Diariamente vemos o avanço do uso da Cannabis em tratamentos para diferentes patologias aqui no Brasil e a enfermagem é fundamental na atuação e no desenvolvimento da medicina canabinoide. Já que a profissão especializada em saúde pode fornecer cuidados, educação, avaliações e suporte para pacientes que usam produtos à base de Cannabis.
“A importância da enfermagem na medicina canábica é algo tão importante quanto a enfermagem na medicina alopática. O médico tem que ter o profissional que dê continuidade, assim como em um hospital ou consultório. Pois a enfermeira canábica vai dar continuidade ao tratamento, o segmento e a titulagem. Ao aparecimento de efeitos colaterais. São eles que vão fazer o acompanhamento desses doentes para fazer a triagem para continuar a progressão do tratamento feito pelo médico”, explica Dra. Vanessa Matalobos.
Colaboração e acompanhamento de perto dos pacientes
Primordialmente os profissionais da enfermagem têm um papel imprescindível no acompanhamento personalizado dos pacientes. E mais ainda quando estamos falando de pacientes que fazem tratamentos com Cannabis. Afinal, o entendimento por parte dos enfermeiros do sistema endocanabinoide do corpo humano, e como ele reage a medicamentos com canabinoides, pode ser um dos fatores que garantirá a eficácia da terapia.
Conheça a “Enfermeira Canábica”
“A maioria dos meus pacientes são ansiosos e depressivos. Mas eu também tenho pacientes com dor crônica, artrite e artrose. Quando o óleo é importado e a gente sempre tem que estar conversando com esse paciente. Pois você lidar com o medicamento fitoterápico, não é igual a lidar com os paciente que usam somente alopatia. Precisa de fato estar mais perto desse paciente. Pois é uma medicina sensacional fantástica e com ela vem chegando muitas mudanças”, explica Stéphanie Santana, enfermeira canábica que criou o perfil Enfercanabica.oficial no Instagram e também esteve presente na 1ª Conferência Internacional de Cannabis Medicinal (CICMED).
Conforme Stéphanie afirmou, realmente muitas mudanças estão acontecendo na órbita da Cannabis e da enfermagem. Recentemente criou-se a Associação Brasileira da Enfermagem Cannábica (ABECA), onde ela é uma das fundadoras. A iniciativa pode ser uma oportunidade para enfermeiros adquirirem conhecimento na área. Diferentemente de Stéphanie que teve que sair do Brasil para aprender sobre o sistema endocanabinoide.
Já nos Estados Unidos existe a Cannabis Nurses of Color, que fornece aos enfermeiros informações confiáveis e baseadas em evidências científicas sobre Cannabis medicinal. E embora o campo da enfermagem de Cannabis seja novo também nos Estados Unidos, e ainda não exista um programa de certificação, o Conselho de Enfermagem do país emitiu diretrizes para profissionais da classe interessados em trabalhar com médicos e pacientes que fazem tratamentos com Cannabis.
Acompanhamento de pacientes que usam produtos à base de Cannabis
Sabe-se que o tratamento com canabinoides requer um acompanhamento próximo do paciente, já que cada pessoa tem seu próprio sistema endocanabinoide e que as doses de óleos, e produtos em geral, com canabinoides variam conforme cada condição e cada indivíduo. Neste sentido, Dra. Vanessa explica que até nas situações onde o paciente está realizando o desmame de remédios alopáticos, a enfermagem é de suma importância para fazer essa averiguação.
“E agora com a expansão também do tratamento da medicina cannábica para feridas de difícil controle, como feridas crônicas, como pé diabético, trombose, pós-amputação é pós-cirurgia ortopédica, a enfermeira é de suma importância no acompanhamento desses pacientes. Eu não me vejo sem a minha enfermeira cannabica hoje na minha prática clínica, porque ela é o meu braço direito e às vezes até o esquerdo”, destaca.
“Não podemos lidar com medicamentos à base de Cannabis como lidamos com alopáticos. Então tem que ter uma aproximação maior com os pacientes. Inclusive até pelas próprias interações medicamentosas que podem acontecer. A gente precisa ter a segurança de que o paciente está tomando o medicamento. E quem faz isso é um enfermeiro. Pois é quem está no dia a dia do paciente junto com a família. Para o tratamento dar certo é preciso de constância. E uma comunicação muito próxima. É como um casamento”, finaliza Stéphanie, “casada” com muitos pacientes que fazem uso da Cannabis medicinal.
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