Dia 21 de dezembro é celebrado o Dia Nacional do Atleta. A data foi criada pelo ex-presidente do Brasil Jânio Quadros, por meio do Decreto nº 51.165, expedido em agosto de 1961.
Seu objetivo era exaltar os atletas que elevavam o nome do país no estrangeiro, mas, desde então, um grupo cada vez mais de pessoas se sentiram no direito de reivindicar a data para si e o dia homenageia a todos que buscam bem-estar e qualidade de vida por meio da atividade física.
Como homenagem a todos os atletas brasileiros, famosos ou anônimos, relembramos as histórias de três atletas amadores publicadas no portal Cannabis & Saúde ao longo de 2022, que falam de amor ao esporte, superação e, claro, de Cannabis medicinal.
A “evolução absurda” do triatleta Cannabis Peu Guimarães
A 5ª colocação no Troféu Brasil de Triathlon, conquistada em Santos, no dia 16 de outubro, foi apenas o mais recente episódio de uma história de superação que marca a trajetória do triatleta Peu Guimarães, trilhada com muito esforço, dedicação e uma ajuda da Cannabis medicinal.
Uma série de lesões quase o afastou de vez do esporte. “Eu não conseguia engatar em treino. Nesse período, eu pensava que nunca mais ia voltar para o alto rendimento. Eu não conseguia render nos treinamentos e a dor crônica começou a fazer parte da minha vida.”
A combinação da dor com o afastamento das atividades físicas acabou por desregular todo o organismo de Peu. “Era dor todo dia. Não dormia mais direito, vivia tomando anti-inflamatório e analgésico. Minha vida começou a virar um efeito sanfona, de engordar e emagrecer.”
Começou a tomar o medicamento canabinoide e logo notou o resultado. “Tive o melhor sono da minha vida. Foi muito restaurador. Depois comecei a ver que minhas dores começaram a passar e fui rendendo cada vez mais.”
De uma média de 100 km por mês que percorria de bicicleta, logo pulou para 600 km. Com o bom desempenho na bicicleta e a experiência em corrida de resistência, adicionou a natação à rotina de treinos para se tornar triatleta.
“Minha evolução foi absurda. Eu tenho o CBN para dormir; tenho o 15 THC para 1 CBD para treino de endurance; tenho o CBG para trabalhar a recuperação e o broad spectrum para ficar off de THC no pré-prova e para diminuir a tolerância.”
“Hoje eu tenho um tratamento super customizado e estou colhendo os frutos. Na penúltima prova, fiquei em 16º e na última fiquei em quinto, então dá para ver uma bela evolução de performance e tenho competido regularmente, coisa que eu não fazia há sete anos.”
“Para desinflamar meu corpo, o CBD foi incrível” – relato da triatleta amadora Marina Jacob
Atuar à frente de uma agência de marketing, com longas jornadas de trabalho, já proporciona uma rotina desgastante. Agora, imagina fazer isso enquanto se prepara para correr 42 km, pedalar 180 km e nadar 3,8 km, tudo de uma vez, competindo com os melhores do mundo.
Foram esses os últimos seis meses de Marina Jacob, triatleta amadora que disputou no início de outubro o Campeonato Mundial de IronMan, em Kona, no Havaí.
“Mesmo fazendo fisioterapias toda semana, eu estava com uma inflamação no tendão que estava me incomodando. Eu tava muito irritadiça.”
Para tratar e recuperar 100%, Jacob teria que dar um tempo nos treinamentos e isso estava fora de cogitação. A dor, embora incômoda, estava sob controle e os cuidados teriam que esperar a disputa em Kona.
Para lidar com a situação, deu início ao tratamento com Cannabis medicinal com CBD isolado. “Numa sexta-feira eu peguei o frasquinho e, cinco dias depois, já não tinha mais dor nenhuma.”
“Eu comecei o tratamento seis semanas antes da prova, quando começa o auge do ciclo de treinamentos, e passar por isso tudo sem dor é muito diferente.”
“Para a recuperação muscular e articular, até parece mentira quando eu falo. Eu tinha prometido só falar se fosse verdadeiro e, no sentido de desinflamar meu corpo, foi incrível. Um ciclo de treinamentos muito redondo.”
“Eu falo que a Cannabis é mais um tijolinho. Sozinha não vai fazer milagre. Não adianta se não tem uma alimentação regrada, não faz fisioterapia.”
“É bem importante seguir seu treino e, dentro desse âmbito multidisciplinar que existe no esporte, a Cannabis é mais um pilar para a saúde e prevenção.”
Da cadeira de rodas aos 36 km da ultramaratona aquática – relato do nadador Paulo Bicudo
“Em menos de sete dias, eu passei de um cara normal para um cara na cadeira de rodas sem função das pernas.”
Entenda “normal” como alguém que nada dezenas de quilômetros na disputa de ultramaratonas aquáticas em mar aberto. Essa era a realidade de Paulo Bicudo, técnico de natação e atleta, até o final de 2020.
No dia 17 de dezembro fui internado no hospital e, nos exames de imagem, os médicos encontraram uma hérnia entre as vértebras T8 e T9 (na altura do tórax).”
“Era uma hérnia que tinha uma compressão (na medula) significativa e meu médico disse que meu caso era complicado e tinha que fazer uma cirurgia para fazer a descompressão. Estava crescendo muito rápido, já perdi a função nas pernas e ia começar a perder as funções que ainda tenho.”
A cirurgia foi bem sucedida, a descompressão foi realizada e recuperou a função dos membros inferiores. A boa notícia, no entanto, não significou o fim do sofrimento de Bicudo.
“Minhas dores começaram no pós cirurgia. Como o acesso foi pela área central do tronco, eles tiveram que quebrar uma costela e tiveram que colocar uma placa com parafuso para fixar a costela.”
Deu início ao processo de fisioterapia para recuperar a capacidade motora e o controle da marcha, que estavam prejudicados, e melhorar a questão respiratória. Em junho de 2021, foi liberado pelos médicos para retornar aos treinamentos.
“Mas as dores se mantiveram. Continuei tendo dores crônicas muito fortes. Muita dificuldade para dormir. E só cochilava uns 30 minutos por noite.”
“Tive um segundo momento de paralisia e fui outra vez para a cadeira de rodas. Aí eu surtei. Caí em depressão porque veio na cabeça tudo o que eu passei na recuperação. Cirurgia, dores absurdas.”
“Eu não quis aceitar e eu entreguei. Acabou a energia, acabou a força de vontade. Quem acabou me carregando nesse processo foi a minha esposa. Foi a pessoa que me escorou para que eu pudesse pensar direito nas coisas e recomeçar.”
Optou por um tratamento para a descompressão da coluna em um equipamento que traciona o corpo do paciente em direções opostas e, desde pouco antes da segunda crise, já havia iniciado o tratamento com Cannabis.
“O Roberto (Beck) foi modulando a ingestão da Cannabis de uma maneira que eu pudesse me livrar dos remédios pesados até encontrar uma dosagem que permitia que eu dormisse e pudesse passar bem o meu dia.”
“A Cannabis foi de fundamental importância. Me ajudou demais. Se fosse colocar em números, minha dor hoje fica em quatro e cinco pontos de dez possíveis. Se não tomar a Cannabis, vai para nove. Se não fosse a Cannabis, eu não estaria fazendo um terço do que estou fazendo agora.”
“Ela me deixa muito mais tranquilo. Além do efeito na dor e no sono, ela me ajuda a pensar com um pouco mais de clareza nas coisas. Dirigir meu pensamento de uma forma mais lúcida.”
Há cerca de um mês, Bicudo foi liberado a retornar aos treinamentos na piscina. “Eu não tenho nadado todos os dias. O processo é muito cauteloso. Depende muito da minha resposta no dia-a-dia para ver como está indo o processo.”
“Às vezes eu começo a fazer a série e no meio do treino sou obrigado a colocar flutuador e snorkel para minimizar a rotação de tronco e diminuir a sobrecarga nos músculos dos membros inferiores e conseguir completar a metragem.”
Mesmo com as dificuldades, Bicudo sonha alto. “Eu não consigo treinar por treinar. Eu preciso de um objetivo e aí que vem a história do Pontal, uma prova que eu sempre quis fazer.”
Foi assim que surgiu o projeto “Da Cadeira de rodas ao Pontal”, cujo objetivo é disputar a uma das mais tradicionais ultramaratonas aquáticas do País, a Travessia do Leme ao Pontal. São 35 quilômetros de nado em mar aberto percorrendo a orla da Zona Sul do Rio de Janeiro em outubro de 2023.
“Eu sempre amei o esporte. A natação sempre foi parte da minha vida. O esporte nem sempre é chegar em primeiro e ganhar troféu. o que move no esporte é a vontade de praticar aquela modalidade esportiva. Estou extremamente otimista que eu vou chegar lá preparadíssimo, tanto fisicamente quanto mentalmente.”
Agende sua consulta
Você pode clicar aqui para marcar uma consulta com o dr. Roberto Beck, responsável pela prescrição de Cannabis medicinal dos três atletas.
Pela plataforma de agendamento do portal Cannabis & Saúde, você também encontra mais de 200 médicos prescritores e profissionais de saúde, com diversas especialidades e áreas de atuação, que têm em comum a experiência no tratamento de seus pacientes com medicamentos à base de Cannabis.