Uma pesquisa publicada na revista Advances in Skin & Wound Care identificou que o uso tópico de CBD ajudou pacientes com esclerodermia. O estudo, feito na Itália, investigou o uso clínico do canabidiol no tratamento das úlceras da pele e os resultados surpreenderam.
A aplicação de CBD nas feridas ajudou na cicatrização, mas também reduziu a dor local e gerou uma melhora mais abrangente na qualidade de vida dos participantes do estudo. Inclusive, alguns pacientes relataram melhora no sono após o início do tratamento.
A Esclerodermia
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a esclerodermia é uma doença que afeta o tecido conjuntivo, que é responsável pela estrutura e sustentação dos órgãos e sistemas do nosso corpo. O sintoma mais comum é o endurecimento da pele em algumas regiões, porém ela também pode atacar outras partes do corpo. Algumas feridas aparecem nessa pele mais dura, que causam muita dor e algumas infecções.
Essa doença não tem cura e o tratamento é feito com medicações aplicadas diretamente na pele ou por via oral. Nesse sentido, parece que a característica anti-inflamatória do CBD é o maior diferencial nesse tipo de tratamento. Além disso, a segurança e a eficiência do canabinoide foi o destaque na conclusão do artigo.
“A administração tópica de CBD é uma ferramenta segura, eficaz e não invasiva que está associada à melhora da dor relacionada à ferida, cicatrização de urticária e qualidade de vida de pacientes com esclerodermia. Ensaios maiores, randomizados, controlados e multicêntricos devem ser conduzidos para determinar as possíveis aplicações clínicas do CBD tópico no tratamento de úlceras digitais da esclerodermia sistêmica.”
Como foi o estudo
Os cientistas do Hospital da Universidade de Modena acompanharam 45 pacientes durante 11 meses. Os participantes foram divididos em dois grupos, 25 foram tratados com CBD e 20 com a terapia padrão.
No grupo que se tratou com CBD, 72% tiveram uma cura completa das úlceras nos dedos, contra 30% do grupo controle. Um outro destaque é que nenhum paciente do grupo do canabidiol teve infecção nas úlceras, enquanto seis do grupo controle precisaram de antibióticos durante o período do estudo.
O uso do CBD para a aplicação sobre a pele tem potencial para ajudar no tratamento de diversas doenças dermatológicas. A Anvisa não autorizou nenhum produto desse tipo para o mercado brasileiro, no entanto é possível importá-los. Para isso, é fundamental ter uma prescrição médica, que você pode conseguir marcando uma consulta na nossa plataforma de agendamentos.