O carcinoma invasivo é a forma mais comum de câncer de mama. Ele começa nos dutos de leite e se espalha para os tecidos mamários ao seu redor. Porém, em alguns casos, ele pode se espalhar para seus gânglios linfáticos e outras áreas do corpo.
Em muitas vezes, o carcinoma invasivo pode ser fatal. Ele se caracteriza por uma velocidade muito alta de disseminação, fazendo com que um tratamento agressivo seja necessário.
No entanto, existem diversos tipos de carcinoma invasivo e os graus podem variar bastante.
Quando detectado e tratado precocemente, o carcinoma ductal invasivo tem uma alta taxa de sobrevivência.
Neste artigo, vamos explicar tudo sobre este câncer e mostrar as melhores formas de combatê-lo!
O que é o carcinoma invasivo?
O carcinoma invasivo é um câncer que se caracteriza pelo rápido crescimento e pela disseminação para outras áreas do organismo.
Uma das principais características deste tipo de câncer é a invasão dos tecidos saudáveis, o que torna o tratamento muito mais difícil.
Além disso, o carcinoma invasivo tem uma taxa de mortalidade bem alta, já que é um dos tipos de câncer mais agressivos.
Existem diversos tipos de carcinoma invasivo, que podem ser classificados de acordo com o tecido que é afetado. Os principais são: carcinoma ductal, lobular e sarcoma.
- Carcinoma ductal: O carcinoma ductal é o mais comum e representa cerca de 80% dos casos de câncer de mama. Ele se desenvolve nas glândulas mamárias e pode ser dividido em dois subgrupos: in situ e invasor.
- Carcinoma lobular: O carcinoma lobular é um tipo raro de câncer de mama, representando apenas cerca de 15% dos casos. Ele se desenvolve nos lóbulos mamários, que são as estruturas responsáveis pela produção do leite.
- Sarcoma: O sarcoma é um tipo de tumor que afeta os ossos e os tecidos conjuntivos, como o músculo e a gordura.
Qual a diferença entre melanoma e carcinoma?
Os melanomas são tumores malignos que se originam nas células da melanina, que dão cor à pele. Já os carcinomas são tumores malignos que se originam nas células epiteliais, que revestem as superfícies do corpo.
Em outras palavras, os carcinomas são tumores que se originam de células da pele, enquanto o melanoma é um tumor que tem origem a partir das células produtoras de melanina.
Os melanomas podem ser mais agressivos e invasivos do que os carcinomas, pois podem se espalhar da pele para outros órgãos, mesmo quando ocorre em lesões pequenas. Como resultado, os melanomas podem ser mais difíceis de tratar.
Os carcinomas de pele podem surgir como lesões com diversas características, como: verrugas, nódulos avermelhados ou arroxeados, feridas que não cicatrizam, manchas que coçam, descamam, ardem ou sangram.
E caso não sejam diagnosticados precocemente e não tratados, podem deixar mutilações expressivas.
O que causa carcinoma invasivo?
A causa exata do carcinoma invasivo ainda não é conhecida, mas sabe-se que alguns fatores podem predispor ou aumentar o risco de desenvolvimento da doença.
Alguns desses fatores incluem:
- Tabagismo;
- Exposição à radiação ionizante;
- História familiar de câncer de mama;
- Uso de hormônios estrogênicos (hormônio feminino);
- Idade.
Sintomas do carcinoma invasivo
Os sintomas do carcinoma invasivo dependem da sua localização. Alguns dos sintomas mais comuns são:
- Nódulos nas mamas;
- Alterações no tamanho ou forma das mamas;
- Vermelhidão ou descamação da pele da mama;
- Dor nas mamas ou axilas;
- Saída de líquido pelos mamilos (sem que estejam amamentando).
O Carcinoma invasivo tem cura?
O carcinoma invasivo é um câncer agressivo e pode ser fatal se não for tratado adequadamente. No entanto, o diagnóstico precoce e o tratamento correto podem aumentar significativamente as chances de cura.
Após o diagnóstico positivo, é preciso entender em qual estágio o câncer está para iniciar o tratamento mais assertivo e eficaz. O prognóstico do carcinoma invasivo depende de diversos fatores, como:
- Tipo de tumor;
- Grau do tumor;
- Localização do tumor;
- Estágio da doença (quanto mais avançada estiver, menor será a chance de cura).
O tratamento do câncer de mama invasivo depende do estadiamento da doença e de outros fatores. A maioria das mulheres fará algum tipo de cirurgia para a retirada do tumor.
Dependendo do tipo de câncer de mama e do estadiamento, poderá ser necessário realizar tratamentos adicionais, antes ou depois da cirurgia, ou às vezes simultaneamente.
Quais são os tipos de carcinoma invasivo?
O carcinoma mamário invasivo é um dos tipos de câncer mamário mais frequente, atingindo cerca de 85% dos casos de câncer de mama.
Ele pode começar nos ductos ou lóbulos, mas depois se espalha pelos tecidos mamários circundante.
Um diagnóstico de câncer levanta muitas dúvidas referentes ao tipo, agressividade e chances do tratamento da doença.
Entender o que é a doença e quais as características informadas no laudo médico são etapas importantes para iniciar um tratamento adequado. Sendo assim, os principais tipos de carcinoma invasivo são:
Carcinoma invasivo de Grau I
O carcinoma invasivo de grau 1 também chamado de baixo grau ou bem diferenciado, é quando as células cancerosas são um pouco diferentes das normais, o que faz com que o câncer seja de progressão lenta;
Carcinoma invasivo de Grau II
Esse tipo de tumor é um pouco mais agressivo do que o carcinoma de grau I, mas ainda assim tem um bom prognóstico. O tratamento geralmente envolve cirurgia.
Carcinoma invasivo de Grau II
Esse tumor é bastante agressivo e tem um prognóstico menos favorável. O tratamento geralmente envolve cirurgia, quimioterapia e/ou radioterapia.
Carcinoma invasivo de Grau III
Esse é o tipo mais agressivo de carcinoma invasivo e tem um prognóstico menos favorável. O tratamento geralmente envolve cirurgia, quimioterapia e/ou radioterapia.
O grau de agressividade do tumor é essencial para determinar o melhor tratamento para o caso. Se o grau é mais elevado, maiores são as chances de a doença atingir outros órgãos, exigindo um tratamento mais intensivo.
Subtipos biológicos do carcinoma invasivo
Os cânceres de mama são classificados pelo aspecto histológico (determinado pelo patologista que vê o tecido da biópsia ao microscópio) como carcinoma ductal invasivo, carcinoma lobular invasivo, carcinoma inflamatório, e outros.
E além desta classificação, os cânceres devem ser caracterizados quanto à presença ou ausência de receptores hormonais [receptor de estrogênio (RE) e receptor de progesterona (RP)] e quanto à hiper expressão (ou não) da proteína denominada de HER2.
Nesse sentido, existe o Tumor Hormônio Positivo (RH+), o HER2-positivo (HER2+), o Triplo Positivo (RH+, HER2+) e o Triplo Negativo (RH-,HER2-).
Os tratamentos variam conforme o subtipo e gravidade do carcinoma.
Quais são os fatores de risco do carcinoma invasivo?
Os principais fatores de risco do carcinoma são:
- histórico familiar de câncer de mama (ou de ovário);
- idade (após os 50 anos);
- menopausa tardia ou precoce;
- nuliparidade (nunca ter tido uma gestação);
- obesidade e sobrepeso;
- sedentarismo;
- utilização contínua de determinadas pílulas anticoncepcionais;
- consumo de bebida alcoólica.
Como é feita a prevenção ao carcinoma invasivo?
A prevenção do carcinoma invasivo é importante, pois a doença pode ser fatal se não for tratada adequadamente. Algumas das medidas preventivas incluem:
- Não fumar;
- Evitar a exposição à radiação ionizante;
- Fazer exames de mama regularmente: Atualmente, é possível detectar a doença antes que ela se manifeste como um nódulo. Para isso, é importante fazer o exame anualmente a partir dos 40 anos de idade.
- Manter um peso saudável;
- Fazer atividade física regularmente.
Como é o tratamento para o carcinoma invasivo?
O tratamento varia de acordo com o estadiamento da doença, suas características biológicas, bem como das condições da paciente (idade, status menopausal, comorbidades e preferências). Alguns dos tratamentos mais utilizados são:
Cirurgia
Parte principal do tratamento é a cirurgia. Ela pode ser conservadora, em que a maior parte do tecido mamário é mantida intacta, ou pode ser mais invasiva, quando uma mastectomia (remoção total da mama) pode ser efetuada.
O tipo de cirurgia depende da localização e tamanho do tumor. Algumas das cirurgias mais utilizadas são:
- Mastectomia – Cirurgia para remoção da mama. Pode ser total ou parcial, dependendo do tamanho e localização do tumor.
- Linfadenectomia – Cirurgia para remoção dos linfonodos axilares. Geralmente é feita junto com a mastectomia.
- Quadrantectomia – Cirurgia para remoção de um quadrante da mama (geralmente, o tumor fica no quadrante superior externo).
- Segmentectomia – Cirurgia para remoção de um segmento da mama (geralmente, o tumor fica no quadrante inferior externo).
Depois da cirurgia feita pelo mastologista, o médico oncologista avalia qual o procedimento seguinte: radioterapia, quimioterapia, bloqueio hormonal ou terapia alvo.
Radioterapia
A radioterapia é um tratamento que usa radiação para destruir as células cancerígenas. Pode ser feita antes ou depois da cirurgia, dependendo do tipo e localização do tumor.
A radioterapia pode ser realizada nas seguintes situações:
- Após a cirurgia conservadora da mama, para diminuir a chance da recidiva na mama ou nos linfonodos próximos;
- Após uma mastectomia, especialmente se o tumor possuir mais de 5 cm de diâmetro ou se atingia os linfonodos;
- Se o tumor se encontra disseminado para outros órgãos, como ossos ou cérebro.
Quimioterapia
Apenas pacientes com tumores mais agressivos e mais jovens são submetidos também à quimioterapia.
A quimioterapia é um tratamento que usa medicamentos para destruir as células cancerígenas, que podem ser administrados por via intravenosa (injeção numa veia) ou por via oral.
Pode ser feita antes ou depois da cirurgia, dependendo do tipo e localização do tumor.
A quimioterapia após a cirurgia é realizada para destruir as células cancerígenas remanescentes do procedimento cirúrgico ou mesmo disseminadas, que não podem ser visualizadas pelos exames de imagem.
Já a quimioterapia antes da cirurgia é feita para tentar reduzir o tamanho do tumor de modo que ele possa ser retirado com um procedimento menos extenso e agressivo.
Terapia hormonal
A maior parte dos pacientes, cerca de 70%, fazem a terapia hormonal como um método de tratamento para o carcinoma.
A terapia hormonal é um tratamento que usa medicamentos para bloquear os hormônios femininos (estrogênio e progesterona). Geralmente se utiliza esse tipo de tratamento em tumores hormônio-positivos.
Isso ocorre quando os tumores são sensíveis à hormônio e para o tratamento é feito um bloqueio de hormônios através de comprimidos que são usados ao longo de 10 anos.
Terapia alvo
A terapia alvo é um tipo de tratamento que usa drogas ou outras substâncias para identificar e atacar especificamente as células cancerígenas, provocando pouco dano às células normais.
Assim como a quimioterapia, esses medicamentos entram na corrente sanguínea e atingem quase todas as áreas do corpo, o que os torna úteis contra a doença em estágio avançado.
As terapias alvo, às vezes, agem mesmo quando os quimioterápicos não respondem. Além do que as terapias alvo podem potencializar outros tipos de tratamento.
Como a Cannabis medicinal pode ajudar no tratamento do carcinoma?
A Cannabis medicinal é um tratamento promissor para o carcinoma.
Alguns estudos mostram que o canabidiol (CBD), um dos principais compostos da Cannabis, pode inibir o crescimento de tumores cancerígenos.
Além disso, o CBD também pode ajudar a diminuir os efeitos colaterais da quimioterapia, como náuseas e vômitos.
No entanto, boa parte dos estudos ainda são preliminares e, por isso, não devem ser considerados como os novos “salvadores da pátria” para o tratamento do câncer.
Nesse sentido, trouxemos alguns dos resultados dos estudos mais relevantes sobre a relação entre Carcinoma Invasivo e Cannabis Medicinal abaixo:
Estudos sobre o tratamento de carcinoma utilizando substâncias canabinoides
De acordo com um primeiro estudo de 2008, os canabinoides oferecem aplicações potenciais como drogas antitumorais baseados na capacidade de algumas substâncias desse tipo serem capazes de limitar a inflamação e a proliferação celular.
A revisão aponta sobre relatos de casos estudados anteriormente, bem como ensaios já realizados nesse sentido.
Entre os resultados mais animadores encontrados, está o fato de que uma expressão de receptores acima dos níveis normais, é capaz de matar tumores. Por outro lado, quando há a ausência da expressão destes receptores, o câncer se prolifera muito mais rapidamente.
De acordo com a mesma revisão, há de se levar em conta que os canabinoides oferecem uma oportunidade segura, sem grandes efeitos colaterais. Além disso, há um baixo índice de relatos a respeito de efeitos psicoativos no consumo medicinal destas substâncias.
Por fim, um segundo estudo aborda sobre a possibilidade do uso dos canabinoides para fins médicos e terapêuticos no tratamento do câncer e os problemas envolvidos com as legislações dos países.
Nesse sentido, a revisão aponta sobre a capacidade dos canabinoides de modular o crescimento tumoral tanto em pesquisas in vitro quanto in vivo. Há resultados relevantes que podem ser verificados, sobretudo no canabinoides sintéticos.
“Os canabinoides sintéticos têm o potencial de serem ainda mais seletivos e potentes que seus equivalentes naturais, e portanto, representam uma abordagem terapêutica promissora.”
Ainda assim, apontam que pode haver uma diferença na eficácia a depender do tipo de câncer e da dosagem administrada.
Conclusão
O carcinoma invasivo é um tipo de câncer que pode ser fatal se não for tratado adequadamente. Felizmente, existem vários tratamentos disponíveis que podem ajudar a combater a doença.
A Cannabis medicinal é uma dessas opções de tratamento promissoras e deve ser considerada pelos médicos e pacientes.
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