O doping é um problema complexo e altamente controverso. O doping cresceu à medida que as disciplinas esportivas se tornaram profissionais. No Brasil, três disciplinas estão mais particularmente expostas ao doping: ciclismo, futebol e jiu-jitsu. O doping envolve a administração de substâncias proibidas ou agentes farmacológicos proibidos.
Os esportistas colocam as suas vidas em risco em troca de uma melhor performance no esporte em que praticam. Os efeitos nocivos dependem de muitos parâmetros (natureza das substâncias consumidas, duração do consumo, condições de administração e condição geral do esportista).
A ideia básica da luta contra o doping é proteger os atletas limpos. Ao recorrer a substâncias ou métodos proibidos, os esportistas que se drogam colocam-se em perigo ou prejudicam a sua saúde. Por outro lado, e acima de tudo, eles desfrutam de vantagens ilegais em relação aos seus concorrentes. Resumindo: eles estão trapaceando.
Neste artigo, apresentamos as implicações médicas do doping e formas de melhorar a performance atlética sem necessitar de substâncias proibidas. Aqui, você vai aprender:
- O que é considerado doping no esporte?
- Quais são os tipos de doping no esporte?
- Os canabinoides são considerados doping?
- Como é feito o exame antidoping?
- Quais são as consequências do doping no esporte?
- O que fazer para evitar o doping?
- Como buscar uma alta performance sem doping no esporte?
O que é considerado doping no esporte?
O doping é uma violação das regras dispostas pelo Código Mundial Antidoping. Essas regras se aplicam a todos os esportes e a todos os países.
A Agência Mundial Antidoping (WADA, na sigla em inglês) incentiva os atletas a verificar os componentes dos suplementos alimentares que consomem, mesmo que um produto seja natural, se mencionado na lista da WADA, o atleta que o consumiu (mesmo que involuntariamente) será punido.
O antidoping refere-se ao procedimento pelo qual é assegurado que um esportista não tenha consumido uma substância proibida pela WADA ou não tenha recorrido a um processo proibido. O controle antidoping consiste na análise de uma amostra biológica (na maioria das vezes uma amostra de urina ou sangue) do atleta.
Substâncias ou métodos proibidos podem melhorar o desempenho dos atletas, suas habilidades físicas ou mentais, afetando assim em seus resultados. Como resultado, cada disciplina esportiva pode ser afetada pelo doping.
A melhoria física pode aumentar o sucesso, inclusive em disciplinas esportivas mais técnicas. Graças ao doping, alguns atletas podem se recuperar mais rápido ou ter um desempenho melhor após uma lesão.
Outros atletas podem obter mais força, mais energia, melhor resistência ou melhor concentração e agressividade. Diferentes padrões estão escondidos por trás do doping. Alguns atletas usam o doping para evitar derrotas.
Outros se sentem sob pressão e abaixo das expectativas emitidas e se dopam para lutar contra o excesso de trabalho. Ganhos extras de dinheiro, prestígio e fama, mais reconhecimento podem explicar o uso do doping.
Qual é a origem do doping?
O doping é um fenômeno extremamente antigo que parece ter nascido com as primeiras competições esportivas. A WADA nasceu em 1999, através de membros do movimento esportivo e governos do mundo.
Ela é responsável por compilar o Código Mundial Antidoping. No entanto, a profissionalização gradual do esporte levou a uma grande sofisticação do doping.
Enquanto alguns treinadores ou médicos antigos sem dúvida faziam com que os atletas ingerissem todos os tipos de produtos e seguissem uma dieta rigorosa para melhorar seu desempenho, a falta de controle antidoping durante os Jogos Olímpicos antigos impede os historiadores de afirmar o começo de tal prática.
Nos tempos antigos, o álcool era a única substância proibida durante esses eventos esportivos. Para garantir que nenhum atleta o consumisse, os juízes tinham a missão de sentir o hálito de cada competidor antes de entrar no estádio. Uma inspeção arcaica para dizer o mínimo.
Assim, embora certamente não seja o primeiro da história, um dos casos mais antigos de doping foi em 1807. Um corredor de longa distância britânico chamado Abraham Wood confessou consumir regularmente laudanum (medicamento à base de ópio).
Isso permitia-lhe permanecer acordado durante as corridas por mais de 24 horas. Como o doping ainda não era uma noção definida naquela época, seu testemunho não causou nenhuma represália.
Então, a partir da década de 1860, vários novos casos de doping surgiram. Um dos primeiros casos documentados foi em 1865 e diz respeito a nadadores inscritos em uma competição em Amsterdã que teriam usado uma substância estimulante que lhes permitia melhorar seu desempenho.
Considera-se que o doping se tornou mais sofisticado no final da década de 1950 com a chegada de novos produtos mais eficazes: hormônios de crescimento e corticosteroides.
Quais são os tipos de doping no esporte?
O arsenal de doping é vasto e diversificado. As principais substâncias e métodos de doping no esporte são:
Estimulantes
As anfetaminas, cocaína, cafeína, efedrina e produtos derivados são os mais usados. São administrados por via oral, retal, nasal ou injetável. Os estimulantes são consumidos para aumentar a atenção e a concentração, para melhorar os tempos de reação e para reduzir a sensação de cansaço. Eles aumentam a agressão e fazem você perder peso.
Narcótico-analgésicos
Os narcóticos são produtos que agem no sistema nervoso central com diversas finalidades como adormecer e entorpecer a sensibilidade. Os narcóticos são usados para suprimir ou diminuir a sensibilidade à dor e causar euforia. Os narcóticos-analgésicos mais comuns incluem heroína, codeína, morfina e tramadol.
Diuréticos
Os diuréticos são usados no ambiente esportivo para remover líquidos do corpo (em particular, eles removem a retenção de água causada pelo doping com glucocorticoides).
São usados também para ajudar a perder peso rapidamente e para escapar aos controles antidoping (produtos mascarados) removendo vestígios de substâncias dopantes. Para este último uso, a urina diluída pode impedir a detecção de substâncias proibidas.
Hormônios
Os hormônios de crescimento são procurados por atletas para promover um aumento da massa muscular e um aumento na resistência física pela capacidade de resistir à fadiga. Pode ser administrado por via oral ou injetável.
Os hormônios esteróides são classificados em corticosteróides, andrógenos, estrógenos e progestágenos. Os mais utilizados no esporte incluem Dianabol, Trembolona, Stanozolol e Primobolan.
Agentes anabolizantes
Os esteróides anabolizantes são análogos sintéticos da testosterona modificados quimicamente para diminuir os efeitos andrógenos. Além disso, permitem aumentar os efeitos anabólicos (permitem a síntese de substâncias que favorecem, em particular, o aumento da massa muscular) e reduzir a incidência de efeitos adversos.
O uso abusivo e ilícito por atletas baseia-se na crença de que seu consumo melhora o desempenho esportivo. Para quem utiliza estas substâncias, os riscos são inúmeros. Incluem principalmente:
- aumento da pressão sanguínea;
- tumores no fígado e pâncreas;
- alterações nos níveis de coagulação sanguínea e de colesterol;
- aumento da agressividade.
Betabloqueadores
Esses produtos estimulam os receptores beta-2 da adrenalina. Os mais conhecidos são salbutamol, terbutalina, salmeterol e formoterol. Eles são usados na medicina para dilatar os brônquios em asmáticos.
Os praticantes de esportes de resistência que se dopam buscam melhorar a função respiratória, aumentar a capacidade de esforço e resistência, diminuir o tempo de recuperação e estimular a força de vontade.
Drogas recreacionais
Embora possa causar um efeito contrário, em sua maioria, prejudicando a performance do atleta, as drogas recreacionais são buscadas para melhorar a performance e o estado de alerta em alguns atletas. Inclui o álcool, a cocaína e a Cannabis.
Doping sanguíneo
O doping sanguíneo consiste em coletar sangue de um atleta para injetá-lo novamente: durante o treinamento, cerca de um litro de sangue é coletado.
Ele é então armazenado de acordo com um protocolo rigoroso. Na semana anterior à competição (um a sete dias antes), o sangue é transmitido novamente.
Ao fornecer mais glóbulos vermelhos, essa técnica aumenta a capacidade de transporte de oxigênio para os músculos, o que melhora a resistência muscular e o desempenho do atleta. Os efeitos podem prolongar-se durante duas semanas.
Os canabinoides são considerados doping?
A Agência Mundial Antidoping (WADA) classifica a Cannabis entre as substâncias proibidas desde 2004. Os canabinoides são proibidos durante as competições.
Uma das substâncias ativas da Cannabis é o delta-9-tetrahidrocanabinol. Apesar de proibido, o uso da Cannabis é visto como benéfico para certas atividades, como esportes radicais. Isso porque relaxa os músculos, melhora a visão, reduz a ansiedade e ajuda a neutralizar o estresse e melhora o desempenho.
O uso de Cannabis também pode melhorar o desempenho dos atletas que têm de participar em vários eventos em um curto espaço de tempo, uma vez que lhes permite dormir e recuperar mais tempo.
Portanto, pode trazer vantagens aos esportistas. Isso fez com que a WADA classificasse a Cannabis como proibida. No entanto, existem exceções: a Cannabis pode ser permitida no doping desde que haja uma autorização para uso terapêutico.
A partir daí, um dos canabinoides, o CBD, passou a ser permitido pela WADA por não apresentar efeitos psicoativos nos atletas.
No entanto, existem restrições de consumo: apenas produtos com CBD com teor de THC inferior a 0,3% são permitidos. Este critério é tão rigoroso que qualquer produto com teor acima dessa porcentagem é considerado doping, sendo assim proibido.
O próprio tetrahidrocanabinol (THC), portanto, ainda não é legal. A única exceção à lista de canabinoides proibidos é o canabidiol (CBD). Desde 1º de janeiro de 2018, a Agência Mundial Antidoping retirou o canabidiol da lista de produtos proibidos em competições esportivas.
Esta ação foi tomada devido ao reconhecimento dos efeitos benéficos do CBD no desempenho atlético e na recuperação de esportistas amadores e profissionais sem que isso gerasse uma vantagem no desempenho dos atletas que o consumiam.
Quais os benefícios do CBD para atletas?
O corpo do esportista pode sofrer com o treino excessivo. Portanto, é comum que os esportistas, amadores ou profissionais, tomem anti-inflamatórios e analgésicos para aliviar cãibras ou dores musculares.
Esses anti-inflamatórios e analgésicos (ibuprofeno, paracetamol e até opiáceos) são eficazes, mas apresentam riscos a longo prazo para o corpo: hipertensão arterial, problemas no fígado ou no trato digestivo. Além disso, vão contra o desempenho físico visado a médio prazo. Sem esquecer de mencionar que muitos deles podem ser proibidos no doping.
Pelo contrário, o CBD é uma alternativa natural que tem os mesmos efeitos que os anti-inflamatórios e analgésicos sem limitar o desempenho atlético e sem risco para a saúde em geral. O CBD também fornece um apoio natural contra lesões em atletas de acordo com um estudo de 2018.
Segundo o estudo Transdermal cannabidiol reduces inflammation and pain-related behaviours in a rat model of arthritis, os pesquisadores descobriram que o canabidiol tem uma ação sobre o sistema endocanabinoide do corpo. Permite ativar os receptores CB1 que têm ação direta no sistema nervoso central e CB2 que promovem a redução da inflamação.
O CBD então atua globalmente no equilíbrio do metabolismo (homeostase) e afeta:
- Seu nível de estresse
- Seu sono
- Seu apetite
- E outras funções essenciais: recuperação, relaxamento ou diminuição da inflamação.
Desse modo, o CBD se apresenta como uma terapia segura e dentro das regras da WADA para atletas para otimizar os mecanismos de recuperação do corpo e sem prejudicar a saúde a longo prazo.
Qual é a suspensão para o atleta que testou positivo para o THC?
A Cannabis com alto nível de THC está na lista de substâncias proibidas da Agência Mundial Antidoping. De acordo com o regulamento, um resultado positivo pode resultar em uma proibição de competição de um mês a dois anos.
Por outro lado, se o atleta puder provar que a ingestão da substância não está relacionada ao desempenho esportivo, a suspensão pode ser reduzida para três meses. E se o atleta estiver pronto para iniciar um programa de tratamento aprovado em colaboração com sua organização nacional antidoping, a suspensão pode ser encurtada para um mês.
Por exemplo, se um atleta usou Cannabis na véspera da competição, existe o risco de violação das regras antidoping e, portanto, de punição. Na verdade, a eliminação na urina continua após a interrupção da ingestão por várias semanas.
Sanções disciplinares em caso de controle de doping positivo para Cannabis durante uma competição incluem:
- suspensão de até 2 anos: proibição de participação em competições ou eventos esportivos;
- uma multa financeira;
- uma publicação do resumo do procedimento antidoping, com o nome do esportista, os nomes dos produtos dopantes consumidos e as punições tomadas;
- um cancelamento automático dos resultados individuais;
- uma penalidade para a equipe se mais de 2 membros da equipe forem positivos durante uma partida: perda de pontos, desqualificação, etc.
Em dezembro de 2019, a NBA retirou a Cannabis da sua lista de substâncias proibidas. A liga reconheceu que o uso controlado do CBD seria útil na recuperação após as partidas.
Tem um limite para o consumo de CBD?
A Cannabis pode ser considerada doping acima de 150 nanogramas. Por conta de seus efeitos analgésicos, anti-inflamatórios, broncodilatadores e outros, pode trazer vantagens aos atletas. O CBD é permitido no doping contanto que o produto final contenha menos de 0,3% de THC.
Onde encontrar prescrição para o uso de CBD?
Para fazer uso do CBD de forma legal no esporte, é preciso ter um acompanhamento médico para evitar o uso de produtos de CBD que ultrapassem as taxas de THC permitidas. Isso significa que você deve se consultar com um médico prescritor para obter a orientação necessária para o uso correto do CBD.
No entanto, nem todos os médicos estão familiarizados com os efeitos positivos do CBD no esporte e outros ainda acreditam que o canabinoide seja proibido no doping, evitando assim fazer prescrições aos atletas.
Os atletas podem, então, ser privados de uma excelente forma limpa de melhorar a recuperação do corpo após sua prática esportiva.
Por outro lado, os profissionais encontrados no portal Cannabis e Saúde estão atualizados com as regras e políticas de doping da WADA e sabem perfeitamente sobre os benefícios do CBD para uso terapêutico do atleta.
Portanto, se você deseja uma orientação personalizada, segura e legal sobre o uso do CBD, acesse nosso site e marque uma consulta com um de nossos profissionais.
Como é feito o exame antidoping?
Qualquer esportista que participe de uma competição nacional, regional ou internacional, organizada ou autorizada por uma federação, ou de um treino que se prepara para uma competição, pode ser controlado.
Ele é então avisado ao receber uma notificação de controle no local da competição, que ele deve assinar. Depois, o exame é feito através da coleta de urina ou de sangue do esportista, em busca da presença de produtos ilícitos.
O controle urinário é sistemático. As unhas e o cabelo também podem ser examinados: são verdadeiros marcadores toxicológicos.
A fim de evitar qualquer tentativa de trapaça, o processo de coleta de urina sempre ocorre com a presença de um supervisor. Antes de impor essa regra, durante anos, os esportistas colocavam pequenos potes nos calções com urina saudável e fingiam urinar.
A urina falsa era então usada no doping, permitindo que o atleta, mesmo que estivesse usando substâncias ilícitas, passasse despercebido nos exames.
Depois de coletada, a urina é distribuída em dois frascos fechados, codificados e selados: 45 ml no frasco A e 30 no frasco B. Os frascos são então enviados para análise.
Se o esportista for testado positivo, pode solicitar uma contra-perícia no prazo de 5 dias. Uma instrução é aberta pela organização, que realiza uma audiência com o desportista. Em caso de doping, o órgão disciplinar do país sucederá as punições.
Quais são as consequências do doping no esporte?
Existem diferentes tipos de dopantes e diferentes métodos de doping:
- Por via sanguínea, onde dopante é injetado diretamente no sangue ou no músculo com uma seringa;
- Oralmente, os dopantes podem ser tomados sob a forma de cápsulas, óleos, pós e líquido;
- Os produtos dopantes também podem ser usados na forma fumada.
Tomar produtos dopantes pode ter consequências extremamente graves para a saúde: acidentes cardíacos e circulatórios, insuficiência renal e hepática, câncer, impotência, infertilidade, distúrbios durante a gravidez, distúrbios psicológicos e comportamentais, etc.
No entanto, as consequências do doping no esporte não se limitam apenas à saúde: pode fazer com que muitos atletas percam a conexão com eles próprios, acreditando não ser capazes de ter um bom desempenho sem o uso destas substâncias.
O doping prejudica os valores esportivos fundamentais de saúde, de desempenho, integridade e igualdade de oportunidades. Portanto, o doping não prejudica apenas os concorrentes esportivos, que estão sendo enganados por causa disso.
Espectadores, organizadores e patrocinadores também são prejudicados porque esperam que os atletas participem de uma competição esportiva de forma justa. As regras antidoping devem ter o efeito de conter esse golpe e contribuir para que todos possam desfrutar de um esporte justo e limpo.
Por fim, também devemos mencionar suas consequências na carreira do atleta. Punições podem ser desmotivantes, mas o pior de tudo é manchar sua imagem perante aos treinadores e patrocinadores, que podem querer evitar qualquer vínculo com o atleta.
Desse modo, sua carreira pode entrar em declínio, visto que a falta de patrocinadores ou mesmo bons treinadores pode limitar as oportunidades do esportista.
Quais são os efeitos colaterais do uso do doping?
Os diferentes efeitos com o doping dependem inteiramente do produto consumido. Os produtos dopantes podem ser naturais ou químicos criados em laboratórios ilícitos e eles podem ter diferentes efeitos no corpo.
Alguns podem aumentar as capacidades do corpo humano: eles são, portanto, usados no campo do esporte, mas seu uso é ilegal. No entanto, os produtos dopantes podem ter diferentes consequências negativas para o corpo.
Dependendo da dose consumida, esses produtos causam tendinite, acne, dor de cabeça, sangramento nasal, rupturas musculares, distúrbios hepáticos, até câncer e distúrbios cardiovasculares que podem levar à morte.
Os agentes anabólicos, por exemplo, podem levar à dependência física. O consumo de corticosteroides leva, em particular, à fragilidade dos tendões, lesões musculares, infecções locais e gerais.
Os sintomas variam de simples fadiga crônica com queda no desempenho, até falha cardiovascular que pode levar à morte.
Os narcóticos, por outro lado, causam efeitos nocivos: risco de depressão respiratória, habituação e dependência física, diminuição da concentração e capacidade de coordenação.
Por fim, os betabloqueadores causam fadiga permanente, queda da pressão arterial, cãibras musculares, risco de depressão e impotência sexual em caso de uso habitual e repetido.
O que é o Código Mundial Antidoping?
Fundada em 1999 após a primeira Conferência Mundial de Doping, a Agência Mundial Antidoping (WADA) responde à necessidade do Comitê Olímpico Internacional (COI) de criar um organismo internacional independente de luta contra o doping.
De acordo com seu ato constitutivo, o objetivo principal da WADA é “[…] promover e coordenar, a nível internacional, a luta contra o doping no esporte em todas as suas formas […].
Portanto, a WADA criou o Código Mundial Antidoping. O Código Mundial Antidoping trata-se de um documento básico que informa as políticas, regras e regulamentos antidoping de organizações esportivas e autoridades públicas em todo o mundo.
O que fazer para evitar o doping?
A luta contra o doping consiste em promover a ética esportiva e a saúde. Nunca se deve esquecer que o doping pode pegar qualquer desportista, independentemente da sua idade, e do seu nível de prática.
O melhor remédio para não ser pego pelo doping é treinar adequadamente e evitar o consumo de substâncias proibidas, obviamente.
Na verdade, o treinamento excessivo ou inadequado envolve efeitos nocivos que levam a uma tentação cada vez maior de tomar “produtos milagrosos” proibidos.
Outra forma de evitar o doping é obter uma autorização de uso terapêutico em caso de uso obrigatório de substâncias proibidas para fins paliativos.
Esta autorização é destinada apenas aos atletas que têm doenças ou condições de saúde que necessitam de medicamentos que estão dentre a lista de substâncias proibidas no esporte.
O que é uma autorização de uso terapêutico (AUT)?
Uma AUT é uma autorização especial que dá a possibilidade de seguir um tratamento que requer o uso de uma substância ou método proibido para um estado patológico diagnosticado.
Os critérios para a obtenção de uma AUT são muito rigorosos: o esportista deve comprovar medicamente que sofre danos significativos à saúde se a substância ou método proibido não for administrado.
Deve provar também que não existe uma alternativa terapêutica razoável que possa substituir a substância proibida e o uso da substância não deve produzir nenhuma melhoria significativa no desempenho. Por fim, a AUT só é concedida também se a patologia não for consequência do uso anterior de produtos proibidos.
Quem concede as AUTs?
Para conseguir uma Autorização de Uso Terapêutico no Brasil, o esportista deve solicitar a AUT pela Comissão da Autoridade Brasileira de Controle de Doping – ABCD em seu site oficial.
Todas as solicitações são avaliadas por uma gama de médicos especialistas da Comissão de AUT (CAUT). As autorizações emitidas pela Organização Nacional Antidopagem (ONAD) são válidas apenas em nível nacional.
Como buscar uma alta performance sem doping no esporte?
O alto desempenho esportivo não está reservado apenas para os atletas que usam substâncias ilícitas. Para melhorar sua performance no esporte sem recorrer ao doping, existem diferentes meios que nos ajudarão a nos superar em nossas metas esportivas.
A primeira coisa em que você pode pensar quando se trata de maximizar seu desempenho geral é otimizar seu desempenho físico. Com isso queremos dizer o corpo, os músculos… Em suma, todo o sistema fisiológico.
Então, uma das coisas que você deve fazer quando você quer maximizar seu desempenho esportivo é direcionar seu treinamento. O treinamento personalizado permite desenvolver nossas melhores habilidades físicas e melhorar aquelas às quais não somos tão bons.
Por outro lado, no esporte, não são apenas os músculos que importam. Muitos campeões trabalham essencialmente as suas técnicas.
Para melhorar seu desempenho atlético, além do foco no treinamento personalizado, é essencial ter um bom descanso para um bom desempenho esportivo. Isso é ilustrado no sono, mas também no relaxamento.
O bom descanso ajuda na recuperação da fadiga acumulada e natural que está relacionada com treinos, dias de trabalho e a sua vida pessoal. O sono também regula as emoções para reduzir o estresse que pode minar sua evolução em seus treinamentos.
Por muitos anos, acreditava-se que apenas a função mecânica do corpo (músculos) era essencial para ganhar e ter um excelente desempenho. Foi um erro, porque foi possível observar façanhas esportivas em indivíduos que não tinham habilidades físicas de alto nível.
Por fim, quando você quer ir até o máximo do desempenho esportivo de forma limpa, você deve seguir um estilo de vida impecável. Todos os esportistas de alto nível têm uma disciplina em seu regime alimentar. Portanto, estamos falando de nutrição e hidratação.
Para maximizar o seu desempenho atlético, os nossos órgãos vitais devem estar em boas condições. É por isso que uma dieta equilibrada fornecerá contribuições essenciais para o bom apoio do seu corpo.
Ao monitorar sua nutrição, você terá ferramentas para impulsionar seu desempenho esportivo. Os atletas também podem contar com suplementos e produtos naturais para ajudar a otimizar as funções do corpo de forma limpa.
Conclusão
O doping no esporte ainda é um assunto muito difícil de compreender. Embora seja impossível erradicar o consumo de substâncias ilícitas no mundo esportivo, é importante promover alternativas limpas para melhorar o desempenho dos atletas.
Acima de tudo, é preciso informar os esportistas sobre o doping, visto que este assunto pode ser complexo para muitos. Não é à toa que vários atletas já foram pegos no doping de forma inconsciente por não ter informações claras sobre o que é considerado ilícito.
Ainda assim, é importante ressaltar que os malefícios do uso de substâncias ilícitas superam – e muito – os benefícios promovidos por elas.
Quer aumentar suas chances de ser o número 1? Não dê preferência a um meio ilegal e imprudente de chegar ao ápice do seu desempenho físico, mas adote todos as estratégias limpas que estão à sua disposição para ter uma melhor perfomance no seu esporte preferido.