O arsênio é um metal presente naturalmente no ambiente, mas também é liberado por atividades humanas, como mineração, processos industriais e uso de pesticidas. Ele contamina o solo e a água, entrando na cadeia alimentar e afetando milhões de indivíduos no mundo todo.
A exposição crônica a baixas doses de arsênio pode causar diversas complicações de saúde. Ao ser absorvido pelo organismo, o arsênio provoca estresse oxidativo e inflamação persistente, afetando especialmente o fígado — órgão responsável por filtrar toxinas.
Em estudo publicado recentemente, pesquisadores observaram que o canabidiol (CBD) mostrou capacidade de proteger as células do fígado contra danos causados pela intoxicação por arsênio, sugerindo que os compostos da Cannabis podem ser ferramentas promissoras no enfrentamento desse problema de saúde pública.
Arsênio: um risco invisível
Quando o arsênio entra no corpo, pode afetar o funcionamento normal das células, favorecendo o aparecimento de doenças como câncer, cirrose e problemas cardíacos e renais, até de prejuízos cognitivos, como falhas de memória.
A intoxicação por arsênio é comum em regiões com água contaminada ou onde há muito uso de produtos químicos com metais. É um problema principalmente em áreas próximas a polos industriais ou plantações que usam agrotóxicos.
Para investigar se o CBD poderia proteger o corpo contra os danos do arsênio, pesquisadores turcos testaram o canabinoide em células do fígado cultivadas em laboratório. As células foram expostas ao arsênio e, em seguida, tratadas com o canabidiol.
Efeitos do CBD na intoxicação por arsênio
O estudo mostrou que o CBD conseguiu reverter alguns danos causados pelo arsênio. Os resultados mostraram que o canabidiol pode:
- Reduzir a absorção de arsênio pelas células:
- Estimular a regeneração de células saudáveis;
- Diminuir a inflamação;
- Combater o estresse oxidativo.
Esses efeitos indicam que o CBD pode ser um forte candidato a tratamento alternativo ou complementar para pessoas expostas ao arsênio. Os tratamentos convencionais para esses casos usam agentes quelantes, que removem os metais do corpo, mas têm efeitos colaterais e não são ideais para uso prolongado. Graças às suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes já documentadas, o canabidiol surge como uma alternativa terapêutica promissora.
Ainda é necessário realizar mais estudos, principalmente em seres humanos, para avaliar eficácia e determinar doses seguras. No estudo, os pesquisadores destacaram o potencial do composto da Cannabis para tratar esse tipo de infecção.
“Ao reduzir o estresse oxidativo, as respostas inflamatórias e a captação celular de arsênio, o CBD parece mitigar os efeitos nocivos da exposição ao arsênio. Essas descobertas se alinham com a literatura existente, que apoia o potencial do CBD em neutralizar várias formas de toxicidade, incluindo aquelas induzidas por metais.”
CBD e fígado: o que dizem as pesquisas
Outros estudos demonstram o interesse da comunidade científica pelos benefícios do uso medicinal da Cannabis no fígado. Embora em fases iniciais, as análises sugerem impactos positivos em diferentes condições hepáticas.
No fígado, a principal interação do CBD aconteceria pelos receptores CB2 do sistema endocanabinoide, envolvidos na inflamação e estresse oxidativo. Em estudo com animais, o canabinoide foi eficaz no tratamento de lesões hepáticas causadas por estresse, mostrando efeito hepatoprotetor.
Em outra análise em animais no laboratório, o CBD protegeu o fígado em um modelo de cirrose hepática. Nesse estudo, a dose que causou mais benefícios foi de 18 mg/kg de um produto à base de canabidiol isolado.
Como utilizar medicamentos à base de Cannabis para tratamentos de saúde
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamenta o uso medicinal de medicamentos à base de canabinoides. Desde 2015, é possível adquirir legalmente esse tipo de produto para complementar o tratamento de diversas condições de saúde com prescrição médica.
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