A Cannabis para fins terapêuticos, mesmo as formulações com alto teor de THC, não traz impactos negativos à cognição em pacientes que tratam condições crônicas. Esses resultados foram divulgados em artigo feito por cientistas australianos e publicado na revista CNS Drugs e coincidem com outras análises publicadas anteriormente.
A pesquisa traz dados que dizem que os pacientes podem fazer o tratamento com Cannabis, sem que as suas funções cognitivas sofram impactos negativos, pelo uso do fitoterápico. Nesse contexto, a pesquisa destaca a importância da orientação de um profissional da saúde, para que o uso não seja problemático,nem cause efeitos adversos a longo prazo.
Estudando o impacto do THC
Anteriormente, trouxemos aqui os resultados de um estudo que também avaliou o impacto dos tratamentos com Cannabis na cognição a longo prazo. No entanto, era uma análise focada em pacientes que tomavam produtos ricos em CBD. Por outro lado, o estudo A Semi-Naturalistic, Open-Label Trial Examining the Effect of Prescribed Medical Cannabis on Neurocognitive Performance voltou suas atenções a pacientes que se tratam com produtos ricos em delta-9-tetrahidrocanabinol (THC), o derivado psicoativo da planta.
Por muito tempo, se vinculou o uso de Cannabis rica em THC a prejuízos no cérebro. Entretanto, esse é um argumento que os cientistas têm derrubado com novos estudos. Hoje em dia, sabemos das propriedades medicinais desse canabinoide e como ele ajuda pessoas em diversas condições de saúde. Acima de tudo, hoje em dia, também sabemos da capacidade da Cannabis e seus componentes para contribuir para um cérebro mais saudável.
Nesse sentido, o estudo investigou o desempenho cognitivo antes e depois da administração de medicamentos, prescritos por médicos, ricos em THC. Em outras palavras, se os efeitos psicoativos típicos desse canabinoide interferem na capacidade do paciente (e do seu cérebro) de realizar algumas atividades.
Testes de cognição sob efeito dos produtos
O estudo envolveu 40 pacientes, que receberam prescrições de diferentes produtos com Cannabis para uso medicinal, todos ricos em THC. A avaliação teve duas etapas. Uma logo na chegada à clínica, antes do consumo do medicamento. Esses testes foram repetidos em diferentes horas, após a administração do THC, ao mesmo tempo que os participantes forneceram amostras, para detectar os níveis do canabinoide no sangue.
A bateria de exames avaliou teste de multitarefa, memória de reconhecimento de padrões, tempo de reação, processamento rápido de informações visuais, extensão espacial e memória de trabalho espacial.
Os resultados indicaram um impacto baixo na função cognitiva, sob efeitos agudos do THC. Desse modo, os autores destacaram na conclusão que o estudo “fornece evidências preliminares, que sugerem que a Cannabis medicinal pode ter um impacto agudo mínimo na função cognitiva, quando prescrita e usada conforme as instruções”.
Quando se segue as orientações do profissional da saúde, mesmo que haja um teor considerável de THC, os efeitos psicoativos não afetam a capacidade cognitiva, nem o funcionamento do cérebro para funções corriqueiras. Existem, sim, efeitos na percepção e no humor, com uma duração de até 4 horas.
Tratamento seguro e eficaz
Dessa forma, à luz desses resultados, é fundamental que haja mais estudos sobre o impacto da Cannabis na cognição, no curto e longo prazo. Muitas pessoas ficam preocupadas com os possíveis efeitos adversos que a medicação rica em THC pode causar, mas o acompanhamento de um profissional da saúde capacitado pode reduzir essa possibilidade.
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