Estou passando por um processo de burnout. E diversos fatores estão me ajudando nesses intensos dias.
Irei elencar alguns na esperança de que possa ser útil para alguém, mas tenha em mente que esse foi o MEU processo, pode ser tudo diferente do SEU, e se for para te deixar pior, desconsidere tudo o que leu aqui.
Começando por essa coluna. Escrever é terapêutico para mim, e agradeço a sensibilidade da minha editora Denise Tamer em sugerir esse tema (além de outros) mesmo sem saber que seria importante para mim estar escrevendo, e escrevendo sobre o que eu passei recentemente.
Denise não sabia também que sou paciente de cannabis medicinal, e esse é outro fator que, do meu ponto de vista e do ponto de vista dos médicos que estão me consultando, muito impulsionou em minha melhoria. Por outros motivos, sou paciente, porém a medicação cannabis não iria deixar de lado sintomas que eu passei a apresentar e ela também controla. Esse ponto é indiscutível.
Cansaço excessivo, físico e mental, dor de cabeça, perda de apetite, insônia, dificuldade de concentração, sentimentos de fracasso, insegurança, derrota, desesperança, incompetência, negatividade, alterações de humor, isolamento e exaustão é o que estou sentindo nesse período, mas não da mesma intensidade e tempo que estou acostumado a ver em meus pacientes.
Outro fator de melhora é o suporte constante da minha família. Sem essa rede de apoio eu teria sucumbido inegavelmente. Agradeço minha esposa, mãe-sogra, pais e irmãs por estarem comigo e compreenderem o que estou passando. Meus pacientes, Mylla e demais colaboradores, muito obrigado!
Viver é queda livre, meus paraquedas são esses! Às vezes uma cordinha falha, vem alguém e te ajuda a reduzir a velocidade na marra. Às vezes a cordinha funciona e você desacelera com tudo e novamente outra coisa pode te ajudar a retomar a velocidade.
Você pode saltar sem paraquedas, claro, mas vai perder muito da vista e dessa irmandade que envolve tudo e todos ao seu redor.