Família da garota começou a militar pela Cannabis após ver a qualidade de vida da filha, portadora da Síndrome de Dravet, melhorar com o óleo de CBD
Charlotte Figi, 13 anos, morreu na tarde de terça-feira, 7, vítima da Covid-19. Ela morava em Colorado Springs, nos Estados Unidos, e sua luta contra uma forma rara de epilepsia inspirou um movimento de permissão de uso da maconha medicinal.
A família comunicou a perda pelo Facebook. “É com um coração pesado que escrevemos para informar que Charlotte Figi faleceu nesta tarde devido às complicações do COVID-19”, escreveram na página Realm of Caring.
https://www.facebook.com/RealmofCaring/posts/2754350498007174:0
As convulsões de Charlotte diminuíram após utilizar óleo rico em CBD, que foi apelidado de ‘Charlotte’s Web’. A menina tinha apenas três meses quando começou a ter crises por conta da Síndrome de Dravet, um tipo raro de epilepsia. Aos três anos, ela chegou a sofrer até 300 convulsões por semana. Teve de usar cadeira de rodas, sofreu uma série de paradas cardíacas e mal conseguia falar. Foi quando a mãe recorreu as lojas de Cannabis medicinal como último recurso.
Dois anos depois de começar a tomar óleo, ela ficou praticamente livre das convulsões e conseguiu andar, conversar e se alimentar. Os médicos retiraram então os outros medicamentos anticonvulsivos e seguiram apenas com o ‘Charlottes’s web’.
A recuperação de Charlotte inspirou outras famílias com crianças atingidas por convulsões constantes para uso de Cannabis medicinal, o que levou a mudanças nas leis em diferentes países.
“A história de Charlotte impactou diretamente milhares de famílias em todo o mundo e mudou a face da Cannabis de várias maneiras”, ressalta a família no Facebook, complementando: “Uma vida que criou um movimento revolucionário na legitimação da cannabis como uma opção terapêutica”.
A pandemia de coronavírus, que acometeu a menina, já tem mais de 1.441.000 casos confirmados em 184 países e cerca de 83 mil mortes registradas.