Em meio a polêmicas, começaram hoje as eleições do Conselho Federal de Medicina. Segundo a médica e atual Presidente da Associação Médica Brasileira de Endocanabinologia (AMBCANN), Dra. Ana Gabriela Hounie, as eleições são uma oportunidade para mudar a situação em relação à Cannabis no país. E acabar de vez com a perseguição aos médicos prescritores e pesquisadores da planta.
Segundo informou a Folha, ex-presidentes do CFM pedem despolitização da entidade, que completará 73 anos em setembro. Também se destaca a guerra ideológica que permeia a eleição.
Aproximadamente 600 mil médicos estão aptos a votar de maneira virtal no pleito que elegerá 54 novos conselheiros, sendo um titular e um suplente para cada estado. Frente a tantos debates, entenda agora como o uso da Cannabis medicinal no Brasil e os médicos prescritores podem ser impactados com o resultado destas eleições.
Como o uso da Cannabis medicinal no Brasil pode ser impactado com as eleições do CFM?
“Estamos com a esperança de poder mudar essas gestões que são anti-Cannabis para que a situação dos prescritores melhore. Na situação atual a grande maioria das chapas é contra o uso da Cannabis medicinal: dizem que não tem evidência científica. E estão perseguindo médicos que recebem sindicâncias, muitas vezes por motivos outros, mas sabemos que por trás tem a questão da Cannabis. Então queremos mudar para ter uma visão mais aberta ao uso medicinal da Cannabis para mudar a situação no país e chegar no CFM”, defendeu a médica e atual Presidente da Associação Médica Brasileira de Endocanabinologia (AMBCANN), Dra. Ana Gabriela Hounie.
Mesmo com avanços de pesquisas no nosso país sobre o potencial dos fitocanabinoides, e com o crescente número de pacientes, ainda há um limbo sobre a definição do Conselho em relação à planta. E como a Dra. Hounie pontuou, principalmente na segurança jurídica de médicos em prescrever produtos à base da planta para seus pacientes.
“É importantíssima a participação de médicos prescritores de Cannabis nesta eleição, só assim vamos mudar o cenário nacional”
Após a queda da polêmica Resolução 2324 do Conselho Federal de Medicina, não há clareza sobre a segurança dos médicos brasileiros em prescrever Cannabis.
“Esta Resolução 2324 proibia a prescrição, as aulas e inclusive que se falasse sobre o assunto em ambiente não científico. Foi uma proibição muito rígida”, pontua Dra. Hounie que organiza, por parte da AMBCANN, o Congresso de Cannabis medicinal exclusivo para médicos em setembro.
Ainda segundo a profissional, a situação sobre qual Resolução é válida está em aberto desde então. Já que a Resolução 2324 suspendia a anterior, mas em seguida também foi extinta.
“Tem quem entenda que não tem nada em vigência. E tem quem entenda que está em vigência a que existia antes, que é a liberação para epilepsia e esclerose múltipla. De qualquer maneira, o CFM tem sido muito restrito e a gente precisa atualizar essa resolução, seja qual for. A Anvisa libera a importação para as mais variadas patologias que é isso que a gente defende”.
Hoje, no Brasil, para que os pacientes possam ter acesso a produtos à base de Cannabis com fins medicinais é necessário que um médico autorizado faça a prescrição.
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