O Alprazolam é um fármaco introduzido na década de 1980 como um tratamento para ansiedade. Ele rapidamente se tornou um dos medicamentos mais prescritos para essa condição, apesar dos seus efeitos colaterais.
Para muitos, o Alprazolam representa um alívio quase instantâneo para a ansiedade. Afinal, poucas sensações são tão perturbadoras quanto o aperto no peito, o nó na garganta ou a sensação de que algo terrível está prestes a acontecer, mesmo que não haja razão aparente.
Ele pertence à classe dos benzodiazepínicos, uma família de medicamentos que atuam diretamente no sistema nervoso central, desacelerando sua atividade.
No entanto, cabe lembrar que não se trata de uma solução isenta de riscos. A natureza rápida e eficaz do Alprazolam o torna ideal para situações agudas, mas sua ação também pode ser viciante, exigindo cautela no uso.
O curioso sobre o Alprazolam é o quanto ele gera discussões. De um lado, há quem o veja como um aliado no controle da ansiedade.
Do outro, existem preocupações quanto ao seu uso prolongado, especialmente pelo risco de dependência. Afinal, estamos falando de uma substância cujo uso deve ser sempre monitorado de perto por profissionais.
Então, para saber mais a respeito dos efeitos colaterais do Alprazolam, prossiga com a leitura deste artigo, onde você aprenderá sobre:
- O que é o Alprazolam?
- Qual a diferença de Clonazepam e Alprazolam?
- Indicações do Alprazolam
- Como o Alprazolam age no organismo?
- Uso social do Alprazolam
- Efeitos colaterais do Alprazolam
- Como identificar os efeitos colaterais do Alprazolam?
- Como minimizar os efeitos colaterais do Alprazolam?
- Efeitos colaterais do Alprazolam: quando procurar um médico?
- Como parar de tomar Alprazolam?
- CBD no auxílio para se livrar da dependência do Alprazolam
O que é o Alprazolam?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com a maior taxa de pessoas que sofrem de ansiedade no mundo.
Em 2019, cerca de 19 milhões de brasileiros foram diagnosticados com esse transtorno, representando 9,3% da população.
No Brasil, anualmente, são comercializadas mais de 50 milhões de caixas de medicamentos destinados ao tratamento da ansiedade e da insônia, incluindo o Alprazolam.
O Alprazolam é um medicamento da classe dos benzodiazepínicos, amplamente prescrito para tratar transtornos de ansiedade, como o transtorno de ansiedade generalizada e a síndrome do pânico.
Ele atua no sistema nervoso central ao potencializar os efeitos do neurotransmissor ácido gama-aminobutírico (GABA), que possui um efeito calmante no cérebro, ajudando a promover a sedação.
É um fármaco tarja preta, que possui ação sedativa e só pode ser vendido com prescrição médica.
De acordo com Nota Técnica da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), possui a mesma efetividade de outros ansiolíticos, mas com potencial de desenvolvimento de dependência – sobretudo em casos de uso indiscriminado.
Sua apresentação se dá na forma de comprimidos de 0,25mg, 0,5mg, 1,0mg ou 2mg. Todas as versões são comercializadas com diferentes nomes ou por meio da versão genérica, que leva justamente o nome de Alprazolam.
O medicamento de referência é o Frontal ou Frontal RX, podendo ainda ser encontrado com os nomes Alfron, Altrox, Apraz, Constante, Neozolam, Teufron, Tranquinal, Xanax ou Zoldac.
O que são benzodiazepínicos?
Os benzodiazepínicos constituem uma categoria de medicamentos sintéticos que apresentam propriedades sedativas, hipnóticas, relaxantes, anticonvulsivantes e ansiolíticas.
Esses fármacos começaram a ser introduzidos no mercado na década de 1960 e, desde o final dos anos 70, tornaram-se alguns dos medicamentos mais frequentemente prescritos em todo o mundo.
Dentre os benzodiazepínicos, destacam-se o Dormonid e o Lorazepam, que possuem efeitos de curta e média duração, sendo amplamente utilizados no tratamento de ansiedade e insônia.
Em contraste, o Diazepam (Valium) e o Clonazepam (Rivotril) apresentam um efeito de longa duração, que pode se estender por até 50 horas, sendo indicados principalmente para o manejo da ansiedade e crises de pânico.
O Alprazolam, comercialmente conhecido como Frontal ou Xanax, é um dos benzodiazepínicos mais prescritos globalmente.
Este ansiolítico possui efeito de média duração, com início de ação entre uma e duas horas, e seu efeito pode se prolongar por cerca de 15 horas.
O que é Xanax?
O Xanax é o nome comercial do medicamento Alprazolam. Trata-se de um benzodiazepínico utilizado para tratar distúrbios de ansiedade.
Ele atua no sistema nervoso central, aumentando os efeitos do gama-aminobutírico (GABA), reduzindo a atividade cerebral excessiva.
Embora o Xanax seja eficaz no alívio dos sintomas de ansiedade, pode causar efeitos colaterais, como sonolência, tontura e alterações de humor.
Além disso, o uso prolongado causa dependência e sintomas de abstinência caso a medicação seja interrompida abruptamente.
Qual a diferença de Clonazepam e Alprazolam?
Clonazepam e Alprazolam são dois medicamentos pertencentes à classe dos benzodiazepínicos, que atuam no sistema nervoso central para promover um efeito calmante.
No entanto, eles têm características distintas que podem influenciar a escolha do tratamento.
O Clonazepam é mais utilizado para o manejo de transtornos de pânico e epilepsia. Sua ação é mais prolongada, o que pode ser benéfico para pacientes que necessitam de um efeito duradouro.
Ele se acumula no organismo, permitindo uma redução na frequência das doses diárias, o que pode ser uma vantagem para aqueles que precisam manter o tratamento a longo prazo.
Por outro lado, o Alprazolam, popularmente conhecido como Xanax, é preferido para o tratamento da ansiedade aguda. Seu efeito é mais rápido e imediato em situações de estresse, sendo útil em momentos de crise.
No entanto, essa ação rápida também pode levar a um potencial maior de dependência, especialmente se usado por períodos prolongados.
Indicações do Alprazolam
A principal indicação do Alprazolam é o transtorno de ansiedade generalizada (TAG). Ele atua rapidamente, permitindo que os pacientes reduzam seus sintomas e voltem a se concentrar em suas atividades.
Ele também é prescrito para hiperatividade, para melhorar a concentração e para controlar ataques de pânico, com ou sem agorafobia. A rapidez de ação do medicamento é muito valiosa em momentos de crise.
Além dessas indicações, existem, ainda, aplicações off label deste fármaco. Entre as quais:
- Insônia: Em muitos casos, o Alprazolam é utilizado para tratar insônia, oferecendo uma solução temporária para distúrbios do sono. Mas é preciso ter cautela nessa utilização devido ao potencial de dependência.
- Síndrome Pré-Menstrual (SPM): Mulheres que enfrentam os sintomas emocionais debilitantes da SPM, como irritabilidade e ansiedade, também se beneficiam do Alprazolam.
- Depressão: Embora não seja seu uso primário, o Alprazolam pode ser adicionado ao tratamento de depressão, especialmente quando a ansiedade é um sintoma coadjuvante.
Como estamos falando de perturbações de ordem psicológica e mental, geralmente, o paciente inicia o tratamento com Alprazolam após a prescrição de um médico psiquiatra.
Como o Alprazolam age no organismo?
Quando nos sentimos irritados, agitados, ou até mesmo tristes, nem sempre isso ocorre por algo externo que tenha despertado esses sentimentos.
Muitas vezes, o que pode estar por trás desse tipo de emoções é um desequilíbrio químico no nosso cérebro. Na verdade, possuímos centenas de neurotransmissores responsáveis por diferentes ações e sensações.
Um dos mais importantes é o ácido gama-aminobutírico ou GABA, cuja função é promover a regulação da atividade excitatória no córtex pré-frontal. Ele ainda auxilia no controle motor, além de regular a ansiedade e o estresse.
Os medicamentos benzodiazepínicos funcionam de forma a aumentar a eficiência dos neurotransmissores GABA quando estes estão em desequilíbrio, o que pode promover a sensação de relaxamento e calma.
O Alprazolam é um derivado de benzodiazepina com uma estrutura química que lhe confere propriedades psicoativas.
Após o uso oral, ele é absorvido pelo trato gastrointestinal, atingindo picos de concentração no plasma em cerca de 1 a 2 horas. Sua biodisponibilidade é alta, e cerca de 80% do fármaco é metabolizado pelo fígado.
O principal mecanismo de ação do Alprazolam envolve a modulação do GABA, o principal neurotransmissor inibitório do sistema nervoso central. Por meio dessa interação, o fármaco promove diversos efeitos, por exemplo:
- Reduz a intensidade da ansiedade e da tensão, proporcionando um efeito calmante;
- Induz sonolência e relaxamento muscular;
- Em doses mais altas, pode prevenir convulsões;
- Pode causar perda temporária de memória em algumas situações.
Uso social do Alprazolam
O uso social do Alprazolam, especialmente entre os jovens, é um tema preocupante. O que era para ser uma solução para a ansiedade se transforma em um vício e um modo de lidar com as pressões da vida moderna.
A popularidade do medicamento, em grande parte, se deve à sua acessibilidade: é barato, fácil de transportar e, para muitos, fácil de obter, mesmo sem prescrição médica.
Esse acesso desenfreado resulta em uma combinação perigosa. Muitos adolescentes, atraídos pela ideia de “descontrair” ou “relaxar”, misturam o Alprazolam com álcool ou outras substâncias, criando um coquetel de risco.
As consequências são alarmantes: a soma dos efeitos sedativos pode levar a uma letargia extrema, comprometer a percepção espacial e até resultar em situações de risco, como acidentes e comportamentos imprudentes.
Para muitos, o uso do medicamento se torna uma espécie de tábua de salvação, não por necessidade médica, mas pela dificuldade de lidar com a realidade sem ele. Essa dependência gera um ciclo vicioso.
Para evitar os sintomas de abstinência — que podem incluir ansiedade mais severa, insônia e irritabilidade —, jovens que começaram a usar o Alprazolam socialmente se veem obrigados a consumir o fármaco de forma recorrente.
Isso também acaba levando a uma desregulação do GABA. E, o que começou como um remédio para ajudar a regular a química cerebral pode, ironicamente, ser o responsável por criar um novo desequilíbrio.
Efeitos colaterais do Alprazolam
A bula do Alprazolam apresenta uma tabela com uma série de efeitos colaterais muito comuns entre aqueles que fazem uso do medicamento. Confira na lista as principais:
- Diminuição do apetite;
- Depressão;
- Desorientação;
- Sonolência;
- Comprometimento da memória;
- Tontura;
- Dermatite;
- Disfunção sexual;
- Fadiga;
- Irritabilidade;
- Fraqueza muscular;
- Náusea;
- Distúrbios de atenção;
- Constipação;
- Boca seca;
- Desorientação;
- Diminuição ou aumento da libido;
- Nervosismo;
- Mania e alucinações.
Sintomas de abstinência do Alprazolam
Embora o Alprazolam seja capaz de equilibrar os neurotransmissores e atenuar a ansiedade, com o tempo, o organismo pode acabar desenvolvendo uma dependência deles.
Em outras palavras, quando o tratamento é interrompido, o corpo perde a capacidade de regular o ácido GABA por conta própria, o que gera efeitos colaterais indesejáveis, além dos já mencionados.
Nessas situações, a interrupção pode desencadear uma resposta semelhante à abstinência, com sintomas como:
- Insônia;
- Ansiedade;
- Irritabilidade;
- Tristeza;
- Suor excessivo;
- Pensamentos suicidas.
O que deveria ser uma solução temporária acaba se transformando em um problema contínuo, sem previsão de resolução.
Diante dos desafios associados à dependência, muitos pacientes optam por continuar o uso da medicação indefinidamente, na tentativa de evitar os sintomas desagradáveis associados.
Alprazolam dá sono?
O Alprazolam realmente causa sono. A sonolência é considerada um dos efeitos colaterais mais comuns, o que significa que pelo menos uma em cada dez pessoas que tomam Alprazolam sofrerá com este problema.
Por ser um benzodiazepínico, ele é capaz de acalmar o sistema nervoso. Sendo assim, desacelera a mente, e com isso vem o cansaço, aquela sensação de relaxamento que pode facilmente levar ao sono.
Agora, isso não quer dizer que todo mundo vai ficar sedado logo após a primeira dose, mas a possibilidade está lá, especialmente nas primeiras semanas de uso, enquanto o corpo ainda está se adaptando ao medicamento.
É por isso que muitos médicos recomendam tomar a primeira dose em um ambiente seguro, onde você não precise operar máquinas ou dirigir.
Então, se você está começando a usar o Alprazolam, fique preparado para aquela irresistível vontade de cair no sono.
Alprazolam emagrece?
O Alprazolam não é um remédio para emagrecer e nem deve ser usado com essa finalidade. A diminuição do apetite está listada como um efeito colateral menos comum.
Isso significa que cerca de uma em cada 100 pessoas pode passar por isso. A ideia de emagrecer por causa de um efeito colateral de medicamento nunca é saudável.
Esse “emagrecimento” que pode acontecer não é resultado de um processo controlado ou benéfico, mas sim de uma reação adversa do organismo, que pode acabar causando outros problemas de saúde.
Como identificar os efeitos colaterais do Alprazolam?
Ao começar a tomar Alprazolam, preste atenção ao que seu corpo está dizendo. Afinal, como qualquer medicamento, ele pode causar efeitos colaterais, e saber identificá-los ajuda a lidar com eles de maneira adequada.
Então, se você começar a se sentir muito cansado, principalmente durante o dia, ou perceber que está com dificuldade para se concentrar, pode ser sinal de que o Alprazolam está mexendo com seu sistema nervoso.
Esse efeito ocorre em cerca de 10% das pessoas que tomam o medicamento, então, não se surpreenda se ele aparecer.
Além disso, fique de olho no seu apetite. Embora seja menos comum, cerca de 1% das pessoas podem notar uma diminuição na vontade de comer.
Outros sinais que costumam aparecer incluem tontura, boca seca, ou até uma sensação de estar mais irritado ou ansioso do que antes. Se algum desses sintomas surgir, não hesite em conversar com seu médico.
Cada organismo reage de uma forma e, por isso, ajustar a dose ou o tratamento pode ser necessário.
Como minimizar os efeitos colaterais do Alprazolam?
Quando se trata de minimizar os efeitos colaterais do Alprazolam, o segredo está nos pequenos ajustes que você pode fazer no seu dia a dia. Então, a primeira dica é ir devagar.
Se possível, converse com seu médico sobre a ideia de começar com a menor dose eficaz. Isso pode ajudar seu corpo a se adaptar de forma mais suave ao Alprazolam, diminuindo a chance de efeitos colaterais mais intensos.
Outro ponto é ter atenção ao seu estilo de vida. Certifique-se de evitar álcool enquanto estiver usando Alprazolam. Combinar álcool com benzodiazepínicos pode intensificar a sonolência e outros efeitos indesejados.
Além disso, tente manter uma rotina de sono regular e de qualidade. A boa notícia é que esse medicamento ajuda com a insônia, mas não dependa apenas dele.
E, claro, sempre siga as orientações do seu médico à risca. Não aumente ou diminua a dose por conta própria. O uso prolongado ou em doses altas pode não só aumentar os efeitos colaterais, como também criar dependência.
Efeitos colaterais do Alprazolam: quando procurar um médico?
Os efeitos colaterais do Alprazolam podem variar de pessoa para pessoa, mas a grande questão é saber quando eles saem do controle e exigem uma conversa com o médico.
Sentir um pouco de cansaço ou tontura pode ser esperado, mas existem sinais que indicam que é hora de buscar ajuda.
Se você começar a sentir dificuldade para respirar, como se o ar não estivesse entrando direito nos pulmões, isso é um sinal de alerta. Outro ponto preocupante é se você notar inchaço, seja no rosto, na língua, ou na garganta.
Essas reações são raras, mas podem indicar uma alergia séria ao medicamento, conhecida como anafilaxia, e precisam de atenção imediata.
Problemas de memória ou confusão mental também não devem ser ignorados. Caso perceba que está tendo dificuldade em lembrar coisas simples ou que sua mente está “nebulosa” de maneira persistente, é hora de acionar o médico.
Mudanças bruscas no humor, como se você estivesse mais irritado, deprimido ou até com pensamentos negativos e suicidas, também não devem ser subestimadas.
É um dos sinais mais importantes de que o Alprazolam pode estar afetando seu equilíbrio emocional de maneira perigosa.
No geral, mesmo que não seja um sintoma extremo, vale a pena checar qualquer alteração. Lembre-se de que o médico está ali para ajustar o tratamento se necessário, garantindo que ele seja seguro do início ao fim.
Como parar de tomar Alprazolam?
Geralmente, os médicos diminuem de forma gradual as doses diárias do paciente, justamente para que o baque no organismo não seja tão grande, de forma que ele consiga por si próprio regular os neurotransmissores.
Essa é uma estratégia que busca reduzir ao máximo as implicações da abstinência que, como vimos, podem desencadear até quadros de pensamentos suicidas.
Não é recomendado, portanto, que o paciente decida interromper o uso de forma abrupta e nem o faça sem conversar com seu médico. Mesmo seguindo a orientação do especialista, podem ocorrer os efeitos colaterais.
Veja, por exemplo, o relato de Luiz Felipe Camargo, 42 anos, que usou o medicamento por três anos.
De acordo com Luiz Felipe: “Para mim foi muito ruim parar. Eu sentia muita dependência. Diminuía a dose durante um mês, depois tentava parar e depois de semanas voltava a usar de novo, porque o efeito colateral era muito ruim. Minha cabeça parecia que ia explodir e eu me sentia muito mal”.
Para evitar reações tão indesejadas ao parar o tratamento com Alprazolam, uma alternativa é tentar realizar a transição com o canabidiol, como vamos mostrar na sequência.
CBD no auxílio para se livrar da dependência do Alprazolam
O sistema endocanabinoide do corpo humano tem um papel central na regulação de diversas funções fisiológicas, incluindo o apetite, a percepção da dor, o controle motor, o equilíbrio energético, o metabolismo, a qualidade do sono, a resposta ao estresse, o humor e a memória.
Embora o organismo produza seus próprios endocanabinoides, o tratamento com CBD pode potencializar essa resposta natural, promovendo um efeito benéfico sobre o equilíbrio desses processos.
Em situações de desequilíbrio nos neurotransmissores, como durante um processo de abstinência, o CBD tem mostrado grande potencial terapêutico.
Quando uma pessoa se torna dependente de Alprazolam, há alterações nos receptores GABA (ácido gama-aminobutírico), que se ligam ao fármaco, aumentando sua ação inibitória no sistema nervoso central.
Isso resulta em efeitos sedativos e ansiolíticos, mas também pode levar a um estado de tolerância, onde doses maiores são necessárias para alcançar o mesmo efeito, e ao surgimento de sintomas de abstinência quando o uso é interrompido.
O CBD, no entanto, pode modular indiretamente esses receptores, influenciando também a liberação de serotonina e dopamina.
Essa interação pode ajudar a estabilizar o humor e a reduzir a ansiedade, facilitando a transição durante o processo de desintoxicação do Alprazolam.
Além do mais, o CBD tem propriedades anti-inflamatórias e neuroprotetoras, que podem atenuar alguns dos efeitos adversos da abstinência, como irritabilidade e insônia.
Para quem deseja abandonar o uso do Alprazolam e migrar para o CBD, é recomendado que essa transição seja feita de forma gradual e controlada, mantendo um equilíbrio entre as doses de ambos.
Inicialmente, pode-se utilizar uma combinação de doses baixas de CBD com a dose regular do benzodiazepínico, aumentando progressivamente a quantidade de CBD enquanto se reduz lentamente a do medicamento, permitindo que o organismo se adapte sem causar desconfortos.
Assim, é possível obter benefícios semelhantes sobre o controle da ansiedade, mas sem os efeitos colaterais comumente associados ao Alprazolam.
Como o CBD pode ajudar na transição?
Um estudo publicado em 2019 na revista científica Cannabis and Cannabinoid Research observou que, ao longo de nove meses, pacientes que estavam desmamando o uso de benzodiazepínicos e introduzindo o CBD notaram uma diminuição gradual dos efeitos colaterais adversos.
É fundamental, no entanto, fazer isso com orientação médica, pois somente um profissional sabe o tipo de extrato de CBD mais adequado e a dosagem ideal para iniciar e concluir esse processo de transição.
Como cada indivíduo pode responder de maneira diferente, é imprescindível realizar um acompanhamento profissional para ajustar o tratamento conforme necessário.
Como ter acesso legal à Cannabis medicinal?
Ter acesso legal à Cannabis medicinal no Brasil ficou mais fácil desde 2019, quando a Anvisa flexibilizou as regras.
Antes, quem precisava de produtos com canabidiol só podia importar com uma autorização especial da Anvisa. Hoje, você já encontra medicamentos à base de CBD em farmácias, o que facilita bastante o processo.
Mas atenção: não é qualquer pessoa que pode comprar esses produtos livremente. Para garantir que o uso seja seguro e legal, a compra só é permitida com uma receita médica.
Isso significa que você precisa passar por uma consulta com um profissional que entenda do assunto e possa avaliar suas necessidades de tratamento.
Então, se você está pensando em explorar a Cannabis medicinal como parte do seu tratamento, o primeiro passo é conversar com um médico que possa te orientar.
Existem diversas condições de saúde que podem se beneficiar do uso do CBD, mas é preciso que o tratamento seja supervisionado por um especialista.
Quer saber mais sobre como a Cannabis medicinal pode ajudar você? Em nosso site, você encontra uma plataforma que reúne centenas de profissionais experientes em medicina canabinoide, os quais você pode agendar sua consulta de forma simples e rápida.
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Conclusão
Como você viu, o Alprazolam pode ser uma ferramenta importante para quem enfrenta crises de ansiedade, mas não é algo que deve ser utilizado sem cautela.
É preciso entender que, assim como qualquer medicamento, ele tem seus prós e contras, e os efeitos colaterais podem impactar sua rotina de maneiras inesperadas.
Por isso, sempre converse com seu médico, siga as orientações e jamais tome decisões por conta própria, mas se você busca alternativas mais seguras, a Cannabis medicinal é uma opção a ser explorada.
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