A diverticulite é uma doença que atinge cerca de 30% da população por volta dos 60 anos e 60% das pessoas com 80 anos ou mais em todo o planeta.
Sendo assim, fica claro que um de seus principais fatores de risco é o envelhecimento, mas você sabe o que mais pode ocasioná-la?
Neste artigo, vamos explicar quais as outras causas para o surgimento dessa patologia, além de mostrar seus sintomas, como é feito o diagnóstico e quais as possibilidades de como tratar diverticulite. Confira!
O que é a diverticulite?
A diverticulite é uma doença que ocorre na parede interna do intestino e se caracteriza, essencialmente, pela formação de bolsas e de pequenos cistos, os chamados divertículos, que, quando se inflamam, causam tal enfermidade.
Os sintomas podem ser leves, como dores moderadas e estufamento da barriga, ou mais graves, causando dores mais agudas, febre, alterações na urina e podendo, até mesmo, colocar a vida do paciente em risco.
Como os divertículos se formam?
Ainda há dúvidas sobre como os divertículos se formam, mas, em geral, acredita-se que isso ocorra devido ao envelhecimento. Isso porque, com a idade, a musculatura do intestino acaba perdendo sua elasticidade e faz com que ocorra um acúmulo de fragmentos de fezes em suas paredes.
Outra hipótese levantada pela ciência, é que os divertículos podem se formar devido à má alimentação, principalmente se a dieta for pobre em fibras. Isso porque, assim, as fezes acabam ficando mais duras, fazendo com que o indivíduo faça mais força para evacuar. A pressão gerada acaba por formar cistos que se inflamam por conta da presença de restos de fezes.
Quais são os sintomas da diverticulite?
Os principais sintomas da diverticulite são:
- Dores abdominais;
- Sensibilidade na parte inferior esquerda do abdômen;
- Febre;
- Calafrios;
- Náusea e vômito;
- Inchaço;
- Gases;
- Falta de apetite;
- Sangue nas fezes.
Quanto tempo pode durar uma crise de diverticulite?
Em casos mais leves e simples, a inflamação pode passar em até dez dias, se tratada da forma adequada de acordo com a prescrição médica. Nessa situação, a maneira de como tratar diverticulite poderá ser feita em casa.
Porém, casos mais graves podem precisar de internação, sendo necessária a medicação e hidratação intravenosas por cerca de duas semanas. Além disso, a diverticulite também pode causar perfuração no intestino, complicando ainda mais a situação. Nesse caso, é necessário realizar uma cirurgia de urgência e, portanto, a recuperação é bem mais longa.
O que causa diverticulite?
Quando os divertículos aparecem no final do cólon, é dado o nome de diverticulose e quando os divertículos se inflamam, se caracteriza a diverticulite.
Essa inflamação é causada pelo acúmulo de fezes nas paredes do intestino. Tal acúmulo, conforme comentamos anteriormente, pode ser causado por diversas situações, como a alimentação com deficiência de fibras, o envelhecimento que torna o intestino menos flexível e, até mesmo, por uma predisposição genética.
A concentração dos restos fecais, portanto, causa a infecção e inflamação dos divertículos, gerando, então, a diverticulite.
Fatores de risco da diverticulite
Existem alguns fatores que podem colocar o paciente em maior risco de desenvolver a diverticulite. Os principais deles são:
- Dieta rica em alimentos processados e refinados;
- Dieta com deficiência de fibras;
- Mastigação incorreta;
- Sedentarismo;
- Obesidade;
- Envelhecimento;
- Tabagismo;
- Baixo consumo de água;
- Excesso de remédios.
Como diagnosticar a diverticulite?
O diagnóstico de diverticulite pode ser feito por meio de uma tomografia computadorizada (TC) , uma ressonância magnética (RM) ou, até mesmo, por uma colonoscopia após o fim da crise.
A TC deve ser feita no abdômen, na pelve e no tórax, a fim de descartar outros quadros, como apendicite, por exemplo. Já a ressonância, é uma alternativa usada para pessoas jovens ou gestantes.
A colonoscopia, porém, deve ser realizada somente após o fim da crise. Isso para que o médico possa ter certeza de que não há mais sinais da doença no indivíduo e, também, para que possa descartar a presença de câncer de cólon, caso haja algum sintoma ou fator de risco.
No caso de o paciente já ter sido diagnosticado com diverticulose anteriormente, o médico pode se basear nos sintomas para atestar a diverticulite. É preciso ficar atento, entretanto, pois diversas outras doenças podem ter sintomas parecidos.
Qual especialidade médica faz o diagnóstico?
A especialidade médica indicada para diagnosticar um quadro e indicar como tratar diverticulite é um coloproctologista. Porém, um gastroenterologista também pode realizar tal diagnóstico.
Como tratar a diverticulite?
As formas de como tratar diverticulite variam de acordo com a gravidade do caso. Nos casos mais brandos, os médicos costumam receitar alguns analgésicos e antibióticos, além de prescreverem uma dieta mais leve e líquida para o paciente, que costuma apresentar uma boa evolução num período de 72 horas.
Caso essa evolução não ocorra e a doença evolua para um caso mais grave, existem duas possibilidades de tratamento: a realização de uma cirurgia para a retirada da parte comprometida do intestino, ou a punção dos abcessos para que seja feita uma drenagem.
É importante dizer que é muito comum que a diverticulite seja reincidente em alguns pacientes e, em casos como esses, o médico pode sugerir uma cirurgia programada para uma resolução definitiva do problema.
Como tratar diverticulite de forma natural?
As formas de como amenizar os sintomas e como tratar diverticulite são várias, existem até algumas maneiras naturais. Dentre elas, estão, principalmente, alguns tipos de chá, como o de camomila, unha de gato e valeriana.
Uma outra forma que costuma ser recomendada pelos médicos, é seguir uma alimentação leve e líquida, inicialmente com alimentos pobres em fibras, como sucos e sopas coados.
Em quais casos é necessário tratar a diverticulite com cirurgia?
A diverticulite deve ser tratada com cirurgia em casos graves que não são resolvidos por meio de dieta e medicação após um período aproximado de três dias.
Além disso, se o paciente estiver sentindo dores, febre e sensibilidade de forma crescente, é provável que a forma de como tratar diverticulite seja, também, com cirurgia. Em casos de ruptura intestinal ou peritonite, a operação é necessária em caráter de emergência.
O procedimento cirúrgico consiste na remoção da parte do intestino que está afetada pela inflamação. Dessa forma, o cirurgião retira a parte doente e religa as extremidades. Porém, no caso de haver perfuração no órgão, é possível que o paciente precise também de uma colostomia que pode durar cerca de dez dias.
Como a Cannabis Medicinal ajuda a tratar a diverticulite?
A Cannabis Medicinal pode ser uma aliada no tratamento da diverticulite. Isso porque o trato gastrointestinal contém um alto nível de endocanabinoides, que são moléculas canabinoides produzidas pelo próprio corpo humano.
Essas moléculas desempenham diversos papéis nessa parte do corpo, como regular o ácido estomacal, controle da dor, saciedade, dentre outros.
O intestino possui receptores específicos para os canabinóides, chamados CB1 e CB2 e um estudo publicado em 2008 concluiu que um intestino saudável apresenta baixo nível dos receptores CB2, enquanto em um intestino doente, esse nível aumenta, indicando a eficiência de um tratamento com Cannabis para doenças nesse trato.
Em outro estudo, este publicado em 2006, cientistas retiraram tiras do cólon e investigaram, in vitro, a resposta neural desse músculo estimulado por agonistas e antagonistas dos receptores.
Este estudo concluiu que o controle da motilidade do cólon está alterado em pacientes com diverticulite e que o receptor CB1 fica dessensibilizado nesses indivíduos. Além disso, o receptor antagonista SR141716 potencializou as contrações neurais em tecidos doentes, sugerindo, assim, a eficácia dos endocanabinoides no tratamento da diverticulite.
Em resumo, os estudos chegaram à conclusão de que a Cannabis medicinal reage com nosso sistema endocanabinoide inibindo as contrações causadas pela diverticulite, auxiliando na diminuição da inflamação e tornando as crises menos dolorosas para os pacientes.
Onde encontrar Cannabis Medicinal para tratamento da diverticulite?
Se você sofre com a doença e quer saber como tratar diverticulite com medicamentos à base de canabidiol e onde encontrar tais produtos, é preciso buscar médicos especializados que sejam experientes nesse tipo de prescrição.
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Como deve ser a alimentação de quem possui diverticulite?
A alimentação do paciente com diverticulite deve ser, inicialmente, leve e com alimentos com poucas fibras. É recomendado, como maneira de como tratar diverticulite, que se inicie uma dieta líquida e vá introduzindo, aos poucos, os alimentos sólidos, a fim de não agredir o intestino.
Nas primeiras 24 horas, o indivíduo deve buscar uma dieta com líquidos mais claros (como sucos de frutas coados), frutas como maçã, pêssego e pêra, chá de camomila e caldo de galinha.
No dia seguinte, caso o incômodo tenha sido aliviado, pode-se começar a inserir sopas com verduras, legumes cozidos, frango, arroz, iogurte e gelatina.
O próximo passo, em caso de melhora, é introduzir purês, pães, macarrão, peixes, laticínios e biscoitos. Lembrando que é importante observar as reações do corpo a cada alimento e, caso haja má digestão e uma maior produção de gases, suspender o causador.
Após essas etapas e com o fim da crise, o paciente pode reintroduzir os alimentos sólidos e com mais fibras.
Quais alimentos evitar em caso de diverticulite?
Se você está em processo de como tratar diverticulite, determinados alimentos podem causar uma piora na inflamação dos divertículos e, por isso, devem ser evitados durante uma crise. São eles:
- Alimentos ricos em fibras como vegetais crus, frutas com casca, cereais e sementes;
- Açúcar;
- Carnes vermelhas;
- Alimentos processados e industrializados;
- Refrigerantes e bebidas alcoólicas;
- Alimentos que causam gases, como ovos, laticínios, repolho, brócolis, dentre outros.
Chá para diverticulite
Alguns chás podem ajudar e aliviar os sintomas da diverticulite. Confira quais:
- Chá de camomila;
- Chá de tília;
- Chá de unha de gato;
- Chá de pau d’arco.
Esses chás têm propriedades anti-inflamatórias, calmantes, cicatrizantes e anti-espasmos, o que ajuda a acalmar o intestino e causa um alívio nas crises da doença.
Como prevenir a diverticulite?
Como comentamos mais acima, as crises de diverticulite podem ter diversas origens, porém, há algumas maneiras de preveni-las e manter em dia sua saúde digestiva.
O indivíduo deve buscar uma alimentação rica em fibras, com vegetais, frutas, grãos e cereais integrais. Além disso, é indispensável beber, no mínimo, dois litros de água ao dia.
Outra grande aliada na prevenção da diverticulite, é a atividade física, que acelera o metabolismo e faz com que o intestino funcione melhor.
De forma resumida, podemos dizer que não há nenhum segredo: manter uma alimentação saudável atrelada à ingestão adequada de água e a exercícios físicos regulares, é a melhor maneira de se proteger da diverticulite e de muitas outras doenças.
Conclusão
A diverticulite é uma doença causada pela inflamação de cistos que se dão no intestino, os chamados divertículos. Ela pode ser causada por fatores como envelhecimento, dietas pobres em fibras, consumo excessivo de alimentos refinados e industrializados, baixa ingestão de líquidos, dentre outros.
Em casos leves, a forma de como tratar diverticulite pode ser apenas com medicação e dieta prescritos pelo médico, mas, em casos mais graves, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica.
O uso da Cannabis medicinal também pode ser um forte aliado no tratamento da doença, pois ela reage diretamente com os receptores CB1 e CB2 inibindo as inflamações e contrações e, com isso, também as dores.
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