O envelhecimento é um processo inevitável e que traz uma série de desafios para a saúde. É amplamente conhecido que o avançar da idade está relacionado com o aumento do risco de doenças crônicas, incluindo doenças neurodegenerativas, cardiovasculares e câncer. Diante de um cenário, em que a expectativa de vida aumenta cada vez masi, torna-se prioridade a busca por soluções que possam garantir longevidade com qualidade de vida.
Nesse contexto, o canabidiol (CBD), um dos compostos encontrados na planta Cannabis, surge como uma ferramenta promissora na busca por um envelhecimento saudável, devido às suas propriedades neuroprotetoras, anti-inflamatórias e antioxidantes. Assim, uma equipe de cientistas chineses fez um estudo, analisando o impacto do CBD e seus mecanismos para um envelhecimento com mais qualidade de vida.
Efeitos do CBD no estresse oxidativo
Primeiramente, o artigo The role of cannabidiol in aging analisou as propriedades antioxidantes do CBD e a importância de combater o estresse oxidativo. Por conta de fatores como a poluição, estresse e até exposição à radiação, uma série de reações químicas, chamadas estresse oxidativo, começam a acontecer no nosso corpo, conforme envelhecemos. Essas reações causam danos nas células e tecidos do corpo devido à produção excessiva de radicais livres.
O CBD impacta diretamente esse processo, diminuindo o estresse oxidativo, sendo mais eficiente do que as vitaminas E e C para esse propósito. A interação do canabinoide com o sistema endocanabinoide desencadeia uma série de processos fisiológicos, que buscam equilibrar a função celular. O canabidiol ajudaria a regular as funções das mitocôndrias, as vias de sinalização Nrf2 e a via da glioxalase.
A importância do poder anti-inflamatório
Enquanto envelhecemos, o nosso sistema imune passa por uma série de transformações. Essas mudanças podem desencadear alguns transtornos que impactam diretamente a nossa qualidade de vida. Quando o sistema imune está desregulado, pode atacar o próprio corpo e causar algumas reações inflamatórias que não seriam necessárias.
A característica anti-inflamatória do CBD é reconhecida para muitos casos, e no envelhecimento não é diferente. Tanto a atividade do canabinoide, aumentando a biodisponibilidade da anandamida, quanto a regulação da microbiota intestinal contribuem para um melhor funcionamento do sistema imune e reduzem a inflamação de uma forma ampla.
Impacto na autofagia
A autofagia é um outro mecanismo celular fundamental para manter o equilíbrio, tanto nas células, quanto no corpo todo. Esse é um processo que elimina componentes danificados ou desgastados das células e está intimamente ligado ao envelhecimento e a prevenção de doenças.
O estudo identificou evidências que mostram que o CBD regula a autofagia nas células, através de vias de detecção de nutrientes, causando melhorias em doenças relacionadas ao envelhecimento.
O CBD em doenças ligadas ao envelhecimento
Algumas doenças relacionadas ao envelhecimento estão também ligadas aos processos fisiológicos mencionados anteriormente. Assim, os cientistas listaram quais são as principais doenças e como o CBD pode ser uma ferramenta nesses tratamentos, proporcionando um envelhecimento mais saudável para o paciente e também para as pessoas que vivem ao seu redor. Vejamos algumas delas.
Doenças neurodegenerativas
Podemos colocar as doenças neurodegenerativas de Parkinson e Alzheimer como as mais comuns em pessoas idosas. Ambas afetam o sistema nervoso central e os pacientes se beneficiam do poder neuroprotetor da planta, que reduz os impactos no humor, coordenação motora, memória, assim como diminui a progressão dos distúrbios.
Hipertensão
A hipertensão arterial, que também chamamos de pressão alta, é uma das condições de saúde mais comuns no mundo e pode afetar pessoas de todas as idades. No entanto, a prevalência aumenta significativamente com o envelhecimento e o CBD também pode ajudar nesses casos.
O CBD é capaz de reduzir a pressão arterial, graças a sua característica vasodilatadora, estudos demonstraram essa virtude com testes in vitro e in vivo. Apesar de não ser um tratamento de primeira linha, o canabidiol se apresenta com um complemento para o manejo da hipertensão.
Diabetes tipo 2
Outra doença com uma alta prevalência em idosos é a diabetes tipo 2. Essa doença acontece quando o corpo desenvolve resistência à ação da insulina, aumentando os níveis de glicose no sangue. O CBD pode ser útil nesses casos já que ajuda a reduzir os níveis de açúcar no sangue, além de proteger as células do estresse oxidativo e inflamação que a doença causa.
Câncer
Os pacientes com algum tipo de câncer podem se beneficiar do CBD e dos componentes da Cannabis para aliviar os efeitos adversos da quimioterapia. Porém, em alguns casos, o canabidiol exerce uma ação anticancerígena única, contribuindo para que o tumor pare de crescer, através da sua interação com o sistema endocanabinoide.
Artrose ou osteoartrite
A artrose ou osteoartrite é uma das condições médicas mais comuns entre os idosos. Ela se trata de uma doença degenerativa, que ataca as articulações, provocando dor, inchaço e limitação dos movimentos. Além da capacidade do CBD de reduzir a inflamação, o canabinoide também contribui diminuindo a dor e a rigidez.
Importância do acompanhamento médico no uso do CBD
Mesmo que o canabidiol seja uma substância segura e não provoque efeitos colaterais graves, é fundamental ter o acompanhamento de um profissional da saúde, para garantir o sucesso do tratamento. O artigo explorou as possibilidades do uso do CBD para um envelhecimento saudável, mas o uso desse composto natural exige atenção com interações medicamentosas e possíveis ajustes na dosagem.
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