Os efeitos do Canabidiol são amplamente discutidos, mas ainda cercados de dúvidas. Enquanto muitos relatam alívio para dores crônicas, ansiedade e insônia, outros questionam se esses benefícios são reais.
O que realmente acontece no corpo ao usar o Canabidiol? Ele tem efeito imediato ou precisa de um tempo para agir? E será que ele funciona da mesma forma para todo mundo?
A verdade é que o Canabidiol não é um tratamento genérico e seus efeitos dependem de diversos fatores, como dosagem, metabolismo e até mesmo o tipo de condição que está sendo tratada.
Mas uma coisa é certa: o impacto que ele traz ao sistema nervoso e ao equilíbrio do corpo tem levado a ciência a fazer descobertas importantes para a medicina moderna.
Então, antes de tirar suas próprias conclusões sobre os efeitos do Canabidiol, é preciso entender como ele age no organismo, quais são suas propriedades mais estudadas e o que diferencia seu uso de outros tratamentos.
Se você quer respostas diretas sobre esse tema, continue lendo. Aqui, vamos abordar os efeitos do Canabidiol e além:
- O que é CBD?
- Canabidiol: para que serve?
- Quais são os benefícios do óleo de CBD
- Quais doenças o Canabidiol pode tratar?
- Como o Canabidiol pode ser consumido?
- Qual o efeito do Canabidiol no corpo?
- Quantos dias o Canabidiol começa a fazer efeito?
- Quais os riscos e efeitos colaterais do Canabidiol?
- Como tomar óleo de CBD?
- Quais médicos podem receitar o tratamento com Canabidiol?
O que é CBD?
O CBD, ou Canabidiol, é um dos mais de 140 compostos ativos presentes na Cannabis sativa. Este canabinoide é muito utilizado na medicina devido aos seus efeitos terapêuticos, não sendo capaz de causar psicoatividade, diferente do Tetrahidrocanabinol (THC).
Os efeitos do Canabidiol são estudados há décadas, mas a explicação de como e por quê ocorrem se deu apenas em 1964, quando Raphael Mechoulam identificou pela primeira vez o sistema endocanabinoide.
O sistema endocanabinoide é uma rede de sinalização celular que regula funções como sono, apetite, humor e memória.
Receptores nesse sistema, como o CB1 e CB2, são interagem com o Canabidiol, que, por meio deles, exerce propriedades ansiolíticas, antieméticas, antioxidantes, antiespasmódicas, antipsicóticas, neuroprotetoras e anticonvulsivantes.
O THC se liga diretamente a esses receptores, mas os efeitos do Canabidiol derivam de interações indiretas, sendo resultado de ajustes no organismo e estímulo da produção de endocanabinoides naturais, como a anandamida.
Os efeitos do Canabidiol também se estendem a outras vias moleculares não presentes no sistema endocanabinoide, como os receptores de serotonina (5-HT1A), associados à sensação de calma.
Além do mais, ele modula receptores TRPV1, envolvidos na percepção de dor e inflamação.
Essa multiplicidade de ações explica por que o Canabidiol não se restringe a uma única aplicação terapêutica, e seus benefícios são vistos em centenas de condições de saúde.
Canabidiol: para que serve?
O Canabidiol serve como recurso terapêutico adjuvante a uma variedade de condições, mas também pode ser utilizado como tratamento de primeira linha para doenças refratárias a abordagens convencionais.
Sua utilidade se estende a contextos de saúde física, mental e até prevenção, atuando como:
- Ferramenta terapêutica para casos refratários: O CBD é utilizado como terapia de primeira linha em doenças que não respondem a medicamentos convencionais, como epilepsias de difícil controle.
- Suporte em doenças inflamatórias: Os efeitos do Canabidiol inibem a produção de citocinas pró-inflamatórias e estimulam células reguladoras, ajudando a frear ataques autoimunes e preservar a função dos órgãos.
- Tratamento coadjuvante na oncologia: Embora não substitua terapias contra o câncer, o CBD é usado para mitigar efeitos colaterais como náuseas, vômitos e perda de apetite causados por quimioterapia.
- Apoio em cuidados dermatológicos: Na pele, o CBD serve para tratar acne, rosácea e dermatites. Seus efeitos regulam a produção de sebo, combatem bactérias como Cutibacterium acnes e reduzem a inflamação local.
- Auxílio na desintoxicação de substâncias: Programas de recuperação de dependência química incorporam os efeitos do Canabidiol para reduzir o desejo por nicotina, álcool e opioides. O composto restaura a função do sistema dopaminérgico, afetado pelo uso crônico, e diminui a ansiedade ligada à abstinência.
- Melhora a adesão dos tratamentos primários: Pacientes em uso de medicamentos que provocam fortes efeitos colaterais utilizam o CBD para tornar o tratamento mais tolerável.
Quais são os benefícios do óleo de CBD?
Administrado sublingualmente, o óleo de CBD entra na corrente sanguínea rapidamente, potencializando os efeitos do Canabidiol de forma mais eficaz que outros formatos.
Tanto a ciência quanto pacientes que fazem tratamento com óleo de Canabidiol relatam os seguintes efeitos:
- Regulação do estresse e da ansiedade: Pesquisas mostram que o CBD reduz a hiperatividade na amígdala, região responsável por processar medo e ansiedade. Em situações de estresse agudo, como falar em público ou enfrentar conflitos, é possível obter controle emocional como parte dos efeitos do Canabidiol.
- Controle de processos inflamatórios: Inflamações crônicas estão na raiz de doenças como artrite reumatoide e até problemas cardiovasculares. Os efeitos do Canabidiol bloqueiam a liberação de citocinas pró-inflamatórias, moléculas que alimentam a resposta imune exagerada.
- Melhora da qualidade do sono: A insônia muitas vezes está ligada a níveis baixos de anandamida. Os efeitos do Canabidiol se estendem a inibição da enzima FAAH, responsável por degradar essa substância, aumentando sua concentração no organismo.
- Redução de crises epilépticas: Em epilepsias refratárias, onde medicamentos convencionais falham, os efeitos do Canabidiol são extensivamente respaldados pela ciência. O óleo diminui a excitabilidade neuronal excessiva, mecanismo por trás das convulsões.
- Proteção contra danos oxidativos: Os efeitos do Canabidiol combatem o estresse oxidativo graças à sua ação antioxidante, superior à de vitaminas C e E. Na pele, o óleo aplicado topicamente reduz danos causados por UV e poluição, além de minimizar marcas de acne e eczema.
- Apoio à saúde intestinal: O intestino abriga uma grande quantidade de receptores endocanabinoides. Os efeitos do Canabidiol regulam a motilidade intestinal, aliviando sintomas de síndrome do intestino irritável (SII) e colite. O óleo de CBD também fortalece a barreira intestinal, reduzindo a permeabilidade que leva a inflamações sistêmicas.
Quais doenças o Canabidiol pode tratar?
O sistema endocanabinoide existe para promover o equilíbrio das funções orgânicas como um todo. Então, quando esse sistema não consegue cumprir seu papel, muitas doenças podem surgir.
Contudo, o Canabidiol tem o sistema endocanabinoide como alvo. Isso significa que, ao ser absorvido pelo organismo, serão nas disfunções encontradas nesta rede que os efeitos do Canabidiol vão trabalhar.
Quando modulados pelo CBD, os receptores CB1 e CB2 podem ajudar no controle dos sintomas ou prevenção de diversas condições. Conheça algumas delas a seguir:
1. Alzheimer
Estudos clínicos mostram que a administração de CBD pode trazer benefícios no tratamento do Alzheimer.
Por exemplo, em um estudo de 2017, os pesquisadores Georgia Watt e Tim Karl investigaram as propriedades neuroprotetoras, anti-inflamatórias e antioxidantes do Canabidiol in vitro.
Os achados demonstram a capacidade do CBD de reduzir a gliose reativa e a resposta neuroinflamatória, bem como promover a neurogênese em pacientes com Alzheimer.
Há também indícios de que o Canabidiol pode prevenir o desenvolvimento de déficits cognitivos causados por esta condição.
2.Ansiedade
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo, com cerca de 9% da população sofrendo de algum transtorno de ansiedade.
Para essas pessoas, o CBD desponta como mais uma alternativa terapêutica, conforme aponta o artigo ”Canabidiol, um componente da Cannabis sativa”, como um ansiolítico, publicado na Revista Brasileira de Psiquiatria.
Nele, os pesquisadores concluíram que pacientes com transtornos de ansiedade sustentam a proposta do CBD como um agente ansiolítico.
Como o CBD não tem efeitos psicoativos e não afeta a cognição, possui um perfil de segurança adequado, boa tolerabilidade, resultados positivos em testes com seres humanos e um amplo espectro de ações farmacológicas.
Outro estudo de 2008 aponta que o CBD influencia receptores de serotonina (5-HT1A), associados ao bem-estar emocional.
Em animais, demonstrou-se que o CBD reduz comportamentos similares à ansiedade e depressão. Em humanos, doses controladas ajudam a modular a resposta ao estresse e regular a amígdala, região cerebral ligada ao medo.
3.Autismo
Estudos já mostraram que déficits no sistema endocanabinoide estão ligados ao desenvolvimento do autismo.
Em contrapartida, os efeitos do Canabidiol no autismo são vistos na diminuição da ansiedade e melhora da regulação emocional. O composto também diminui episódios de agressividade e irritabilidade, facilitando as interações sociais.
Muitos relatam maior concentração, menor impulsividade e mais facilidade na adaptação a rotinas. O sono se torna mais reparador, com menos despertares noturnos e dificuldades para adormecer.
Para aqueles com crises epilépticas associadas ao autismo, o CBD ainda reduz a frequência e a intensidade das convulsões. Ou seja, a qualidade de vida aumenta de forma geral.
4.Câncer
Os efeitos do Canabidiol também são expressos no tratamento do câncer. Embora não afete diretamente a doença, ele controla seus sintomas secundários, como dor, náuseas e vômitos.
O estudo Cannabinoids in cancer treatment: Therapeutic potential and legislation traz algumas evidências de que o Canabidiol também tem propriedades capazes de prevenir o desenvolvimento de tumores.
Sobre o assunto, vale a pena conferir a entrevista do Dr. Cid Gusmão para o portal Cannabis e Saúde, na qual ele expõe os benefícios dessa substância como parte do tratamento.
5.Epilepsia
A epilepsia é uma doença que afeta o sistema nervoso central, levando o paciente a apresentar convulsões súbitas e de grande intensidade nos casos mais severos.
A respeito disso, há um grande corpo de pesquisas que comprovam a eficácia do CBD no tratamento e controle da epilepsia.
Os efeitos do Canabidiol reduzem a frequência e a intensidade das crises epilépticas, trazendo mais controle para quem sofre com a condição.
Também melhora a resposta do organismo aos tratamentos convencionais, permitindo a redução de medicamentos a longo prazo.
A ciência já provou que o CBD ajuda a estabilizar a atividade elétrica do cérebro, prevenindo descargas descontroladas que causam convulsões.
O sono se torna mais regulado, a qualidade de vida aumenta e há menos impactos cognitivos causados pelas crises frequentes.
Os efeitos do Canabidiol da epilepsia são tão notáveis que a Anvisa reconheceu esse potencial e, graças a diminuição das barreiras regulatórias, há distribuição de CBD no SUS para pacientes com quadros epilépticos graves.
6.Parkinson
Os efeitos do Canabidiol nos sintomas do Parkinson são muitos: ele diminui tremores, rigidez muscular e espasmos involuntários, e também melhora a qualidade do sono, diminuindo insônia e pesadelos frequentes.
E há um benefício extra que os medicamentos convencionais não promovem: equilíbrio emocional, e alívio da ansiedade e depressão, que são comuns na doença.
A neuroproteção proporcionada pelo CBD desacelera a piora dos sintomas, e muitos pacientes relatam mais bem-estar no dia a dia, com melhora na mobilidade e na coordenação motora.
7.Dores crônicas
Segundo um estudo de 2018, mais de 60% dos pacientes que utilizam o CBD relatam melhora significativa em dores crônicas, como as causadas por artrite ou neuropatias.
Os efeitos do Canabidiol na dor crônica são derivados da ativação de receptores vaniloides (TRPV1), associados à percepção de dor e temperatura, e a inibição da recaptação de adenosina, substância que regula a sensação de desconforto.
Isso explica por que o CBD é usado até mesmo em dores resistentes a opioides, com a vantagem de não causar dependência.
8.Doenças inflamatórias
A inflamação crônica está na base de doenças como artrite, diabetes e doenças cardiovasculares.
Uma pesquisa de 2010 encontrou evidências de que o CBD suprime citocinas pró-inflamatórias (como TNF-α e IL-6) e estimula a produção de células T reguladoras, que “desligam” respostas imunes excessivas.
Essa ação é mediada por receptores CB2, predominantemente encontrados em células do sistema imunológico.
Por isso, os efeitos do Canabidiol são vistos até mesmo em condições autoimunes, como lúpus e doença de Crohn.
Como o Canabidiol pode ser consumido?
Os efeitos do CBD podem ser potencializados dependendo da forma como é administrado. Isso significa que você pode recorrer não só aos óleos, como a cápsulas, vaporizadores e até supositórios, se precisar.
Embora no Brasil o acesso a diferentes formatos seja mais limitado a óleos e spray nasais, existem muitas outras maneiras de se consumir o Canabidiol, como:
- Óleo: Neste formato, orienta-se a administração oral e sublingual. O óleo de CBD geralmente é comercializado em pequenos frascos com dosador ou conta-gotas, para que o produto seja aplicado embaixo da língua.
- Cosmético: Vendidos em outros países na forma de cremes hidratantes, máscaras, sabonetes, xampus, óleos e diversos formatos, esses produtos ajudam a melhorar a pele, cabelos, além de atuar no combate à acne.
- Cápsula: No formato de cápsulas, o CBD se apresenta como pílulas gelatinosas semelhantes aos medicamentos e suplementos comercializados nas farmácias. Cada cápsula tem uma dosagem predeterminada de CBD.
- Produtos de uso tópico: Pomadas, cremes, óleos de massagem e adesivos transdérmicos são alguns dos produtos de uso tópico que podem ser administrados diretamente sobre o local afetado. São indicados para tratar condições dermatológicas, desconfortos musculares e irritações.
- Supositórios: Em forma de supositório, o CBD pode ser prescrito no tratamento de sintomas e distúrbios do trato digestivo. Embora não seja o formato mais confortável ou popular, têm a vantagem de proporcionar um efeito duradouro.
- Vaporizadores: Os métodos de consumo de CBD via vaporização são os que geram efeito mais rápido, já que proporcionam uma biodisponibilidade mais alta de CBD. Contudo, raramente são prescritos, já que parte dos efeitos do Canabidiol se perdem com o aquecimento do óleo.
- Comestíveis: A substância pode ser usada para fabricar até mesmo guloseimas como brownies, balas e chocolates.
- Bebidas: Ainda que os óleos de CBD não se misturem à água, avanços nas tecnologias de extração do Canabidiol já permitem a produção de bebidas contendo Canabidiol.
Quais os riscos e efeitos colaterais do Canabidiol?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já declarou que o Canabidiol é seguro, não sendo capaz de induzir a dependência ou tolerância.
No entanto, efeitos adversos podem surgir como resultado de interações com outros medicamentos que os pacientes estejam tomando.
Do mesmo modo, caso o paciente faça uso inadequado do produto, não seguindo as orientações dos médicos, há um risco maior de ocorrer:
- Boca seca;
- Diarreia;
- Náuseas;
- Alterações no apetite.
Esses efeitos são passageiros, e se resolvem gradualmente com ajustes na dosagem ou mudanças na estratégia de consumo com orientação do profissional prescritor.
Não há relatos documentados de reações adversas graves ou mortes induzidas pelo uso de CBD.
Como tomar óleo de CBD?
Se você está considerando usar óleo de CBD, a primeira regra é: nada de improvisação. Os efeitos do Canabidiol variam conforme a concentração, a via de administração e as características individuais de cada organismo.
Por isso, médicos e profissionais odontológicos são os únicos capazes de definir a dosagem, a frequência e o formato adequados para o seu caso.
Automedicação, mesmo com substâncias seguras, pode gerar resultados imprevisíveis ou até prejudiciais.
O óleo de CBD costuma ser administrado por via sublingual — gotas debaixo da língua —, mas também pode ser incorporado a alimentos ou aplicado topicamente.
A escolha depende dos objetivos terapêuticos. Para ansiedade ou insônia, a absorção sublingual tende a oferecer efeitos do Canabidiol mais rápidos, já que o composto entra diretamente na corrente sanguínea.
Já para dores musculares, um creme com CBD pode agir localmente sem afetar outros sistemas.
Para decidir o formato ideal, um médico avaliará seu histórico, possíveis interações medicamentosas e ajustará gradualmente a quantidade até encontrar a “janela terapêutica” certa.
Os efeitos do Canabidiol podem demorar dias ou semanas para se estabilizar, especialmente em condições crônicas como epilepsia ou artrite. Interromper o uso ou alterar a dosagem sem orientação compromete os resultados.
Dica prática: se seu médico autorizar o uso sublingual, segure o óleo sob a língua por 60 a 90 segundos antes de engolir. Isso aumenta a absorção e potencializa os efeitos do CBD.
Lembre-se: os efeitos do Canabidiol são promissores, mas é importante ter paciência, documentar suas reações e manter diálogo constante com quem entende do assunto. Saúde não é jogo de adivinhação.
Quais médicos podem receitar o tratamento com Canabidiol?
A prescrição de Canabidiol não é restrita a uma única especialidade médica. Neurologistas, psiquiatras, reumatologistas, oncologistas e até médicos da dor estão habilitados a indicar o tratamento.
Na verdade, qualquer profissional médico com registro ativo no Conselho Regional de Medicina (CRM) pode prescrever, mas a experiência prática faz toda a diferença.
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Durante a consulta, o médico analisará exames, sintomas e expectativas. Se o CBD for indicado, ele emitirá uma receita controlada (a Anvisa exige esse documento para importação ou compra em farmácias autorizadas).
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Conclusão
Os efeitos do Canabidiol são positivos ao organismo humano. Usado pela medicina como substância ativa em tratamentos diversos, ele é uma forma mais segura e holística de complementar os cuidados com a saúde.
Ainda assim, é indispensável que o uso de CBD seja feito com orientação. Para isso, conte com os profissionais prescritores listados no portal Cannabis e Saúde, sua melhor referência quando o assunto é Cannabis medicinal!
