A atividade física regular é um dos pilares da saúde e do bem-estar, além de ser uma ferramenta poderosa no tratamento de diversas condições de saúde, especialmente as crônicas. Incorporar uma atividade física no cotidiano significa um investimento na qualidade de vida a longo prazo.
Além de promover a saúde física, o exercício impacta positivamente a saúde mental e os processos bioquímicos e fisiológicos do organismo, proporcionando muitos benefícios. Muitas vezes a atividade física é parte de tratamentos de saúde, junto com alimentação equilibrada e medicamentos.
Pacientes que utilizam medicamentos com Cannabis em tratamentos para a saúde também precisam incorporar a prática de exercício (mesmo que leve) na rotina. De acordo com um estudo norte-americano, o consumo de canabinoides está associado a mais atividade física.
Mexa-se com canabinoides
Nos EUA, 38 dos 50 estados mais a capital federal regulamentaram o uso medicinal da Cannabis e 24 regulamentaram o uso adulto. Esse contexto permite analisar o impacto das novas regras de acesso à produtos com canabinoides na saúde, comparando estados onde o uso da planta é ilegal com aqueles onde o mercado possui regulação.
O estudo Association between cannabis use and physical activity in the United States based on legalization and health status, publicado no Journal of Cannabis Research, utilizou informações do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco (BRFSS) do Centro de Prevenção de Doenças (CDC).
Eles analisaram respostas de pessoas de todo o país com mais de 18 anos entre 2016 e 2022 para entender a relação entre o consumo de Cannabis e exercício físico, bem como o acesso a produtos com canabinoides do mercado legal.
A associação entre Cannabis e exercício físico
O uso de Cannabis foi 47% mais associado à atividade física em áreas onde a Cannabis é legal para uso adulto, e 5% mais em áreas onde só o uso medicinal é permitido. Ter uma condição crônica de saúde foi relacionado a uma menor prática de atividade física, porém essa relação foi menos significativa entre os que consomem produtos à base de Cannabis. No geral, o consumo de Cannabis foi 24% mais comum entre pessoas fisicamente ativas.
É importante lembrar que cada indivíduo reage de uma maneira única ao consumo de Cannabis. Além disso, a combinação de canabinoides, terpenos e outros componentes pode influenciar nos efeitos. De todo modo, em um mercado regulado há mais variedade de produtos, permitindo que os consumidores escolham aqueles que se adaptem melhor a sua rotina.
Os pesquisadores concluíram sugerindo que a Cannabis está associada a uma maior prevalência de atividade física.
“A Cannabis foi usada para melhorar a experiência da atividade física; para melhorar foco e prazer; para melhorar a conexão mente-corpo-espírito e melhorar a recuperação do exercício, melhorando a qualidade do sono e diminuindo a dor.
Os resultados deste estudo indicam que a Cannabis medicinal legal promove maior atividade física em pessoas com condições médicas crônicas e a Cannabis recreativa legal promove (ainda mais) a prática de atividade física em pessoas sem condições médicas crônicas.”
Cannabis e endorfina
Estudos anteriores exploraram a relação entre exercícios físicos e o sistema endocanabinoide (SEC). Pesquisadores de Detroit observaram que a prática de atividades físicas ativa o SEC, fazendo-o liberar mais canabinoides endógenos.
Além disso, a relação entre o SEC e a endorfina, neurotransmissor que promove bem-estar, sugere que o consumo de Cannabis torna as atividades físicas mais prazerosas. Nesse sentido, pesquisadores portugueses sugerem que a combinação de exercício com canabinoides pode ser parte de um tratamento para o estresse crônico.
Atletas de alto rendimento também estão recorrendo à Cannabis para aliviar dores e melhorar a recuperação pós-exercício, porém somente o canabidiol (CBD) é permitido em períodos de competição.
Portanto, o estereótipo do consumidor de Cannabis apático e preguiçoso se torna insustentável.
O uso de produtos à base de Cannabis no Brasil
No Brasil, é necessário seguir as recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para adquirir produtos à base de Cannabis. A agência só permite o uso de canabinoides para tratamentos de saúde com supervisão médica.
Então, se você quer começar a se tratar com Cannabis, é fundamental se consultar com um médico ou dentista experiente nesse tipo de prescrição. Aqui na nossa plataforma de agendamento, você pode marcar uma consulta com um entre mais de 300 profissionais da saúde, todos preparados para analisar o seu caso e recomendar o melhor caminho. Marque já sua consulta!