Além da Califórnia, diversos outros estados americanos entenderam que os dispensários de Cannabis funcionam como farmácias e precisam se manter abertos, na quarentena.
A pandemia que se instaurou devido ao novo Coronavírus fez com que diversos estados americanos adotassem medidas preventivas para evitar o contágio da doença em maior escala. Entre elas, estão o fechamento de shoppings, comércios de vestimentas e pontos de entretenimento como teatros e cinemas. Estão sendo permitidos apenas o funcionamento de lugares essenciais para os cidadãos, como hospitais, farmácias ou supermercados. E, na Califórnia, outro setor entrou para a lista: os dispensários de Cannabis.
No estado, onde a planta é legalizada para uso médico e recreativo, as autoridades de São Francisco fizeram distinções entre os dois mercados, antes de decreto.
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Na terça-feira, a cidade emitiu uma ordem de saúde pública exigindo o fechamento de negócios não essenciais. Embora os dispensários de maconha medicinal fossem considerados essenciais, portanto isentos, os varejistas do uso recreativos não eram e estavam proibidos. No dia seguinte, o site municipal foi atualizado, falando que instalações médicas e recreativas eram consideradas essenciais. Ellen Komp, vice-diretora do grupo californiano de advocacia NORML, explicou que muitos varejistas atendem aos dois mercados, assim como o restante da cadeia de suprimentos de Cannabis.
No período atual, as lojas de Cannabis estão presenciando um grande aumento nas vendas que começaram no fim de semana. Além da Califórnia, alguns estados, como Michigan, Illinois, Massachusetts, Washington e Nova York, publicaram boletins que afrouxam os regulamentos sobre entrega e transações na loja, a fim de limitar o contato entre pacientes e fornecedores.
Dispensários de cannabis fora da Califórnia
De acordo com orientação pública emitida pelo Departamento de Saúde de Nova York, os dispensários do estado poderão expandir seu serviço de entrega sem a aprovação prévia do governo. Além de realizar vendas pela porta da loja, desde que cumpram todos os regulamentos e leis, como registrar a transação na câmera e validar a identificação dos pacientes.
No último sábado, um canal de televisão de Boston transmitiu imagens de clientes fazendo fila do lado de fora do New England Treatment Access (NETA), em Brookline. Uma das poucas lojas de Cannabis licenciadas que operam em Massachusetts. Ainda, a loja anunciou que apenas atenderá à demanda de clientes que fizerem suas compras com antecedência, devido à alta procura. Dentro da loja, os funcionários estavam utilizando luvas de látex e álcool em gel, que ficava ao lado de cada caixa.
Em Illinois, Pensilvânia e Washington, o governo determinou que os dispensários de Cannabis também façam suas vendas nas “propriedades do estabelecimento”, não sendo permitida a entrega por meio de delivery aos pacientes.
De acordo com o Departamento de Saúde da Pensilvânia, em declaração oficial na última terça-feira, “os dispensários de maconha medicinal são considerados iguais às farmácias. Portanto, são essenciais durante esse período de quarentena”.
A Comissão de Controle de Cannabis de Massachusetts aconselhou, na sexta-feira, os dispensários médicos a prestarem serviços nas áreas dos estabelecimentos, pedindo para que os pacientes peçam individualmente e em maiores quantidades.
Em Michigan, a agência reguladora da Cannabis declarou que aprovar todos os métodos de entrega usados pelos varejistas dos dispensários.
Vale lembrar que, nos Estados Unidos, apenas 3 dos 50 estados não permitem a utilização da cannabis. E 11 destes permitem a utilização da planta para fins recreativos.
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