Antes de mais nada, ao longo dos anos, Tainá de Freitas aprendeu que a verdadeira Medicina vai além de eliminar os sintomas. “É um compromisso com o bem-estar do paciente como um todo”, destaca a médica, ao abordar a complexidade do tratamento da dor crônica, uma realidade que ela enfrenta diariamente em sua prática.
Frequentemente, os pacientes percorrem uma jornada em busca de alívio, enfrentando desafios físicos e emocionais. Nesse sentido, a médica ressalta a importância de uma abordagem multidisciplinar e multimodal, para obter resultados satisfatórios.
E foi justamente nessa busca por alternativas eficazes que Tainá encontrou na Cannabis medicinal uma ferramenta valiosa, especialmente em casos complexos, onde outras abordagens falharam.
Sua decisão de iniciar os estudos e a prescrição de Cannabis medicinal foi impulsionada por experiências desafiadoras, como o caso de um paciente com cistite intersticial, cuja qualidade de vida estava drasticamente comprometida.
“Tive um caso específico na família de cistite intersticial, que foi muito desafiador e me impulsionou. O paciente não respondia a diversos tratamentos convencionais e enfrentava efeitos adversos significativos, como doses subterapêuticas de outros medicamentos, incluindo antidepressivos, anticonvulsivantes, analgésicos e opioides”, relata.
Com a falta de outras perspectivas, aliada a uma qualidade de vida muito ruim do paciente, levantando cinco vezes por noite e incapaz de trabalhar ou conviver socialmente, Tainá optou pelo uso da Cannabis medicinal.
“Tivemos uma resposta inicial parcial com o tratamento, sem efeitos adversos significativos. Decidi, então, me aprofundar na área, para potencializar o tratamento desse paciente”.
E a resposta foi a melhor possível! O quadro avançou para uma estabilização, permitindo que o paciente pudesse prosseguir com outras terapias. “Hoje, encontra-se quase assintomático, com um ganho enorme na qualidade de vida”, comemora.
Cannabis para além do alívio da dor crônica
A prescrição de Cannabis medicinal, para Tainá, não se limita ao alívio da dor física. Ela enfatiza que a substância é parte integrante de uma estratégia terapêutica mais ampla, com impactos notáveis também no bem-estar mental dos pacientes.
“A Cannabis tem propriedades que vão além do alívio da dor. Em muitos casos, observei melhorias significativas, não apenas na parte física, mas também no bem-estar mental dos pacientes, que adotam essa abordagem para tratar quadros difíceis e dolorosos e suas comorbidades, como insônia, ansiedade e a catastrofização”, acrescenta.
É preciso romper as barreiras do medo
Mesmo com todos os benefícios observados, Tainá reconhece os desafios na prescrição de Cannabis medicinal no Brasil, destacando a persistência de resistências, devido à falta de informações atualizadas sobre a eficácia e segurança da substância.
A médica enfatiza a importância da educação contínua, para superar esses obstáculos e promover uma compreensão mais ampla.
Tainá conta, ainda, que foi durante sua especialização que perdeu o medo e passou a prescrever os diversos Canabinoides e seus potenciais terapêuticos.
“Quando a gente tem medo, precisa romper barreiras, e quando não conhecemos algo, precisamos conhecer. Não dá para simplesmente refutar uma estratégia terapêutica, uma ferramenta que faz diferença na vida de muitas pessoas e que é muito eficaz no script de profissionais que lidam com a área da dor”, ressalta Tainá.
Nessa reflexão final, a profissional destaca que a prescrição de Cannabis não é apenas uma opção terapêutica. De fato, ela acaba sendo um compromisso com a qualidade de vida e o bem-estar de seus pacientes. Além disso, ela reitera a importância de uma abordagem integrada. Da mesam foram, é essencial a constante busca por alternativas que possam proporcionar alívio e melhorias significativas na vida daqueles que enfrentam a dor crônica.
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