A carbamazepina é um medicamento comumente prescrito para o tratamento de epilepsia e transtorno bipolar, muitas vezes sendo uma opção de primeira linha para o controle de crises convulsivas e episódios de mania.
Introduzida no mercado nas décadas de 1960, a carbamazepina atua estabilizando a atividade elétrica do cérebro, prevenindo descargas neuronais anormais que podem desencadear convulsões.
Além de sua ação no controle das crises epilépticas, o medicamento também é utilizado para o alívio da dor neuropática, como ocorre na neuralgia do trigêmeo, uma condição que causa dores faciais intensas.
No entanto, o uso da carbamazepina exige cuidado devido ao risco de efeitos colaterais e interações medicamentosas, que geralmente são perigosas.
Como o medicamento afeta o metabolismo de outros fármacos, é muito importante que seu uso seja consistentemente monitorado por um médico para evitar complicações.
Por isso, preparamos abaixo algumas informações importantes a respeito da carbamazepina. Prossiga com a leitura e aprenda sobre:
- O que é carbamazepina?
- Para que serve a carbamazepina?
- Como a carbamazepina funciona?
- Como tomar carbamazepina corretamente?
- Quais são os efeitos colaterais da carbamazepina?
- A Cannabis pode ser uma alternativa à carbamazepina?
- Perguntas frequentes sobre a carbamazepina
O que é carbamazepina?
A carbamazepina é um medicamento anticonvulsivante e estabilizador do humor utilizado no tratamento de epilepsia, transtorno bipolar e neuralgia do trigêmeo.
Ele atua reduzindo a atividade anormal dos neurônios no cérebro, controlando convulsões e melhorando o humor. Também é prescrita fora dessas indicações, como no tratamento de algumas formas de dor neuropática.
Seu mecanismo de ação envolve a modulação dos canais de sódio nos neurônios, afetando a transmissão dos impulsos nervosos. Essa inibição impede a propagação dos impulsos elétricos que levam a crises convulsivas.
A carbamazepina está disponível em comprimidos convencionais (100 mg, 200 mg), comprimidos de liberação prolongada (100 mg, 200 mg, 300 mg e 400 mg), suspensões e soluções.
Apesar de seus benefícios, o grande contraponto da carbamazepina é a sua capacidade de interagir fortemente com outros medicamentos e apresentar efeitos colaterais como sonolência, tontura e, em casos raros, agranulocitose.
Este medicamento também é teratogênico. Embora as contraindicações à carbamazepina não incluam gravidez, os médicos só a prescrevem se os benefícios superarem o risco aumentado de malformação congênita.
Tais malformações incluem mielomeningocele, deserção craniofacial, malformação cutânea cardiovascular, hipospádia e atrasos no desenvolvimento.
Para que serve a carbamazepina?
A carbamazepina é aprovada para o tratamento da epilepsia, neuralgia do trigêmeo e episódios maníacos ou mistos agudos associados ao transtorno bipolar I.
Especificamente, é indicada para crises parciais complexas (como crises psicomotoras e do lobo temporal), crises tônicas generalizadas e padrões de crises mistas, mas não é adequada para crises de ausência.
Além disso, a carbamazepina é recomendada como terapia de primeira linha para a neuralgia do trigêmeo.
Estudos têm mostrado que a forma de liberação prolongada do medicamento é eficaz no manejo de episódios maníacos em pacientes com transtorno bipolar I. A carbamazepina também é utilizada off-label no tratamento da esquizofrenia.
Pesquisas indicaram que o medicamento pode ser benéfico para pacientes com anormalidades no EEG, episódios de violência e transtorno esquizoafetivo, ajudando a melhorar os sintomas positivos e negativos desta condição.
Outros usos incluem o tratamento da síndrome das pernas inquietas e a redução da agitação e agressividade em indivíduos com demência. Em alguns casos, pode ser utilizada para tratar dor neuropática e fibromialgia.
Em pacientes que apresentam síndrome de abstinência alcoólica, a eficácia clínica do medicamento foi observada, embora não tenha a aprovação oficial e não seja tão eficaz quanto os benzodiazepínicos.
Por fim, a carbamazepina é usada off-label como terapia de manutenção para o transtorno bipolar, embora estudos indiquem que pacientes sob este tratamento podem ter um risco ligeiramente maior de recaída em comparação com aqueles que utilizam lítio ou ácido valproico.
Como a carbamazepina funciona?
A carbamazepina é um anticonvulsivante que atua principalmente como um estabilizador de membrana neuronal. Em essência, a carbamazepina diminui a excitabilidade neuronal, o que ajuda a prevenir convulsões.
Um dos principais alvos da carbamazepina são os canais de sódio voltagem-dependentes. Quando esses canais são ativados, eles permitem a entrada de íons de sódio nas células, resultando na despolarização da membrana celular.
A carbamazepina, ao se ligar a esses canais, impede sua abertura excessiva durante a atividade neuronal, estabilizando a membrana.
Isso faz com que os neurônios sejam menos propensos a disparar em resposta a estímulos, reduzindo a frequência e a intensidade das convulsões.
Além de sua ação nos canais de sódio, a carbamazepina influencia a atividade de neurotransmissores. Ela aumenta a liberação de ácido gama-aminobutírico (GABA), um neurotransmissor inibitório que reduz a excitabilidade neuronal.
O aumento da atividade do GABA pode contribuir para o efeito anticonvulsivante da carbamazepina, promovendo uma maior inibição sináptica.
O fármaco também reduz a entrada de íons de cálcio nas células, o que é fundamental para a liberação de neurotransmissores em várias sinapses.
Dessa forma, ajuda a atenuar a transmissão sináptica excitatória, colaborando ainda mais para o controle da atividade elétrica anormal no cérebro.
Como tomar carbamazepina corretamente?
Para tomar a carbamazepina corretamente, é muito importante seguir as orientações passadas pelo médico. Normalmente, a dose inicial é baixa e costuma ser aumentada de modo gradual.
Isso ajuda a monitorar a eficácia do tratamento e a minimizar possíveis efeitos colaterais. Nunca ajuste a dose por conta própria ou interrompa o uso sem consultar um profissional de saúde.
A carbamazepina pode ser tomada com ou sem alimentos, mas é recomendável escolher um método e mantê-lo.
Caso tenha dificuldades para engolir comprimidos, a versão em suspensão líquida pode ser uma boa alternativa. Se usar a forma líquida, use uma colher medidora para garantir a dose correta.
Também é importante tomar a carbamazepina em intervalos regulares. Por exemplo, se for prescrita duas vezes ao dia, tome-a à mesma hora todos os dias.
Se você perder uma dose, tome-a assim que puder. Se estiver quase na hora da próxima dose, tome apenas essa dose. Não tome doses duplas ou extras.
Além disso, fique atento aos efeitos colaterais e informe seu médico imediatamente se notar qualquer reação adversa. Por fim, evite o consumo de álcool e outros medicamentos para evitar a interação com a carbamazepina.
Quais são os efeitos colaterais da carbamazepina?
Os efeitos adversos comuns incluem tontura, sonolência e fadiga. Esses sintomas podem ser mais incômodos no início do tratamento, pois o corpo precisa se ajustar à medicação.
Outro efeito colateral frequente é a visão turva ou diplopia, que se refere à percepção de duas imagens de um único objeto, e que afeta a capacidade do paciente de realizar tarefas que requerem atenção visual, como dirigir ou operar máquinas.
Também podem ocorrer reações gastrointestinais, como náuseas, vômitos e constipação, que podem interferir no apetite e na qualidade de vida do paciente.
Além dos efeitos mais comuns, a carbamazepina pode causar alterações hematológicas, como leucopenia (diminuição do número de glóbulos brancos) e trombocitopenia (redução das plaquetas), aumentando o risco de infecções e hemorragias.
Em casos mais raros, a carbamazepina pode causar reações cutâneas graves, como síndrome de Stevens-Johnson, que se manifesta como bolhas e descamação da pele.
O fármaco interfere, ainda, na função hepática, resultando em elevações nas enzimas hepáticas. Portanto, pacientes em tratamento com a carbamazepina devem estar sob supervisão médica de forma consistente.
A Cannabis pode ser uma alternativa à carbamazepina?
Há muito tempo, a Cannabis tem atraído médicos e pacientes como uma alternativa ou complemento ao tratamento da epilepsia e distúrbios de humor, especialmente em casos refratários.
Embora possua mais de 500 compostos com propriedades medicinais, o foco dos estudos tem se voltado ao tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD).
O THC e o CBD interagem com o sistema endocanabinoide, que é uma rede de sinalização que permite regular diversas funções neurológicas. O SEC inclui os receptores canabinoides sensíveis a estes compostos.
Os receptores CB1, localizados principalmente no cérebro, auxiliam na modulação da neurotransmissão.
Quando o CBD modula esses receptores, ele pode inibir a liberação de neurotransmissores excitatórios, como o glutamato, que estão frequentemente envolvidos no início das crises epilépticas.
O CBD também tem mostrado capacidade de aumentar os níveis de endocanabinoides naturais, como a anandamida, que atua em sinapses para promover um efeito neuroprotetor.
Em relação aos distúrbios de humor, a Cannabis pode atuar como um ansiolítico e antidepressivo, pois influencia a liberação de serotonina, um neurotransmissor que regula o humor.
Além do mais, pode reduzir a inflamação no cérebro, que está frequentemente associada a estados de humor alterados.
Em casos refratários, onde tratamentos convencionais falharam, a Cannabis medicinal pode ser considerada uma terapia de primeira linha, conforme orientação profissional.
No entanto, ela ainda pode complementar o uso da carbamazepina e outros anticonvulsivantes, especialmente quando estes fármacos não estão surtindo mais efeito.
Quais os benefícios comprovados da Cannabis medicinal?
Nos últimos tempos, a utilização de derivados da Cannabis para tratar epilepsias resistentes a medicamentos tem atraído crescente atenção.
Em 2015, a Anvisa autorizou a prescrição de medicamentos à base de CBD para duas formas severas de epilepsia em crianças, conhecidas como síndromes de Lennox-Gastaut e Dravet.
Estudos experimentais respaldam o uso destes produtos em diversos distúrbios do sistema nervoso, uma vez que são capazes de reduzir a inflamação, proteger contra a perda de neurônios, promover a neurogênese e atuar como um antioxidante.
De modo geral, o uso do CBD como tratamento adjunto tem se mostrado seguro e eficiente para controlar convulsões resistentes ao tratamento em crianças com epilepsia grave de início precoce.
A respeito disso, um estudo de 2023 acompanhou pacientes com epilepsia que não responderam a tratamentos convencionais durante um protocolo terapêutico com Canabidiol.
Os pesquisadores buscaram examinar a eficácia da terapia com CBD em relação a diferentes tipos de epilepsias (clônicas, tônicas e tônico-clônicas, focais e de ausências).
Na análise final, que incluiu 892 pacientes tratados até janeiro de 2019 (com uma média de 694 dias de tratamento), o uso do CBD foi associado a uma redução de 46% a 66% na frequência de convulsões.
O tratamento com CBD resultou em uma redução da frequência de crises convulsivas (com redução média variando de 47% a 100%).
Cerca de 50% dos pacientes apresentaram uma diminuição superior a 50% em todos os tipos de crises. Esses achados indicam um impacto positivo do uso prolongado do CBD em pacientes com epilepsia resistente ao tratamento, que frequentemente apresentam uma variedade de convulsões.
A Cannabis pode substituir o uso de carbamazepina?
A Cannabis e seus derivados são foco de estudo devido ao seu potencial anticonvulsivante, úteis para o manejo de crises epilépticas.
Porém, é importante frisar que o uso de Cannabis pode não ser considerado um substituto direto da carbamazepina.
Em vez de substituir os medicamentos convencionais, como a carbamazepina, a Cannabis pode atuar como um complemento no tratamento da epilepsia e dos transtornos de humor.
Isso, em especial, nos casos onde outros medicamentos não são completamente eficientes ou causam muitos efeitos colaterais.
O CBD já demonstrou, em estudos clínicos, ser eficaz na redução da frequência e intensidade das crises epilépticas em algumas formas raras de epilepsia, como a síndrome de Dravet.
Contudo, a combinação de tratamentos à base de Cannabis com medicamentos como a carbamazepina deve ser feita com cautela e sempre sob supervisão médica.
Lembrando que a abordagem ideal de manejo para a epilepsia envolve um plano de tratamento individualizado que considera tanto os benefícios potenciais da Cannabis quanto a segurança do paciente.
Como iniciar um tratamento à base de Cannabis medicinal?
Desde 2015, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passou a permitir o uso medicinal do canabidiol, retirando-o da lista de substâncias proibidas e enquadrando-o na Tabela C1 da Portaria 344/98, junto com outros medicamentos de controle especial.
Dessa forma, a prescrição de CBD foi autorizada para diversas condições de saúde, especialmente nos casos em que os tratamentos convencionais não obtêm resultados satisfatórios.
No entanto, para iniciar o tratamento com CBD, é preciso que o paciente consulte um médico habilitado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), com conhecimento sobre o uso terapêutico de derivados da Cannabis.
Uma ótima forma de iniciar é utilizando a plataforma de agendamento do portal Cannabis & Saúde, onde é possível encontrar profissionais com experiência em Medicina canabinoide.
Após escolher um médico na plataforma, o paciente será submetido a uma avaliação para verificar se o uso de Canabidiol é indicado para seu quadro clínico.
Caso o tratamento seja recomendado, o médico poderá emitir uma receita, que permite a compra do produto em farmácias autorizadas ou sua importação, conforme indicado.
No Brasil, os órgãos reguladores supervisionam e orientam todo o processo de prescrição e aquisição de produtos à base de Cannabis, assegurando que todo o tratamento seja feito dentro das normas legais.
Então, se você está pensando em iniciar um tratamento com CBD, agende uma consulta pelo Cannabis & Saúde e converse com um médico especializado para obter a melhor orientação sobre essa alternativa.
Perguntas frequentes sobre a carbamazepina
Saiba mais a respeito da carbamazepina abaixo:
1. Quanto tempo dura o efeito da carbamazepina no corpo?
Após a ingestão, a carbamazepina é absorvida no trato gastrointestinal e atinge sua concentração máxima no sangue entre 4 a 12 horas.
A meia-vida da carbamazepina, que é o tempo que o corpo leva para eliminar metade da droga, varia de 12 a 17 horas em adultos.
Contudo, essa meia-vida pode ser mais curta em pessoas que tomam o medicamento a longo prazo, devido à indução enzimática que acelera o metabolismo da droga. Em crianças, a meia-vida pode ser ainda mais curta, cerca de 6 a 10 horas.
Devido à sua meia-vida relativamente longa, os efeitos terapêuticos da carbamazepina geralmente duram por aproximadamente 24 horas.
É por isso que muitos pacientes tomam o medicamento uma ou duas vezes ao dia, conforme orientação médica, para manter níveis estáveis no organismo. No entanto, a duração exata dos efeitos varia conforme a condição tratada.
Por exemplo, no tratamento de crises epilépticas, a carbamazepina começa a agir em alguns dias, enquanto para transtornos de humor, pode levar semanas para que o efeito terapêutico completo seja sentido.
2. Quem não pode tomar carbamazepina?
A carbamazepina não é indicada para todos os pacientes, pois pode causar interações medicamentosas e efeitos adversos graves em algumas pessoas.
Indivíduos com hipersensibilidade à carbamazepina ou a outros antidepressivos tricíclicos não devem utilizá-la, pois isso pode causar reações alérgicas severas.
Além disso, pessoas que possuem um histórico de supressão da medula óssea, ou seja, diminuição na produção de células sanguíneas, devem evitar o uso de carbamazepina, pois o medicamento costuma agravar essa condição.
Pacientes com certas condições cardíacas, hepáticas e renais também precisam de uma avaliação cuidadosa antes de iniciar o tratamento com carbamazepina. Isso ocorre porque o medicamento pode sobrecarregar o fígado e os rins durante sua metabolização e excreção.
Além disso, a carbamazepina é contraindicada em pessoas com glaucoma de ângulo fechado, pois aumenta a pressão ocular, piorando essa condição.
Pacientes com histórico de crises de porfiria, uma doença metabólica rara, também devem evitar a carbamazepina.
Outro grupo que deve evitar a carbamazepina são pessoas que estão utilizando inibidores da monoamina oxidase (IMAO). A combinação desses medicamentos resulta em efeitos adversos graves, como hipertensão severa e convulsões.
3. Qual é o melhor horário para tomar o carbamazepina?
O horário ideal para tomar a carbamazepina depende da forma de liberação do medicamento (imediata ou prolongada) e da rotina do paciente.
Normalmente, recomenda-se tomar a carbamazepina junto com alimentos para reduzir o risco de irritação gástrica. Se o medicamento for prescrito em múltiplas doses por dia, é importante distribuir as doses de maneira uniforme.
No caso de formulações de liberação imediata, a carbamazepina geralmente é tomada duas a três vezes ao dia. Para minimizar possíveis efeitos colaterais, como sonolência ou tontura, muitas vezes a dose maior é administrada à noite.
Para pacientes que usam a formulação de liberação prolongada, o medicamento costuma ser prescrito uma ou duas vezes ao dia.
Tomá-lo à noite é benéfico para aqueles que experimentam efeitos colaterais sedativos, como sonolência, permitindo que eles durmam sem interrupções. Em todo caso, siga as orientações do médico.
4. Quem toma carbamazepina pode trabalhar normalmente?
Em muitos casos, pessoas que tomam carbamazepina podem continuar trabalhando normalmente, desde que seus sintomas estejam controlados e os efeitos colaterais do medicamento sejam toleráveis.
No entanto, é importante considerar alguns fatores antes de retornar ao trabalho ou manter atividades rotineiras enquanto estiver em tratamento com carbamazepina.
Profissionais que trabalham em ambientes que exigem alta concentração, precisão ou o uso de maquinário perigoso devem avaliar cuidadosamente como a medicação está afetando sua função cognitiva e coordenação.
Para tarefas menos exigentes em termos de segurança ou risco, como atividades administrativas ou intelectuais, é mais provável que a pessoa consiga trabalhar sem dificuldades.
No entanto, para atividades físicas intensas ou que envolvem risco de acidentes, será necessário um ajuste da rotina ou até uma mudança temporária de função, enquanto o organismo se ajusta à medicação.
Conclusão
Como você viu, a carbamazepina é uma medicação utilizada no tratamento de diversas condições neurológicas e psiquiátricas.
No entanto, é sempre importante considerar alternativas e abordagens complementares que possam enriquecer o tratamento e a qualidade de vida dos pacientes.
Para aqueles que desejam explorar mais sobre opções terapêuticas, convidamos você a conhecer os benefícios da Cannabis aqui no portal Cannabis & Saúde, onde você encontrará informações valiosas que podem ampliar sua compreensão sobre essa alternativa promissora.