O III Congresso Paulista de Dor acontecerá em São Paulo, na Associação Paulista de Medicina, até o dia 30 de setembro. A princípio, a iniciativa pretende unir profissionais de saúde, pesquisadores, cientistas e outros especialistas, para discutir e compartilhar informações sobre a dor, seus mecanismos e pesquisas mais recentes nessa área. E, ocupando um lugar de destaque entre os tratamentos mais contemporâneos para a dor crônica, está a Cannabis.
Nesse sentido, esta edição do Congresso conta com um painel exclusivo sobre o potencial dos canabinoides para tratar a dor crônica.
Sabe-se que os congressos têm como objetivo promover a educação continuada, a troca de conhecimento e a colaboração entre os participantes interessados na gestão da dor. E certamente a Cannabis não poderia ficar de fora.
Papel da Cannabis no tratamento da dor crônica
“Pensando nos estudos que existem, na experiência que troco com os colegas, penso que a Cannabis tem um papel muito importante no tratamento da dor crônica. Ela tem a função de diminuir a percepção dolorosa da pessoa que tem dor. Então, isso refere-se à frequência ou intensidade. E, por isso, ela coloca a dor como segundo plano na vida. O que vai melhorar a qualidade de vida dessas pessoas e melhorar a funcionalidade delas…”, destacou a médica Dra. Isolda Ferreira de Araujo, CRM: 107017/SP, que irá abrir o painel do evento sobre Cannabis, com exposição sobre a história da planta.
“Vou fazer uma apresentação bem pontual, mostrar de onde viemos, como estamos e para onde vamos. É importante falar de história, para contextualizar os médicos e os profissionais que vão estar presentes, pois a ciência moderna está validando uma terapêutica que já é ancestral”, sinaliza.
Outro médico que irá participar do painel sobre a planta, é o Dr. João Gabriel Pacca, CRM: 235374. “Irei apresentar casos de pacientes com dor que tiveram benefícios com a abordagem da Cannabis medicinal. São os pacientes com fibromialgia. Tem também um caso de paciente com lesão crônica. E há um caso com um paciente com priapismo, uma condição de uma ereção dolorosa. Esta é uma dor que ele não conseguia tratar, já havia tentado com urologistas, e com a Cannabis ele conseguiu ter um conforto bem interessante”, revelou.
“A Cannabis, de maneira adjuvante, pode realmente trazer conforto e ser um recurso a mais, para conseguir trazer alívio para o paciente com dor crônica. Toda a dor limita muito. Então, se a gente conseguir diminuir, mesmo que parcialmente, essa dor, isso já se reflete bastante na qualidade de vida da pessoa”, destaca.
Quais são as perspectivas futuras dos canabinoides no tratamento da dor crônica?
Em relação às perspectivas futuras do uso dos canabinoides no tratamento da dor crônica, ambos afirmaram que tudo indica que os produtos à base da planta irão ocupar um lugar de destaque nas opções terapêuticas.
“A nossa Medicina é pautada por diretrizes. Então, tem vários diagnósticos dentro das suas especialidades e nós profissionais utilizamos estas diretrizes para nos guiarmos no tratamento. Nessa direção, o uso da Cannabis, de maneira geral, tem sido um ótimo auxiliar do tratamento de primeira linha. Então, quem sabe, com o tempo, a gente consiga ver a Cannabis como um tratamento de primeira linha no futuro. Ao menos para algumas condições, que se mostram mais promissoras, como a fibromialgia, enxaqueca, síndrome do intestino irritado e dores neuropáticas. Essas são condições onde já há estudos interessantes”, avalia Dr. Pacca.
Equitativamente, Dra. Isolda acredita que em um tempo futuro as moléculas da Cannabis, como o CBD, o THC e o CBG, principalmente, estarão nos guidelines de tratamento da dor.
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“A insônia melhorou 100% e a fibromialgia, 80%”. Leia aqui o relato de Magaly Dornelas, 62 anos, sobre como a Cannabis medicinal devolveu seu prazer nas atividades do cotidiano, após quase 30 anos de fibromialgia.
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