente pode fornecer orientações individualizadas e seguras sobre o uso de Cannabis no tratamento da escoliose. Utilize nossa plataforma de agendamentos e marque uma consulta com um de nossos médicos especializados!